Globo já está se preparando para fazer mais um remake de uma famosa novela dos anos 80

É muito comum quando muda a direção dentro da Globo que as decisões sejam repensadas. No caso da emissora carioca o diretor de dramaturgia anteriormente era Silvio de Abreu, mas atualmente é José Luiz Villamarim. Ele é o atual mandachuva das novelas. Então o que antes Silvio aprovou, Villamarim pode dispensar e vai ser o caso da fila das próximas novelas das seis.

Claro que é importante citar o fato de que a pandemia do Covid-19 afetou diretamente a Globo que chegou a parar por meses de gravar suas novelas inéditas e teve que reprisar tramas para as suas três faixas. Só na faixa das seis tiveram três reprises.

O caso é que desde então a primeira novela inédita das seis foi Nos Tempos do Imperador da dupla Thereza Falcão e Alessandro Marson que simplesmente esteve recheadas de sérios problemas.

Nos Tempos do Imperador teve péssima audiência, foi acusada de racismo reverso, teve acusação de racismo das atrizes Cinnara Leal, Dani Ornellas e Roberta Rodrigues nos bastidores, inclusive, o diretor Vinicius Coimbra foi demitido da Globo na ocasião.

Enfim, uma trama para se esquecer, depois disso veio Além da Ilusão de Alessandra Poggi e Mar do Sertão de Mário Teixeira que está no ar. Com o fim de Mar do Sertão por volta de março, virá Amor Perfeito da dupla Duca Rachid e Júlio Fischer e a próxima trama?

Segundo informações de Patrícia Kogut será um remake de Elas por Elas. Uma trama de Cassiano Gabus Mendes que foi exibida em 1982 e teve como destaque: Eva Wilma, Sandra Bréa, Joana Fomm, Aracy Balabanian e entre outras. Basicamente a trama se passa com 7 amigas de escola que anos depois se reencontram, relembram o passado e comparam com suas atuais vidas.

Cena de Elas por Elas (Foto: Reprodução/Memória Globo)

NEM COMEÇOU E JÁ DESAGRADOU?

De acordo Kogut foi a direção da Globo que pediu para que fosse feita a refilmagem de Elas por Elas diretamente para a dupla Thereza Falcão e Alessandro Marson e isso deixou os noveleiros surpresos. Até porque tinha a expectativa da volta de Lícia Manzo para a faixa, assim como foi cortada a novela de Thelma Guedes e Thiago Dottori.

Muitos detonaram a novidade já que acreditam que a dupla, Thereza e Alessandro, deveria ficar na geladeira da emissora por um tempo depois do que aconteceu em Nos Tempos do Imperador.

Fato é que a novela não será de época e terá a direção de Amora Mautner e deve vir aí no segundo semestre deste ano. 👀

Alessandro Marson e Thereza Falcão já escreveram Novo Mundo para a Globo (Foto: Divulgação)

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Nos Tempos do Imperador anda afundando a audiência das seis e a Globo está enlouquecida para virar o jogo

A verdade é que sem querer, querendo Nos Tempos do Imperador virou uma grande dor de cabeça para a Globo. Planejada para ir ao ar no começo de 2020, a trama de época foi duramente atingida pela pandemia do Covid-19, como demandaria mais trabalho foi solicitado que os autores Thereza Falcão e Alessandro Marson adiantasse os capítulos o mais rápido possível.

Não só adiantar, mas adaptar para os novos protocolos de segurança. Depois de ser adiada e interrompida, Nos Tempos do Imperador estreou sob alta expectativa, não só porque o horário das seis voltou a ter uma obra inédita, mas por ser a continuação de Novo Mundo.

Novela dos mesmos autores que fez sucesso em 2017, porém houveram decepções. A audiência não anda correspondendo, na verdade, está com um índice pior para a faixa desde Boogie Oogie (2015). A meta é ter 20 pontos e a trama está com uma média de 17. Mas, já chegou a ter um capítulo com 13.

