A famosa atriz acabou deixando Gilberto Braga na mão e abandonou a trama no meio das gravações

Se atualmente o motivo de dor de cabeça do setor de dramaturgia da Globo tem sido o surto de Covid-19, no passado, o pesadelo para qualquer produção da emissora carioca era a mínima possibilidade de um ator ou de alguma atriz abandonar a novela no meio das gravações.

No Fez História de hoje vamos relembrar alguns casos de estrelas, que, sem mais nem menos, deixaram as novelas e geraram uma tremenda dor de cabeça para a Globo.

Começando por um dos casos mais famosos, o de Ana Paula Arósio. A atriz, já consolidada como um dos principais nomes da dramaturgia brasileira, literalmente abandonou as filmagens de Insensato Coração em 2010 e deixou o autor Gilberto Braga (1945-2021) em uma enrascada.

Após muita correria e indefinição nos bastidores, Paolla Oliveira acabou sendo escolhida para entrar no meio da trama e superou as expectativas do público e da própria Globo.

Segundo relatos dos bastidores na época, a então estrela da Globo teria ficado muito abalada com o suicídio do seu marido Luiz Carlos Leonardo Tjurs, ainda em 1996, causando um trauma que há assombrava mesmo após anos da tragédia.

Ana Paula Arósio (Foto: AGNews)

Na época, Ana Paula Arósio largou tudo e se isolou em um sítio com seu então marido, Henrique Plombon, cinco anos depois, em 2015, a atriz abandonou o Brasil de vez e foi viver em uma pequena cidade na Inglaterra.

NOVELA ALMADIÇOADA NA GLOBO?

O ator Fábio Assunção (Foto: Reprodução/Globo)

Insensato Coração ainda sofreu outra baixa durante suas filmagens, quando Fábio Assunção também precisou se afastar devido aos seus antigos problemas com dependência química.

Na ocasião, o ator foi substituído por Gabriel Braga Nunes, após a recusa de Wagner Moura e Selton Mello.

Aquela seria a primeira obra de Assunção após o ator ficar alguns meses internado em uma clínica de reabilitação. Após quase 10 anos batalhando contra as drogas, o galã conseguiu vencer o vício e hoje está totalmente recuperado.

PROBLEMAS DE SAÚDE TIRARAM DRICA MORAES DE IMPÉRIO

Majorie Estiano substituiu Drica Moraes em império: Foto-Montagem

Outro caso recente aconteceu em Império, de 2014, quando Drica Moraes precisou sair no meio das gravações da trama por conta de problemas na voz e crises aguda de labirintite. 

Sendo assim, Marjorie Estiano foi chamada às pressas e assumiu o papel da vilã ‘Cora’. Apesar da mudança repentina, a atriz substituta se saiu muito bem e foi elogiada pelo público e pela crítica.

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O designer gráfico virou um símbolo ‘Padrão Globo de qualidade’, mas perdeu espaço até ser enxotado da emissora

Desde a reformulação mais recente do logo da Globo e as novas identidades visuais do Caldeirão e do Domingão com Huck, os fãs mais antigos da emissora carioca clamaram pela volta de Hans Donner, designer que marcou época ao longo de 46 anos na Platinada.

Hans Donner foi um dos poucos profissionais que mesmo atuando por de trás das câmeras, conseguiu atingir o status de “estrela”, ao criar o logo que a empresa da família Marinho usa até hoje.

Na coluna Fez História de Hoje vamos relembrar a trajetória do designer que apesar de alcançar imenso sucesso, acabou sendo colocado na geladeira e posteriormente saiu pelas portas dos fundos da Globo.

Donner fez inúmeros trabalhos memoráveis para a Platinada, em aberturas de novelas, como Tieta, Selva de Pedra e Deus Nos Acuda, além de jornalísticos, como Fantástico e Jornal Nacional premiados internacionalmente.

