Fátima Bernardes no Encontro e Patrícia Poeta no É De Casa; apresentadoras (Foto: Reprodução/Globo)

A Globo está oferecendo nomes como Fátima Bernardes e Patrícia Poeta para posts patrocinados nas redes sociais

A Globo se aproveitou da popularidade de seus apresentadores nas redes sociais e passou a ofertar posts patrocinados no plano comercial de seus programas. Nomes como Fátima Bernardes, Patrícia Poeta e Tiago Leifert estão entre as estrelas da casa que já fazem parte deste tipo de ação.

No plano comercial do Encontro distribuído no mercado, a Globo coloca o post patrocinado como uma “possibilidade extra de composição do patrocínio”. “Possibilidade da marca patrocinadora se apropriar da força, relevância e credibilidade de Fátima Bernardes”, diz a emissora no texto.

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GLOBO OFERECE FÁTIMA BERNARDES COMO INFLUENCIADORA

Neste caso, Fátima pode ser contratada como influenciadora da marca, levando também para suas redes sociais próprias, as conversas geradas nos quadros da marca no Encontro.

Apresentadores do É De Casa, Ana Furtado, André Marques, Cissa Guimarães e Patrícia Poeta também aparecem com a opção de posts nas redes sociais pessoais com marcação do patrocinador. A Globo destaca que são “vozes para diferentes públicos”.

Apresentadores do É De Casa em oferta de posts patrocinados no plano comercial do programa (Foto: Reprodução)

DE VESTUÁRIO E PLANOS DE SAÚDE

No plano comercial, inclusive, a Globo lista a associação dos apresentadores a segmentos de mercado, como higiene e beleza, moda e vestuário, alimentação, operadoras de celular, planos de saúde, bancos, seguros, operadoras de TV por assinatura, entre outros.

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Outro apresentador que aparece disponível para a ação é Tiago Leifert. O titular do The Voice Brasil, que conta com mais de 4 milhões de seguidores no Instagram, é oferecido como “conexão e oportunidade para as marcas em diversos segmentos”. Entre os segmentos, estão listados games, artigos esportivos, operadoras de celular, bancos, entre outros.

Essa é mais uma oportunidade que a Globo decidiu apostar para incrementar ações de patrocínio e aumentar o faturamento.

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Fátima Bernardes e Ana Maria Braga, apresentadoras queridas dos anunciantes na Globo (Foto: Reprodução/Globo)

A Globo oferece até estúdios e artistas para anunciantes da Black Friday na emissora

A Globo aposta em um pacote Black Friday para alavancar o faturamento no fim de ano. A emissora lançou no mercado publicitário um plano comercial completo para anunciantes que vai desde a TV aberta até a TV paga e o ambiente digital. Na proposta, o canal disponibiliza até um estúdio e artistas de seu elenco para as campanhas.

“A Globo oferece espaços premium com alto volume de impacto, velocidade e relevância, cobrindo todos os momentos da jornada do consumidor de forma complementar”, diz o texto da emissora carioca no plano comercial em que expõe seus números, mostrando que atinge mais pessoas do que as mídias sociais.

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PRIVILÉGIO PARA PATROCINADORES

Na proposta, o canal ainda oferece o Globo Brand Space, um espaço em seus estúdios para os anunciantes desenvolverem seus projetos. “Um complexo de estúdios e recursos artísticos e de produção dos Estúdios Globo dedicado às produções customizadas das marcas”, explica o texto.

Complexo de estúdios oferecido a anunciantes
(Foto: Reprodução)

O estúdio é um ambiente modular com cenário virtual para criação de conteúdos dedicados à Black Friday nas plataformas Globo e das marcas. O recurso é exclusivo e dedicado para marcas patrocinadoras e é um privilégio de clientes de cotas Master, Black e Black Friday Globo.

GLOBO OFERECE ARTISTAS PARA MARCAS

No plano comercial, a emissora também oferece um “talento Globo” como porta-voz exclusivo para cada marca, participando das ações de conteúdo desenvolvidas ao longo do projeto. Artistas dos mais diversos segmentos poderão ser escolhidos a partir de uma lista pré-definida pelo canal e de acordo com os temas de interesse dos anunciantes e o seu público.

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No pacote, a Globo ainda oferece várias oportunidades, como ações no conteúdo nos programas da emissora, produção de conteúdo por meio de influenciadores nas redes sociais, breaks personalizados, lives, entre outras ações.

