Samuca (Nicolas Prattes) e Marocas (Juliana Paiva) são os protagonistas de O Tempo Não Para. (Foto: Divulgação)

O autor Mário Teixeira já entregou o último capítulo de O Tempo Não Para, que chegará ao fim na próxima segunda-feira (28). A trama inusitada, que gira em torno de uma família do século XIX, que fica congelada por muito tempo e acaba despertando nos dias atuais, prendeu o público no início e demonstrou bastante potencial, mas acabou se desgastando e chega a sua reta final com índices discretos.

Apesar disso, Teixeira é otimista, e em entrevista ao GShow, onde chegou a responder algumas perguntas de fãs do folhetim, ele revelou estar feliz com o seu trabalho e a recepção do público, principalmente ao casal protagonista, Samuca (Nicolas Prattes) e Marocas (Juliana Paiva). “Estou bastante feliz. Conseguimos contar uma história de amor inusitada entre duas pessoas de séculos diferentes e o público abraçou esse casal desde o início. Esse romance ainda costurou tramas divertidas, inusitadas e cheias de reviravoltas”, disse.

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Outro fator que o autor vê como positivo é o fato de ter conseguido discutir vários temas sociais na trama. “Estou bastante satisfeito com os rumos dos personagens e com as discussões que pudemos levantar ao trazer uma família do século XIX para o século XXI. Os ‘congelados’ trouxeram uma visão que é, muitas vezes, o que as pessoas pensam hoje em dia e conseguimos lançar luz sobre uma série de coisas, inclusive sobre o óbvio, que, por conta da correria dos nossos dias, passam despercebidas e que são tão importantes”, declarou.

Mesmo sem entrar em detalhes, o novelista ainda revelou o que os telespectadores podem esperar do desfecho do casal protagonista. “Samurocas ainda vai passar por poucas e boas. Mas ter a certeza de que o amor deles é genuíno e recíproco é a maior fonte de inspiração para lutarem. Continue acompanhando. Teremos sequências emocionantes!”, falou.

Mário Teixeira é autor de O Tempo Não Para. (Foto: Divulgação)

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Os trabalhos de O Tempo Não Para estão bastante adiantados, pelo menos na parte criativa. O autor Mário Teixeira já encerrou a escrita dos roteiros e entregou à Globo o último capítulo da atual novela das 19h com quase um mês de antecedência — o folhetim deve chegar ao fim no próximo dia 28.

Porém, de acordo com a colunista Patrícia Kogut, o novelista não terá muito tempo para descanso e já se dedica a um novo projeto na emissora. Trata-se da minissérie Aracy: O Anjo de Hamburgo. O autor  fará ajustes no texto da trama, que teve sua data de estreia adiada, mas agora passou a ganhar mais atenção da Globo.

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A minissérie narrará à história real de Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa, segunda mulher do escritor João Guimarães Rosa, que segundo alguns relatos históricos, teria usado sua influência no consulado brasileiro em Hamburgo, na Alemanha, para facilitar a entrada de judeus no Brasil de modo ilegal.

Tudo isso teria ocorrido a partir de 1938, pré-Segunda Guerra Mundial, quando o país europeu já estava sob pleno controle do partido Nazista, liderado pelo ditador Aldolf Hitler, que perseguia e executava judeus. Dessa forma, Aracy teria livrado diversos indivíduos da cadeia e até da morte. O suposto ato heroico chegou a lhe render a alcunha de “O Anjo de Hamburgo”.

O elenco contará com nomes como os de Sophie Charlotte, Mateus Solano, Fernanda Montenegro e Reynaldo Gianecchini. A direção será de Jayme Monjardim.

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Rosi Campos em sua festa surpresa nos bastidores de O Tempo Não Para, ao lado das suas “filhas” Juliana Paiva (Marocas), Nathália Rodrigues (Kiki) e Raphaela Alvitos (Niko) (Foto: Reprodução)

Após três semanas afastada das gravações de O Tempo Não Para, a atriz Rosi Campos está de volta à novela e recebeu uma surpresa da equipe.

A atriz, muito querida na Globo, ganhou uma festa surpresa do elenco e da produção em seu retorno, como informa a jornalista Carla Bittencourt. Os colegas escreveram cartazes carinhosos e penduraram pelo estúdio onde é gravado a trama.

Para quem não sabe, a intérprete se sentiu mal, caiu em casa, em São Paulo, e ficou alguns dias internada para fazer exames. Por esse motivo, o autor da novela Mário Teixeira precisou reescrever cenas de Agustina. Para explicar o sumiço da mulher, o escritor decidiu colocá-la doente.

Rosi Campos atua em O Tempo Não Para, na Globo (Foto: Reprodução)

“Deus atendeu nossas preces… E de Nhá Agustina, que, de tanta aflição, até caiu doente!”, comentou Cesária (Olivia Araujo) em uma das cenas. Algumas delas foram resolvidas em conversas por telefone, onde só a voz de Rosi aparecia. Em outras, uma dublê apareceu de longe fazendo o papel da mãe de Marocas (Juliana Paiva).

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Em uma sequência, Dom Sabino (Edson Celulari) e Agustina falam sobre o sumiço de Amadeu (Luiz Fernando Guimarães). Originalmente, eles teriam esse diálogo pessoalmente, entretanto foi adaptado para eles se falarem somente pelo telefone.

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Dona Agustina (Rosi Campos) em cena de O Tempo Não Para
(Foto: Divulgação/Globo)

Como já informamos no TV Foco, há quase duas semanas a atriz Rosi Campos saiu de O Tempo Não Para devido a um acidente doméstico.

Ela passou mal, e em decorrência disso caiu em sua casa em São Paulo, e teve até que ficar internada para fazer exames. Por esse motivo, o autor da novela Mário Teixeira precisou reescrever às pressas cenas de Agustina na produção.