Hans Donner na bancada do Jornal Nacional (Foto: Divulgação)

No entanto, a relação de sucesso entre o profissional e a Globo começou a estremecer em 2013, quando a emissora carioca começou a apostar em novas variações para a sua logomarca.

A cada atualização, o público se surpreendia com o estilo e o talento do profissional, sempre à frente do tempo. Essas alterações, no entanto, nem sempre agradaram o gosto pessoal do famoso.

“Durante todos esses anos, o logo da Globo foi castigado porque os computadores interferiram muito na filosofia e na limpeza do símbolo. Cada novo designer queria colocar reflexo, metal, etc. Os caras que trabalharam comigo destruíram a marca. Não propositalmente. Mas, de fato, ela piorou. Está na hora de limpar meu filhote e adicionar vida”, disse ele ao RD1 em 2013.

5 ANOS NA GELADEIRA E DEMISSÃO POR DEBAIXO DOS PANOS

Hans Donner deixou a Globo em 2021, mas não comandou nenhum novo trabalho desde 2016 (Foto: Divulgação-Globo)

No entanto, daquele ano em diante o veterano se afastou cada vez mais das decisões envolvendo as vinhetas da Globo, sendo completamente colocado na geladeira em 2016.

“Eles me deixaram lá [na Globo] por respeito. Não tinha mais a minha assinatura real. Não tive a chance de entrar no ‘Jornal Nacional’ e dizer muito obrigado, que estava em uma jaula maravilhosa de ouro e criando coisas novas. Sou muito grato. A TV Globo me deu uma oportunidade que nenhum designer gráfico do mundo todo teve até hoje, atingindo milhões de pessoas por dia. É inimaginável”, desabafou Donner em entrevista a UOL.

“A minha equipe desmanchou, o Boni não estava mais lá. O padrão Globo foi muito elevado, bateu no teto. E o mundo mudou. Provavelmente, não faz mais sentido gastar uma fortuna para fazer uma abertura do ‘Fantástico’”, confrontou Hans, que não faz mais parte oficialmente da emissora desde junho de 2021.

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O proprietário da Record demitiu o seu principal âncora depois de um verdadeiro escândalo

Atualmente um dos principais âncoras da Globo, Chico Pinheiro já foi pivô de um dos maiores escândalos envolvendo a Record e até mesmo a Igreja Universal, comandada pelo Bispo Edir Macedo.

Acontece que no dia 12 de outubro em 1995, durante o feriado católico de Nossa Senhora de Aparecida, Edir Macedo viu o bispo da Universal Sérgio Von Helder chutar a imagem da santa que é considerada como a padroeira do Brasil durante o programa “Palavra de Vida”.

A atração foi ao ar em rede nacional e mostrou quando o religioso desferiu chutes na estátua da santa tentando mostrar que era algo sem teor religioso, nas palavras dele.

Sergio Von Helder era bispo da Igreja Universal (Foto: Reprodução/Youtube)

O caso ganhou repercussão nacional e já foi tratado por Edir Macedo, como “um chute no estômago“. Em suas autobiografias, o bispo Edir Macedo admite que esse foi o maior erro que sua igreja cometeu.

Até mesmo a Globo, que evitava ao máximo qualquer assunto que fosse relacionado aos seus rivais abordou o escândalo envolvendo Edir Macedo durante vários dias no JN.

POLÊMICA RELIGIOSA CULMINOU NA DEMISSÃO DE CHICO PINHEIRO

Com a polêmica ocupando espaço nos noticiários rivais, o jornalismo da Record, que na época tinha Chico Pinheiro (atual âncora do Bom Dia Brasil), como o principal nome da emissora, também decidiu noticiar o acontecido, como forma de se defender.

A pedido da direção da Record, seria veiculado um pedido de desculpas de Edir Macedo aos católicos. No entanto, Chico Pinheiro, que era editor-chefe do Jornal da Record, julgou que seria justo também colocar o posicionamento do cardeal Dom Eugênio Sales, representando os Cristãos, o que não era aprovado pelos diretores.

