Galvão Bueno (Foto: Divulgação/Globo)

Apresentador foi um dos nomes inusitados à passar pelo Jornal Nacional

O Jornal Nacional é o folhetim de notícias mais assistido do país inteiro. Marca registrada do Brasil, em 45 minutos o programa sintetiza uma cobertura completa dos acontecimentos mais importante. O prestígio exercido pela atração desde 1969 fez com que grandes personalidades, que hoje são lendas da televisão, sentassem na famosa bancada. Antes de William Bonner assumir o posto, um nome inusitado apresentou a atração: Galvão Bueno.

Em 1996 Galvão Bueno já era um dos gigantes do esporte e um forte contratado da Globo. Portanto, pouco antes de o JN ser totalmente entregue para William Bonner e Lilian Witte, o narrador futebolístico foi um dos que comandaram o telejornal.

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O período foi curto e Galvão Bueno falava exclusivamente sobre esporte, porém foi o suficiente para consagrar o apresentador na seleta lista de apresentadores do Jornal Nacional. Vale lembrar que ele retomou o posto em 2016, porém em uma edição especial. Para quem não lembra a Globo montou um pequeno estúdio do JN para cobertura dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, onde o veterano e Renata Vasconcellos davam as últimas novidades sobre o tema.

Galvão Bueno e Renata Vasconcellos (Foto: Reprodução/Globo)

Além de Galvão Bueno, outros grandes nomes passaram pela bancada do Jornal Nacional, como Alexandre Garcia, Paulo Henrique Amorim, Carlos Nascimento, Maju Coutinho, Celso Freitas, Fernando Vanucci, Sandra Annenberg, Fátima Bernardes, Carlos Tramontina, Giulianna Morrone, Heraldo Pereira e Ana Paula Araújo.

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Nos anos 60, logo depois que a TV chegou ao Brasil e as grandes emissoras começaram a se assentar, a segurança dos estúdios era precária e duvidosa. Com grandes rolos de imagens, os prédios eram verdadeiros abrigos para material inflamável. Naturalmente muitos incêndios ocorreram nas sedes ao longo do anos e o destaque de hoje vai para os incêndio de 1969, que acometeram a Globo e a Record ao mesmo tempo! 

O primeiro incêndio aconteceu no Teatro Record, que ficava na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo, onde grandes obras eram gravadas. Cerca de 3 horas depois, outro incêndio atingiu a Globo, na rua das Palmeiras, comprometendo todas as instalações do canal, deixando ambos os donos das duas emissoras, Paulo Machado de Carvalho e Roberto Marinho, enlouquecidos com as perdas irreparáveis de fitas e gravações.

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De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, que noticiou o trágico acontecimento na época, com o título: “Fogo destrói TV 5 e Teatro do 7”, a TV Excelsior se comoveu com os acidentes dos concorrentes e ofereceu as próprias instalações para que eles gravassem seus programas.

NOVO INCÊNDIO NA RECORD

A emissora, atualmente comandada por Edir Macedo, é o canal mais antigo do Brasil, com sua estréia em 1953. Prometendo ser um grande sucesso de público, diversas produções como o humorístico Família Trapa, tiveram todas as suas gravações perdidas para sempre, durante outro dos incêndios, que acontecem em 1969, na sede da emissora, antigamente localizada no bairro Jardim Aeroporto em São Paulo.

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Carolina Kasting era a protagonista de Brida, novela da TV Manchete (Foto: Reprodução)

Brida foi a última pá de terra na extinta TV Manchete

A TV Manchete foi um dos maiores marcos na história do audiovisual brasileiro e suas produções, aliadas ao jornalismo apurado, fizeram com que o canal se tornasse um dos mais prósperos da época. Porém com o crescimento de seus concorrentes e os custos exorbitantes para a manutenção da frequência, a emissora entrou em uma forte crise financeira em meados de 1998 que a levaria à falência no ano seguinte.

Porém naquele momento, utilizando seus esforços finais para manter o canal aberto, uma última tentativa desesperada foi lançada: Apostar em uma produção de teledramaturgia de alto-nível que alavancasse a audiência. Assim nasceu a novela Brida, criada por Angélica Lopes. Mal sabia a TV Manchete que o esforço seria em vão.

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Brida contava a história da personagem título que se descobria uma bruxa, tanto nesta vida quanto em outras encarnações. A protagonista era interpretada por Carolina Kasting, que se via dividida entre dois amores, seu namorado Lorens (Leonardo Vieira) e o mago Mariano (Augusto Xavier).

