Um dos maiores gigantes em festas de Curitiba, PR, tem um fim confirmado após 96 anos de existência e desola milhares na capital paranaense

E o som de música silenciou de vez em um dos maiores gigantes das festas curitibanas, o qual teve seu fim confirmado ainda em fevereiro de 2025, após 96 anos.

Trata-se do clube Sociedade Universal, que por décadas foi símbolo de elegância, tradição e celebrações no bairro Prado Velho.

Infelizmente, apesar da tradição, ele não resistiu às transformações do tempo — e, principalmente, à baixa demanda que se acentuou após a pandemia da Covid-19.

Sendo assim, e baseada em informações divulgadas pelo Tribuna Paraná, a equipe especializada em economia do TV Foco detalha abaixo toda a trajetória desse emblemático espaço e os efeitos do fim na região.

Um século de memórias

Fundado ainda em 1928, o clube Sociedade Universal rapidamente se consolidou como um dos principais palcos da vida social curitibana.

Por seu grande salão passaram:

• Bailes de carnaval;
• Festas de debutantes;
• Comemorações familiares;
• Eventos corporativos.

Com capacidade para centenas de pessoas, o espaço virou referência em elegância e convivência.

Durante o auge, era comum ver famílias inteiras envolvidas nas atividades sociais do clube.

Mas, como citamos acima, com o tempo essa frequência diminuiu e, para piorar, a pandemia ainda acelerou o processo que já dava sinais.

Assembleia selou o encerramento

No dia 15 de fevereiro de 2025, uma Assembleia Geral Extraordinária foi realizada na sede do clube, na Rua Comendador Roseira, 260.

Ali, os associados aprovaram o fim das atividades por motivos financeiros.

Afinal de contas, a receita despencou, e a dificuldade de atrair novos eventos tornou a manutenção inviável.

No entanto, o sentimento de tristeza foi inevitável pelos corredores:

Para o radialista José Domingos, amplo conhecedor da história de clubes de Curitiba, o fim da Sociedade Universal é um processo de falta de sequência das famílias em clubes:

“Ela surgiu de um clube de futebol chamado Universal. Existia, por parte da prefeitura, o auxílio funeral, uma parceria com as sociedades.

A pessoa entrava como sócia, e quando ocorria uma perda, o recurso passava para a família. 

Uma perda irreparável é o fim da Universal, pena que os clubes não foram tendo uma renovação. Os filhos se afastaram dos clubes e poucas resistem” – Comentou.

O que ficou no lugar do Clube Sociedade Universal?

Com o encerramento das atividades, o futuro do espaço físico da Sociedade Universal ainda não teve um desfecho divulgado.

Mas, embora não haja confirmação oficial, a especulação aponta para a criação de um empreendimento residencial ou comercial voltado ao público jovem e estudantil da região.

Isso porque no processo de doação do imóvel, a Sociedade Universal buscou interessados em assumir o local.

E a tendência é que a sede venha a ter escoteiros nos próximos anos:

“Tentamos com a prefeitura, mas é muito burocrático. Tentamos com a PUC que é vizinha, mas precisa da liberação do Papa, o Pequeno Cotolengo também tem muita burocracia.

Agora estamos conversando com os Escoteiros do Brasil, e está bem avançada a conversa. Queremos que o local tenha atividade, sem perder a história do prédio” – Afirmou José Rogério.

Conclusão:

Em suma, a Sociedade Universal pode ter encerrado suas atividades, mas o legado que deixou permanece pulsando na memória dos curitibanos.

Inclusive, o silêncio de seu salão ecoa como um lembrete das mudanças de época e da importância de preservar a história local.

Mais do que o fim de um clube, é o fim de um tempo — e a memória, essa sim, continuará dançando.

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