Falências históricas - TV Foco O TV Foco desde 2006 leva as melhores notícias da tv para milhares de brasileiros todos os dias. Tudo sobre tv e famosos, novelas, realities. Thu, 03 Apr 2025 14:44:16 +0000 pt-BR hourly 1 https://statics.otvfoco.com.br/2020/01/cropped-favicon-32x32.png Falências históricas - TV Foco 32 32 R$4 bi pelos ares, 224 lojas fechadas e falência: O fim de rede de supermercados após 41 anos https://tvfoco.uai.com.br/r4-bi-ares-a-falencia-supermercado-41-anos/ Thu, 03 Apr 2025 14:44:09 +0000 https://www.otvfoco.com.br/?p=2364856 A falência milionária que transformou uma gigante varejista no setor de supermercados em memória após quatro décadas de existência No Brasil, as redes de supermercado desempenham um papel essencial na economia e no cotidiano da população. Afinal de contas, elas garantem o abastecimento de produtos básicos, como alimentos e itens de higiene, além de facilitarem […]

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A falência milionária que transformou uma gigante varejista no setor de supermercados em memória após quatro décadas de existência

No Brasil, as redes de supermercado desempenham um papel essencial na economia e no cotidiano da população.

Afinal de contas, elas garantem o abastecimento de produtos básicos, como alimentos e itens de higiene, além de facilitarem o acesso a bens de consumo e empregarem um grande número de trabalhadores.

O setor também conecta o produtor ao consumidor, sustenta cadeias de fornecedores e movimenta uma grande fatia do PIB nacional.

Supermercados Casas da Banha (Foto: Reprodução)
Rede de supermercados Casas da Banha (Foto: Reprodução/Blogger)

Não é a toa que quando uma rede de supermercados enfrenta uma crise financeira ou fecha as portas, os impactos ultrapassam os limites do setor:

  • A população sente diretamente os efeitos do desemprego gerados por tais fechamentos;
  • Além disso, as interrupções abruptas de um serviço essencial pode gerar aumento nos preços pela redução da concorrência.

Por fim, o desaparecimento de uma rede de supermercados afeta não apenas o varejo, mas também a estrutura econômica e social do país.

Inclusive, em nossa história existem milhares de casos assim.

Como da Casas da Banha, uma das maiores do Brasil, a qual sucumbiu à crise e declarou falência após enfrentar dificuldades financeiras, resultando em um desfecho desolador, o qual afetou milhares de consumidores, após quatro décadas de existência.

Assim, a equipe especializada em história das empresas, do TV Foco, com base em informações divulgadas pelo portal Wiki, detalha abaixo como essa situação foi gerada e seus impactos.

Um império das carnes!

A história da Casas da Banha terminou oficialmente em 1999. A notícia da quebra devastou e entristeceu milhares de consumidores, uma vez que ela era considerada um dos maiores “impérios” no setor de alimentos, principalmente das carnes:

  • Apesar da fundação oficial ter sido em 1955, no Rio de Janeiro, o grande “Boom” veio quando passou a patrocinar o eterno Velho Guerreiro, Chacrinha, nos anos 70.
  • O apresentador jogava bacalhau para a plateia em seu programa na antiga TV Tupi, promovendo os produtos da rede.

Unidades em outras cidades:

Posteriormente a rede se espalhou nas seguintes cidades:

(SP):

  • São Paulo;
  • São Bernardo do Campo;
  • Osasco,
  • Mauá;
  • São Caetano do Sul;
  • Guarulhos;
  • Ribeirão Pires.

(MG):

  • Belo Horizonte;
  • Cataguases;
  • Juiz de Fora;
  • Barbacena;
  • Muriaé;
  • Montes Claros;
  • Além Paraíba;
  • Janaúba;
  • Januária;
  • Francisco Sá;
  • Pirapora;
  • Leopoldina.

Veja o vídeo abaixo:

Lojas fechadas

Infelizmente, uma crise se agravou em 1986, com os planos econômicos heterodoxos do Governo Federal, como o Cruzado I e II, a qual acabou atingindo a rede amada.

Inclusive, o advogado da empresa classificou o congelamento de preços como um “absurdo“.

Em 1991, a empresa impôs um controle e uma contenção financeira, além de fechar algumas unidades.

Na decretação do Plano Cruzado I, muitas mercadorias vendidas pela Casas da Banha estavam com preços promocionais e, com o congelamento, os preços permaneceram fixos por um ano.

Além disso, a empresa enfrentou o confisco do Plano Collor, que agravou ainda mais a situação, segundo o advogado.

Unidade de São Bernardo, SP da Casas da Banha (Foto Reprodução/ Facebook)

Demissões em massa:

Em seu auge, a Casas da Banha empregava cerca de 22 mil funcionários. Em 1991, esse número caiu para 9 mil, com uma remuneração devida de apenas US$ 2 milhões.

Para pagar dívidas, a empresa vendeu e repassou 149 unidades aos antigos donos.

