Para acabar com o império da Cacau Show no Brasil, Nestlé compra gigante do mercado de chocolates em um fusão milionária

A fusão da Nestlé com uma das maiores fabricante de chocolates do mundo, avaliada em R$ 566 milhões, redefiniu o mercado brasileiro de confeitos.

O movimento estratégico visa fortalecer a posição das duas gigantes no setor, elevando a competitividade a níveis inéditos e representando um desafio significativo para marcas nacionais, como a Cacau Show.

Em uma jogada de mestre, a Nestlé acabou comprando a Garoto, mas não pensem que foi uma tarefa fácil.

A compra da Garoto pela Nestlé é um dos casos mais emblemáticos do mercado brasileiro de chocolates. Anunciada em fevereiro de 2002, a aquisição envolveu um valor de aproximadamente R$ 566 milhões e combinou a segunda e a terceira maiores fabricantes de chocolate do Brasil.

No entanto, segundo o CNN Brasil, a transação enfrentou diversos obstáculos regulatórios e judiciais ao longo dos anos.

Pedido de venda negado

Em 2004, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) bloqueou a operação, alegando preocupações com a concorrência no mercado de chocolates. 

Na época, a Nestlé detinha 30,8% do mercado, enquanto a Garoto possuía 24,4%, o que poderia resultar em uma concentração excessiva de mercado. A decisão do Cade exigiu que a Nestlé vendesse a Garoto para um concorrente menor, iniciando uma longa batalha judicial.

A Nestlé recorreu da decisão e, em 2005, conseguiu suspender a determinação do Cade em primeira instância. 

No entanto, segundo a Forbes, em 2009, a Justiça anulou essa suspensão e ordenou que o Cade reavaliasse o caso.

A disputa continuou por mais de uma década, com a Nestlé buscando manter a aquisição e o Cade insistindo na necessidade de preservar a concorrência no mercado.

Compra realizada

Em junho de 2023, após quase 20 anos de processos e negociações, o Cade finalmente aprovou um acordo com a Nestlé, permitindo que a empresa mantivesse a Garoto. 

O acordo incluiu compromissos comportamentais para garantir a concorrência, como a manutenção de investimentos na fábrica da Garoto em Vila Velha (ES) por pelo menos sete anos e a proibição de adquirir ativos que representem mais de 5% do mercado de chocolates por cinco anos

A decisão do Cade foi vista como um marco histórico, encerrando um dos casos mais longos e complexos da autarquia. 

O presidente do Cade, Alexandre Cordeiro, destacou que os 20 anos de disputa foram suficientes para reconfigurar o panorama de rivalidade no mercado de chocolates, justificando a aprovação do acordo. 

Além disso, a presença de novos concorrentes, como Ferrero e Hershey’s, e o crescimento de marcas nacionais como Cacau Show e Kopenhagen, ajudaram a equilibrar o mercado.

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Para a Nestlé, a aprovação do acordo representa uma vitória significativa, permitindo à empresa consolidar sua posição no mercado brasileiro de chocolates. 

A Garoto, por sua vez, continua a operar sob a gestão da Nestlé, beneficiando-se dos investimentos e da expertise da multinacional suíça. A combinação das duas empresas fortalece a capacidade de inovação e competitividade no setor.

Qual é Benefícios do chocolate?

O chocolate, especialmente o amargo, é rico em antioxidantes, como flavonoides, que ajudam a melhorar a saúde cardiovascular.

Ele também pode aumentar os níveis de serotonina, promovendo o bem-estar emocional. Além disso, o consumo moderado pode melhorar a função cerebral e proporcionar uma sensação de prazer.

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Chega ao fim o bombom Serenata de Amor em todo o Brasil; Chocolate famoso enfrenta mudanças após venda da marca

Para muitos brasileiros, o Serenata de Amor é mais do que um simples chocolate, é uma lembrança de momentos doces e alegres. No entanto, após a venda da marca Garoto para a Nestlé, o bombom mais popular do país passou por uma série de transformações, inclusive deixando de ser considerado um bombom.

O processo de venda da empresa foi conduzido pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e, após um longo período, foi finalizado em 7 de junho deste ano.

Com a transição, várias mudanças foram implementadas, sendo a mais notável a reformulação da embalagem. A surpresa veio quando os consumidores perceberam que o produto já não era mais chamado de bombom.

A explicação para essa alteração está na própria embalagem, onde o Serenata de Amor é agora classificado como um wafer, um tipo de biscoito fino e crocante. Essa mudança de categorização certamente trouxe uma surpresa aos seus consumidores, mas o motivo por trás da mudança é bastante simples.

Serenata de Amor não é mais bombom (Foto: Internet)

A mudança no nome do Serenata de Amor, deixando de ser chamado de “bombom”, está relacionada principalmente a uma questão fiscal e tributária. Após a aquisição da marca Garoto pela Nestlé, é possível que a classificação do produto tenha sido alterada com o objetivo de se enquadrar em uma categoria específica para efeitos de impostos.

No Brasil, a classificação de produtos alimentícios é determinada por normas e regulamentações estabelecidas pelos órgãos competentes, como a Receita Federal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Cada categoria de produto pode estar sujeita a diferentes alíquotas de impostos e regulamentações específicas.

Ao classificar o Serenata de Amor como um wafer, a empresa pode se beneficiar de uma classificação tributária mais favorável, que pode resultar em uma carga tributária menor em comparação com a categoria de “bombom”.

No cenário atual, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para chocolates tem uma alíquota de 5%. No entanto, a categoria de wafer não está sujeita a tributos, tendo uma alíquota de 0%.

Diante desse contexto, a escolha de mudar a classificação do Serenata de Amor de bombom para wafer foi uma jogada estratégica da empresa para obter economia tributária. Em comunicado, a Nestlé destacou que seu objetivo é fornecer produtos de maior qualidade e durabilidade aos consumidores, mantendo-se em conformidade com todas as regulamentações estabelecidas pela legislação brasileira para o setor alimentício.

QUAL O CHOCOLATE MAIS CONSUMIDO NO BRASIL?

Imagem ilustrando uma fábrica de chocolates – Foto Reprodução Internet

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