Ator da Globo estava em elenco de novela de sucesso

Um dos atores que fez parte do elenco de “Esperança”, novela de grande sucesso na Globo, teve que passar por uma cirurgia enquanto estava trabalhando no folhetim e acabou falecendo.

O ator em questão é Luís de Lima, que viveu o simpático Antônio, pai de Murruga (Nuno Lopes). Na trama, Murruga era um português que tinha chegado ao Brasil ainda criança, que vivia em uma pensão.

Na novela, o ator que fazia o pai do jovem português, era um senhor simpático, mas que não chegou até o fim do folhetim devido ao seu falecimento. Isso porque Luís de Lima teve que realizar uma cirurgia delicada, tentou voltar a gravar, mas não conseguiu.

O ator da Globo precisou remover um aneurisma da artéria aorta abdominal enquanto estava no ar em “Esperança”, em 2002. Apesar do procedimento ter sido um sucesso, a operação causou algumas sequelas e causou uma infecção pulmonar no artista.

Ator Luís de Lima, estava no elenco de novela da Globo, quando morreu aos 77 anos (Imagem: Reprodução)

Luís de Lima até chegou a receber alta do hospital, após ficar 20 dias internado, cogitou voltar ao trabalho, mas passou muito mal. Logo após a sua segunda internação, o ator não resistiu a edema pulmonar e morreu aos 77 anos.

A notícia da morte do artista, claro, abalou o elenco do folhetim de Benedito Ruy Barbosa e Walcyr Carrasco.

CARREIRA

Assim como seu filho na ficção, Luís de Lima também nasceu em Portugal e chegou muito jovem ao Brasil. Antes de ir para a Globo, o ator passou pela TV Tupi e também mostrou todo o seu talento no palco do Teatro Rio, da TV Rio.

Além de atuar, o artista também  era diretor, autor, produtor e professor de interpretação. Ele, inclusive, chegou a ser professor na Escola de Arte Dramática de São Paulo (EAD).

Na Globo, o ator participou de novelas e programas como, Chico City (1980), na série Caso Verdade (1982), e minissérie Os Maias (2001).

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Várias fatalidades aconteceram nos bastidores da novela ‘Esperança’, da Globo, em 2001

Na coluna ‘Fez História’ de hoje, domingo (22), vamos falar sobre tudo o que aconteceu nos bastidores da novela ‘Esperança’, da emissora Globo.

Para quem não sabe, ‘Esperança’ era uma espécie de continuação de ‘Terra Nostra’, que fez muito sucesso na tela da Globo entre 1999 e 2000.

Capa da novela ‘Esperança’ (Foto: Divulgação)

Em 17 de junho de 2001 a trama de Walcyr Carrasco e Benedito Ruy Barbosa estreou no canal, mas foi ao finalizar a novela, no dia 15 de fevereiro de 2002, que a emissora respirava aliviada.

Isso por conta de várias fatalidades que aconteceram, como a troca do autor Benedito Ruy Barbosa por Walcyr Carrasco, um acidente com os protagonistas da novela e até a morte de um ator.

DETALHES SOBRE A NOVELA

Tudo começou com Benedito Ruy Barbosa dando o nome da novela de ‘Terra Nostra 2’, que se passaria durante a Segunda Guerra Mundial, mas seus planos deram errado. Isso porque a minissérie ‘Aquarela do Brasil’, lançada em 2000, teve a mesma temática.

Sendo assim, a história acabou sendo levada para a época da quebra da Bolsa de Valores de Nova York, que aconteceu no ano de 1929.

Além disso, outro problema surgiu no mês de novembro, que foi quando aconteceu os atrasos da entrega dos capítulos da novela da Globo, fazendo com que as cenas fossem gravadas em cima da hora e muitas vezes até no mesmo dia em que a novela era exibida.

De acordo com informações do site ‘Notícias da TV’, um dos capítulos de ‘Esperança’ chegou a ser editado apenas 20 minutos antes de entrar no ar.

