ANVISA proibiu chá popular após grave denúncia; Veja os riscos e aprenda a identificar produtos falsificados no seu armário

A relação do brasileiro com os chás sempre teve uma característica muito prática. Apesar de não terem o mesmo apelo que o café, eles fazem parte da rotina doméstica, aparecem como opção rápida para aliviar desconfortos, acompanhar refeições ou substituir bebidas industrializadas.

Justamente por isso, muitos consumidores mantêm vários tipos de infusões no armário, compradas em mercados, sites e até em vendas diretas.

No entanto, esse hábito, aparentemente simples, exigiu atenção redobrada no último mês de outubro de 2025, uma vez que a ANVISA confirmou um lote falsificado de chá em circulação e que ainda pode estar na sua cozinha.

A situação acendeu um alerta nacional, porque o produto imitava uma marca regularizada, carregava numeração adulterada e chegava ao consumidor final sem qualquer garantia sanitária.

Lotes apreendidos

De acordo com o portal do Governo, Agência Brasil, o dia 23 de outubro de 2025, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária determinou a apreensão de um lote falsificado do Chá Pronto Para Consumo Multi Extrato.

O lote em questão, 2306, correspondia ao número de registro ES000233-0.000043 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), mas a fabricante legítima, A&CL Indústria e Comércio de Produtos Naturais, confirmou que não produziu nenhuma unidade daquele lote.

Obviamente, a medida proibiu imediatamente a comercialização dos produtos do lote mencionado.

Lembrando que essa ação teve origem em uma denúncia que apontou a falsificação. Ou seja, a empresa detentora da linha original não pode ser responsabilizada, uma vez que ela também foi lesada pela situação.

Além disso, os produtos da marca original, correspondentes aos lotes corretos, podem ser comercializados normalmente e sem riscos, uma vez que não há nada que os desabone.

Quais são os riscos reais para o consumidor?

Quando um produto alimentício chega ao mercado sem origem comprovada, o consumidor perde a referência mais básica: saber o que está ingerindo.

O risco aumenta quando o item se apresenta como “pronto para consumo”, já que esse formato muitas vezes dispensa fervura, preparo ou filtragem, o que poderia ao menos reduzir alguns contaminantes.

No caso do lote falsificado do Multi Extrato, a falta de rastreabilidade impediu a agência de conhecer:

• A procedência dos ingredientes;
• O ambiente de manipulação;
• Possíveis contaminantes microbiológicos;
• Substâncias adicionadas de forma irregular.

Essa ausência de controle de qualidade coloca o consumidor em vulnerabilidade, especialmente pessoas que usam chás como apoio para questões digestivas, metabólicas ou relaxamento.

Importância da A&CL

A A&CL Indústria e Comércio de Produtos Naturais atua no segmento de produtos naturais, com foco em itens alimentícios e funcionais.

Embora seja uma fabricante estabelecida, não há informações públicas detalhadas sobre participação de mercado, volume de produção ou extensão da distribuição nacional.

Mas está presente principalmente em nichos de consumo voltados à saúde e bem-estar.

Como comprar chás com segurança?

Para evitar produtos falsificados ou irregulares, consumidores podem adotar algumas práticas simples:

• Conferir o rótulo completo: Verifique CNPJ, fabricante, registro (quando aplicável) e lote. Desconfie de embalagens com informações imprecisas, rasuras ou dados inconsistentes;

• Consultar o portal de Produtos Irregulares da ANVISA: Pesquise pelo nome da marca, lote ou categoria para verificar proibições, suspensões e determinações recentes;

• Comprar apenas de canais formais: Evite vendedores sem identificação, marketplaces sem garantia de procedência ou anúncios que ofereçam preços muito abaixo do mercado;

• Recusar produtos com alegações terapêuticas proibidas: Chás e suplementos não podem prometer cura, detox milagroso ou ação medicinal;

• Verificar a empresa no Mapa, quando se tratar de produtos de origem vegetal prontos para consumo: A consulta por CNPJ confirma se o estabelecimento está regular.

Mas, para saber mais informações sobre a ANVISA/Vigilância Sanitária, clique aqui*.

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ANVISA proíbe cerca de 8 chás de marca popular, bem conhecida e consumida após apresentar grave risco e possibilidade de vômitos e diarreias

Desde a antiguidade, os chás se tornaram indispensáveis para a nossa rotina. Independente da sua cultura ou país, certamente existem sabores tradicionais que não saem da sua rotina, não é mesmo?