O foco está no triângulo envolvendo Dom Pedro II (Selton Mello), Teresa Cristina (Leticia Sabatella) e a Condessa de Barral, Luísa (Mariana Ximenes). O problema é que público brasileiro dificilmente perdoa traição e o casal formado por Pedro e Luísa, apesar de ter química, justamente por isso é rejeitado.

Por outro lado, há o casal Pilar (Gabriela Medvedosvki) e Samuel (Michel Gomes) que depois que protagonizaram uma cena de racismo reverso, não conseguiram cativar o público. Adaptada, parece que a novela não desenvolve, o núcleo de humor não está no ponto. Fora que há uma romantização da monarquia e a ignorância com certos fatos históricos.

Para piorar todo esse problema, a novela virou uma obra fechada já que vem sendo gravada desde o ano passado. Segundo Patrícia Kogut a alta cúpula da Globo já está mexendo seus pauzinhos. Haverá um grupo de discussão para escutar telespectadores e a partir dessa pesquisa adicionar mudanças.

Cenas já gravadas estão sendo cortadas, quem acompanha o resumo de Nos Tempos do Imperador nota que em certos dias as informações estão menores que o de costume. Personagens continuarão morrendo e ainda haverá um banho de sangue!

ABENA E BALTAZAR

Depois de Ambrósio (Roberto Bonfim) e o pai de Luisa, os primeiros personagens a dar adeus a história foram a lavadeira Abena (Mary Sheyla) e o músico Baltazar (Alan Rocha). Casal importante para o núcleo da Pequena África desapareceu e a morte dos dois ficou implícita.

Após dias, Cândida (Dani Ornellas) viu os amigos no quarto onde Guebo (João Victor Menezes) delirava de febre. Sob uma luz branca, os corpos cheios de terra, molhados se deduz que os dois foram atacados por Borges (Danilo Dal Farra) e atirados ao mar.

Abena (Mary Sheyla) e Baltazar (Alan Rocha) em Nos Tempos do Imperador (Foto: Reprodução/Globo)

LURDES

Lurdes (Bia Guedes) foi a dama de companhia da Imperatriz Leopoldina (Letícia Colin) em Novo Mundo, ela seguiu na história quase como uma segunda mãe para Dom Pedro II. A morte da baronesa foi uma das cenas mais tristes exibidas na novela até agora.

Ainda que repentina e com gosto de quero mais, já que ela recebeu uma declaração de amor no leito de morte de Nicolau (Lu Grimaldi), ponto para Lu Grimaldi e Selton Mello pelas atuações.

Lurdes morreu na frente de Pedro em Nos Tempos do Imperador (Foto: Reprodução/Globo)

GERMANA E LICURGO

Casal de malandros fizeram sucesso em Novo Mundo também ganharam o seu espaço na sequência da novela, vividos por Guilherme Piva e Vivianne Pasmanter, eles morrerão em breve.

Após roubarem joias de Teresa Cristina, os idosos fugirão, mas Germana fica presa em um trilho. Licurgo tenta resgatá-la, mas o trem está vindo. Ele mandará ela passar as joias, mas Germana, revoltada, o puxa para a morte.

Licurgo e Germana morrerão em Nos Tempos do Imperador (Foto: Reprodução/Globo)

Vale ainda ressaltar que Dom Pedro II tem um inimigo, antes de Tonico Rocha (Alexandre Nero), o general paraguaio Solano Lopes (Roberto Birindelli).

Na reta final de Nos Tempos do Imperador esta rivalidade explodirá e haverá uma guerra entre os dois países. Se for como na vida real, ela será sangrenta e ceifará vários personagens.

Nos Tempos do Imperador entrará em breve na sua segunda fase e passarão oito anos na história, esse momento é aguardado para que a trama se recupere. Afinal de contas, o último capítulo será exibido apenas em 4 de fevereiro de 2022.

Apesar de acelerada, a substituta, Além da Ilusão, somente começará a ser gravada em outubro. Emissora não quer nova reprise, mas seria uma alternativa. Será que a Globo consegue reverter esta crise?