Um mês depois, outra complicação veio à tona, quando Benedito Ruy Barbosa foi substituído por Walcyr Carrasco, por conta de problemas de saúde.

DOENÇA, ACIDENTE NAS GRAVAÇÕES E MORTE NO ELENCO

A novela contava com um elenco de peso, entre eles: Ana Paula Arósio, Maria Fernanda, Priscila Fantin, Antônio Fagundes, Reynaldo Gianecchini e muitos outros atores.

Maria (Priscila Fantin) ao lado de Toni (Reynaldo Gianecchini) em ‘Esperança’ (Foto: Divulgação)

Dois meses após a estreia de ‘Esperança’ na Globo, Ana Paula e Gianecchini se machucaram durante a gravação de uma cena onde a personagem destruía uma estátua. A atriz torceu o pé, enquanto Gianecchini teve um dente quebrado por um dos estilhaços que o atingiram.

Já no final de agosto, o ator português Luís de Lima, que dava vida ao pai de José Manoel na novela, morreu aos 77 anos de idade, vítima de uma infecção pulmonar.

Ainda falando de problemas de saúde, Antonio Fagundes também precisou ficar internado durante uma semana por conta de uma pneumonia. Nuno Lopes teve luxação nas pernas e também foi parar no hospital, assim como Gilbert Stein, que teve uma crise de hipertensão.

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Novelas de sucesso ficam por mais tempo no ar (Foto: Montagem/TV Foco)

Existem algumas novelas que são exibidas pela Globo, Record e SBT, maiores produtoras deste conteúdo no Brasil, que ficam em nossos corações. Ficamos tão empolgados com as tramas que queremos que elas nunca acabem, mas a vida é assim. Tudo tem começo, meio e fim.

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Porém existem outras possibilidades e é sobre esse tema que nós do TV Foco iremos tratar neste especial. Conheça as novelas da Globo, Record e da Band que ganharam continuações devido ao sucesso estrondoso com o público brasileiro e nos outros países latinos também.

VERDADES SECRETAS

Autor de sucesso da Globo, Walcyr Carrasco comemorou nesta terça-feira (14) a decisão da emissora de lhe dar a oportunidade de escrever a 2ª temporada de Verdades Secretas. “Escrever ‘Verdades Secretas 2’ é um sonho. Que agora tem chances de concretizar. Estou feliz!”, escreveu o novelista na legenda de uma publicação em seu perfil oficial no Instagram.

A confirmação de Walcyr Carrasco vem após ele falar sobre a volta da trama. “Estamos pensando em Verdades Secretas 2. Deixei plantado ganchos para continuar. A questão maior não é a história, mas os atores que estão comprometidos com muitos projetos. Então não é uma coisa para amanhã”, disse.

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Exibida em 2015, a trama foi um fenômeno de audiência (fechou com média geral de 20 pontos) e repercussão, chegando a superar a novela das nove no ibope. O sucesso da história de Angel (Camila Queiroz), no entanto, não foi somente no Brasil. O folhetim ainda fez – e faz – sucesso em vários outros países. A cereja desse bolo para todos os envolvidos neste projeto foi ganhar o Emmy de melhor novela.

Grazi Massafera em uma das cenas de “Verdades Secretas”. (Foto: Reprodução)

MALHAÇÃO

Com a estreia no ano de 1995, a novela juvenil da Globo fez tanto sucesso com seu público que foi renovada para o ano seguinte , no outro e seguiu assim por mais de 20 anos. Malhação tem 26 temporadas e parece ter fôlego para muito mais.

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MUTANTES

Já em 2008, a Record TV resolveu inovar e lançou a novela Mutantes que tinha uma temática diferente do que era visto até então na televisão. A emissora paulista conseguiu abalar as estruturas da Globo, na ocasião. Graças a isso, a Record fez a continuação da trama protagonizada por Bianca Rinaldi, Leonardo Vieira, Letícia Medina, Ittala Nandi, Gabriel Braga Nunes e entre outros.

