Apesar de ter se tornado alvo de críticas negativas da mídia especializada pelo “texto frágil” e “sem inovações” de Pega Pega, Claudia Souto se sobressaiu em virtude da boa audiência da trama.

E após ter o privilégio de fazer sua estreia como autora titular após 25 anos trabalhando apenas como colaboradora, ela agora desfruta do fato da trama chegar ao mercado internacional. Com o título espanhol de La Trampa (A Armadilha), Pega Pega foi um dos destaques no catálogo de vendas da Globo na feira internacional Natpe Budapeste. E esse espaço conquistado pelo folhetim fez a autora ser procurada pela mídia estrangeira para falar mais sobre a trama.

Em entrevista ao site latino TTVNews, Claudia revelou que o projeto da novela levou cinco anos para sair do papel. “Foi uma grande alegria, um sonho realizado. Pega Pega levou cinco anos para ir ao ar, desde a apresentação da sinopse até a estreia. Foi uma história muito trabalhada, que eu realmente queria contar. E quando Silvio de Abreu assumiu o departamento de dramaturgia, ele leu e acreditou no potencial da trama. Ele me deu luz verde para continuar e eu me joguei de corpo e alma”, declarou.

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A autora também falou sobre as semelhanças da trama principal de Pega Pega com a da série La Casa de Papel, da Netflix, que é um fenômeno em todo o mundo, e assim como a novela da Globo, também gira em torno de um assalto. “Estou assistindo a La Casa de Papel apenas agora. E estou gostando muito. Mas é completamente diferente. Na série, os personagens são profissionais. Em Pega Pega, eles são pessoas comuns, não criminosos. E lá existe um quinto elemento, juntamente com Julio (Thiago Martins), Sandra Helena (Nanda Costa), Agnaldo (João Baldasserini) e Malagueta (Marcelo Serrado, Fina Estampa), que é a sorte”, disse.

Ao comentar sobre o futuro, Claudia revelou que já desenvolve um novo projeto para a Globo: “Eu confesso que levei muito tempo para dizer adeus a personagens tão deliciosos e a um enredo em coloquei toda a minha emoção. Agora estou trabalhando em uma nova história. Há outra questão com a qual quero lidar agitando meu coração e, pouco a pouco, novos personagens começam a se expressar dentro de mim”.

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Claudia Souto em entrevista com Leda Nagle (Foto: Reprodução)

Como se sabe, Pega Pega foi um sucesso de audiência na Globo. A trama foi escrita pela autora Claudia Souto, sendo a sua primeira novela solo.

“Estou super feliz, eu não imaginava assim, quando a gente faz uma novela a gente faz o melhor, mas eu não imaginava que seria tanto, que quebraria recordes. A média foi de 29 pontos, o que não acontecia desde 2012, com Cheias de Charme”, diz Claudia em entrevista para Leda Nagle.

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“Eu brinco que foi a estreia de uma veterana, porque eu estou há 25 anos na TV Globo. Eu já escrevi tudo que você imaginar. Comecei em 1992 no Casseta e Planeta fazendo piada para o Bussunda. Eu era fã deles, mandei um texto e o Cláudio Manoel me chamou”, revela.

Além disso, ela declarou que já escreveu até realities. “Desde então eu fui escrevendo todo tipo de programa, programa de auditório, roteiro para reality show. Eram cinco roteiros diferentes. Eram desde o que que os caras vão viver até como que aquelas gravações iam se tornar em um episódio encaixando as cenas”, conta.

Claudia afirma que o segredo do sucesso é que ela conhece o meio da TV. “Eu sou uma pessoa de televisão. Você percebe como funciona o meio, e escrever quando você é titular, não é só escrever, você se preocupa com a produção, com os atores. Ou dentro de uma cena, com um veterano e um iniciante, você tem que saber equilibrar isso, dar o valor que aquele veterano tem”, explica.

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A atriz Camila Queiroz com a autora e o diretor da novela Pega Pega, (Foto: Reprodução/Instagram)

A atriz Camila Queiroz emplacou a sua primeira protagonista central na Globo. Em Pega Pega, ela viveu a doce e meiga Luíza, par romântico de Eric, personagem do ator Mateus Solano. Essa foi a terceira novela da atriz na TV Globo.

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Nas redes sociais, Camila publicou uma foto ao lado da autora do folhetim Cláudia Souto e do diretor geral Luiz Henrique Rios e agradeceu pela oportunidade. Vale lembrar que a moça foi bastante critica no início da trama e perde espaço para Nanda Costa, a Sandra Helena.

“Com os olhos cheios de lágrimas agradeço vocês dois. Luiz Henrique Rios e Claudia Souto, obrigada por confiarem a mim a nossa Luíza. Obrigada por essa história tão real e tão importante de ser contada nos dias atuais. Obrigada por tanta sensibilidade e por terem feito todos os personagens brilharem. Minha sincera gratidão”, disse a moça na legenda da foto.