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Apesar dos constantes comentários negativos de uma parcela do público, geralmente concentrada no grupo conservador, o BBB ainda mobiliza uma grande quantidade de fãs por todo o país, prova disso é o crescimento de audiência registrado pela atual temporada. E parte dessa audiência é formada por personalidades que acompanham o reality da Globo quase que diariamente, incluindo um nome inusitado: Alessandro Marson, um dos autores de Novo Mundo, última novela das 18h da emissora.

O roteirista, até então estreante como autor solo, ao lado de Thereza Falcão, mostra, em entrevista à colunista Patrícia Kogut, que sua admiração pelo reality de confinamento não é à toa. Como autor, ele gosta de analisar o comportamento e relações dos participantes em situações de conflito, e até usar isso como inspiração para os seus trabalhos.

“O formato despertou a minha atenção. Principalmente pela possibilidade de ver como as pessoas agem em situações de conflito, que são inevitáveis e o objetivo do programa. Muitas personalidades vão se revelando ao longo da temporada, algumas ótimas surpresas. Como eles mesmos repetem há 18 edições, ‘as máscaras caem’. Só não assisti uma das edições (a nona) porque os participantes não me interessaram muito. Achei que a partir daquele momento o programa tinha caído na mesmice. Mas veio a seguinte, resolvi dar uma nova chance e voltei a me interessar. Na verdade, o que faz o reality ser bom ou ruim é o potencial de explosão e de exposição de quem entra na casa. Se há bons personagens, dispostos a se desnudarem, literalmente inclusive, diante de milhões de pessoas, o programa flui bem. Já assinei pay per view e tudo. Mas este ano estou mais comedido, vendo só pela Globo e pelo Multishow”, declarou.

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Marson, que também é comentarista assíduo do BBB nas redes sociais, fez uma breve análise da atual temporada: “Algumas pessoas, como sempre, não cumpriram o prometido e se transmutaram em plantas, mas ok. Outras estão se mostrando interessantes e fazendo o jogo andar. O ‘quero-mas-não-posso’ de Lucas (eliminado na terça) e Jéssica; as crises de Ana Clara com o pai chato; o Breno e o Kaysar, que são divertidos por si só. Enfim, tem galera boa de reality. E tem aqueles de ‘garrar ranço’ também: Caruso, Ayrton, Diego. São pessoas que o Brasil quer que saia logo. Menos o Ayrton, porque, se ele sair, a Ana Clara sai junto. Aliás, essa sacada de colocar um pai e uma filha, ainda mais um pai ‘mala-muito-mala’ e uma filha meio doidinha foi genial”.

Por fim, o autor, que já desenvolve um novo projeto de folhetim para a Globo, novamente em parceria com Thereza, revelou sua torcida por Ana Clara, que participa do jogo junto com o pai, Ayrton. “É a dona do meu coração. Só que ela tem aquela kryptonita, que é o Ayrton. Mas acho que ali dentro quem pode ganhar é Kaysar ou Gleice. Mas eles ainda estão evitando um pouco o jogo, o que pode ser uma estratégia. De qualquer maneira, se não perderem o timing de entrar em cena, pode ser que um deles ganhe. Hoje, apostaria no Kaysar. Mas não descarto a hipótese de um azarão, como o Mahmoud, levar o prêmio”, afirmou o autor.

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Os autores Thereza Falcão e Alessandro Marson no lançamento de Novo Mundo
(Foto: Globo/Raquel Cunha)

Autores de Novo Mundo, novela das seis encerrada no final de setembro, Thereza Falcão e Alessandro Marson já têm novo trabalho na Globo.

Os novelistas – ainda em período de férias – responsáveis pela trama protagonizada por Isabelle Drummond (Anna) e Chay Suede (Joaquim), que teve a Independência do Brasil como pano de fundo, irão desenvolver juntos uma nova novela para a emissora, de acordo com informações do jornal O Globo.

