Confira nesta matéria tudo sobre a proibição da Anvisa contra duas marcas famosas de molhos de tomate, que tiveram as vendas interditadas devido à contaminação com pelo de rato

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atua no Brasil garantindo a segurança, qualidade e eficácia de uma série de produtos e serviços consumidos no dia a dia dos brasileiros. Dessa vez, por exemplo, falaremos sobre uma autuação do órgão federal contra duas marcas muito famosas de molhos de tomate, que tiveram suas vendas interditadas devido à contaminação.

Vale dizer que, o molho de tomate é um produto muito utilizado na nossa culinária. Sendo necessário para o preparo de inúmeros pratos, como lasanha, cachorro-quente, macarronada, pizza, entre muitos outros. Exatamente por conta disso, a notícia sobre a contaminação dessas marcas populares caiu como uma verdadeira bomba no colo das donas de casa.

De acordo com as informações divulgadas pelo portal ‘G1’, da Globo, a Anvisa proibiu a venda e distribuição em todo o país de dois lotes de extrato de tomate da Elefante e de um lote de molho de tomate tradicional da marca Pomarola após um laudo detectar pelo de roedor acima do limite máximo de tolerância pela legislação vigente.

As informações disponibilizadas na matéria do ‘G1’ dão conta de que a proibição aconteceu em julho de 2017 e a decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Na ocasião, as fabricantes tiveram que recolher os produtos do mercado. Vale lembrar que a decisão foi cumprida voluntariamente pelas empresas, assim que foram notificadas pela autarquia.

A resolução nº 1.997 da Anvisa proibiu a distribuição e venda:

• do molho de tomate tradicional da marca Pomarola, lote 030903, válido até 31/08/2017; e
• do extrato de tomate da marca Elefante, lote 032502, válido até 18/08/2017.

Vale dizer que, a Cargill Agrícola é a empresa responsável pela fabricação de ambos os produtos.

Pronunciamento da empresa e situação atual

Na época, a Cargill, responsável pelas marcas Pomarola e Elefante, informou que tomou conhecimento da determinação da Anvisa com relação aos lotes citados e adotou as medidas necessárias em decorrência de tal determinação. A seguir, confira um trecho da nota de esclarecimento publicada pela empresa.

“A empresa reitera o compromisso com o cumprimento de todas as normas de segurança dos alimentos e padrões de higiene. Assegura ainda que os produtos dos referidos lotes não oferecem qualquer risco à saúde de seus consumidores. A Cargill permanece à disposição para os esclarecimentos que se façam necessários”, informou.

É importante destacar que, a empresa cumpriu com todas as determinações impostas pela Anvisa e resolveu o problema retirando os lotes contaminados de circulação. Atualmente, ela opera normalmente, com a venda em todo o país, garantindo sempre a qualidade e segurança dos seus alimentos distribuídos aos consumidores.

❮❯

Qual o papel da Anvisa?

A Anvisa tem por objetivo institucional promover a proteção da saúde da população, através do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à Vigilância Sanitária. Inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, assim como o controle de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.

The post Contaminação com pelo de rato e interdição de venda: A proibição da Anvisa contra dois molhos de tomate appeared first on TV Foco.

Grande empresa alimentícia, presente nas prateleiras do Carrefour e Assaí, acabou falindo após 57 anos de existência

Se você faz suas compras de supermercado já deve ter reparado na marca de um famoso molho de tomate com um icônico elefante estampado nas latas, não é mesmo?

Pois é, apesar do elefante ainda existir, ele pertencia a uma grande e tradicional empresa alimentícia que, assim como esse produto, possuía muitos outros famosinhos que eram vendidos nas prateleiras do Carrefour, Assaí e mais .

Infelizmente a extinção da marca ocorreu após 57 anos de existência culminada por uma falência devastadora que apesar de chocante muitos brasileiros desconhecem essa história cheia de tradição e reviravoltas …

Tradição

Estamos falando da CICA, considerada uma das mais importantes indústrias alimentícias do Brasil, fundada por Alberto Bonfiglioli. Vindo da Bolonha, em 1941, ao lado dos irmãos Salvatore e Antonino Messina e das famílias Guerrazzi e Guzzo.

Todos eles eram imigrantes italianos e fizeram história em nosso país.

Obviamente que o primeiro produto da marca foi o famoso extrato de tomate, decisão natural, até mesmo pelas origens italianas dos fundadores.

O produto trazia em sua lata um elefante real estampado e embora a origem dessa escolha não esteja bem documentada, existem algumas teorias.

De acordo com o portal Italianismo, uma das possibilidades é o fato de Rodolfo “Rudi” Bonfiglioli, filho de Alberto, ter sido notório caçador de elefantes.

Outra teoria, mais simpática, é que a escolha do personagem símbolo tenha se dado em homenagem à terra natal da família Massina. É que na praça principal de Catânia, cidade portuária da Sicília, fica a famosa Fontana dell’Elefante.

Mas não pense que foi fácil para a CICA se estabelecer no mercado de derivados de tomate, ainda mais diante da concorrência da Fábrica Peixe, que na época dominava o comércio desse tipo de produto.

