Colapso e agências indo todas para o Itaú: Encerramento histórico de operações de grande banco causou grande choque entre correntistas mineiros

Em setembro de 1998, um dos maiores bancos brasileiros e nº1 em Minas Gerais (MG) encerrava as suas atividades, deixando milhares de correntistas devastados e tendo que lidar com muitas mudanças.

Trata-se do banco do Estado de Minas Gerais (BEMGE), uma das instituições financeiras mais tradicionais do estado, a qual acabou transferindo todas as suas operações para o Banco Itaú, por meio de um leilão.

A privatização marcou o fim histórico de uma era no setor bancário mineiro, alterando significativamente o cenário econômico regional.

A partir de informações do Jornal Folha de S.Paulo e ALMG.gov, a equipe especializada em economia do TV Foco traz abaixo todos os acontecimentos e as consequências geradas por esse fim.

Fundação e trajetória do BEMGE

Fundado em 1967 pela fusão do Banco Hipotecário e Agrícola do Estado de Minas Gerais com o Banco Mineiro da Produção, o BEMGE consolidou-se como o banco estatal controlado pelo governo mineiro.

Durante décadas, desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento econômico de Minas Gerais, oferecendo serviços financeiros essenciais à população e ao setor produtivo.

No entanto, no dia 14 de setembro de 1998, sob a gestão do então governador Eduardo Azeredo, o BEMGE foi privatizado e adquirido pelo Banco Itaú por R$ 583 milhões.

O que representou um ágio de 85,58% sobre o preço mínimo estipulado.

Na época, o banco contava com:

• 472 agências (sendo 455 em Minas Gerais);
• 123 postos de atendimento;
• 1 milhão de clientes;
• 7.480 funcionários.

Impacto nos clientes e no mercado bancário

A aquisição do BEMGE pelo Itaú teve um impacto significativo nos clientes e no mercado bancário mineiro.

Muitas cidades pequenas, que contavam com o banco como a única instituição financeira local, ficaram de certa forma desassistidas, após o fechamento de agências.

A aquisição do Itaú extinguiu diversas agências, deixando cerca de 300 mil pessoas sem acesso a serviços bancários em suas localidades.

De acordo com o portal O Tempo, a rede de atendimento, que era de 489 agências e 235 postos em 1994, foi drasticamente reduzida para apenas 472 agências – total- em 1997.

Além disso, a empresa realizou uma expressiva redução no quadro de funcionários, demitindo mais de 2.000 pessoas entre outubro de 1998 e setembro de 1999.

Posicionamento das autoridades e instituições na época

No entanto, na ocasião, o governo mineiro vigente da época celebrou o sucesso do leilão.

O, até então, secretário da Fazenda, João Heraldo Lima, declarou que a disputa pela compra já era esperada, mas que o “ágio foi uma surpresa”.

Já o ex vice-presidente do Itaú, Olavo Franco Bueno Júnior, disse na época que a aquisição equilibraria a disputa com o Bradesco, primeiro do ranking dos bancos privados.

Além disso, que fortaleceria sua presença em Minas.

Como ficou o Itaú após a compra do BEMGE?

De fato, para o Itaú, a aquisição do BEMGE representou um fortalecimento expressivo no setor bancário nacional.

Afinal de contas, a operação permitiu ao banco expandir sua presença em Minas Gerais e equilibrar a disputa com outras grandes instituições financeiras do país.

O Itaú divulgou um balanço após a privatização, mostrando que o banco atingiu um lucro de R$ 473 milhões no primeiro semestre de 1999, valor que praticamente cobriu o investimento na compra do BEMGE.

A privatização do BEMGE e sua incorporação pelo Itaú ilustram as mudanças profundas que ocorreram no sistema bancário brasileiro na década de 1990.

Enquanto o Itaú se consolidou ainda mais no mercado, os impactos para os clientes e funcionários do antigo banco estatal mineiro evidenciaram os desafios dessas transformações.

Conclusões:

Em suma, o BEMGE, fundado em 1967, foi privatizado em setembro de 1998 e adquirido pelo Itaú, que pagou R$ 583 milhões.

Com a transição, o Itaú fechou agências e demitiu mais de 2.000 funcionários, deixando cerca de 300 mil pessoas sem acesso a serviços bancários.

Por fim, a aquisição fortaleceu o Itaú no mercado, mas impactou negativamente clientes e funcionários, marcando o fim de uma era no setor bancário mineiro.

Mas, para saber mais informações sobre demais bancos, clique aqui*.

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Saiba tudo sobre o dramático encerramento de um dos maiores shoppings de Curitiba e o impacto gerado a milhares de consumidores

E um importante e tradicional shopping de Campinas, visto como nº1 por milhares de consumidores por mais de duas décadas, teve um fim marcado por crises, lojas fechadas em massa e seu local tomado por rival.