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Tiago Leifert no comando do The Voice Brasil (Foto: Reprodução/Globo)

A Globo está vendendo todo o The Voice Brasil a anunciantes para aumentar faturamento. Veja!

]Em tempos de crise, a Globo vem tentando ganhar dinheiro de todas as formas e loteou o The Voice Brasil para aumentar o faturamento com o programa, que volta ao ar em outubro. Nem mesmo as cadeiras dos técnicos foi poupada e também aparece como opção para inserção de propaganda.

Além do patrocínio, no plano comercial da atração distribuído ao mercado publicitário, a emissora carioca oferece aos anunciantes outras três formas de aparecer no reality show, que são novidades para a edição deste ano. As opções vão desde aparecer nas cadeiras dos técnicos, até ações de interação e engajamento.

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GLOBO LANÇA AÇÕES PARA FATURAR MAIS

No formato de aparecer na virada das cadeiras dos técnicos, um dos momentos mais tensos do The Voice Brasil, a Globo oferece ao anunciante a oportunidade do logo do mesmo patrocinador ser exibido em todas as cadeiras, em um dos episódios das Audições às Cegas, na primeira fase do programa.

Globo oferece até cadeiras dos técnicos a anunciantes (Foto: Reprodução)

THE VOICE BRASIL LOTEADO

Outra opção é uma ação de interação, engajamento e conversão. No primeiro bloco da atração, o público será incentivado a interagir com o programa através das redes sociais e utilizando uma hashtag exclusiva, com o objetivo de receber um benefício exclusivo do anunciante. No último bloco, Tiago Leifert reforçará a ação e apresentará o benefício oferecido pelo patrocinador.

Ação de interação do The Voice Brasil oferecida a anunciantes (Foto: Reprodução)

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A terceira ação proposta pela Globo é aparecer no momento em que são mostradas as mensagens que o público envia por meio das redes sociais. Os comentários recebidos por meio da hashtag do The Voice Brasil serão filtrados e exibidos durante o programa, junto com a marca do patrocinador.

Com estreia marcada para o dia 15 de outubro, o reality musical da Globo voltará ao ar com novidades no formato em sua 9ª temporada.

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Galvão Bueno, principal nome do esporte da Globo; emissora planeja apostar em futebol feminino após perder contratos (Foto: Reprodução/Globo)

Globo quer investir em outra competição após desfalque histórico em seu pacote de esportes bilionário

A Globo já começou a planejar formas de reparar o rombo deixado pela perda da Copa Libertadores, Campeonato Carioca e Fórmula 1. Com pacote bilionário do futebol e um alto faturamento com as corridas, a emissora se mexe para o impacto financeiro não ser tão grande em 2021.

A primeira baixa do pacote esportivo foi o rompimento do contrato que garantia os direitos de exibição do Campeonato Carioca. Tudo começou após o canal carioca entender que sua exclusividade havia sido violada com a transmissão de um jogo do Flamengo baseado numa MP sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro.

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PERDAS DE TRANSMISSÕES ESPORTIVAS

Depois, a Globo anunciou que não vai transmitir a Fórmula 1 no próximo ano. O vínculo se encerra no fim deste ano e não será renovado. Um dos motivos são os valores pedidos. A emissora tentou renegociar o contrato, mas não conseguiu redução de preço e optou pela não renovação.

“Como parte da revisão de seu portfólio de direitos, um dos maiores entre emissoras de TV do mundo, a Globo optou por não renovar os direitos de transmissão da Fórmula 1 a partir de 2021. Mesmo sem a transmissão das corridas, a Globo continuará a fazer a cobertura da categoria em suas diversas plataformas”, disse o canal em nota.

Galvão Bueno em transmissão na Globo (Foto: Reprodução/Globo)

O baque mais importante no pacote esportivo da Globo, no entanto, foi a saída da Copa Libertadores da América. Por causa da alta do dólar e a crise causada pela pandemia, a emissora tentou renegociar valores do contrato com a Conmebol. Sem acordo, decidiu romper o vínculo apostando numa pressão sobre a entidade.

Mas o plano deu errado e Conmebol acertou com o SBT para a transmissão da competição mais importante do continente até 2022, aumentando o rombo no pacote de esportes da Globo, responsável por um faturamento bilionário anualmente.

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GLOBO PLANEJA INVESTIR EM OUTRA COMPETIÇÃO

Para reparar o desfalque das transmissões de futebol e do espaço deixado pela Fórmula 1, a Globo tem o futebol feminino como sua principal aposta para 2021, com a exibição de partidas nas manhãs de domingo. Também não está descartado investimento em outras modalidades, como vôlei.