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FLORIBELLA

A trama Floribella é considerada um dos maiores sucessos da história da Band em termos de teledramaturgia. O remake protagonizado por Juliana Silveira foi exibido em duas temporadas entre os anos de 2005 e 2006 com alta audiência e média de até 8 pontos em pleno horário nobre.

TERRA NOSTRA x ESPERANÇA

Antes de Verdades Secretas, o autor Benedito Ruy Barbosa escreveu em 2000 a novela das nove Terra Nostra que tinha como casal principal Thiago Lacerda e Ana Paula Arósio. A trama foi reconhecida internacionalmente e, então, o escritor fez uma espécie de continuação. Em 2002, estreou a trama Esperança, que tinha o enredo bem semelhante à anterior de Benedito, feita para a Globo.

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Novela Esperança teve brigas e altos e baixos na Globo (Foto Memória Globo)

FEZ HISTÓRIA DE HOJE FALA DA NOVELA ESPERANÇA, QUE ESTREAVA NA GLOBO HÁ 16 ANOS!

“Vem de peito aberto, sem saber o que será, com coragem de se aventurar…” este era apenas um dos trechos da música que era cantada em quatro idiomas da novela Esperança. Era 17 de junho de 2002, quando a Tv Globo apresentou o primeiro capítulo da trama protagonizada por Toni (Reynaldo Gianechini) e Maria (Priscila Fantin). Eles são obrigados a se separar já no início da novela.

O pano de fundo da trama de Benedito Ruy Barbosa era a Revolução Constitucionalista de 1932, quando muitos estrangeiros, fugindo da miséria em seus países, chegam ao Brasil em busca de uma nova vida. Italianos, portugueses, espanhóis, judeus, todos trouxeram contribuições culturais em especial para São Paulo, onde tiveram participação ativa no processo de industrialização e na formação do movimento operário. Na novela Toni se apaixona por Maria, filha do maior inimigo do pai dele. Só que a moça está prometida para o outro homem, após se desentender com o pai, Toni decide tentar a sorte no Brasil. O que ele não sabe é que Maria está esperando um filho dele. A partir daí começam os encontros e desencontros, alegrias e frustrações dos personagens.

A idéia inicial da emissora era que o novo folhetim fosse uma continuação Terra Nostra, do mesmo Benedito Ruy Barbosa, exibida entre 1999 e 2000. O autor inclusive chegou a escrever a sinopse dessa trama, que tinha como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial. Mas a esteia de Aquarela do Brasil, de Lauro César Muniz usou o mesmo pano de fundo, o que obrigou Benedito jogar fora o que havia planejado.

Apesar do contratempo a TV Globo não quis abrir mão de uma história que lembrasse Terra Nostra. O autor usou então os mesmos ingredientes de sua trama anterior, só que optou por começar a história em outro momento dramático do século.

Novela Esperança foi cheia de altos e baixos na Globo (Foto montagem: TV Foco)

Esperança começou bem na audiência, mas teve alguns obstáculos pelo caminho. Na imprensa ganhou o apelido de Semelhança ( por causa de Terra Nostra). Em seguida a entrega dos capítulos começou a ter atrasos, o que prejudicou as gravações. Cenas eram feitas na véspera ou no mesmo dia em que iam ao ar. Os mais maldosos diziam pelos corredores que a novela estava sendo gravada ao vivo.

O atraso nas gravações resultou na necessidade de flashbacks constantes e a história mergulhou na chamada “barriga”, quando a história enrola para se desenvolver. Com isso a audiência despencou. Esperança que marcava 45 pontos, caiu para 35 pontos. Em dezembro de 2002, cedendo a pressão da emissora, Benedito Ruy Barbosa passou o bastão a Walcyr Carrasco que, acionado, assumiu a novela a partir do capítulo 149.