Chico Pinheiro durante sua passagem na Record (Foto: TV História)

Foi aí que o jornalista peitou os executivos da Record e passou por cima de Edir Macedo ao ordenar que sua equipe exibisse a matéria, mesmo contra a vontade da alta cúpula. Chico, inclusive, se preparou para ler trechos da entrevista ao vivo, denunciando que foi censurado pelo canal. 

A matéria foi exibida na Record da forma que o editor-chefe havia planejado e após poucos dias, Chico Pinheiro foi demitido da emissora, por mostrar uma entrevista com o líder de outra religião, contrária a Igreja Universal.

Na ocasião, o apresentador recebeu um memorando do então presidente da emissora, o Bispo João Batista, no qual afirmava que Pinheiro teria manchado a imagem da emissora pela imprensa, provocando uma debandada de anunciantes.

TEMPOS DEPOIS, CHICO PINHEIRO FOI CONTRATADO PELA GLOBO

Chico Pinheiro foi contratado pela Globo, após ser demitido em meio a escândalo na Record (Foto: Montagem/TV Foco)

Ao ser demitido pela Record, muitos críticos da época acharam que a carreira de Chico Pinheiro estaria condenada na televisão. Porém, o mineiro passou por uma tremenda reviravolta logo no ano seguinte, quando foi contratado pela Rede Globo, onde continua no ar como um dos principais âncoras do canal após 26 anos.

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A Globo e a Record são atualmente as maiores emissoras do Brasil e possuem uma longa trajetória de sucessos na história da televisão brasileira. O que muita gente pode não saber é que os ano 1960 não foram nada fáceis para estas empresas, que foram obrigadas a lidar com incêndios e prejuízos incalculáveis.

Em 1969, os estúdios no Teatro Record foram atingidos por um terrível incêndio, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, onde grandes produtos da casa eram gravados. A situação já havia deixado moradores da cidade gigante assustados, ainda mais porque o vislumbre dos artistas que passavam pelo local na época davam mais glamour ao local.

Cerca de 3 horas depois, os estúdios da Globo em São Paulo, na Rua das Palmeiras, também foi atingido por um incêndio, o que acabou gerando desespero total. Com infraestrutura delicada e sem os protocolos de segurança que são exigidos atualmente, as emissoras perderam em dinheiro, mas principalmente em conteúdo.

Fitas de gravações, programas, câmeras, pastas e arquivos se tornaram pó. A Folha de S. Paulo noticiou o fato na época e afirmou que os canais 7 e 5, Record e Globo respectivamente, haviam sido atingidos por um incêndio. A situação foi tão tensa que até a TV Excelsior se compadeceu da tragédia e ofereceu as próprias instalações para que os programas das concorrentes foram gravados.

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Galvão Bueno (Foto: Divulgação/Globo)

Apresentador foi um dos nomes inusitados à passar pelo Jornal Nacional

O Jornal Nacional é o folhetim de notícias mais assistido do país inteiro. Marca registrada do Brasil, em 45 minutos o programa sintetiza uma cobertura completa dos acontecimentos mais importante. O prestígio exercido pela atração desde 1969 fez com que grandes personalidades, que hoje são lendas da televisão, sentassem na famosa bancada. Antes de William Bonner assumir o posto, um nome inusitado apresentou a atração: Galvão Bueno.

Em 1996 Galvão Bueno já era um dos gigantes do esporte e um forte contratado da Globo. Portanto, pouco antes de o JN ser totalmente entregue para William Bonner e Lilian Witte, o narrador futebolístico foi um dos que comandaram o telejornal.

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O período foi curto e Galvão Bueno falava exclusivamente sobre esporte, porém foi o suficiente para consagrar o apresentador na seleta lista de apresentadores do Jornal Nacional. Vale lembrar que ele retomou o posto em 2016, porém em uma edição especial. Para quem não lembra a Globo montou um pequeno estúdio do JN para cobertura dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, onde o veterano e Renata Vasconcellos davam as últimas novidades sobre o tema.