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William Bonner no comando do Jornal Nacional e Christiane Torloni (Tereza Cristina) em cena de Fina Estampa, principais atrações da Globo; emissora abriu mão de milhões com valores de anúncios congelados (Foto: Reprodução/Globo)

Globo decidiu congelar sua tabela de preços de anúncios por mais um mês em meio à crise

A Globo, mais uma vez, resolveu manter os preços de seus anúncios inalterados em meio à crise no mercado causada pela pandemia. Com a decisão, a emissora passará mais um mês com valores congelados, abrindo mão de faturar milhões.

Desde o início da quarentena motivada pela pandemia do coronavírus, o mercado anunciante entrou em crise. Com menos dinheiro entrando no caixa, várias empresas diminuíram os investimentos em publicidade. Diante desse cenário, a Globo decidiu não aumentar os preços de seus anúncios.

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PREÇOS CONGELADOS NA GLOBO

A emissora carioca está com sua tabela de preços congelada desde março, quanto também paralisou gravações em seus estúdios do entretenimento e encheu a grade de reprises no horário nobre, com reexibição de novelas em todos os horários – curiosamente, grande parte das tramas reprisadas está dando mais audiência que as inéditas.

Com a decisão da Globo, os valores de sua tabela de preços – até então válidos até 30 de setembro – foram congelados até o dia 31 de outubro. Um dos poucos produtos inéditos na programação noturna do canal, o Jornal Nacional continua sendo o mais caro para se anunciar, saindo por R$ 847.900 por cada trinta segundos.

William Bonner e Renata Vasconcellos na bancada do Jornal Nacional (Foto: Divulgação/Globo)

QUEDA DE VALORES

Outro recuo da emissora neste sentido foi diminuir os valores cobrados para se anunciar em seus programas diários nos fins de semana, dia em que historicamente tem um número de televisores ligados menor e os índices de audiência são inferiores.

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Os comerciais de trinta segundos nos breaks do JN, por exemplo, tem preço de R$ 847.900 de segunda a sexta-feira, e saem por R$ 725.400 aos sábados – um desconto de R$ 122.500, valor cerca de 14% menor. Essas são apenas algumas das medidas tomadas pela Globo diante da crise no mercado.

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Patricia Poeta e André Marques no comando do É De Casa; programa tem todos os ambientes à venda (Foto: Reprodução/Globo/Montagem TV Foco)

Globo colocou à venda todos os ambientes do É De Casa para aumentar faturamento. Confira!

Para aumentar os ganhos, a Globo está tentando faturar de todas as formas com seus programas. Um deles é o matinal É De Casa, em que todos os ambientes estão sendo comercializados. Desde a culinária até a decoração da casa usada para o programa estão à venda.

“Da tinta da parede à almofada, o segredo para uma decoração incrível é colocar a sua personalidade (ou a sua marca)”, sugere o plano comercial da Globo. Neste modelo de ação, a marca tem a oportunidade de patrocinar um ambiente da casa dentro do programa ou até mesmo utilizar um insert virtual para transportar algum móvel para dentro da casa.

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Outra oportunidade oferecida pela Globo ao mercado anunciante é a parte culinária comandada por Rodrigo Hilbert, com início da ação no É De Casa e desdobramento no quadro remoto do tempero de família.

GLOBO VENDE ATÉ LOOKS

Plano comercial do É De Casa oferece ação com look de apresentadores (Foto: Reprodução)

Entre as ações que unem o digital e a TV, a emissora comercializa até o look dos apresentadores. A marca patrocinadora poderá oferecer um look para um dos apresentadores usar na atração. Através de uma votação no digital, o público escolherá o de sua preferência, que será usado no programa.

O look vencedor será usado ao longo do É De Casa e, em determinada parte do matinal, um QRCODE aparecerá na tela da Globo para o telespectador comprar direto do site do patrocinador. O plano comercial propõe ainda que a mesma mecânica pode ser usada com marcas de maquiagem, lojas de departamento, entre outros.

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PETS E FINANÇAS TAMBÉM SÃO COMERCIALIZADOS

Outros quadros, como por exemplo com pets (que conta com participação do especialista Alexandre Rossi) ou finanças, também são oferecidos pela Globo para as empresas exporem suas marcas no programa.