Além disso, 75 lojas permaneceram fechadas à espera de negociação, incluindo o tradicional Porcão, totalizando assim o número de 224 lojas encerradas.

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A lojas da Casas da Banha foram fechadas gradativamente e os funcionários foram mandados embora (Foto Reprodução/Internet)

Em 1992, a Casas da Banha demitiu mais 3,5 mil funcionários por determinação judicial e continuou fechando suas portas gradativamente.

Em 1993, a rede enfrentou 9 mil processos trabalhistas, número que foi reduzido a 800 após o pagamento gradual de indenizações em 2,8 mil casos.

Quando a Casas da Banha teve sua falência decretada de vez?

Conforme dito acima, infelizmente, em março de 1999, o juiz Luiz Felipe Salomão, da 2ª Vara de Falências e Concordatas, decretou a falência da empresa, conforme noticiou o portal Diário do Comércio.

O advogado da empresa, Alfredo Bumachar, revelou que a decisão ocorreu após uma confissão da própria empresa na Vara.

Com isso, o juiz concedeu um prazo de 20 dias para que os credores justificassem seus créditos e priorizou o pagamento das dívidas trabalhistas, estimadas em US$ 5 milhões na época.

Não foi possível encontrar manifestações sobre as demissões, bem como sua falência. Porém, apesar do tempo, o espaço permanece aberto para qualquer esclarecimento futuro.

Considerações finais

A falência da Casas da Banha, uma das maiores redes de supermercados do Brasil, demonstra um impacto devastador de crises econômicas e decisões de gestão no varejo e na vida dos consumidores.

Fundada em 1955, a rede fechou as portas em 1999, após enfrentar dificuldades com políticas de congelamento de preços e planos econômicos federais.

O fim da rede prejudicou milhares de trabalhadores e transformou o cenário varejista do país.

Mas, para saber sobre mais falências e casos como esse, clique aqui*

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Intervenção do Banco Central e fim de 100 agências: Falência de banco histórico devasta Rio de Janeiro, RJ https://tvfoco.uai.com.br/intervencao-bc-falencia-banco-devasta-rj/ Wed, 26 Mar 2025 11:20:00 +0000 https://www.otvfoco.com.br/?p=2359248 Queda histórica na cidade maravilhosa: Falência de banco culmina no fim de 100 agências e intervenção do Banco Central Um dos bancos mais históricos e importantes do Rio de Janeiro, RJ, teve sua falência decretada após enfrentar uma série de adversidades financeiras e percalços jurídicos, os quais acabaram culminando na intervenção do Banco Central. Estamos […]

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Queda histórica na cidade maravilhosa: Falência de banco culmina no fim de 100 agências e intervenção do Banco Central

Um dos bancos mais históricos e importantes do Rio de Janeiro, RJ, teve sua falência decretada após enfrentar uma série de adversidades financeiras e percalços jurídicos, os quais acabaram culminando na intervenção do Banco Central.

Estamos falando do icônico Banco Halles, fundado em 1967 e que chegou a ser considerado um dos maiores nomes quando falamos em investimento do país.

No entanto, seu crescimento acelerado, somado à crise de liquidez, agravada pela especulação e gestão descontrolada, levou à sua liquidação total.

O episódio marcou a história do sistema financeiro brasileiro, que desenvolveu um controle maior sobre as instituições financeiras após a crise.

Banco Halles (Reprodução/São Paulo Antiga)
Banco Halles foi considerado o maior em investimento (Foto: Reprodução/Montagem/Tv Foco/Arquivos históricos)

A partir de informações do portal Wiki e Valor Econômico, a equipe especializada em economia do TV Foco mergulha novamente nessa história, a qual marcou a história do nosso setor financeiro.

Uma potência!

Conforme mencionamos acima, o Banco Halles foi fundado em 28 de março de 1967, com sede na capital do Rio de Janeiro.

Sua abertura se deu graças a carta-patente nº A-67/1107 concedida pelo Banco Central do Brasil.

  • Nos primeiros anos de operação, o banco se destacou como uma das maiores instituições financeiras do país.
  • Sua carteira de câmbio ocupava a quarta posição nacional, enquanto o Fundo de Investimentos do Halles estava entre os três maiores do Brasil.

Não demorou muito para que o banco se consolidasse como um dos maiores do país, com um capital de 8 bilhões de cruzeiros novos logo após sua fundação.

A expansão do banco foi impulsionada pela Lei de Reforma Bancária de 1964, pelo presidente Castelo Branco, primeiro presidente após o golpe de 64, a Ditadura Militar.

O mesmo incentivou fusões e aquisições de bancos menores, o que possibilitou a concentração bancária e ajudou a acelerar o crescimento de Halles.

Ao longo de sua trajetória inicial, o banco adquiriu o controle de outras instituições financeiras, consolidando sua posição no setor.