Fora isso, muitos deles ainda são capazes de aliviar dores pontuais e até mesmo ajudam na nossa disposição. Até por isso que eles ganham certa predileção entre os mais variados perfil de consumidores.

Diante dessa busca por soluções de pequenos problemas, muitas marcas passaram a desenvolver fórmulas de chás específicos para com esse objetivo.

A proibição

Porém, no dia 19 de janeiro de 2024, a ANVISA decretou a retirada de 8 chás populares, após a identificação de um erro grave e que apresentava sérios riscos à saúde.

De acordo com a RESOLUÇÃO-RE Nº 205, 8 chás da marca Mais Saúde Alimentos foram proibidos pela autarquia, após serem detectadas as presenças de substâncias não autorizadas pela categoria.

Riscos apontados

Fora isso, rótulos fraudulentos contendo informações próprias de alimentos foram detectados, uma vez que deveriam ser registrados como medicamento fitoterápico.

Afinal de contas, a possibilidade de conter drogas vegetais era muito alta. Ademais, o marketing irregular em seu perfil oficial nas redes sociais, também foi apontado.

Em suma, por mais inofensivo que eles pareçam, todos esses problemas levantam um grande alerta.

Conforme a própria ANVISA, o consumo indiscriminado de suplementos e chás do tipo, sem a devida indicação do que de fato tem em sua composição, pode causar reações diversas que:

• Em casos mais leves: causam uma diarreia e vômito ou indisposições variadas.

• Em mais mais graves: possibilidade de piora de um quadro de saúde pré existente ou uma intoxicação causada por contaminação que, em suma, pode levar à morte.

Lista dos chás atingidos:

Sendo assim, veja abaixo os 8 chás proibidos pela ANVISA:

• CHA AROEIRA MARCA MAIS SAUDE ALIMENTOS (TODOS)
• CHA DESINCHAR MARCA MAIS SAUDE ALIMENTOS (TODOS)
• CHA DIABETES MARCA MAIS SAUDE ALIMENTOS (TODOS)
• CHA ERVA BALEEIRA MARCA MAIS SAUDE ALIMENTOS (TODOS)
• CHA ESPINHEIRA SANTA MARCA MAIS SAUDE ALIMENTOS (TODOS)
• CHA MIX 8 ERVAS DORMIR MARCA MAIS SAUDE ALIMENTOS (TODOS)
• CHA MIX 8 ERVAS GRIPE MARCA MAIS SAUDE ALIMENTOS (TODOS)
• CHA UXI AMARELO MARCA MAIS SAUDE ALIMENTOS (TODOS)

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Posicionamento e situação atual da empresa Mais Saúde Alimentos

Não foram encontradas manifestações, notas oficiais ou comunicados da empresa sobre o ocorrido. Mas, o espaço permanece aberto caso queira expor a sua versão dos fatos.

Os produtos também não foram encontrados em nenhum marketplace ou loja credenciada. Porém o seu perfil nas redes segue ativo e vendendo produtos.

Quais as regras da ANVISA para com os chás?

A ANVISA separa o consumo de chá em três grupos principais:

• Fitoterápicos ou chá medicinal: Medicamentos que precisam de aprovação da ANVISA para venda em farmácias e drogarias

• Alimentícios: Vendidos em mercados na forma de sachês ou prontos para consumo. Não são medicamentos.

• Plantas medicinais: Comercializadas secas, embaladas e identificadas pelo nome botânico em farmácias e ervanarias. Não são medicamentos.

Uma planta só pode ser considerada medicinal desde que sua composição tenha propriedades que ajudam a “prevenir, curar ou tratar doenças”.

Porém, o médico e nutrólogo, Leandro de Avila Minozzo, lembra que nem todo vegetal pode virar um medicamento.

De acordo com ele, uma planta se origine um chá medicinal, é necessário um processo de avaliação de segurança.

Fora isso, ela tem que ter uma mínima efetividade por no mínimo 30 anos ou a planta ser registrada em documentos nacionais e internacionais.

Os fitoterápicos são comercializados em:

• Cápsulas;
• Comprimidos;
• Pomadas ou xaropes,

Conclusões finais:

Por fim, só o fato de um chá (fitoterápico ou alimentício) ser “natural” não significa que ele esteja isento de fazer mal à saúde do paciente.

Como qualquer outra substância, o uso inapropriado pode causar muitos problemas

Sendo assim, antes de fazer qualquer tipo de tratamento caseiro é IMPRESCINDÍVEL o acompanhamento médico e seguir à risca o que o profissional indica para a nossa saúde.

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