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William Bonner no Jornal Nacional e Lilia Cabral (Griselda) em Fina Estampa; atrações são as mais caras da TV (Foto: Reprodução/Globo)

Globo cobra valor até 20% mais caro para anunciante que quiser ser privilegiado em seus intervalos. Confira valores!

Ter um privilégio na programação da Globo pode sair caro. A emissora carioca oferta a seus anunciantes inúmeras possibilidades de comerciais, mas o destaque nas atrações do canal tem um alto custo, com acréscimo de até R$ 170 mil no preço final em programas como o Jornal Nacional, por exemplo.

Em seu plano comercial, a Globo disponibiliza para as empresas o “Primeiríssima Posição”, que é um formato diferenciado que possibilita ao anunciante exibir seu comercial na primeira posição do intervalo de sua escolha, sem nenhum conteúdo, marca, produto ou anunciante antecedendo sua mensagem.

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PRIVILÉGIO CUSTA CARO

De acordo com as regras do mídia kit disponibilizado no mercado publicitário, a marca que desejar ter seu comercial no Primeiríssima Posição, terá que desembolsar um valor com acréscimo de 10% sobre o anunciado na lista de preços.

Caso a empresa também queira determinar o intervalo do comercial em que o anúncio será veiculado na Globo, haverá um acréscimo de mais 10%, totalizando um valor 20% mais caro no preço final.

OS MAIS CAROS NA GLOBO

E esse privilégio pode custar caro. No caso do Jornal Nacional, que tem o break mais caro da emissora e da TV brasileira, o destaque representa um acréscimo de R$ 169.580 no valor final de um anúncio.

Tereza Cristina (Christiane Torloni) em cena de Fina Estampa, reprisada no horário das nove (Foto: Reprodução/Globo)

Cada trinta segundos nos intervalos do telejornal comandado por William Bonner e Renata Vasconcellos custa R$ 847.900. Se o anunciante quiser aparecer no início do break e determinar em qual será, terá que desembolsar pouco mais de R$ 1 milhão (R$ 1.017.480) para aparecer durante meio minuto no JN.

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No caso da faixa da novela das nove da Globo, que atualmente leva ao ar a reprise de Fina Estampa, o custo de um comercial de trinta segundos é de R$ 831.900. Com o “privilégio”, sai por pouco menos de R$ 1 milhão: R$ 998.280. Todos os valores são baseados no preço de tabela praticado pela emissora.

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Globo segue como a emissora que mais fatura. (Foto: Reprodução)

Não há como discutir a superioridade da Rede Globo em tudo em que se compromete a fazer. De acordo com informações do jornalista Daniel Castro, o canal dos Marinho fechou 2016 com um faturamento cinco vezes a mais que a Record TV.

Foram R$ 10,248 bilhões divididos entre publicidade e serviços, contra R$ 1,862 bilhão da Record no ano passado. Um diferença estrondosa. Porém, mesmo faturando alto e seguindo no primeiro lugar em tudo, principalmente em audiência, a Globo faturou menos que em anos anteriores.

Teve, por exemplo, R$ 1,1 bilhão a menos do que em 2015 em lucro líquido. Faturou também R$ 920 milhões a menos do que em 2015, uma queda de 8.2%.

Para estancar a queda e tentar fechar no azul a Globo praticou a política de cortes. Reduziu o número de contratos longos, trabalhando apenas por obra, e reduziu despesas operacionais. Deu certo!

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Foto: montagem.

Por essa quase ninguém esperava… A emissora de Silvio Santos viu os seus lucros com “merchan”, o popular merchandising,  praticamente triplicarem nos últimos 5 anos, e já é a emissora brasileira que mais arrecada dinheiro com tal prática comercial.

Segundo dados do Kantar Ibope, obtidos pela coluna de Ricardo Feltrin, do UOL, entre os anos de 2010 e 2015 o SBT teve um expressivo aumento na quantidade de merchans feitos na sua programação, e a empresa “Jequiti” é a principal responsável por tal crescimento.

O SBT, que tinha vendido R$ 336 milhões em “merchan” em 2010,  no ano passado, porém, chegou a arrecadar R$ 1 bilhão. No entanto, de acordo com Feltrin, isso não significa realmente que a emissora de Silvio Santos tenha embolsado tamanha fortuna com as ações de merchandising, pois esse total é o valor da “tabela cheia” da emissora. Ou seja, quanto ela cobra por essas ações em teoria. Só que há muitos descontos, assim como a Record fez com o laboratório mexicano, oferecendo até 98%. Portanto, esse valor pode ser na realidade até 70% menor.