Trata-se do Pollo Shop, localizado no bairro Alto da XV, em Curitiba, que por 25 anos se manteve como um dos principais centros comerciais da cidade.

A partir de informações obtidas através do G1, Tribuna Paraná e site oficial do Shopping Alto da XV, o qual tomou o seu lugar após o fim, a equipe especializada em economia do TV Foco traz mais detalhes abaixo:

Crise arrasta para baixo

Com um modelo de negócios voltado para lojas menores e acessíveis, o shopping infelizmente encerrou suas atividades em abril de 2020.

Os principais motivos listados pelos administradores do mesmo foram:

• Crise econômica de 2014 em diante: Primeiramente, a recessão iniciada em 2014 fez com que o consumo no varejo brasileiro sofresse uma queda significativa.

Com menos clientes frequentando as compras, muitos lojistas enfrentam dificuldades para manter seus negócios funcionando, resultando em um número crescente de lojas fechadas.

• Aluguéis altíssimos: O Pollo Shop funcionava em um imóvel comercial, e a renovação do contrato se tornou um impasse. Os administradores negociaram uma redução no valor do aluguel, mas os proprietários exigiram um aumento.

Além disso, a disputa gerou uma ação judicial que se arrastou por anos, tornando a operação de compras ainda mais complicada.

• Impacto da pandemia de COVID-19: Por fim, o surto do coronavírus em 2020 foi o golpe final para o empreendimento.

Durante meses a fio, as compras foram obrigadas a fechar ou operar com restrições, o que levou muitos lojistas a suspenderem pagamentos.

A administração do Pollo Shop declarou que, diante desse cenário, tornou-se impossível continuar operando.

Foi quando, em 20 de abril de 2020, a administração anunciou oficialmente que o shopping encerraria suas atividades, dando um prazo de 30 dias para que os lojistas, os quais compunham as suas 220 lojas, pudessem organizar o fechamento de suas lojas.

Um novo no lugar:

Com a desocupação do espaço deixado pelo Pollo Shop, a Argo Desenvolvimento & Gestão, empresa fundada em 2008, assumiu a administração do imóvel e anunciou a criação de um novo empreendimento: o Alto da XV Mall.

O novo shopping foi inaugurado no dia 28 de outubro de 2020, trazendo um conceito reformulado para atrair tanto lojistas quanto consumidores.

Diferente do modelo do PolloShop, o Alto da XV Mall apostou em uma maior diversidade de marcas e na modernização da infraestrutura.

Principais características do Shopping Alto da XV:

Número de lojas: O shopping contou inicialmente com 160 espaços comerciais, diversificando entre moda, acessórios, telefonia, beleza, praça de alimentação e serviços.

• Investimento: Foram aplicados cerca de R$ 1 milhão para reformulação do espaço e adaptação para os novos lojistas.

• Geração de empregos: A divulgação do novo shopping gerou cerca de 1.000 empregos diretos e 5.000 indiretos.

• Administração: O shopping passou a ser gerenciado pela Argo Desenvolvimento & Gestão, empresa que administra diversos shoppings pelo Brasil, incluindo o Shopping Crystal, também em Curitiba.

• Estratégia comercial: O novo shopping aposta em um mix de lojas variado, buscando atender diferentes perfis de consumidores e fortalecer o comércio local.

Como lojistas e clientes lidaram com o fim do Pollo Shop?

O fechamento do Pollo Shop gerou preocupação entre os lojistas, muitos dos quais ficaram sem espaço para realocar seus negócios.

Alguns optaram por migrar para o Shopping Alto da XV, enquanto outros fecham definitivamente suas lojas.

Os clientes receberam a mudança com sentimentos mistos:

• Enquanto alguns comemoravam a revitalização do espaço;

• Outros sentiram o fim do formato original do PolloShop, que se destacava por oferecer produtos a preços mais acessíveis.

Atualizações recentes

Atualmente, o Alto da XV Mall segue operando normalmente, consolidando-se como um importante ponto comercial na região.

No entanto, não há novas declarações públicas dos administradores sobre futuras expansões ou mudanças no empreendimento.

Mas, para mais informações sobre o shopping, você pode acessar o site oficial do empreendimento: www.altodaxvmall.com.br.

Além disso, veja o vídeo abaixo para ver como ficou o espaço:

Conclusão:

Em suma, o Pollo Shop, um dos shoppings mais importantes de Curitiba, encerrou suas atividades em abril de 2020 após crises financeiras e impacto da pandemia.

Entretanto, meses depois, o espaço foi reformulado e reaberto com Alto da XV Mall , sob nova administração.

Por fim, o shopping segue operando com um mix variado de lojas e serviços. Mas, para saber mais informações sobre outros shoppings, clique aqui*.

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