A história foi baseada no livro homônimo escrito por Paulo Coelho, que na época vendeu cerca de 10 milhões de cópias ao redor do mundo e deu esperanças para a TV Manchete de atrair a base sólida de fãs do autor para a emissora carioca.

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Então lances altos foram feitos. Além do forte investimento em cenários, nomes de peso no elenco e gravações na Irlanda, foi feita uma arriscada aposta com os patrocinadores da produção: Caso a novela não atingisse a marca de 10 pontos de audiência, não seria necessário que eles fizessem o pagamento da publicidade.

Foi o fim: Brida amargou em míseros 2 pontos, colocando a emissora contra a parede. A solução foi drástica: a novela foi retirada do ar às pressas, cortada pela metade, com um último capitulo, onde um narrador conta quais seriam os destinos dos personagens da trama.

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A situação que não podia piorar, piorou: após a falência do canal poucos meses depois, os atores se viram desempregados e sem receber o cachê pelos capítulos gravados. Carolina Kasting move até hoje uma ação contra a emissora dos Bloch para reaver seu dinheiro perdido.

Com certeza Brida teve seu potencial desperdiçado e foi a grande responsável por enterrar de vez a TV Manchete.

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Há 40 anos, novela Te Contei? da Globo roubava a cena no Brasil!

Setembro é um mês de comemorações para televisão brasileira, a final de contas no dia 18 de setembro de 1950 foi inaugurada a TV Tupi, a primeira do Brasil. É neste mês também que comemoramos o aniversário da mais antiga emissora ainda em atividade, a RecordTV faz 65 anos no do 27. E entre as estreias, encerramentos e curiosidades que setembro traz, começamos com a novela: Te Contei? da Globo.

Aqui no Brasil o sucesso não foi dos maiores, mas no exterior a história é outra. A versão chilena da novela de Cassiano Gabus Mendes, exibida em 1990 por lá com o título ¿Te conté? movimentou o País. Em 2011, o texto foi adaptado para o México com o título Ni contigo ni sin ti, que também fez sucesso. Era um 2 de setembro, em 1978, quando nós brasileiros vimos o último capítulo de Te Contei? Na TV Globo. O Amor do deficiente visual Léo ( Luiz Gustavo) vencia os tantos encontros e desencontros com a mulher de vida dupla Sabrina (Wanda Stefânia). A novela na verdade era isso: um emaranhado encontros e desencontros amorosos que se sucedem, durante a trama vários personagens passam a receber cartas apaixonadas, porém anônimas.

A novela inovou por tratar o problema da cleptomania, até então pouco discutido na televisão. A protagonista sofria com o transtorno de controle de impulsos que resulta em um impulso irresistível de roubar. Sabrina era uma jovem de classe média que escondia dois segredos da família. O primeiro é a compulsão a roubar, decorrente da falta de afeto por parte dos pais. O outro segredo de Sabrina é que ela leva uma vida dupla. Sem que ninguém saiba, aluga um quarto na pensão de Lola (Eva Todor), no subúrbio, fingindo ser uma pessoa modesta que ganha a vida vendendo produtos de beleza, assim ela conheceu Léo.

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Com 151 capítulos, exibida no horário das sete, Te Contei?, era muito parecida com a novela anterior do mesmo autor, Locomotivas, um grande sucesso no anterior e exibida no mesmo horário. de 1976. Alguns atores e o diretor, Régis Cardoso, eram os mesmos. A critica da época apontava essa semelhança, como o principal motivo da falta de interesse do público.

Entre as curiosidades estão o mistério em torno de quem escrevia as cartas amorosas anônimas. Ao final descobriu-se que era Mônica (Heloísa Milet). A moça começou enviando cartas para a mãe, Helena (Ilka Soares), pois tinha ciúmes e inveja de sua beleza e charme. Mônica gostou da brincadeira e passou a enviar cartas a todos que conhecia. Susana Vieira também esteve no elenco, dando vida a Luciana. Te Contei? foi o primeiro trabalho de protagonista na TV Globo de Luiz Gustavo, que é filho do autor. Denis Carvalho se dividiu entre a direção e o personagem que vivi na trama, Alex. A abertura original mostrava um grupo de telefonistas em ação. Mas foi censurada e substituída por outra, onde uma moça chamava a atenção de todos ao passear pela movimentada praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. A novela foi reapresentada uma única vez pela emissora, no Vale A Pena Ver de Novo em 1981.