Propaganda é a alma do negócio

No início da década de 40, as propagandas do extrato de tomate Elefante mencionavam o “duplo concentrado de tomate”, expressão que constava também na lata.

Em agosto de 1943, o produto e os dizeres da lata foram alterados para “triplo concentrado”, com o lembrete publicitário “É melhor e rende mais”.

No fim da década de 50, surgiu o jingle da tarantela napolitana, reforçando e explicando essa característica do processo.

A letra da música dizia “O Extrato de Tomate Elefante/é puro, é triplo concentrado/a CICA só trabalha com tomate selecionado”.

Nos anos seguintes, o forte apelo das propagandas e, é claro, a qualidade do produto, deram muito prestígio para a CICA e o extrato do Elefante deu um verdadeiro “Boom” e se tornou sucesso em todos os lares.

Em uma propaganda de 64, o elefante animado selecionava tomates em uma esteira, dizendo “você sim, você não”, para reforçar o cuidado na produção, o que marcou muitos consumidores na época.

❮❯

Nascimento do Jotalhão:

A partir daquele momento, o elefante que se chamava Jotalhão se tornou o novo garoto-propaganda do extrato de tomate.

Mas foi em 1979 que o famoso elefantinho tomou mais força ao virar um querido personagem do famoso cartunista, Maurício de Souza,  como parte de um processo de modernização do design e da estratégia de comunicação da marca Elefante.

O simpático Jotalhão substituiu na lata do produto o desenho realista de um elefante, animal que, aliás, integrou por um bom tempo o logotipo da CICA.

Mais tarde, Jotalhão partiu para carreira solo e ganhou a assinatura “O elefante mais amado do Brasil” (o que de fato é até hoje)

Apesar do molho ser o carro chefe, a CICA não vivia apenas do extrato de tomate Elefante.

Na década de 70, a empresa também produzia marmeladas e goiabadas em sua filial localizada na cidade de Delfim Moreira, no Sul de Minas Gerais.

A empresa também fabricava vinagres, maioneses, molhos de pimenta e outros produtos alimentícios, que também se tornaram referência ano após ano.

Tanto o extrato de tomate quanto os outros produtos seguiram fazendo grande sucesso na década de 80, quando a empresa lançou novas embalagens, como os copos icônicos de vidro com a tradicional tampa vermelha do extrato Elefante.

Falência e passada de “mão em mão”

Apesar de muito lucrativa, tendo fábricas em diversos lugares e até uma filial na Argentina, quando o Banco Auxiliar, também de propriedade da família Bonfiglioli, faliu em 1985, a CICA acabou entrando em concordata preventiva.

E acabou sendo vendida, dois anos depois, para o Grupo Ferruzzi.

De acordo com informações da Wikipédia, em 1991  a Ferruzzi também vendeu seus ativos para a Cragnotti & Partners, que por sua vez revendeu a CICA para Gessy Lever (atual Unilever) em 1993, quando foi distribuída em diversos países.

Pouco depois, em 1996, a marca decidiu acrescentar mais ingredientes (temperos) ao famoso extrato de tomate, que manteve a mesma fórmula por 55 anos.

A fábrica original de Jundiaí foi fechada no ano de 1998 e hoje parte da antiga fábrica é uma loja de materiais de construção.

No ano de 2003 o extrato de tomate passou a fazer parte da linha de produtos da Knorr, então recém-adquirida pela Unilever. Com isso, surgia a marca Knorr Elefante.

A marca CICA foi extinta de vez naquele ano, no entanto, ainda era possível encontrar Polpa de Tomate Pomodoro com a marca CICA nos mercados.

Cartada final:

No ano de 2010, a empresa norte-americana Cargill comprou a divisão de atomatados da Unilever no Brasil, incluindo a marca Elefante.

Em 2012, após 13 anos ausente, o elefante Jotalhão voltou à mídia como garoto-propaganda da marca.

Como dissemos no inicio desse texto, apesar do fim da CICA, tanto o extrato de tomate e seu garoto-propaganda, mais querido ainda, sobreviveram e seguem por meio de outras empresas fazendo a alegria de muitos pratos no Brasil afora …

Qual é a marca de molho de tomate mais vendida hoje no Brasil?

De acordo com um levantamento feito nos principais sites de pesquisa, apesar da tradição da marca citada acima, hoje em dia outra marca de molho de tomate tem ganhado o coração dos brasileiros.

Estamos falando da Heinz, já conhecida por seus deliciosos ketchup. Sua linha de molhos de tomate, produzida com tomates selecionados e com gostinho de molho de tomate caseiro, tem muitas variantes.

De acordo com o portal Já Provei, a  versão tradicional da Heinz é feita com: tomate, cebola, açúcar, amido, sal, óleo, salsa, alho, extrato de levedura, manjericão, orégano, tomilho e sálvia.

The post Falência e venda pra rival: O fim de gigante alimentícia após 57 anos nas prateleiras do Carrefour e do Assaí appeared first on TV Foco.