Em janeiro, Thereza e Alessandro darão início à nova sinopse que será apresentada a Direção de Dramaturgia Diária da Globo, liderada por Silvio de Abreu.

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A ideia da dupla é manter a linha de romance histórico, assim como em Novo Mundo. O período que será abordado, no entanto, ainda não foi definido.

Apostas da Globo
Colaboradores de novelas de sucesso como Cordel Encantado e Avenida Brasil, Thereza Falcão e Alessandro Marson fazem parte de uma nova leva de autores lançados pela Globo para renovar o time de novelistas, assim como Daniel Ortiz, Angela Chaves, Alessandra Poggi, Claudia Souto, Daniel Adjafre, entre outros.

A dupla carimbou a permanência no grupo de autores titulares após o sucesso de Novo Mundo, que fechou com média geral de 23,7 pontos e teve a segunda maior audiência do horário das seis desde Cordel Encantado, que alcançou 26 pontos em 2011 – só não superou Eta Mundo Bom (2016), que marcou 27,1 pontos.

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Nina (Débora Falabella) aponta arma para Carminha (Adriana Esteves) em “Avenida Brasil”
(Foto: Reprodução/Globo)

Cinco anos após o final do fenômeno “Avenida Brasil”, novela das nove que parou o país em seu último capítulo (imagem acima), três dos cinco colaboradores da trama já foram promovidos a autores titulares pela Globo.

O folhetim, de autoria de João Emanuel Carneiro, contou com cinco profissionais em seu time de colaboradores: Marcia Prates, Alessandro Marson, Antonio Prata, Luciana Pessanha e Thereza Falcão. Desses, Prates, Marson e Falcão foram promovidos a autores nos últimos tempos – a primeira, no entanto, não chegou a estrear como autora solo.

A primeira a ganhar promoção na emissora foi Marcia Prates, escalada para escrever a novela de época “Liberdade, Liberdade”, que foi ao ar em 2016. A escritora chegou a desenvolver a trama, mas acabou não estreando como autora titular.

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A autora Marcia Prates
(Foto: Reprodução)

Prates já havia escrito o argumento, sinopse e alguns capítulos de “Liberdade, Liberdade”, quando a Globo a afastou porque considerar o texto com sérios problemas históricos e dramatúrgicos que interferiram até na cenografia. Como a novela já estava em fase de pré-produção, Mario Teixeira foi escolhido para reescrevê-la e assumir a autoria.

Já em 2016, a Globo promoveu a dupla Thereza Falcão e Alessandro Marson, que passou a desenvolver uma história que originou “Novo Mundo”, novela das seis que terminou no último dia 25.

Falcão e Marson já tem uma parceria de 12 anos e trabalharam juntos em muitos projetos, mas se reencontraram em “Avenida Brasil” (2012). Porém, foi colaborando em outra novela de João Emanuel Carneiro que os dois desenvolveram sua primeira trama solo. “Nossas conversas começavam no carro durante o trajeto até o trabalho. Acompanhávamos o ‘Ofício em Cena’, gravado nos Estúdios Globo, e estávamos em ‘A Regra do Jogo’, que ainda não tinha estreado”, revelou Marson em entrevista antes da estreia de “Novo Mundo”.

O autores Thereza Falcão e Alessandro Marson
(Foto: Globo/Raquel Cunha)

“Começamos a falar sobre criar algo. Tínhamos ideias sobre um herói, alguém que abrisse mão da sua própria vida pelo todo e fizesse algo grandioso. Lemos os livros sobre Dom Pedro I e falamos: “Temos esse herói”. Um jovem de 22 anos que resolveu ser imperador de um país que ele inventou. Isso é uma coisa heroica, grande, que existiu. Começamos por aí. A história do Dom Pedro serve como pano de fundo, mas criamos outros heróis fictícios”, contou o autor na época.

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Walcyr Carrasco está incansável na Globo (Foto: Divulgação)

Os autores de novelas da Globo têm sofrido com a forte concorrência na emissora.