Carrasco mudou bastante na trama: criou novas situações, incluiu novos personagens, mudou a personalidade de alguns. Conseguiu fazer com que o telespectador voltasse a se interessar pela história e acabou por livrar a novela do título de mais baixo Ibope na história do horário nobre na emissora. Agradou o público e a emissora, mas desagradou o criador da novela. Benedito fez duras críticas ao trabalho de seu substituto.

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Entre as principais curiosidades da trana, se destacam: No início de agosto de 2002, Ana Paula Arósio e Reynaldo Gianecchini se feriram durante as gravações. Em uma cena que tinha de destruir uma estátua, o galã saiu com o dente da frente quebrado depois de ser acidentalmente atingido pelo golpe dado por Ana Paula.

O ator Luís de Lima, que fazia uma participação na novela, vivendo Antônio, o pai de outro personagem, morreu no decorrer da produção. Saiu de cena e foi substituído pela mãe do personagem, a portuguesa Antônia, interpretada por Beatriz Segall.

As primeiras foram feitas na divisa entre as regiões do Lazio e da Toscana na Itália. A cidade, de apenas 15 habitantes, mantinha as características do século 17. A novela teve ainda cenas gravadas em estúdio, em uma das maiores cidades cenográficas já construídas nos Estúdios Globo. Uma área de 13.500 metros quadrados, e ainda utilizou duas fazendas do interior de São Paulo.

Destaque para a fotografia e direção de atores. E a interpretação segura de Raul Cortez e Ana Paula Arósio. Por sua atuação, Arósio foi premiada com o Troféu Imprensa de melhor atriz de 2002. Esperança teve 202 capítulos.

Foi num dia 17 de junho de 1996, que estreava a novela O Rei do Gado na Tv Globo. Outro sucesso de Benedito Ruy Barbosa que cativou o público do início ao fim e marcou a história da televisão brasileira. As vidas de Bruno Mezenga e Jeremias Berdinazzi mudam completamente com a chegada de duas mulheres. Marieta, que diz ser a sobrinha desaparecida de Jeremias; e Luana, uma bóia-fria sem passado por quem Bruno se apaixona. Mal imagina Bruno que Luana unirá o seu destino ao de seu tio Jeremias, já que ela é a verdadeira Marieta Berdinazzi.

A emocionante primeira fase foi um dos melhores momentos de nossa Teledramaturgia. Ares operísticos juntando elementos do teatro e da narrativa audiovisual, conseguindo contrastes de luz em busca da ressonância do passado e mostrando-se a decadência do ciclo do café e a inserção do Brasil na Segunda Guerra Mundial. A segunda fase mostrou a modernização e a riqueza do interior paulista através da cidade de Ribeirão Preto. A capital paulista e a região do Araguaia também serviram de cenário para a trama.

Antônio Fagundes, Raul Cortez e Carlos Vereza interpretaram personagens que marcaram suas carreiras: Bruno Mezenga, Jeremias Berdinazzi e o Senador Roberto Caxias, respectivamente. Patrícia Pillar passou dez dias entre os cortadores de cana para compor sua bela e forte Luana, personagem pela qual foi muito elogiada. Primeira novela na Globo de Marcello Antony, Caco Ciocler, Lavínia Vlasak e Emílio Orciollo Neto. Foi a última novela da trilogia do autor no horário nobre sobre o interior do Brasil, iniciada com Pantanal (1990) e Renascer (1993).

Semana que vem tem mais Fez História aqui no TV Foco.

Por Alex Sampaio / Siga nas redes sociais clicando aqui. 

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(Foto: Divulgação)

Afastado das novelas desde “Esperança”, em 2003, o cantor Paulo Ricardo, que atualmente integra a equipe de jurados do “SuperStar”, da Globo, contou, em entrevista ao site “Ego”, que tem vontade de voltar aos folhetins.

“Faria uma novela novamente com o maior prazer, só depende do convite. Se me convidarem mesmo, vou fazer de tudo para poder participar como fiz na primeira vez, conseguindo tirar apenas os finais de semana para os shows”, declarou o cantor.

