Rugas em dobro e colágeno em risco como seu hábito noturno pode estar acelerando o envelhecimento da pele

Dormir é muito mais do que simplesmente fechar os olhos. Durante a noite, nosso corpo entra em um modo de reparo intenso, e a pele participa ativamente desse processo, reconstruindo colágeno e elastina, as proteínas que mantêm a firmeza e o viço.

Contudo, mesmo sem perceber, alguns hábitos noturnos sabotam esse esforço silencioso. Comer doces antes de dormir, por exemplo, não é só uma questão de calorias. O açúcar ativa a glicação, um processo que danifica o colágeno e enfraquece a elasticidade da pele. Então, quando a pele perde isso, as rugas chegam mais cedo do que gostaríamos.

E não é só o açúcar que atrapalha. Dormir mal destrói o ritmo natural da regeneração celular. Nosso corpo precisa do sono profundo para liberar hormônios que estimulam a produção de colágeno. Noites mal dormidas disparam o cortisol, o hormônio do estresse, que interrompe essa reposição e ainda inflama a pele. Resultado? Olheiras mais intensas, pele sem viço e rugas surgindo silenciosamente, quase sem aviso.

Porém, outro detalhe que muitas pessoas ignoram é a maquiagem. Dormir com ela é como fechar a porta para a regeneração. Os poros ficam obstruídos, a pele não consegue se renovar, e a chance de acne ou irritação aumenta.

Além disso, até o travesseiro influencia. Fronhas de algodão causam atrito, o que favorece linhas e marcas. E aquela tela do celular antes de dormir? A luz azul atrapalha a melatonina, prejudicando ainda mais o sono reparador.

O que fazer no sono para evitar as rugas?

Mas não precisa ser dramático. Pequenas mudanças ajudam muito. Trocar o doce da noite por frutas ricas em antioxidantes, como morango ou kiwi, já faz diferença. Elas combatem radicais livres e ajudam a proteger o colágeno. E dormir bem? Manter uma rotina de 7 a 9 horas de sono, em horários consistentes, dá ao corpo a chance de realmente se regenerar.

No entanto, cuidar da pele também envolve rotina prática. Lavar bem o rosto, remover toda a maquiagem, e até investir em fronhas de seda podem reduzir o atrito e proteger a elasticidade natural. E vale insistir em desconectar-se das telas pelo menos uma hora antes de dormir. Criar um ambiente calmo, com luz suave e temperatura agradável, ajuda a melatonina a fazer seu trabalho.

Por fim, esses ajustes, embora simples, têm efeito cumulativo. A pele começa a responder, ficando mais firme, com menos linhas marcadas. A sensação de bem-estar melhora, porque o corpo inteiro está descansando de verdade, não apenas a mente. E essa diferença não aparece só no espelho: é uma melhora que você sente na energia e na disposição do dia seguinte.

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O hábito noturno que está prejudicando a pele e a autoestima de mulheres com mais de 60 anos

Com o crescimento da cultura do autocuidado, os hábitos noturnos ganharam destaque nas redes sociais. Rotinas elaboradas de skincare, com muitos produtos e passos detalhados, viraram símbolo de bem-estar e beleza. No entanto, o excesso de rituais pode estar trazendo o efeito oposto, especialmente para mulheres com mais de 60 anos.

De acordo com a neurologista e médica do sono Letícia Sóster, do Hospital Israelita Albert Einstein, rotinas muito exigentes antes de dormir acabam gerando estresse e ansiedade. Ao invés de relaxar, muitas pessoas entram em um ciclo de frustração por não verem resultados imediatos, o que compromete diretamente a qualidade do sono.

O corpo precisa entender que está na hora de desacelerar. Por isso, é essencial manter uma rotina leve, previsível e sem cobranças exageradas. Quando o autocuidado vira uma obrigação, perde-se o propósito e os impactos na saúde mental e no sono podem ser negativos.

Além do impacto emocional, uma rotina noturna pesada pode prejudicar a saúde da pele. A dermatologista Fernanda Bertanha, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, alerta que o uso excessivo de produtos pode anular os efeitos uns dos outros. Ou seja, mais etapas nem sempre significam melhores resultados.

Ela explica que o acúmulo de ingredientes pode irritar a pele, torná-la mais sensível e até comprometer o tratamento desejado. Isso é especialmente importante para mulheres com mais de 60 anos, cuja pele já passa por mudanças naturais e exige cuidados específicos, mas simples e eficazes.

Quais são os hábitos noturno que prejudicam a pele das mulheres?

Outro fator que interfere no descanso e na regeneração da pele é o excesso de estímulos antes de dormir. Luzes fortes, cheiros intensos, barulhos e até o simples ato de manipular o rosto constantemente podem ativar o sistema nervoso e dificultar o relaxamento.

Segundo a dra. Letícia, o cérebro precisa de sinais claros de que é hora de desligar. Quando isso não acontece, o sono é interrompido ou superficial, e os danos aparecem logo: cansaço, olheiras, ressecamento da pele e, em muitos casos, queda da autoestima.

Simplifique sua rotina

Para manter a beleza e o bem-estar, o ideal é apostar em uma rotina noturna mais simples: lavar o rosto com um produto adequado, aplicar um bom hidratante e, se necessário, um creme de tratamento indicado por dermatologista. Ou seja, o menos, nesse caso, pode ser muito mais.

Mulheres maduras podem (e devem) cuidar da pele, mas sem transformar esse momento em mais uma fonte de estresse. A verdadeira beleza está ligada à leveza, ao sono restaurador e a hábitos saudáveis. Um ritual noturno tranquilo é um passo valioso para manter a pele vistosa e a autoestima alta.

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