SAIBA O QUE CAMILA QUEIROZ FARÁ DEPOIS DE PEGA PEGA

A atriz Camila Queiroz encerrou ontem, segunda-feira (08), sua participação na novela Pega Pega. A Globo leva ao ar o último capítulo da trama em que Camila vive a protagonista Luíza, par do ator Mateus Solano na história.

De acordo com informações do jornalista Leo Dias, a moça passa a pensar exclusivamente nos detalhes do seu casamento com o também ator Klebber Toledo. Os dois pretendem trocar aliança ainda nesse ano e antes de Camila iniciar as gravações de Verão 90 Graus.

Além disso, a beldade – conhecida por dar vários chiliques na emissora carioca – vai descansar e pretende realizar algumas viagens de férias. Camila vem emendando um trabalho atrás do outro desde sua estreia em Verdades Secretas.

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Claudia Souto é autora de Pega Pega. (Foto: Divulgação)

Alvo de críticas pelo “texto frágil” e “sem inovações” no início de Pega Pega, a estreante Claudia Souto conseguiu dar a volta por cima, fazendo o atual folhetim das 19h entrar em sua reta final já como a maior audiência do horário na Globo nos últimos cinco anos.

E para movimentar a trama e deixar o público cada vez mais engajado, a autora apostou em mistérios e reviravoltas que envolvem diversos personagens. Uma das principais dúvidas do telespectador é a respeito da motivação de Lígia (Ângela Vieira) para ter provocado o acidente que matou Mirella (Marina Rigueira) e quem era o seu verdadeiro alvo.

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Em entrevista ao jornal Extra, Claudia revelou as referências que a novela faz à realidade no Brasil, o seu desejo pelo fim da impunidade, e adiantou que a trama ainda oferecerá surpresas ao público nos últimos capítulo.

“A motivação do crime é, para mim, menos importante do que se os criminosos serão punidos. Estamos vivendo um momento no país em que queremos que a impunidade acabe! Na novela, temos os ladrões do Carioca Palace, os assassinos de Mirella e a adoção criminosa de Dom (David Junior). Guardei para o último capítulo a conclusão desses crimes: serão todos punidos? Que punição os aguarda? Alguém vai escapar e se dar bem? Agora é aguardar”, declarou.

DEFESA DE VETERANO

Em entrevista ao jornal Estadão, em julho deste ano, quando Pega Pega ainda estava em suas primeiras semanas de exibição, Marcos Caruso, que dá vida ao personagem Pedrinho Guimarães na trama, saiu em defesa do texto de Claudia Souto, alvo de críticas na época.

“Ela não é uma autora que escreve a obra de fora, ela escreve de dentro. Por ter sido atriz, ter participado de peças de teatro, ela coloca na rubrica a marca. Ela está dentro do nosso corpo. E a novela não é calcada em situações, mas em personagens. Em ‘Pega Pega’ o personagem tem voz ativa, vida própria, e não sobrevive da situação. A situação é determinada pela personalidade do personagem”, afirmou.

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Apesar de vir registrando ótimos índices de audiência para a Globo, chegando a superar algumas antecessoras do horário das 19h, “Pega Pega” não é poupada de avaliações negativas da crítica especializada em relação ao seu texto. A estreante Claudia Souto vem sendo alvo dos críticos por apresentar uma trama até certo ponto “imatura”, sem “inovações” e nem “profundidade” necessária para alguns personagens.

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Em entrevista ao jornal “Estadão”, Marcos Caruso, que interpreta o personagem Pedrinho Guimarães, um dos destaques da trama, saiu em defesa da autora, que ganhou sua primeira oportunidade como titular de um projeto após vários anos na emissora carioca. “Ela não é uma autora que escreve a obra de fora, ela escreve de dentro. Por ter sido atriz, ter participado de peças de teatro, ela coloca na rubrica a marca. Ela está dentro do nosso corpo. E a novela não é calcada em situações, mas em personagens. Em ‘Pega Pega’ o personagem tem voz ativa, vida própria, e não sobrevive da situação. A situação é determinada pela personalidade do personagem”, disse.

O veterano, que desde 2011 vem sendo escalado para papéis cômicos, revelou um cuidado especial para evitar repetições e “se limpar” dos seus personagens anteriores. Para esse processo, o ator contou com a ajuda do preparador de elenco Eduardo Milewicz. “Essa ‘limpeza’ me foi útil para encontrar essa pessoa que pensa que o mundo inteiro está a serviço dela. Esta empáfia e extrema autoestima eu consegui encontrar graças à ‘limpeza’ que o Milewicz me fez”, declarou. “O ator é uma argila, e ele se molda à medida que os personagens vão se formando”, completou.

