Justiça apontou cinco réus em processo contra empresa que conta com mais de 800 mil credores

Nesta segunda-feira, dia 30, Heraldo Pereira, o substituto de William Bonner, atualizou o público do Jornal Nacional, na Globo, sobre a situação de uma das principais companhias de viagens no Brasil, rival da CVC.

“A justiça mineira tornou réus cinco sócios e administradores do grupo 123 Milhas. Eles vão responder por crimes contra as relações de consumo, fraude a credores, favorecimento de credores e lavagem de dinheiro”, anunciou o apresentador.

Segundo o Jornal Nacional, a agência está em Recuperação Judicial desde agosto do ano passado e conta com mais de 800 mil credores. Após a repercussão, o grupo se pronunciou e negou as acusações, afirmando que os gestores têm contribuído com as autoridades.

Afinal, o que aconteceu com a 123 Milhas?

Para quem não tem acompanhado, desde 2023, o grupo suspendeu a comercialização de uma série de pacotes, além da emissão de passagens promocionais, por causa de milhares de ações judiciais. Antes da virada para 2025, surgiu uma nova denúncia.

Desta vez, o texto aponta que, nos últimos 2 anos, a empresa induziu os consumidores ao erro, fazendo afirmações enganosas. O Ministério Público de Minas Gerais ainda destacou que os cinco réus praticaram atos fraudulentos para obterem vantagens indevidas. No entanto, isso teria rendido um prejuízo de R$ 153 milhões aos credores.

O MP-MG ressaltou que os denunciados usaram uma empresa de publicidade e propaganda para dissimular a propriedade de bens, caracterizando como lavagem de dinheiro. “Agiram deliberadamente para fraudar, ao distribuírem de maneira dissimulada dividendos, se desfazerem do seu patrimônio pessoal imobiliário e criarem créditos fictícios”, diz um dos trechos da denúncia.

Conclusão

Em resposta, a 123 Milhas afirmou não ter praticado qualquer crime ou ação de má-fé contra clientes, parceiros e fornecedores. “Neste momento, o grupo está focado em apresentar o seu plano de recuperação judicial no prazo estipulado pela Justiça. Desde o início, os gestores têm contribuído com as autoridades, prestando as informações necessárias”, afirmou.

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CVC, uma gigante agência de viagens, vive crise financeira e vocês precisam saber disso

A CVC é uma das maiores agências de viagens do Brasil, reconhecida e renomada nacionalmente, bem provável que grande parte dos brasileiros já tenham feito uma viagem por ela.

Vivendo um momento de instabilidade financeira, a CVC está buscando novas possibilidades de se adequar ao momento financeiro da empresa.

Na última sexta-feira, 2 de junho de 2023, a CVC anunciou que está analisando a possibilidade de vender novas ações na bolsa de valores.

O grupo está em constantes conversas com investidores estratégicos a ponto de ser ‘vendida’, no caso, vender essas ações.

Apesar dessa conversa, ainda não tem nada confirmado e nenhuma parceria feita com investidores, porém, o mercado financeiro reagiu de forma positiva  à ação da companhia, sendo que os papéis chegaram a valorizar mais de 11% na última sexta-feira (2).

Vale destacar que a ação da CVC acontece em um momento em que o grupo passou por um processo de reestruturação de dívidas. Desde janeiro de 2023, a companhia tem passado por uma série de reformulações.

Agência CVC (Reprodução – Internet)

A EMPRESA DE VIAGENS SERÁ VENDIDA?

Não, o que ela está buscando são investidores estratégicos para comprar suas ações e aumentar seu valor de mercado.

De acordo com o comunicado da CVC, “no âmbito de avaliação dessa potencial oferta pública, a companhia está conduzindo conversas com potenciais investidores estratégicos”.

No entanto, o Brazil Journal, um dia antes, noticiou que a CVC estaria negociando com Guilherme Paulus, fundador e ex-controlador da companhia, sendo que ele colocaria mais de R$300 milhões no caixa da empresa. Inclusive, a Opportunity estaria liderando as negociações que envolvem 20% do capital do negócio.

Em janeiro deste ano, a CVC anunciou a demissão de 100 funcionários, isto é, 4% do seu corpo de profissionais.

Em março de 2023, a empresa de viagens informou ao mercado que iniciaria um processo de reestruturação de sua dívida.

Desde então, uma série de políticas estão sendo realizadas visando ajustar o caixa de uma das principais empresas de turismo e viagens do Brasil.

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