Farinha popular, protagonista em uma série de pratos da culinária, apresentou riscos que colocam a saúde pública em xeque e situação deixa a ANVISA em alerta

A farinha é um dos ingredientes mais onipresentes da culinária global — e também no Brasil.

Ela está no café da manhã, no almoço, no jantar e em incontáveis receitas tradicionais.

Seja de trigo, milho, mandioca ou sorgo, esse ingrediente básico compõe a espinha dorsal de:

• Bolos;
• Pães;
• Massas;
• Mingaus;
• Farofas;
• Muito mais.

Por essa centralidade, é imperativo que a sua produção, distribuição e consumo sejam acompanhados com o máximo rigor.

Quando autarquias fiscalizadoras alertam para irregularidades envolvendo farinhas, o recado deve ser levado a sério.

Além disso, esse cuidado torna-se ainda mais necessário quando se trata de produtos importados que podem chegar à mesa do consumidor sem passar por filtros adequados.

E nem mesmo marcas amplamente distribuídas estão isentas de falhas — e a recente ação da FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) é prova contundente disso.

Inclusive, em maio e junho de 2025, a agência americana emitiu uma série de alertas envolvendo farinhas contaminadas com “nojeira” de uma empresa conhecida por distribuir alimentos para mercados étnicos nos EUA, o que também deixou a ANVISA em estado de atenção.

Sendo assim, a partir de informações oficiais da FDA, a equipe do TV Foco, especializada em fiscalizações e serviços, traz mais detalhes da proibição e os riscos apresentados.

MAS ATENÇÃO! Antes de prosseguirmos com a matéria, é bom deixar claro que o episódio afetou somente os lotes mencionados, ou seja, todos os demais e linhas permanecem sendo comercializados normalmente.

Pan-African Food Distributors recolhe tudo

No dia 27 de maio de 2025, a Pan-African Food Distributors Inc., também identificada pelo nome comercial East Africa Boutique LLC, comunicou um recall de uma extensa lista de produtos alimentícios e cosméticos que deveriam ter a comercialização proibida.

O principal motivo foram as condições insalubres de armazenamento observadas durante uma inspeção de rotina da FDA em suas instalações em Louisville, Kentucky.

Em meio a operação a inspeção revelou:

• Infestação ativa de roedores;
• Numerosos excrementos em embalagens de alimentos, incluindo diversos tipos de farinha.

Como resposta, o Estado de Kentucky determinou a interrupção imediata das operações da empresa por ausência de licença válida e colocou os produtos sob quarentena geral.

Por fim, a FDA recomendou o recolhimento total dos produtos, e a empresa acatou a recomendação.

Produtos de farinha atingidos pela proibição da FDA

A seguir, os principais produtos de farinha afetados, conforme a lista oficial atualizada pela FDA em 3 de junho de 2025:

• Farinha de milho Super Sembe (10 kg) – validade: maio de 2025.
• Kinazi – Farinha de Mandioca – lote: 002952, validade: 04/10/2026.
• Farinha 1 (50 lb.) – lote: 506602
• Farinha de amendoim (50 lb.) – validade: 01/02/2026.
• Huza – Sorgo Fermentado (1 kg) – validade: 21/12/2025 e 25/04/2025.
• Nootri Baby – lote: CIBK240329, validade: 20/09/2025.
• Nootri Toto – lote: CPI240411, validade: 03/10/2025.
• Akanozo – Farinha de Trigo (1 kg) – lote: SDFA431, validade: 25/04/2026
• Akanozo – Farinha de Soja – lote: K5YFA, validade: 20/04/2025.
• Akanozo – Farinha de Sorgo – lote: SDFA434, validade: 11/08/2026.
• Akanozo – Farinha de Trigo Torrada – lote: RWHFA013, validade: 14/08/2026.
• Farinha de milho F. Garcia – validade: 10/2025.
• Pan African Foods Distribution Inc – Farinha de milho branca (10 kg) – validade: 04/04/2027.
• Sujata – Farinha multigrãos – validade: 13/09/2025.
• Entre outras dezenas de variantes de farinhas listadas no alerta oficial.

Manifestação da empresa

Até o momento do fechamento deste texto, não foram divulgadas manifestações públicas da Pan-African Food Distributors Inc. em defesa da empresa ou contestando os dados divulgados pela FDA.

Além disso, não há registro de ações legais ou notas de esclarecimento oficiais emitidas pela empresa nos canais públicos monitorados pela agência.

No entanto, a rápida resposta e o comunicado de recall mostram que a empresa se preocupa com a qualidade e lisura dos seus serviços.

• Importância da marca: Embora não seja uma marca amplamente conhecida, a Pan-African Food Distributors Inc. tem forte presença em comunidades de imigrantes africanos e caribenhos nos Estados Unidos.

Seus produtos costumam ser encontrados em mercados especializados, especialmente em grandes cidades como:

• Nova York;
• Atlanta;
• Chicago;
• Los Angeles.

Sendo assim, a amplitude do recall, envolvendo desde alimentos infantis até cosméticos, mostra a capilaridade dessa empresa em nichos alimentares e culturais importantes no território americano.

Riscos à saúde associados:

Em síntese, a contaminação por sujeira e fezes de roedores representa risco elevado para o desenvolvimento de doenças graves, como:

• Leptospirose
• Hantavirose
• Salmonelose
• Yersiniose
• E. coli
• Febre por mordedura de rato

A FDA orienta que qualquer consumidor com sintomas compatíveis procure atendimento médico imediato.

Como comprar produtos importados com segurança?

Para consumidores que optam por adquirir produtos importados, algumas medidas são fundamentais para evitar riscos:

• Primeiramente, verifique o rótulo e procure informações sobre o importador e fabricante.

• Em seguida, consulte órgãos de vigilância sanitária (como a ANVISA no Brasil e a FDA nos EUA) sobre alertas ativos.

• Além disso, evite produtos sem procedência clara, especialmente em marketplaces online ou lojas informais.

• Fique atento, principalmente às datas de validade, lotes e condições de armazenamento.

• Por fim, priorize marcas com canais oficiais de comunicação e presença institucional transparente.

Conclusão:

Em suma, a farinha, ingrediente fundamental da dieta, exige atenção redobrada quanto à sua origem.

Neste contexto, um caso envolvendo a Pan-African Food Distributors mostra que até marcas estabelecidas estão sujeitas a falhas graves.

Além disso, consumidores devem agir com cautela, e autoridades precisam manter fiscalização constante.

Afinal de contas, a segurança alimentar começa com informação confiável e escolhas conscientes. Mas, para saber mais informações sobre a Vigilância Sanitária e ANVISA, como seus alertas, clique aqui*.

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