Flamengo confirma a venda de atacante para clube da Espanha em negociação que garante ao time carioca o recebimento de R$10 milhões

O Flamengo vai colocar mais uma boa quantia nos cofres sem precisar entrar em campo. O clube carioca garantiu cerca de R$10 milhões com a transferência de Lázaro para o Al-Najma, da Arábia Saudita, porque ainda mantinha 30 % dos direitos econômicos do atacante.

Porém, o jogador, formado nas categorias de base da Gávea, foi negociado pelo Almería, da Espanha, por 5 milhões de euros (algo próximo de R$ 31,8 milhões na cotação atual). E como o contrato previa participação rubro-negra em nova venda, a torcida pode comemorar um lucro inesperado, mas bastante bem-vindo.

Aos 23 anos, Lázaro segue abrindo caminhos fora do Brasil. Ele saiu do Flamengo em 2022 por 7 milhões de euros rumo ao futebol espanhol, mas demorou um pouco para ganhar espaço. Agora, no Oriente Médio, assinou por quatro temporadas e chega como uma das apostas do Al-Najma, que voltou à primeira divisão saudita após mais de duas décadas fora da elite.

No entanto, além de garantir 100 % dos direitos do jogador, o clube árabe ainda incluiu uma cláusula de 15 % de mais-valia em futuras transferências, o que dá uma ideia de que o negócio foi pensado de forma estratégica.

Para o Flamengo, a notícia tem um sabor especial. A primeira negociação não deixou tanto retorno financeiro quanto se imaginava, mas a manutenção de uma fatia nos direitos provou ser um acerto. Esse cuidado no contrato agora rende frutos. A diretoria rubro-negra se beneficia de uma operação sem riscos e vê o caixa engordar em um momento importante da temporada.

Quem é Lázaro?

Lázaro, por sua vez, chega ao Al-Najma com bagagem. No Brasil, alternou bons jogos pelo Flamengo, teve passagem pelo Palmeiras que ajudou a dar visibilidade e se firmou no Almería como peça de rotação. Não é uma estrela consolidada, mas carrega a marca de jogador promissor. Os sauditas apostam justamente nessa margem de crescimento, ainda mais num campeonato que busca se afirmar como vitrine.

No entanto, o contexto também ajuda a entender o tamanho da aposta. O Al-Najma passou 22 anos longe da primeira divisão. A volta para a elite exigia nomes capazes de atrair atenção e dar consistência dentro de campo. Lázaro, ao lado do zagueiro Samir, outro velho conhecido do Flamengo, aparece como símbolo dessa reconstrução.

Por fim, dentro da Gávea, a negociação reforça um ponto que vem sendo repetido: a importância da base como fonte de receita e de identidade. Revelar jogadores, negociá-los no momento certo e ainda garantir retorno em transações futuras mostra como o clube aprendeu a proteger seus interesses.

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