Galvão Bueno e Renata Vasconcellos (Foto: Reprodução/Globo)

Além de Galvão Bueno, outros grandes nomes passaram pela bancada do Jornal Nacional, como Alexandre Garcia, Paulo Henrique Amorim, Carlos Nascimento, Maju Coutinho, Celso Freitas, Fernando Vanucci, Sandra Annenberg, Fátima Bernardes, Carlos Tramontina, Giulianna Morrone, Heraldo Pereira e Ana Paula Araújo.

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Nos anos 60, logo depois que a TV chegou ao Brasil e as grandes emissoras começaram a se assentar, a segurança dos estúdios era precária e duvidosa. Com grandes rolos de imagens, os prédios eram verdadeiros abrigos para material inflamável. Naturalmente muitos incêndios ocorreram nas sedes ao longo do anos e o destaque de hoje vai para os incêndio de 1969, que acometeram a Globo e a Record ao mesmo tempo! 

O primeiro incêndio aconteceu no Teatro Record, que ficava na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo, onde grandes obras eram gravadas. Cerca de 3 horas depois, outro incêndio atingiu a Globo, na rua das Palmeiras, comprometendo todas as instalações do canal, deixando ambos os donos das duas emissoras, Paulo Machado de Carvalho e Roberto Marinho, enlouquecidos com as perdas irreparáveis de fitas e gravações.

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De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, que noticiou o trágico acontecimento na época, com o título: “Fogo destrói TV 5 e Teatro do 7”, a TV Excelsior se comoveu com os acidentes dos concorrentes e ofereceu as próprias instalações para que eles gravassem seus programas.

NOVO INCÊNDIO NA RECORD

A emissora, atualmente comandada por Edir Macedo, é o canal mais antigo do Brasil, com sua estréia em 1953. Prometendo ser um grande sucesso de público, diversas produções como o humorístico Família Trapa, tiveram todas as suas gravações perdidas para sempre, durante outro dos incêndios, que acontecem em 1969, na sede da emissora, antigamente localizada no bairro Jardim Aeroporto em São Paulo.

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Carolina Kasting era a protagonista de Brida, novela da TV Manchete (Foto: Reprodução)

Brida foi a última pá de terra na extinta TV Manchete

A TV Manchete foi um dos maiores marcos na história do audiovisual brasileiro e suas produções, aliadas ao jornalismo apurado, fizeram com que o canal se tornasse um dos mais prósperos da época. Porém com o crescimento de seus concorrentes e os custos exorbitantes para a manutenção da frequência, a emissora entrou em uma forte crise financeira em meados de 1998 que a levaria à falência no ano seguinte.

Porém naquele momento, utilizando seus esforços finais para manter o canal aberto, uma última tentativa desesperada foi lançada: Apostar em uma produção de teledramaturgia de alto-nível que alavancasse a audiência. Assim nasceu a novela Brida, criada por Angélica Lopes. Mal sabia a TV Manchete que o esforço seria em vão.

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Brida contava a história da personagem título que se descobria uma bruxa, tanto nesta vida quanto em outras encarnações. A protagonista era interpretada por Carolina Kasting, que se via dividida entre dois amores, seu namorado Lorens (Leonardo Vieira) e o mago Mariano (Augusto Xavier).

A história foi baseada no livro homônimo escrito por Paulo Coelho, que na época vendeu cerca de 10 milhões de cópias ao redor do mundo e deu esperanças para a TV Manchete de atrair a base sólida de fãs do autor para a emissora carioca.

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Então lances altos foram feitos. Além do forte investimento em cenários, nomes de peso no elenco e gravações na Irlanda, foi feita uma arriscada aposta com os patrocinadores da produção: Caso a novela não atingisse a marca de 10 pontos de audiência, não seria necessário que eles fizessem o pagamento da publicidade.