Semana que vem tem mais Fez História aqui no TV Foco.

Por Alex Sampaio / Siga nas redes sociais clicando aqui. 

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Há quase 23 anos estreava um programa no SBT que é lembrado até hoje. Trata-se do “Programa Livre” apresentado por Serginho Groisman nos finais de tarde. A estreia ocorreu em 19 de agosto de 1991, sendo um dos 10 presentes da emissora para comemorar os 10 anos de inauguração.

O Programa

Tinha uma plateia composta por jovens, quase sempre estudantes. Além disso, no palco eram realizadas entrevistas com os políticos, especialistas em questões ligadas aos jovens, personalidades internacionais e ainda contava com shows, quadros humorísticos e gincanas.

O apresentador Serginho Groisman ficou quase 10 anos no SBT (Foto: Divulgação)

A atração teve muitos quadros famosos, como o “Beijo, Abraço ou Aperto de Mão”. Nesse momento, alguns casais escolhidos conversavam durante o programa todo. No fim, deveriam escolher entre uma das 3 opções apresentadas.

Um quadro que também deu muitos frutos foi o de imitações. As pessoas imitavam atores, atrizes e outras celebridades e causavam muitas gargalhadas no público.

Entre os grandes nomes internacionais que passaram por lá, estão Sandra Bullock, Chris O´Donnell, Christopher Lambert, Thalía, Shakira, Rick Martin, Bon Jovi, Kiss, Jamiroquai, Magic Johnson, entre outros. Também foram grandes convidados nacionais, como Bussunda, Dráuzio Varella, Regina Duarte, Mamonas Assassinas, Roberta Close e Regina Casé.

A cantora Shakira também já foi uma das convidadas (Foto: Divulgação)

Outros momentos inesquecível foi quando o programa foi gravado direto do presídio Carandiru. Nesse dia, os presos foram a platéia e também os entrevistados do programa, que contou com um debate marcante entre eles.

Em agosto de 2011, o “Festival 30 anos SBT” selecionou alguns dos melhores momentos do “Programa Livre”. Reveja no vídeo abaixo.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=asSU4Q1sgdg[/youtube]

Reformulação

Em 1999, Serginho deixou o SBT e foi para a Rede Globo para uma atração semelhante: o “Altas Horas”. Com isso, o programa passou a ser comando cada dia por um apresentador diferente: Ney Gonçalves Dias, Márcia Goldschmidt, Lu Barsotti, Christina Rocha e Otávio Mesquita.

Nessa época, saíram os políticos, a formalidade, a MPB e o rock, que deram vez ao pagode, ao axé, à Tiazinha. Essa mudança radical alavancou a audiência. Os índices habituais passaram dos 5 pontos para 7 pontos.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Vildomar Batista, diretor da atração, falou sobre as mudanças: “Com o Serginho, sempre perdíamos para o “Note & Anote”, da Record. Agora, não. Agregamos um novo público: as donas de casa estão gostando de ver o “Programa Livre”. Recebemos cartas dizendo que antes o programa era chato e atualmente está mais interessante”.

No entanto, a reformulação não agradou à todos. Muitos jovens daquela época disseram que perderam a voz no programa, por ter se tornado popular demais em busca de manter a audiência.

O fim

A partir do início de 2000, o programa passou a ser comandado pela apresentadora e atriz Babi Xavier,  sendo exibido meia-noite e meia. Ainda com Babi, em setembro de 2001, o programa chegou a ser transferido para os sábados à tarde, no Sábado Bom, permanecendo até dezembro do mesmo ano, quando saiu definitivamente do ar.

Tentativa de volta

Em Janeiro de 2012, chegou a ser noticiado que Alexandre Frota, na época diretor de novos projetos do SBT, iria trazer de volta o “Programa Livre”, André Vasco com um dos cotados para ser o apresentador. Porém a volta não aconteceu e o André Vasco  foi para a Band em 2013.

Você gostaria que o “Programa Livre” voltasse a ser produzido? Deixe o seu comentário.

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Emissora pública é voltada para o conhcimento cultural (Foto: Divulgação)

Nos anos 1960 iniciava no Brasil uma nova forma de impulsionar a educação e a cultura, levando conteúdo de qualidade mais rápido e mais longe do que os métodos tradicionais.