Para quem não lembra, Paulo Ricardo atuou na novela ‘Esperança’, exibida pela Globo entre 2002 e 2003. Sobre a época, o artista se mostrou encantado com o ambiente e as pessoas que faziam parte dela.

Paulo Ricardo em “Esperança”.

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Afrânio (Rodrigo Santoro) e Leonor (Marina Nery) em “Velho Chico”
(Foto: Globo/Caiuá Franco)

Benedito Ruy Barbosa e seus herdeiros estão de volta a faixa das nove treze anos após fracasso e confusão com a novela “Esperança”, que terminou no início de 2003 – na época, ainda novela das oito.

A família Barbosa retorna ao principal horário de dramaturgia da Globo com uma trama sobre o amor impossível entre membros de duas famílias rivais que vivem às margens do rio São Francisco. A história tem início no final dos anos 1960 e segue até os dias de hoje. “Velho Chico” é escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi, filha e neto de Benedito.

 A última vez em que o autor e sua filha escreveram uma novela para a faixa das nove da Globo, que foi “Esperança” (2002/2003), o trabalho terminou com fracasso e confusão. Numa época em que as tramas das 21h tinham meta de 45 pontos – a antecessora, “O Clone”, marcou 47 pontos -, a história desenvolvida por Benedito e sua filha, Edmara, foi um fiasco e chegou a ter média na casa dos 20 pontos em algumas ocasiões.

Para piorar, “Esperança” sofreu atrasos na entrega de capítulos, levando à gravação de cenas na véspera ou até mesmo no dia de sua exibição. Devido a problemas pessoais, Benedito se afastou da trama em dezembro de 2002, e Walcyr Carrasco assumiu a autoria, a partir do capítulo 149, passando a contar com a colaboração de Thelma Guedes.

Benedito Ruy Barbosa no lançamento de “Velho Chico”
(Foto: Globo/João Miguel Junior)

Sob o comando de Carrasco, a trama ganhou novos desdobramentos e personagens. Foi aí que Barbosa ficou irritado. “Quando ele [Walcyr Carrasco] assumiu a novela, deixei de assistir. Se visse, queria bater nele. Na época, liguei para o Mário Lúcio Vaz [então diretor artístico da Globo]: ‘Olha, Mário, avisa o Walcyr que, quando eu encontrar com ele, eu vou dar porrada, entendeu?’ Ele simplesmente acabou com a minha novela. Não terminou como eu queria. Depois, mandou uma carta pedindo desculpas. Coitado! O sujeito andava ressabiado comigo. No fim, tudo terminou bem. Acendemos o charuto da paz”, disse o autor no livro “A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo”, em 2009.

Carrasco se defendeu e disse que não tinha como tentar ser igual a Barbosa. “Eu o entendo perfeitamente. É como dar o filho para o outro educar. No lugar do Benedito eu também teria ficado muito mal. Não pude conversar com ele devido ao seu estado de saúde. Mas, quando assumi a novela, quis imprimir meu ritmo. Não havia como tentar ser igual a ele. Por sinal, o Benedito é um dos autores que mais admiro na história da televisão.”

Bruno Luperi e família no lançamento de “Velho Chico”
(Foto: Globo/João Miguel Junior)

Agora, “Velho Chico” traz uma nova geração da família Barbosa: Bruno Luperi. E, ao contrário de “Esperança”, Benedito não será mais o autor principal, e sim o supervisor. A escrita está a cargo de Edmara e Bruno.

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Eva Wilma, Raul Cortez e Reynaldo Gianecchini em “Esperança”; trama foi problema para a Globo
(Foto: TV Globo/ Memória Globo)

A novela “Esperança” foi um dos maiores problemas da Globo nos anos 2000. Além de fracassar em audiência, o folhetim ainda foi marcado por um afastamento do autor titular, Benedito Ruy Barbosa, e por uma briga nos bastidores envolvendo Barbosa e Walcyr Carrasco.