Porém, como esse lucro é calculado em tabela cheia para todas as emissoras, é possível afirmar que a de Silvio Santos foi sim a que mais vendeu espaço para merchan no país.

A Globo, no entando, caiu bastante na arrecadação com tal venda  comercial nos últimos cinco anos, passando de R$ 479 milhões para R$ 254 milhões.

A emissora dos bispos, “disparou” em seus lucros: de R$ 278 milhões para R$ 974 milhões no ano passado (com o valor de tabela cheia, sem os descontos).

Sucessos de audiência e faturamento, o “Pânico na Band” e o “MasterChef” ajudaram a emissora do Morumbi a faturar mais nesses cinco anos: o valor subiu de 142 para 245 milhões de reais.

Já a RedeTV!, após acordo milionário com uma farmácia, que até “comprou” o nome do programa “Mega Senha”, que agora se chama “Mega Senha Sidney Oliveira” também viu os seus índicesa subirem, apesar da perda do programa “Pânico”, que migrou para a Band. Os valores saltaram de 58 para 160 milhões nesses cinco anos.

Entenda o conceito de merchan: 

De acordo com a metodologia do Kantar Ibope, os merchans tem três formas. São elas:

– Testemunhal: Ocorre com interrupção do conteúdo do programa que está sendo exibido, explica sobre o produto, normalmente possui uma duração superior a 45 segundos, e tem um apresentador.

– Estímulo Visual: Aparição da marca ou produto sem envolvimento, sem consumo e sem manipulação do mesmo.

– Ação Integrada: Ação de consumo e ou manipulação do produto, atribuições, qualidades, características -mas com a marca-logotipo aparecendo.

Um dado chama a atenção, já que a Globo não é a campeã de faturamento em tal modalidade, mas isso indica apenas que a emissora carioca vem deixando de lado, aos poucos, a prioridade da prática de merchans, assim como os anunciantes, que pagam/pagariam uma fortuna, para anunciar na ex-platinada, de acordo com Feltrin.

Outro dado também chama a atenção, que é o fato de o SBT ser a primeira colocada, mesmo com tantas horas de enlatados e programas infantis (que não fazem merchan) no ar, e a Record arrecadar menos que o canal de Silvio Santos, mesmo cobrando mais caro do que a Globo, muitas vezes (anunciar no “Hoje em Dia” é mais caro que fazer o mesmo no “Mais Você”). Vale lembrar que os dados apresentados acima se referem ao comparativo entre 2010 e 2015, quando a Record ainda lucrava com os merchans do “Programa da Tarde”, já extinto da TV.

Outra informação: até alguns anos atrás, as principais emissoras de TV anunciavam o quanto faturavam com os tais merchandisings sem os descontos, mas a crise e mesmo os excessivos descontos fizeram com que as redes parassem de divulgar o lucro bruto, e anunciassem apenas os valores da tabela cheia.

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“Jornal da Nacional”, atração símbolo da Globo; emissora foi a que mais faturou com publicidade do governo
(Foto: Globo / Estevam Avellar)

Nos últimos doze anos, em que o Brasil foi governado por Lula e Dilma, a Globo teve um faturamento cerca de 42% maior que Record e SBT juntas com publicidade do governo federal. A emissora carioca teve rendimentos que chegam num total de R$ 6,2 bilhões, agregando a Rede Globo e as cinco emissoras de propriedade do Grupo Globo (em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Brasília e Recife). É o que revela dados publicados pelo jornalista Fernando Rodrigues, da Folha de SP.

Nesse mesmo período, a rede de Edir Macedo lucrou R$ 2 bilhões com propagandas do governo, seguida pelo canal de Silvio Santos, que teve rendimentos de R$ 1,6 bilhões. No entanto, Record e SBT juntas faturaram um montante de R$ 3,6 bilhões. O valor é de R$ 2,6 bi menor que o da Globo.

Ainda entre as principais redes de televisão do país, a Band faturou R$ 1 bilhão e a RedeTV! teve receitas no valor de R$ 408 milhões com publicidades do governo.

Salto da Globo

As emissoras globais terminaram o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, em 2002, com 49% das verbas estatais comandadas pelo Palácio do Planalto e investidas em propaganda em TVs abertas. No ano seguinte, em 2003, já com o petista Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência, a fatia da Globo saltou para 59% de tudo o que a administração pública federal gastava em publicidade nas TVs abertas.

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