Assim como acontece com os atores, a emissora não quer dar muita folga para eles não. Longas férias de dois a quatro anos antes de começar a pensar em outro trabalho, para a grande maioria dos casos, deixaram de existir, como informa o jornalista Flávio Ricco.

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Ou se inicia um novo trabalho após breve descanso ou existe a convocação para supervisionar o serviço de alguém. A regra passou a valer tanto para os mais novos como aos mais antigos. E isso levou os mais antigos a se portarem como os mais novos.

O modo de trabalhar do Walcyr Carrasco, que sempre se caracterizou por escrever em ritmo contínuo, sem intervalos muito extensos, está cada vez mais em voga. Podemos citar como exemplo a dupla Alessandro Marson e Thereza Falcão. Mal saíram do ar com “Novo Mundo” e já estão preocupados em entregar uma outra sinopse.

O fato é que todos, de uma maneira ou de outra, estão procurando reservar seus lugares nas filas, seja do horário das 18h, 19h, 21h ou nas superséries das 23h.

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Caio Castro em Novo Mundo (Foto: Divulgação/GShow)

Como se sabe, no dia 7 de setembro é comemorada a Independência do Brasil, em referência ao mesmo dia de 1822, que é oficialmente a data que Dom Pedro declarou o Brasil um país livre de Portugal.

Trata-se de um dos atos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o término do domínio português e a conquista da autonomia política,.

Assim como na vida real, na ficção o momento também será retratado, e de forma toda especial pela novela “Novo Mundo”, como informa a jornalista Patrícia Kogut. Os autores Thereza Falcão e Alessandro Marson trabalham para que a cena em que Dom Pedro (Caio Castro) proclamará a independência do Brasil.

Além disso, a Globo planeja para que o episódio vá ao ar exatamente no dia 7 de setembro, operação esta que não será fácil, em se tratando de uma obra aberta e que é gravada com pouca antecedência.

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Isabelle Drummond interpretando a protagonista da novela das seis (Foto: Montagem/Tv Foco)

Em “Novo Mundo” atual novela das seis, parece que não andam explorando o talento de Isabelle Drummond, atriz intérprete de Anna Millman, como haviam prometido inicialmente.

Antes da aventura romântica começar, a mocinha e protagonista, Anna era descrita como uma mulher à frente do seu tempo. Em entrevista para o site do Gshow, Isabelle descreve a personagem: “Ela é uma mulher corajosa. A Anna tem seu lado romântico, mas é ousada.”, constatou.

No entanto, Thereza Falcão e Alessandro Marson, autores da novela parecem ignorar o talento da atriz que provou ser ótima como na cena onde Anna vê Joaquim (Chay Suede) levar um tiro antes de cair ao mar.

Agora na novela Anna é a senhora Johnson e perdeu as características iniciais de sua trama, está apenas envolvida com suas questões amorosas e pareceu se esquecer que veio ao Brasil para descobrir mais sobre o desaparecimento de seu pai.

Será que a trama de Anna ficará só em seu triângulo amoroso ou passará a ficar mais interessante com a mocinha voltando à personalidade dos primeiros capítulos?

“Por Thais Teles | Texto opinativo que não reflete necessariamente a visão do TV FOCO

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Nathalia Dill (Júlia/Lorena) e Vladimir Brichta (Gui) protagonizam “Rock Story” (Foto: Divulgação/Globo)

A Globo convive com um fato um tanto quanto curioso e até incômodo envolvendo os autores de suas novelas. Tal fato diz respeito às novelas de autores estreantes estarem fazendo muito mais sucesso do que a maior parte das tramas dos autores veteranos. Como prova, os melhores folhetins atuais (“Novo Mundo” e “Rock Story”) são de nomes novos no ramo titular de autorias.

Dirigida artisticamente por Vinícius Coimbra, “Novo Mundo” é uma aventura romântica ambientada no Brasil do início do século XIX, entre 1817 e 1822, que traz um amor entre jovens como motor atrativo para prender o público na trama. A novela das 18h, que tem mostrado uma grande qualidade técnica e de conteúdo e marcado bons números na audiência, é a primeira da dupla Thereza Falcão e Alessandro Marson na autoria principal. Eles assinaram a colaboração de tramas como “Avenida Brasil” e “Joia Rara” e agora são destaques solos.

