Como receber dois salários de aposentadoria do INSS? Entenda quanto é preciso contribuir

Muitos brasileiros sonham em se aposentar com um valor acima de dois salários mínimos. Mas será que isso é possível dentro das regras atuais da aposentadoria do INSS? Saber quanto pagar e como planejar é essencial para alcançar esse objetivo.

Neste conteúdo, você vai entender como funciona a contribuição ao INSS, o impacto no valor da aposentadoria e o que cada perfil de contribuinte deve fazer para garantir um benefício mais alto. Por isso, não perca tempo e tire todas suas dúvidas agora mesmo.

Primeiro, é importante entender que as contribuições ao INSS funcionam como um investimento. Seja obrigatório para quem tem carteira assinada ou facultativo para autônomos, esse pagamento garante o acesso a benefícios como aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte e salário-maternidade.

Na prática, quanto maior for o valor e a frequência das suas contribuições, maiores são as chances de receber uma aposentadoria mais robusta.

Quanto pagar para ter uma aposentadoria de dois salários?

O valor da contribuição depende do salário base do segurado e segue uma tabela de alíquotas progressivas. Isso significa que, conforme o salário aumenta, o percentual de contribuição também cresce, mas de forma escalonada.

Veja um exemplo prático para quem recebe R$3.000 por mês:

• Até R$ 1.518,00: 7,5% → R$ 113,85
• De R$ 1.518,01 a R$ 2.793,88: 9% → R$ 114,88
• De R$ 2.793,89 a R$ 3.000,00: 12% → R$ 24,73
• Total: R$ 253,46 de contribuição mensal

Aposentadoria do INSS é calculada pela média de salários

A média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994 é o que define o valor da aposentadoria. Ou seja, não basta contribuir com um valor alto por pouco tempo. É preciso manter constância e planejamento ao longo da vida.

Quem deseja receber dois salários mínimos deve manter uma média salarial próxima de R$ 3.000 durante o período contributivo.

Tipos de contribuinte e o que fazer para ter dois salários de aposentadoria
A seguir, veja como cada tipo de contribuinte pode atingir esse valor de aposentadoria.

Empregado com carteira assinada

O desconto do INSS é automático e varia conforme o salário. Para receber dois salários na aposentadoria do INSS, o trabalhador precisa manter rendimentos constantes em torno de R$ 3.000 ou mais, sem longos períodos de contribuição sobre valores muito baixos.

Contribuinte individual (autônomo ou prestador de serviços)

Neste caso, o ideal é optar pelo plano normal, que exige contribuição de 20% sobre o valor desejado para a aposentadoria. Quem usa o plano simplificado (11%) só garante o benefício de um salário mínimo.

Se prestar serviço a empresas, o contribuinte deve complementar os 11% recolhidos com mais 9%, para não limitar seu benefício.

Contribuinte facultativo

Assim como os autônomos, o facultativo precisa contribuir com 20% sobre valores acima de R$ 3.000. Além disso, planos simplificados (5% ou 11%) garantem apenas o salário mínimo na aposentadoria.

Microempreendedor Individual (MEI)

O MEI contribui com 5% do salário mínimo, o que limita o benefício ao piso. No entanto, é possível complementar com mais 15% por meio de uma guia extra como contribuinte individual. Assim, o valor total da contribuição chega a 20%, possibilitando uma aposentadoria mais alta.

E como funciona o segurado especial?

Quem é segurado especial e contribui apenas com base na comercialização da produção (1,3%) ou apenas comprova atividade rural, também terá direito a apenas um salário mínimo. Portato, para receber mais, precisa fazer contribuições facultativas de 20% sobre um valor superior ao piso.

Por fim, o segredo para conquistar dois salários de aposentadoria do INSS está no planejamento e na consistência das contribuições. Conhecer as regras, acompanhar a média salarial e adaptar a contribuição ao longo da vida são atitudes fundamentais.

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