Nesse contexto, no dia 16 de junho de 1969, a TV Cultura iniciava as suas transmissões no estado de São Paulo. Mantida pela Fundação Padre Anchieta, uma entidade sem fins lucrativos, a emissora tem o caráter de TV pública, sendo considerada a segunda melhor emissora do mundo, atrás apenas da BBC One segundo o instituto inglês Populus.

A programação infantil sempre teve grande importância no canal paulista. Atualmente, o principal produto para crianças é o “Quintal da Cultura”, mas também se destaca o seriado Pedro e Bianca, que ganhou recentemente um Emmy Kids Awards e um Prix Jeunesse International.

Principais programas

Roda Viva

Atual cenário do “Roda Viva” (Foto: Divulgação)

No ar desde 1986, o “Roda Viva” é um talk show exibido nas noites de segundas-feiras, oferecendo à sociedade brasileira informações de interesse público.  Além disso, a atração já foi mediada por vários comunicadores importantes como Rodolpho Gamberini, Lilian Witte Fibe, Marília Gabriela, Paulo Markun, Heródoto Barbeiro, Mario Sergio Conti e atualmente por Augusto Nunes.

Com um cenário único, os entrevistados são cercados de jornalistas e especialistas convidados para expor suas opiniões e esclarecer questões relevantes. Entre os convidados do programa estão Fidel Castro, Tom Jobim, Leonel Brizola, Hebe Camargo, Hugo Chávez, Ayrton Senna, Jô Soares entre outros.

Castelo Rá-Tim-Bum

Elenco do seriado “Castelo Ra-Tim-Bum” reunido (Foto: Divulgação)

O “Castelo Rá-Tim-Bum” foi um seriado produzido exibido pela TV Cultura, sendo uma de suas maiores audiências nos anos 90. A atração infantil recebeu muitos prêmios no Brasil e no exterior.

A série contava a história de Nino, um menino de 300 anos que pertencia a uma família de feiticeiros, morava em um castelo e desejava conhecer outras crianças.

Cocoricó

[youtube width=”640″ height=”390″]http://www.youtube.com/watch?v=RDdz65UiRbc[/youtube]

No vídeo acima, conheça a turma do paiol que canta a música “A história do Cocô”

Outro sucesso, o “Cocoricó” é programa infantil feito pela TV Cultura desde 1996. Com bom humor, ensina e aproxima a criança à vida do campo. A maioria dos personagens da atração são bonecos animados que representam animais falantes.

O protagonista chama-se Júlio, um menino de 8 anos que nasceu na cidade grande. Ele vai passar as férias com seus avós e se encanta pela Fazenda Cocoricó repleta de animais, que fica na cidade de Cocoricolândia. Atualmente “Cocoricó” está sendo exibido dentro do “Quintal da Cultura”.

Viola, Minha Viola

A apresentadora Inezita Barroso e a dupla Chitãozinho e Xororó (Foto: TV Cultura)

Comandado por Inezita Barroso, o programa “Viola, Minha Viola” completou em 2014 a marca de 34 anos de transmissão ininterrupta, sendo o mais antigo do gênero musical na TV brasileira. No sentido audiovisual, é também a principal fonte de registro da música caipira e sua evolução recente.

O “Viola” é um exemplo de resistência e de audiência.  O palco do atração recebeu os principais cantores do gênero – em seu início de carreira, no auge ou em suas últimas participações na TV.

Principais famosos que passaram pela TV Cultura:

Carlos Nascimento (jornalista);

Lilian Lemmertz (atriz);

Marília Gabriela (jornalista);

Nathália do Valle (atriz);

Renata Ceribelli (apresentadora);

Serginho Groisman (apresentador);

Rosi Campos (atriz).

Crescimento na audiência

A TV Cultura está se destacando cada vez mais na audiência. Desde de 2012, o canal ocupa o quinto lugar no ranking de emissoras que antes era da RedeTV!. O canal estatal alcançou média de 1,2 ponto em 2013, ante 1 ponto do ano anterior. Enquanto isso, a rede de Amilcare Dallevo passou de 0,9 (2012) para 0,8 ponto (2013).

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A nova coluna do TV Foco conta o que fez história na televisão brasileira e o que faz história em nossas vidas.

Fatos marcantes, profissionais irreverentes, programas que até hoje estão na memória do público, artistas que além de nos deixar saudade, deixaram um baú de preciosidades.

Você não pode perder a edição de estreia da coluna “Fez História”. Será neste sábado, 4 de maio, a partir das 19h00.

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