EDIÇÃO ANTERIOR: Os motivos que tornaram Leifert, Emilly e Marcos protagonistas do “BBB17”

Thereza Falcão e Alessandro Marson (Foto: Raquel Cunha/Globo)

Com direção geral de Dennis Carvalho e Maria de Médicis, “Rock Story” é uma história de música com enlaces românticos e pitadas de intrigas. A novela das 19h, também com uma qualidade técnica e de conteúdo indiscutíveis e com índices robustos de audiência – inclusive vencendo em ocasiões a trama das 21h –, é escrita por Maria Helena Nascimento. Ela trabalhou por mais de 20 anos como colaboradora de nomes como Aguinaldo Silva e Gilberto Braga e agora também se destaca em carreira profissional solo na emissora.

Maria Helena Nascimento (Foto: Divulgação/Gshow)

Ante ao exposto, fica claro o sucesso dos novos autores e como isso impacta e pressiona os autores veteranos a produzirem novelas com um gás revigorado, para que só então possam manter a qualidade necessária para contemplar às expectativas do público noveleiro cada vez mais exigente.

Críticas e/ou sugestões? Contato: danyllo@otvfoco.com.br | @Ligado_na_TV

As opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do TV Foco

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Joaquim (Chay Suede), Piatã (Rodrigo Simas) e Anna (Isabelle Drummond) em ‘Novo Mundo’
(Foto: Globo/Raquel Cunha)

Autores de ‘Novo Mundo’, a nova novela das seis da Globo, Thereza Falcão e Alessandro Marson contaram como surgiu a história da trama e revelaram que escreveram os primeiros 24 capítulos sozinhos.

Natural do Rio de Janeiro, escritora, autora e diretora teatral, além de roteirista de televisão brasileira, Thereza Falcão iniciou sua formação na Faculdade de Teatro da Universidade do Rio de Janeiro (UNIRIO) e em cursos do Teatro Tablado. Escreveu, em parceria com Julio Fischer, o musical “Emilinha e Marlene, as Rainhas do Rádio” e, com Alessandro Marson, a comédia “ A Invenção do Amor”. Adaptou para o teatro os romances “A Mulher que escreveu a Bíblia”, de Moacyr Scliar e “Memórias de Adriano”, de Marguerite Youcenar. Desde 1999 é roteirista da Globo, onde já escreveu diversos programas e novelas, como ‘Correndo Atrás’, ‘Sítio do Pica-Pau Amarelo’, ‘O Pequeno Alquimista’, ‘Toma Lá Dá Cá’ e colaborou nas novelas ‘O Profeta’, ‘Cama de Gato’, ‘Cordel Encantado’, ‘Avenida Brasil’, ‘Joia Rara’ e ‘A Regra do Jogo’. Escreveu ainda o livro infantil “A História de um Desenho” (2004).

Nascido em Campinas, formado em Jornalismo na PUC (1992), Alessandro Marson fez especialização na ECA da USP e cursou roteiro no Instituto de Pesquisa da Telenovela (1998). Fez a Oficina de Dramaturgia e a Oficina de Humor na Globo (2000). É roteirista, com passagens por programas infantis como ‘X-Tudo’, ‘Cocoricó’ e ‘Sítio do Pica-Pau Amarelo’. Em novelas, colaborou em sucessos como ‘O Profeta’, ‘Desejo Proibido’, ‘Araguaia’, ‘Flor do Caribe’, ‘Cordel Encantado’, ‘Avenida Brasil’, ‘Joia Rara’ e ‘A Regra do Jogo’. Também assinou o musical ‘Garota de Ipanema’ e o longa ‘Apaixonados’ (2016).

