Desconforto no ar: JN se viu obrigado a noticiar falência de banco que patrocinava o telejornal

Durante mais de 50 anos do JN, muitas coisas adversas aconteceram ao padrão do noticiário tradicional da Globo.

Desse modo, vamos relembrar um momento histórico do Jornal Nacional, bem antes de Bonner e Renata Vasconcellos serem os âncoras do noticioso.

Sendo assim, conforme apurações históricas da equipe especializada em falências do portal TV FOCO, confira que banco que quebrou e patrocinava o JN.

Falência de banco virou notícia no JN

Primeiramente, vale ressaltar que diversas instituições financeiras, dentre eles, renomados bancos populares e elitizados já foram patrocinadores do JN ao longo das décadas.

No entanto, em 1985, um grande banco quebrou de vez e patrocinava o Jornal Nacional, na época ancorado por Cid Moreira (1927-2024) e Sérgio Chapelin.

Surpreendentemente, o banco Comind, patrocinador do JN na ocasião de sua falência, passou por uma situação inusitada com o fechamento da instituição e notícia dada na bancada do telejornal.

Ou seja, diante de tamanha crise financeira, o banco popular não segurou as pontas e quebrou de vez, isto prestes a chegar aos 100 anos de existência.

Vale destacar que o banco Comind investia pesado no marketing e chegou a licenciar comercias junto aos personagens dos quadrinhos, Charlie Brown e Snoopy.

Ademais, o banco ganhou projeção nacional somente em 1982, com a aquisição do Banco Residência S.A. (sede no RJ), se tornando o quinto mais banco brasileiro.

Sendo assim, os divertidos comercias com os personagens dos desenhos animados ganhou o horário nobre, de acordo com o portal TV História.

Então, a instituição se tornou o principal patrocinador do Jornal Nacional em 1984, chegando até a substituir o logo da TV Globo no top de 8 segundos.

“Comind, o banco que há 94 anos cuida bem de seu dinheiro”, dizia o comercial durante o JN, porém isso durou pouco mais de um ano.

Por fim, em novembro de 1985, o Comind sofreu uma intervenção severa em conjunto ao Banco Central (BC), a Auxiliar e Maisonave.

Importância do banco

A saber, o Comind teve sua fundação no ano de 1889, através da união de lavradores importantes da época e capitalistas da elite cafeeira paulista, o Banco do Comércio e Indústria de São Paulo S.A.

Considerada a instituição financeira mais antiga e renomada do país, com fundação em São Paulo, o seu principal foco era na poupança, sendo este o principal investimento financeiro no país naquele tempo.

Ou seja, o Comind deixava o extinto Banespa com a pulga atrás da orelha, pois ambas instituições tinham força na caderneta de poupança.

O que levou o Comind à falência?

De acordo com própria notícia do JN na época, que se viu obrigado a noticiar o fim do seu patrocinador, a falência do Comind se deveu por conta de fraudes fiscais, má gestão financeira e falta de liquidação de débitos.

Então, as instituições foram liquidadas pelo Bacen, clientes e funcionários passaram para outros bancos e agências do Comind terminaram leiloadas.

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Durante o JN, Bonner deu a notícia mais difícil da vida que o fez chorar ao vivo

O âncora do JN, William Bonner, quebrou todos protocolos, ao vivo, ao dar a notícia mais difícil da vida e carreira na TV.

Ou seja, o jornalista chegou a chorar e interromper a leitura de carta aberta em meio a nota de pesar por perda histórica.

De acordo com apurações dos especialistas em televisão do TV FOCO, descubra os motivos que fizeram Bonner chorar no Jornal Nacional.

Por que Bonner chorou no JN?

Não é sem razão que William Bonner caiu nas lágrimas, ao vivo, em uma edição histórica do Jornal Nacional.

Portanto, vamos relembrar esse momento especial que mostrou o lado humano do jornalista ao vivo na TV, de acordo com apuração do portal TV História.

A princípio, a Globo vivia um dia fatídico em 06 de agosto de 2003, quando o dono e fundador da emissora, Roberto Marinho, faleceu.

Desse modo, a notícia de morte do jornalista foi dada por Ana Paula Padrão, então âncora da Vênus Platinada.

Mas, durante toda a programação, a TV Globo levou ao ar reportagens sobre Roberto Marinho e até mesmo a cobertura de sua despedida final.

Posteriormente, em transmissão do JN, Bonner ficou embargado ao ler carta da família Marinho sobre o fundador.

Ou seja, Bonner era um grande fã do jornalista, se mostrou profundamente emocionado e se colocou em posição empática aos familiares.

“E quando chegou a hora, eu fui lendo, lendo, lendo, muito lento. Porque sou chorão, eu sei, e me emociono com muita facilidade.”, revelou ele em entrevista ao Memória Globo.

“Na gravação já havia interrompido a leitura diversas vezes, imagina ao vivo?”, contou ele que leu a carta aberta ao vivo a pedido da direção.

Em 2003, a leitura de Bonner da carta aberta do compromisso da família Marinho, marcou história e até hoje viraliza na internet.

“Esta é a nossa intenção, esta é a nossa determinação…”, pausa o âncora do JN, com voz embargada e prossegue: “Este é o nosso compromisso”.

Em seguida, o editor-chefe do Jornal Nacional pausa mais uma vez por alguns segundos, mira seu olhar para baixo e anuncia: “Eu vou concluir”.

Considerações finais

Em resumo, Bonner marcou a história do JN, na Globo, ao ler carta aberta da família Marinho em relação ao falecimento de seu fundador, sendo esta a notícia mais difícil da vida e carreira dele, onde o âncora chorou ao vivo e jamais teria esse momento esquecido, mesmo após quase 22 anos do acontecimento.

A notícia mais difícil da vida de Ana Paula Araújo que a tirou do ar na Globo

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