Foi o fim: Brida amargou em míseros 2 pontos, colocando a emissora contra a parede. A solução foi drástica: a novela foi retirada do ar às pressas, cortada pela metade, com um último capitulo, onde um narrador conta quais seriam os destinos dos personagens da trama.

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A situação que não podia piorar, piorou: após a falência do canal poucos meses depois, os atores se viram desempregados e sem receber o cachê pelos capítulos gravados. Carolina Kasting move até hoje uma ação contra a emissora dos Bloch para reaver seu dinheiro perdido.

Com certeza Brida teve seu potencial desperdiçado e foi a grande responsável por enterrar de vez a TV Manchete.

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Torre de Babel na Globo (Foto: Divulgação)

Torre de Babel chocou o público da época pela temática violenta e polêmica

As novelas produzidas pela Globo sempre foram conhecidas pela coragem em abordar assuntos polêmicos responsáveis por chocar o público. Porém nem sempre os temas selecionados pelos autores acabam por agradar os telespectadores, principalmente dependendo da época em que foram inseridos.

Torre de Babel foi uma das grandes apostas da emissora carioca para o horário nobre de 1998 e causou choque entre a audiência pelo teor violento de sua história. A trama girava em torno de Clementino (Tony Ramos), e sua jornada de redenção após assassinar a esposa que o traia. O personagem se ressentia de seu antigo patrão, César Toledo (Tarcísio Meira), que foi um dos responsáveis pela sua prisão após o crime.

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César Toledo é o dono do mais novo empreendimento que revolucionou a cidade de São Paulo. O Tropical Tower Shopping, apelidado pela população de Torre de Babel, que abriga em seu interior os demais personagens da trama da Globo. Dentre eles uma de suas maiores polêmicas, o casal Rafaela Katz e Leila Sampaio, interpretadas por Christiane Torloni e Silvia Pfeifer.

Christiane Torloni e Silvia Pfeifer interpretavam o casal Rafaela e Leila (Foto: Reprodução/TVGlobo)

Acontece que a ideia de homossexualidade era extremamente rejeitada nos anos noventa e o público, ainda mais conservador do que nos dias de hoje, desaprovou o casal de lésbicas que moravam juntas, tinham uma carreira de sucesso e demonstravam seu amor em todos os capítulos. As reações dos fãs eram imediatas: “Sap*tão”, diziam.

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A única solução que o autor de Torre de Babel, Silvio de Abreu, encontrou para recuperar a audiência da novela, foi matar as duas personagens durante a misteriosa explosão do Shopping, ocorrida na metade da trama.

Na época, um dos co-autores, Alcides Nogueira, revelou em entrevista para a Folha de S. Paulo, que pretendia um retorno para ambas as personagens, que não teriam morrido na explosão, mas desistiu da ideia em seguida: “Toda novela que aborda questão polêmicas, como “Torre de Babel’ ou “A Próxima Vítima’, que foram escritas por nós, vive um problema. Não há tempo para que as pessoas absorvam essas questões levantadas -a pressão de alguns órgãos reacionários, inclusive da imprensa, é imediato”.

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Um dos outros motivos para a reestruturação da trama é que de acordo com os planos originais, Leila (Silvia Pfeifer), teria sobrevivo a explosão e se tornaria grande amiga da esposa de César, a socialite Marta Toledo (Glória Menezes). Porém a intenção foi mal interpretada pelo público e pela imprensa, que acharam que ambas as personagens teriam um envolvimento amoroso. Para evitar confusões, a solução foi deixar o casal morto e afastado do roteiro.

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Silvio Santos ainda jovem (Foto: João Carlos)

Apresentador não revelou para a imprensa o falecimento de sua mulher

Há cerca de 30 anos, quando Silvio Santos estava no auge de sua carreira, concedeu uma entrevista em seu próprio programa, onde incentivou os “universitários”a fazerem perguntas sobre ele. Foi daí que surgiu um dos maiores desabafos da televisão brasileira: o dia em que Silvio Santos revelou que escondeu esposa morta.

