Shoppings amados ficam diante de falência e começam a fechar em massa em país

Do auge à ameaça de falência: Por que os shoppings estão desaparecendo e o que ainda pode salvá-los?
Os Shoppings centers consolidaram-se como pilares do comércio e da vida urbana em grandes cidades ao redor do mundo, sobretudo desde a década de 80, período conhecido como a “Era dos Shoppings”.
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Esses espaços vão além da simples função comercial; atuam como ambientes multifuncionais que congregam consumo, lazer, serviços e interação social, atraindo diariamente milhões de consumidores.
Sua relevância reside no impacto direto sobre a economia local, geração de empregos e estímulo ao varejo.
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Entretanto, apesar dessa centralidade, muitos desses empreendimentos estão diante da falência, resultado de um cenário de crise profunda que tem provocado fechamento em massa, especialmente em mercados maduros como o dos Estados Unidos.
O que está acontecendo com os shoppings?
O fechamento e a falência de shoppings refletem múltiplos fatores estruturais que evidenciam a obsolescência do modelo clássico.
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A principal causa é o crescimento acelerado do comércio eletrônico, que oferece conveniência, variedade e preços competitivos, desviando consumidores das lojas físicas.
De acordo com o presidente da consultoria SiteWorks, Nick Egelanian, em dados apresentados ao The Wall Street Journal, o número de shoppings nos EUA caiu de cerca de 2.500 na década de 80 para cerca de 700 em 2024.
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A projeção mais alarmante aponta que, dentro de dez anos, apenas 150 deles seguirão em operação — um colapso sistêmico, com falências em larga escala.
Causas da queda:
De todos os fatores, a pandemia de Covid-19 foi o que mais agravou esse quadro, ao restringir o fluxo de clientes e acelerar a migração para o digital.
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A inflação também corroeu o poder de compra da população, tornando a manutenção de grandes centros comerciais ainda mais insustentável.
Ao mesmo tempo, a expansão de megavarejistas — como Walmart e Amazon — deslocou a lógica do consumo para formatos mais práticos, baratos e convenientes.
Sem tráfego de consumidores e com receitas em queda, muitos shoppings não apenas fecharam as portas, mas entraram formalmente em processos de falência. – Conforme podem ver por aqui*
Em contrapartida, alguns empreendimentos, no entanto, buscam se reinventar ao incorporar usos mistos:
- Hotéis;
- Espaços corporativos;
- Serviços públicos;
- Centros comunitários — tentando manter-se viáveis ao diversificar funções e público-alvo.
Perspectivas para 2025
Apesar do fechamento em massa, o varejo físico se mostra resiliente.
Afinal de contas, o uso de tecnologias como:
- IA;
- Logística omnichannel;
- Personalização robusta projeta crescimento, conforme estudo da Deloitte
A demanda por espaços de varejo segue saudável enquanto a construção permanece baixa, sustentando os valores dos aluguéis e mantendo interesse dos investidores .
O cenário esperado para o ano prevê crescimento moderado, com foco estratégico em experiências híbridas: lojas físicas + e-commerce + entretenimento + serviços.
Qual a situação dos shoppings no Brasil em 2025?
O Brasil apresenta um cenário mais estável, mas não imune.
Segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o país conta atualmente com cerca de 580 shoppings em operação.
Embora o comércio eletrônico cresça rapidamente e represente uma ameaça real ao modelo tradicional.
O consumidor brasileiro ainda mantém hábitos fortemente ligados ao varejo físico e à experiência presencial de compra.
Os administradores de shoppings no país adotaram estratégias de diversificação para manter a atratividade dos empreendimentos:
- Investimentos em entretenimento;
- Eventos;
- Gastronomia;
- Digitalização têm se mostrado fundamentais.
Alguns centros comerciais passaram a funcionar também como hubs logísticos de e-commerce, conciliando o físico com o digital em um modelo híbrido.
Apesar disso, o ritmo de expansão caiu, e há maior cautela em novos investimentos.
O setor entende que, sem inovação constante, os shoppings brasileiros também podem entrar em processo de esvaziamento — e, posteriormente, falência — como ocorreu nos Estados Unidos.
Conclusão:
A crise que empurra muitos shoppings para a falência é resultado direto de transformações no varejo global, mudanças econômicas profundas e uma nova lógica de consumo.
Nos Estados Unidos, o colapso é evidente e tende a se agravar.
Já no Brasil, o cenário é menos drástico, mas a pressão por adaptação é crescente.
A sobrevivência dos shoppings exige inovação estrutural:
- Integração com o digital;
- Novos formatos de uso;
- Construção de experiências que justifiquem a presença física do consumidor.
O modelo clássico não voltará e o que resta é reinventar ou fechar. Mas, para saber sobre outros shoppings, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