Castelo Branco no Congresso Nacional em 1964 (Foto Reprodução/Agência O Globo)

Chegada de Jabour

No ano de 1971, o fundador Francisco Pinto Junior formou uma sociedade com João Jabour, o maior acionista individual do Banco do Brasil, criando a holding JJH:

  • Jabour passou a deter 50% das ações do banco.
  • Enquanto os outros 50% ficaram com os demais acionistas.

A partir dessa aliança, o Halles iniciou uma série de aquisições prejudiciais de outros bancos, como o Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais.

Inclusive, apesar das tentativas fracassadas de controle acionário, isso fez com que o valor das ações do banco quadruplicasse na bolsa de valores.

No mesmo período, a JJH adquiriu o controle de quatro outros bancos importantes, incluindo o Banco Lowndes e o Banco Intercâmbio Nacional.

Em 1972, o Halles completou uma das maiores aquisições da época, ao incorporar o Banco Andrade Arnaud, um banco cinco vezes maior do que o Halles, por 300 milhões de cruzeiros.

Esse movimento, no entanto, previa o financiamento de Jabour e empréstimos do Chase Manhattan Bank.

Em crise

O Banco Halles passou por dificuldades financeiras no final de 1972, quando não pagou a primeira parcela de um empréstimo com o Chase Manhattan Bank.

A dívida fez com que o banco enfrentasse uma crise de liquidez crescente.

Além disso, a gestão da instituição, sob novos acionistas, diversificou seus investimentos sem a experiência devida.

Apesar do esforços em manter a crise controlada, o fato explodiu na mídia (Foto Reprodução/Jornal Opinião de 1974)
Apesar do esforços em manter a crise controlada e da censura, o fato explodiu na mídia (Foto Reprodução/Jornal Opinião de 1974)

O que resultou em perdas significativas, como o prejuízo de 125 milhões de cruzeiros na tentativa de entrada no mercado de exportação de soja.

Em fevereiro de 1974, o Banco Halles não apresentou seu relatório financeiro, o que gerou desconfiança no mercado.

No dia 14 de março de 1974, os acionistas do banco informaram ao Banco Central sobre a insolvência da instituição, solicitando ajuda.

A carta, no entanto, nunca foi entregue ao até então presidente do Banco Central, Ernane Galvêas, e foi lida apenas pelo seu sucessor, Paulo Hortêncio Pereira Lira, que entregou a carta como uma confissão de insolvência.

Banco Central entra em cena

Em 16 de abril de 1974, o Banco Central do Brasil decretou uma intervenção no Banco Halles com base na Lei Federal 6.024/1974.

O banco, até então o oitavo maior conglomerado bancário do Brasil, com mais de 100 agências, 200 mil correntistas e cerca de 30 mil acionistas, entrou em um processo de liquidação.

A intervenção foi realizada de forma discreta para evitar pânico no mercado financeiro, mas, mesmo com a tentativa de sigilo, a notícia vazou rapidamente.

Banco Central - (Foto: Internet)
Banco Central – (Foto: Internet)

Consequentemente, com a bomba estourada no mercado, houve uma queda de 3,5% nas ações da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.

Durante a intervenção, o Banco Central negociou a venda do Halles para António de Sommer Champalimaud e Sebastião Camargo, mas as propostas não avançaram.

Sem alternativas viáveis, o Banco Central acabou transferindo a responsabilidade pela crise para o Banco do Estado da Guanabara (BEG), que assumiu o controle do banco.

Quais foram os impactos da falência do Banco Halles?

Em junho de 1974, o governo brasileiro gastou 8 bilhões de cruzeiros, equivalentes a 1,2 bilhão de dólares, com a intervenção no Banco Halles.

O banco foi definitivamente liquidado, e seus ativos foram investidos pelo BEG, marcando o fim de um dos maiores bancos de investimento do Brasil.

Marcando assim o fim das suas mais de 100 agências e seu poderio no mercado financeiro.

Posteriormente, a falência do Banco Halles foi um evento emblemático na história do sistema financeiro brasileiro, revelando falhas de gestão e falta de controle sobre a especulação no setor bancário.

A intervenção e liquidação do banco serviram como uma lição para o governo, que a partir desse momento passou a adotar uma postura mais rígida na regulação do mercado financeiro.

Além disso, o caso do banco Halles foi considerado um dos maiores escândalos financeiros da era militar, no entanto, devido a censura e opressão, abafaram e silenciaram esse fato durante anos.

Conclusão:

Em suma, a história do Banco Halles reflete as dinâmicas complexas de crescimento e falência no setor financeiro, especialmente em uma época marcada pela especulação e falta de supervisão.

Inclusive, a intervenção do Banco Central e a liquidação do banco impactaram profundamente a economia brasileira.

Por fim, o episódio permanece um marco na história financeira do país, embora abafado na época, exigindo alerta sobre os riscos de uma expansão descontrolada.

Mas, para saber mais sobre outros bancos e histórias como essa, clique aqui*.

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