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Thiago Martins (Júlio), protagonista de “Pega Pega”, nova novela das sete da Globo
(Foto: Globo/Estevam Avellar)

Autora de ‘Pega Pega’, nova novela das sete da Globo, Claudia Souto falou sobre sua estreia como autora principal e revelou de onde surgiu a ideia da história principal da trama se passar num hotel.

Claudia Souto está na Globo há 25 anos. Foi colaboradora de todas as novelas de Walcyr Carrasco no horário das 19h e também integrou o time de colaboradores de Daniel Ortiz. Na linha de shows, escreveu para diversos programas humorísticos, entre os quais ‘Casseta & Planeta, Urgente!’ e ‘Sai de Baixo’; e também para os infantis ‘TV Colosso’ e ‘Bambuluá’. ‘Pega Pega’ é sua primeira novela solo. A seguir, a autora fala sobre a trama.

A autora Claudia Souto e o diretor artístico Luiz Henrique Rios
(Foto: Globo/Mauricio Fidalgo)

Como está sendo a experiência de escrever sua primeira novela autoral?
Claudia Souto: A grande diferença é poder colocar minha personalidade no texto. Poder explorar situações, sentimentos, dar vazão à imaginação por uma ótica totalmente pessoal. Costumo dizer que vivo de criar mundos imaginários e pessoas que não existem, mas, a partir do momento que esses personagens atravessam a tela e entram na casa das pessoas, eles passam a existir na vida do público. Acredito que uma história dá certo quando o público quer ser amigo dos personagens, e, para isso acontecer, os personagens têm que tocar o público pela emoção, mesmo numa comédia. E é assim que eu me expresso: pela emoção.

Conte sobre a parceria com o diretor Luiz Henrique Rios.
Claudia Souto: Estamos numa parceria bem afinada, contando uma história juntos. Ao mesmo tempo que levo um universo novo e fresco, o Luiz me traz uma concretude, um questionamento que é estimulante. Esta afinação vem lá do início, quando começamos a conceituar a obra, tirando dúvidas sobre personagens e tramas. Eu compartilhei com ele os segredos da novela e, por conta disso, ele sabe o que estou pensando lá na frente. Isso possibilita um planejamento seguro para a realização dos voos que queremos dar, tanto para a história que imagino quanto para a leitura que ele faz dela.

De onde surgiu a ideia de um hotel de luxo ser o cenário principal da trama?
Claudia Souto: Eu procurei um lugar que fosse comum a várias classes sociais, desde o trabalhador mais humilde ao milionário, local que ambos frequentassem, um ambiente que proporcionasse esta integração entre diferentes pessoas. Encontrei no hotel esta reunião de pessoas que ficam e de pessoas que passam. Sem falar que também possibilita participações que podem interferir na vida dos personagens.

Fale um pouco da construção do casal Eric e Luiza.
Claudia Souto: Eles se encontram num amor genuíno e inesperado. Eric redescobre o amor nos braços de Luiza, que vem lhe dar força num momento em que ele precisa demais. Mas, diante dos acontecimentos, Luiza se decepciona com esse homem, e cresce nela a ideia de querer construir algo para si. Eric, por sua vez, carrega uma tristeza pela morte da mulher, que se reflete tanto na vida da filha quanto na sua relação de pai. Quando ele encontra Luiza, Eric recebe amor e passa a saber demonstrar este sentimento, o que provoca consequências positivas inclusive na sua relação com a filha.

Você é tijucana, tem um histórico de humor nos seus trabalhos e já trabalhou com teatro de bonecos. Os temas familiares ajudam na construção da história?
Claudia Souto: Isso me facilita, claro, porque posso explorar personagens e situações novas, mas dentro de um contexto familiar, o qual domino. Os bonecos, por exemplo, sempre estiveram na minha vida, seja no teatro ou na TV, onde escrevi para diversos infantis nos quais os bonecos brilhavam.

E você acha que esta familiaridade, pode aproximar o público da trama?
Claudia Souto: Acho que sim. São universos afetivos, e quando você tenta tocar o público com afeto, o público se identifica, se sente acolhido.

 A ética é tratada na novela de uma forma leve, divertida, sem sermão. Para você que é humorista fica mais fácil?
Claudia Souto: Pelo fato de minha origem na TV ser de humorista, estou num lugar confortável. O humor permite tocar nas feridas da sociedade, encontrando o que há de risível, sem deixar de fazer a crítica. Daí eu tiro a leveza e a comicidade.

O que o público pode esperar da novela?
Claudia Souto: Diversão, em primeiro lugar. E também emoção, porque os personagens são muito humanos, todos transitam numa gama muito rica de sentimentos, todos podem estar numa situação cômica e passar a uma trama dramática, e vice-versa. Afinal, é isso o que acontece com todos nós: podemos ser ridículos numa situação e trágicos em outra. Isso é humano e é a condição humana que me interessa sempre.

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