Thereza Falcão e Alessandro Marson, autores de ‘Novo Mundo’
(Foto: Globo/Raquel Cunha)

Como começou a parceria de vocês? Como é a dinâmica de trabalho em dupla?
Thereza – Fiz o ‘Sítio do Pica-Pau Amarelo’ com o Alessandro, em 2005. No ano seguinte, eu e ele fomos colaborar na nossa primeira novela, ‘O Profeta’. Quem levou a gente para o projeto foi a Duca Rachid. De lá eu fui para o ‘Toma Lá Dá Cá’ com o Miguel Falabella e o Alessandro foi fazer ‘Desejo Proibido’ com o Walter Negrão. De lá, fomos os dois para a segunda novela da Thelma Guedes e Duca, ‘Cama de Gato’. Dali, o Alessandro voltou a trabalhar com o Negrão em ‘Araguaia’ e eu fui com a Thelma e a Duca para a sinopse de ‘Cordel Encantado’, onde Alessandro colaborou também. Depois nos reencontramos em ‘Avenida Brasil’. Hoje, são 12 anos de parceria. Nos completamos. Venho com a ideia e ele vem com uma coisa que arremata ou o contrário. Tudo é nosso. Em ‘Novo Mundo’, escrevemos os primeiros 24 capítulos sozinhos. Quando juntamos as cenas, elas estavam totalmente uniformes. As pessoas não sabem quem escreveu o que, e não é pra saber mesmo (risos).

Alessandro – Mantemos uma rotina de trabalho que considero muito importante. Escrever é rotina, tem que reservar horas do seu dia. Temos um lugar onde nos encontramos. Temos hora para chegar e só saímos quando terminamos as escaletas do dia. Nossa visão de mundo é muito parecida, e isso é importante. Acho fundamental ter uma pessoa para discutir, dividir. Sempre que tem discussão, debate de ideias, isso acaba deixando a história muito melhor.

Como surgiu a ideia desse projeto? Como vocês definem ‘Novo Mundo’?
Alessandro – Nossas conversas começavam no carro durante o trajeto até o trabalho. Acompanhávamos o ‘Ofício em Cena’, gravado nos Estúdios Globo, e estávamos em ‘A Regra do Jogo’, que ainda não tinha estreado. Começamos a falar sobre criar algo. Tínhamos ideias sobre um herói, alguém que abrisse mão da sua própria vida pelo todo e fizesse algo grandioso. Lemos os livros sobre Dom Pedro I e falamos: “Temos esse herói”. Um jovem de 22 anos que resolveu ser imperador de um país que ele inventou. Isso é uma coisa heroica, grande, que existiu. Começamos por aí. A história do Dom Pedro serve como pano de fundo, mas criamos outros heróis fictícios. Tem o ideal da independência e a história dos índios, que a gente queria falar de uma maneira não caricata. A trama do Joaquim (Chay Suede) e dos índios vem por aí. “Por que aquelas pessoas acreditavam que o Brasil podia dar certo?”. A gente pode voltar a acreditar que aqui pode dar certo. Nossa protagonista Anna (Isabelle Drummond) estará bem próxima de Leopoldina (Letícia Colin) e Joaquim, do Dom Pedro (Caio Castro). A história de Anna e Joaquim não pode ser contada em outra época, se não da independência do Brasil. Para ser contada, precisa dos elementos que aconteceram naquela época. Isso dá uma exclusividade, um tom inédito à obra.

Thereza – Chegamos à conclusão que tínhamos que falar da figura do herói. Essa pessoa que deixa de pensar como indivíduo e passa a pensar no coletivo. Aí veio a questão da época. Pensamos em falar sobre a formação do povo brasileiro. Como a gente vê esse país de hoje. De onde ele veio? Como eram as pessoas que vieram de fora? O que elas queriam de bom ou de ruim? Nosso herói é um brasileiro que retorna de uma maneira que ele não tem como fugir. Ele vai se fazer em uma nação brasileira. Os acontecimentos “macro” afetam sua vida, e a vida dele pode vir a afetar esse movimento maior da independência.