Para explicar o sumiço da congelada, o escritor optou por colocá-la doente também na trama, como informa a jornalista Carla Bittencourt. “Deus atendeu nossas preces… E de Nhá Agustina, que, de tanta aflição, até caiu doente!”, declarará Cesária (Olivia Araujo) em uma das cenas.

A atriz Rosi Campos, de O Tempo Não Para (Foto: Divulgação)

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Muitas sequências de Agustina serão mantidas com o recurso de conversas por telefone. Em algumas outras, uma dublê fará o papel da mãe de Marocas (Juliana Paiva), aparecendo de longe. Em uma cena, Dom Sabino (Edson Celulari) e Agustina falam sobre o sumiço de Amadeu (Luiz Fernando Guimarães). Antes, eles teriam essa conversa pessoalmente, entretanto agora dialogam somente pelo telefone. Ainda não há previsão para a volta de Rosi às filmagens.

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Núcleo dos congelados de O Tempo Não Para, nova novela das sete da Globo
(Foto: Globo/João Miguel Júnior)

Autor de O Tempo Não Para, nova novela das sete da Globo, Mário Teixeira falou sobre a história, revelou como surgiu a ideia de escrever a trama e contou como os congelados vão reagir ao despertar nos dias atuais.

Em seus últimos trabalhos, Teixeira assinou a autoria das novelas das onze Liberdade, Liberdade (2016) e das sete I Love Paraisópolis (2015), esta ao lado de Alcides Nogueira. Foi coatuor das novelas Os Ossos do Barão (1996), O Cravo e a Rosa (2000) e Ciranda de Pedra (2008), além de ter colaborado com Silvio de Abreu em Passione (2010). Na Globo, escreveu também O Anjo de Hamburgo, produção ainda em desenvolvimento.

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Confira a seguir entrevista com o autor Mário Teixeira.

Como você define a novela?
É uma comédia romântica. Conta uma história de amor inusitada entre duas pessoas de séculos diferentes, cheia de reviravoltas e peripécias. Uma delas veio do final do século XIX; e o outro, dos dias atuais. Isso vai causar inúmeras confusões. No fundo eles são muito parecidos, cada um deles em sua época. Marocas era uma inconformista, era a favor da abolição, era republicana. Hoje em dia, Samuca é dono de uma grande empresa que tem preocupação ambiental. Eles sonham em mudar o mundo, cada qual a seu modo. Por isso vão se completar. É uma novela realista e com humor, que se passa na Freguesia do Ó, em São Paulo. É uma crônica de comportamento.

Como surgiu a ideia de escrever essa história?
Acredito que as referências vão surgindo ao longo da vida. Tem um livro que eu gosto muito chamado “O Dorminhoco”, do H. G. Wells, que depois virou o filme do Woody Allen. Mas eu não pensei necessariamente nesse livro que eu leio desde os 14 anos, seguidamente, para criar a novela. Está no meu inconsciente e aflorou no momento certo.

O autor Mario Teixeira em cenário da novela O Tempo Não Para
(Foto: Globo/João Miguel Júnior)

Como os “congelados” vão reagir diante da sociedade contemporânea?
A  premissa principal é o deslocamento desses personagens no tempo e a necessidade de eles se adaptarem ao século XXI. Eles vieram de um mundo onde não existia penicilina, por exemplo; onde não existia televisão; onde a fotografia estava no início. Eles vão enfrentar um mundo novo onde tudo é diferente. O principal choque, no entanto, não vai ser o das questões tecnológicas. Eles vão ter que reaprender a sentir como uma pessoa moderna, contemporânea. A questão da ética e o inconformismo dos personagens congelados em relação às injustiças de hoje em dia, terão destaque na novela. Eles vão se surpreender bastante com as novas estruturas sociais e a liberdade que, aos poucos, estamos alcançando para cada um ser quem é em pleno século XXI. Mas eles vão aprender a lidar com isso. Damásia, Cesária, Cairu, Menelau e Cecilio vão perceber que são livres e descobrir seus novos lugares. As crianças Nico e Kiki vão para a escola, apesar da resistência inicial de Dom Sabino, já que, embora houvesse exceções, era improvável que meninas de sua classe social fossem para o colégio em 1886. As que estudavam geralmente tinham preceptoras. Marocas vai querer trabalhar e tirar sustento para ajudar a família. Ou seja, eles também vão descobrir pontos positivos dos dias atuais e se adequar a essa realidade.

O século XIX fica apenas no primeiro capítulo, mas os personagens carregam essa época no comportamento, no visual e na forma de se expressar, com um vocabulário de época. Fale um pouco sobre isso?
Sim, boa parte do vocabulário dos “congelados” é de época e eles têm uma gramática que é muito particular. A fala deles é anacrônica, mas está sempre inserida numa situação que é compreensível. Ao mesmo tempo em que eles abraçam as comodidades do progresso, eles conservam valores que são muito sólidos e que vão acabar contaminando outros personagens também, que vão querer ser melhores perto deles. Tudo isso feito com humor. Gosto muito de comédia e acho que rir é a solução para muita coisa.

O que o público pode esperar da história?
É uma história divertida e inusitada, cheia de reviravoltas que tem tudo a ver com os dias atuais. Parte de uma premissa fantástica, que é o congelamento de pessoas por mais de 100 anos, mas é uma trama realista, que vai contar o dia a dia dessas pessoas na cidade grande. A visão dos nossos “congelados” é muitas vezes o que as pessoas pensam hoje em dia. Esse olhar vai lançar luz sobre uma série de coisas, inclusive sobre o óbvio, as coisas que, por conta da correria dos nossos dias, passam despercebidas e que são tão importantes.  

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