A trama que teve como pano de fundo os reflexos da Grande Depressão de 1929 no cenário sociopolítico mundial, a queda do ciclo do café e a transformação do Brasil em um país formado por imigrantes de várias nacionalidades, contava a história de amor dos italianos Toni (Reynaldo Gianecchini) e Maria (Priscila Fantin), na década de 1930.

Lançada em junho de 2002, “Esperança” foi pensada para ser uma continuação de “Terra Nostra” (1999), e seria batizada de “Terra Nostra 2”. Segundo Benedito Ruy Barbosa, porém, ele percebeu que não conseguiria dar continuidade às tramas desenvolvidas na novela anterior e propôs uma nova história, embora versando sobre o mesmo tema da imigração. No entanto, a tentativa fracassou. A audiência foi desastrosa e, para piorar ainda mais a situação, ocorreu uma tumultuada substituição.

“Esperança”, que sucedeu “O Clone” – grande sucesso da autora Glória Perez, que chegou a bater a casa dos 60 pontos de média na Grande São Paulo, em seu último capítulo – foi o maior fiasco da Globo na década passada, e considerada a pior audiência da história da faixa das oito, na ocasião. O folhetim de Benedito Ruy Barbosa chegou a casa dos 20 pontos, índices considerados extremamente pífios, numa época onde as tramas das oito – hoje das nove – marcavam números na casa dos 40/50 pontos.

Como se o fracasso de público já não fosse suficiente, “Esperança” sofreu atrasos na entrega de capítulos, levando à gravação de cenas na véspera ou até mesmo no dia de sua exibição. Devido a problemas pessoais, Benedito Ruy Barbosa se afastou da trama em dezembro de 2002, e Walcyr Carrasco assumiu a autoria, a partir do capítulo 149, passando a contar com a colaboração de Thelma Guedes.

Barbosa X Carrasco

Benedito Ruy Barbosa ficou chateado com Walcyr Carrasco
(Foto: Globo/Renato Rocha Miranda)

Sob o comando de Carrasco, a trama ganhou novos desdobramentos e personagens. Foi aí que Barbosa ficou irritado. “Quando ele [Walcyr Carrasco] assumiu a novela, deixei de assistir. Se visse, queria bater nele. Na época, liguei para o Mário Lúcio Vaz [então diretor artístico da Globo]: ‘Olha, Mário, avisa o Walcyr que, quando eu encontrar com ele, eu vou dar porrada, entendeu?’ Ele simplesmente acabou com a minha novela. Não terminou como eu queria. Depois, mandou uma carta pedindo desculpas. Coitado! O sujeito andava ressabiado comigo. No fim, tudo terminou bem. Acendemos o charuto da paz”, disse o autor no livro “A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo”, em 2009.

Walcyr Carrasco teve que assumir autoria de “Esperança”, em 2002 (Foto: Divulgação)

Carrasco se defendeu, e disse que não tinha como tentar ser igual a Barbosa. “Eu o entendo perfeitamente. É como dar o filho para o outro educar. No lugar do Benedito eu também teria ficado muito mal. Não pude conversar com ele devido ao seu estado de saúde. Mas, quando assumi a novela, quis imprimir meu ritmo. Não havia como tentar ser igual a ele. Por sinal, o Benedito é um dos autores que mais admiro na história da televisão.”

O que “Esperança” foi para a Globo em 2002, “Babilônia” está sendo em 2015. O único fato que não ocorreu agora, foi o afastamento do autor da trama, que desta vez não é apenas um, mas sim três. Três escritores conduzindo uma história que virou uma verdadeira colcha de retalhos, e agoniza à espera de seu tão desejado fim.

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Não é de hoje que acontece mudanças extremas em novelas globais. (Foto: Divulgação/TV Globo)

A Globo já fez verdadeiras loucuras em suas tramas! Por exemplo, você sabia que a morte real de um protagonista destruiu uma novela inteira? Pois é, isso já aconteceu em uma trama global.