Para vocês, qual a principal mensagem da novela?
Thereza – “Eu só posso ser feliz se todos são felizes”. A felicidade é coletiva. Saber que, às vezes, você pode fazer alguma coisa é o princípio do coletivo. E é isso que o Joaquim faz. Ele podia ir atrás do amor dele, a Anna, mas prefere lutar pela causa dos índios. Abre mão do seu quinhão de felicidade momentânea para fazer a felicidade de um monte de gente.

Alessandro – Queremos passar um otimismo. Esse país foi criado para dar certo. E, hoje, toda vez que vemos o noticiário ficamos tristes, chateados. Não somos assim, não precisa ser assim. Se conseguirmos devolver um pouco de otimismo para as pessoas vai estar ótimo.

E essa viagem que atravessa o Atlântico? Qual a importância dela na trama dos protagonistas da história?
Thereza – Quando os europeus saíram do Velho Mundo rumo ao Brasil, muita coisa mudou na vida deles. A vida da Leopoldina e dos outros personagens que vieram com ela também vai mudar. Mas é um novo mundo que se abre, inclusive para Joaquim (Chay Suede) e Anna (Isabelle Drummond). Falamos dessa descoberta individual. Eles fazem esse novo mundo e, a partir disso, começará um processo de mudanças que culminará na independência do Brasil.

Alessandro – A busca do novo mundo é a busca de um objetivo para cada um dos personagens. A Anna (Isabelle Drummond) vem atrás de algumas coisas e vai descobrir outras que ela não sabia sobre o pai e o passado dela. O Piatã (Rodrigo Simas) também descobrirá muitas coisas sobre si mesmo. Tudo está ligado a esse novo mundo, e tudo o que acontece muda radicalmente essas pessoas. O legal é que elas são mudadas pelo mundo e o mundo é mudado por elas. Sem elas, esse novo mundo não seria possível.

Como foi realizada a pesquisa histórica? Como isso ajudou no processo de elaboração do texto?
Thereza – Assistimos a filmes, visitamos museus com peças lindas no Rio de Janeiro, o Paço Imperial, o Museu Histórico Nacional, a exposição sobre a Leopoldina no Museu de Arte do Rio, as igrejas do centro. Começamos a desenvolver a história em paralelo às leituras. Muitos personagens que criamos, encontramos depois nas pesquisas. O historiador Francisco Vieira é nosso consultor. Também lemos os livros do Laurentino Gomes, “1808” e “1822”, “A Carne e o Sangue”, de Mary Del Priore, e a biografia de Dom Pedro escrita por Isabel Lustosa, entre outros. A leitura dá uma base segura, até mesmo para a licença poética. Desejamos que as pessoas tenham interesse pela história do Brasil, que leiam e procurem saber mais. Se conseguirmos atrair o público, teremos alcançado nosso objetivo.

Alessandro – Fomos com o nosso consultor, Francisco Vieira, passar um dia no centro do Rio de Janeiro. Vimos onde a família Real vivia, no Paço Imperial, como era, aonde iam, a igreja onde casaram. Andar pelas ruas estreitas do centro do Rio é uma viagem no tempo. O legal na pesquisa foi descobrir coisas que a gente achava totalmente ficcionais, mas aconteceram de fato. Como estamos falando de um período específico, entre 1817 a 1822, dá pra saber mês a mês tudo o que aconteceu, e vamos usando isso na história. Queremos mostrar que temos uma história feita de heróis.

O que o público pode esperar de Novo Mundo?
Thereza – Aventura, emoção e história. As pessoas vão se emocionar com o amor, a dedicação e a frustração de alguns personagens, principalmente Anna (Isabelle Drummond), Leopoldina (Letícia Colin) e Joaquim (Chay Suede). Sonoramente a novela vai marcar também. O público ouvirá uma trilha que não está acostumado, mais cinematográfica.

Alessandro – A novela vai ser muito bonita visualmente. Teremos uma semana de novela em um navio, outra semana em uma tribo indígena e um casamento de princesa de verdade, só para citar alguns exemplos.

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