Sintomas iniciais do HIV são revelados e você precisa saber para agir

Conheça os principais sintomas iniciais do HIV, como eles se manifestam e por que o diagnóstico precoce é essencial

O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é um vírus que ataca o sistema imunológico, responsável por proteger o corpo contra infecções e doenças.

Ao infectar células específicas de defesa, os linfócitos T CD4+, o HIV enfraquece progressivamente as barreiras naturais do organismo, deixando-o mais vulnerável a infecções oportunistas.

Aliás, os especialistas em saúde do TV FOCO alertam que é importante diferenciar HIV de AIDS, isso porque muitas pessoas acabam confundindo os estágios da doença.

O HIV é o vírus causador da doença, enquanto a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é o estágio mais avançado da infecção, quando o sistema imunológico já está seriamente comprometido.

Ademais, com os tratamentos atuais, é totalmente possível viver com HIV sem desenvolver a AIDS, desde que o diagnóstico seja feito precocemente e o tratamento, seja seguido corretamente.

O HIV nas primeiras semanas

De acordo com o portal ‘Tua Saúde’, logo após a infecção, o vírus se multiplica de forma acelerada, atingindo uma alta concentração no sangue.

Esse estágio inicial é conhecido como Síndrome Retroviral Aguda (ARS) e costuma ocorrer entre 2 e 4 semanas após o contato com o HIV.

Também é chamado de janela imunológica, pois o organismo ainda não produziu anticorpos detectáveis em exames tradicionais.

Nesse momento, a pessoa infectada é altamente transmissível, mesmo que ainda não saiba que está com o vírus.

Reconhecer os sintomas da ARS pode fazer toda a diferença para um diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento.

Quais são os principais sintomas iniciais do HIV?

Os sinais do HIV na fase inicial podem lembrar uma gripe forte ou uma virose. Em alguns casos, os sintomas são leves ou até ausentes. No entanto, quando presentes, podem incluir:

• Febre alta persistente
• Cansaço intenso, mesmo após descanso
• Dor de garganta e inflamações nas amígdalas
• Erupções cutâneas avermelhadas, com ou sem coceira
• Dores musculares e articulares
• Gânglios linfáticos inchados (ínguas), especialmente no pescoço, axilas e virilha
• Suor noturno abundante
• Dor de cabeça contínua
• Distúrbios gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia

Esses sintomas duram em média de alguns dias a duas semanas.

Se aparecerem após uma situação de risco, como relação sem camisinha, compartilhamento de seringas ou acidentes com sangue contaminado, é essencial buscar atendimento médico e realizar o teste de HIV.

Janela imunológica e a importância de repetir o teste

De acordo com o Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, durante a ARS, o corpo ainda está iniciando a produção de anticorpos.

Dessa forma, isso faz com que muitos exames rápidos ou sorológicos realizados precocemente possam não detectar a infecção.

Por isso, mesmo que o primeiro teste dê negativo, se houver suspeita clínica ou comportamental, a recomendação é:

• Repetir o exame 30 dias depois
• Buscar testes de quarta geração, que identificam o vírus mais cedo
• Realizar acompanhamento com profissionais de saúde

O diagnóstico precoce é crucial para iniciar o tratamento e interromper a cadeia de transmissão do vírus.

O tratamento do HIV hoje e qualidade de vida

Graças aos avanços científicos, o HIV não é mais uma sentença de morte. Com o tratamento certo, é possível viver bem e com qualidade.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente a Terapia Antirretroviral (TAR) a todas as pessoas diagnosticadas com o vírus.

O tratamento combina diferentes classes de medicamentos, que impedem a multiplicação do HIV no organismo.

Com o uso contínuo e correto, a carga viral pode se tornar indetectável, o que significa que o HIV não será transmitido por via sexual.

Esse conceito, respaldado por estudos científicos, é conhecido como “Indetectável = Intransmissível” (I=I).

Prevenção

Além do uso de preservativos, a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é hoje considerada a estratégia mais eficaz de prevenção ao HIV.

Trata-se de um comprimido tomado diariamente por pessoas que ainda não vivem com HIV, mas estão expostas ao risco.

A PrEP reduz em até 99% a chance de infecção, especialmente entre:

• Homens que fazem sexo com homens
• Pessoas trans
• Profissionais do sexo
• Casais sorodiferentes (em que um parceiro vive com HIV)

A boa notícia é que a PrEP também está disponível gratuitamente pelo SUS, ampliando o acesso à prevenção para quem mais precisa.

A identificação precoce é muito importante

Embora o tema ainda carregue preconceitos, falar sobre HIV de forma clara e informada salva vidas. Reconhecer os sinais precoces da infecção pode:

• Acelerar o diagnóstico
• Reduzir o risco de transmissão
• Evitar a evolução para a AIDS
• Permitir que a pessoa tenha acesso imediato ao tratamento

Em tempos de tanta informação disponível, ignorar os sinais do corpo e evitar a testagem por medo ou vergonha não pode mais ser uma opção.

Considerações finais

• O HIV é um vírus que afeta o sistema imunológico, mas com diagnóstico precoce, tratamento adequado e acompanhamento contínuo, é totalmente possível viver com saúde e dignidade.
• Os sintomas iniciais, embora muitas vezes discretos, são oportunidades preciosas de intervenção.
• Se você viveu uma situação de risco ou apresentou algum sintoma compatível com a fase aguda do HIV, não adie o cuidado.
• Fazer o teste é um ato de responsabilidade com você e com os outros.
• Conhecer os sintomas e saber como agir com o HIV é de grande importância.

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