Não é a primeira vez que surge um caso como o de Drica Moraes e Marjorie Estiano em ‘‘Império’’. Para quem não sabe da história clique aqui.

Relembre outros cinco episódios parecidos:

‘‘Esperança’’ – Morte de Luís de Lima

Novela ‘‘Esperança’’ já foi foi ameaçada pelo Ministério da Justiça de ser reclassificada para maiores de 16 anos por conta de cenas impróprias. (Foto: Reprodução)

O intérprete de Antonio, Luís de Lima, morreu e um novo ator foi escalado para substituí-lo. O artista já estava internado antes sua morte para tratar um edema pulmonar e pressão alta agravada por uma cardiopatia.

Confira o tema de abertura da novela:

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=MKVGNDS7DM4[/youtube]

‘‘Torre de Babel’’ – A explosão que matou vários personagens indesejados

A novela, que foi exibida em 1998, causou polêmica por explorar temas como homossexualidade, violência, drogas e infidelidade conjugal, provocando reações até mesmo de várias instituições religiosas.

Com objetivo de eliminar a repercussão negativa, causando mudanças extremas na estrutura da trama, foi decidido que haveria uma explosão de um shopping, que já estava prevista na sinopse, para eliminar personagens que não foram bem aceitos, ato que não havia sido programado.

A explosão ocorreu com uma única finalidade: Evitar casais homossexuais na trama.

Confira a abertura da trama:

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=QxDjg7j-cKY[/youtube]

Porém, a musica instrumental foi cortada e abertura passou a ser exibida com uma música de Gal Costa. Confira o tema de abertura, uma segunda versão:

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=FUCaynmHCeU[/youtube]

‘‘Pátria Minha’’ – Atores causam problemas nos bastidores, despertando ódio do autor da trama

Quem se lembra de quando a atriz Vera Fisher foi eliminada, juntamente com o seu marido, de uma novela?

Isso mesmo, ela, junto com o seu marido, Felipe Camargo, foram expulsos de ‘‘Pátria Minha’’, novela global de horário nobre. Na época, a emissora alegou que a indisciplina dos dois estava prejudicando o ritmo das gravações.

Mas na realidade, de acordo com publicações do ano de 1994, os dois teriam irritado o autor da novela, Gilberto Braga, que decidiu acabar com os personagens deles de uma maneira inusitada: Produziu um incêndio, que colocou um ponto final nos personagens.

Confira a abertura da novela:

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=Za6bK8oJSXo[/youtube]

‘‘Véu de Noiva’’ – Ator decide se demitir

Janete Clair elabora justificativa válida para a saída de Geraldo Del Rey da novela. (Foto: Reprodução)

Janete Clair teve que usar bastante a imaginação para elaborar uma justificativa válida para contornar a saída de Geraldo Del Rey da novela.

O ator pediu demissão da Globo e solicitou a saída de ‘‘Véu de Noiva’’, já que ele aceitou um convite de trabalho na TV Tupi.

Para contornar a situação, a autora escreveu a morte do personagem, deixando um ‘‘Quem matou Luciano?’’ no ar. Lembrando que Regina Duarte atuou pela primeira vez nessa trama.

Confira a abertura da novela:

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=WNnq20O2Q44[/youtube]

‘‘Anastácia, a mulher sem destino’’ – A morte de mais de 100 personagens

Janete Clair é convocada para salvar a novela. (Foto: Reprodução)

A trama, que foi escrita por Emiliano Queiroz, contou com uma história decadente, já que o público não entendia muito bem a novela, pois ela continha muitos personagens.

O autor não conseguiu levantar os números da trama. A Globo foi obrigada a chamar a brilhante autora Janete Clair para salvar a novela. Ela decidiu eliminar mais de 100 personagens de uma vez só através de um terremoto, que acabou provocando um salto de 20 anos no tempo.

Aos poucos, com poucos sobreviventes, ela ajustou os núcleos e conseguiu recuperar a audiência.

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