De 1962 a 1977, o apresentador foi casado com Maria Aparecida Vieira Abravanel, a Cidinha, relacionamento que escolheu esconder da imprensa após o falecimento da mulher em decorrência de um câncer.

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Na entrevista, o apresentador revelou que se arrependeu de ter escondido o casamento, mas que fez isso pois queria ser o galã da época e uma relação teria atrapalhado seus objetivos em ser disputado pelas mulheres. Silvio diz que sua imaturidade o fez tomar decisões equivocadas.

“Quando eu me lembro da minha mulher que morreu, e quando eu me lembro que eu dizia que era solteiro… Quando eu me lembro que eu escondia as minhas filhas para poder ser o galã, para poder ser o herói… Quando eu falo com a minha consciência, eu acho que é uma das coisas imperdoáveis que eu fiz, diante da minha imaturidade”, declarou.

Silvio Santos e Cidinha (Foto: Divulgação)

Poucos foram os veículos que noticiaram a morte de Cidinha, no dia seguinte ao seu óbito, a Folha de S. Paulo lamentou em nota: “A morte desta mulher que ninguém conheceu foi tão envolta de mistério quanto sua vida […]. Agora, a misteriosa noiva Cidinha não necessita mais esconder-se. O sorriso do animador, por muito tempo, deverá ser forçado”.

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Silvio Santos decidiu tomar atitudes diferentes com sua atual esposa, Iris Abravanel, que ganhou grande destaque na mídia e até hoje tem participações ativas no SBT.

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A atriz Carolina Oliveira (Foto: Divulgação)

Cena de racismo na Globo aconteceu em um dos capítulos de Páginas da Vida

Em julho de 2006 estreava uma das novelas de maior sucesso de Manoel Carlos nas telas da Globo, a aclamada Páginas da Vida, que tinha como tema central a vida da família de Nanda (Fernanda Vasconcellos) que tem de lidar com a morte da garota no parto após dar à luz uma criança com síndrome de down.

Manoel Carlos foi perspicaz ao tratar de temas especialmente espinhos para a época, dentre eles o racismo estrutural que acomete uma das personagens, Gabriela, interpretada pela até então atriz mirim Carolina Oliveira (Hoje é dia de Maria).

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Ao contrário da maior parte dos atores que integram os elencos infantis em novela, a participação de Carolina Oliveira foi controversa e marcada por diversos debates levantados pelo público. A trama da personagem se resumia em uma garota esperta, porém reprodutora de comportamentos racistas da mãe, Angélica (Cláudia Mauro).

Em um capitulo específico da novela da Globo, Gabriela é obrigada a se sentar na mesa com os pais, que já são divorciados. A nova esposa de Lucas (Paulo César Grande), Selma (Lucia Lucinda) lhe oferece uma fatia de pão com manteiga. Enojada com a mulher por conta de sua cor de pele, Gabriela não aceita o pão, o que revolta seu pai que se levanta e esfrega a fatia no rosto da filha.

Cena da novela Páginas da Vida (Foto: Reprodução/Globo)

Na época a cena causou total choque no público que acusou a novela de humilhação e tortura contra a atriz mirim, pois ouve violência gráfica demais na gravação. O ator Paulo César Grande até mesmo comentou sobre como se sentia preocupado em encarnar um novo personagem metido em uma trama de racismo, sendo o primeiro deles, seu personagem da novela “Por Amor” de 1997: “O Lucas esconde a mulher da ex e da filha. Pode ser que saia de bandido” disse em entrevista concedida para uma edição antiga da Folha de S. Paulo.

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“Acho que serei apedrejada nas ruas”, acreditava Cláudia Mauro. “A Selma sempre foi amiga, dava conselhos para Helena.”, comentou a intérprete de Angélica também receosa com o comportamento do público. Já a pequena Carolina Oliveira achava que quem sairia como o vilão da história seria o próprio pai.

CONFIRA A CENA: 

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