Roberto Cabrini entrará pela primeira vez ao vivo no “Conexão Repórter” (Foto: Reprodução)

Aproveitando a votação do parecer do crime de responsabilidade (vulgo “impeachment”) da Presidente Dilma pela Câmara dos Deputados neste domingo (17), o “Conexão Repórter” do SBT será especial.

Pela primeira vez, como informa Flávio Ricco, fugindo totalmente das suas características, a atração de Roberto Cabrini também terá exibição ao vivo no SBT logo após o “Programa Silvio Santos”.

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O programa terá links e uma série de matérias e entrevistas. Existe a possibilidade do programa varar a madrugada. As demais emissoras também estão empenhadas em cobrir a votação histórica.

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Mano Brown (Foto: Reprodução)

O cantor Mano Brown se manifestou sobre a crise que o Brasil passa, em comparação ao governo Lula.

Em entrevista a BandFM o cantor foi questionado se o sonho de um Brasil com soberania (após ter pagado a dívida do FMI) acabou. “Eu acho que foi sabotado”, disparou ele.

“Há muitos interesses para que o Brasil não continue nesse caminho. Tem gente que não está contente com as divisões que foram feitas após o governo Lula. Tem gente que vivia muito melhor, vivia no privilégio, não na justiça”, declara. “E milhões de pessoas viviam abaixo da justiça, abaixo da linha da miséria, do humanismo, do cristianismo”.

“Há muitos interesses em que o Brasil não prossiga nesse caminho. Nas novas divisões, o dinheiro teve que ser repartido com pessoas que antes não comiam, não vestiam, não tinham vontade de viver mais”, afirma Brown.

“Eu não estou defendendo nada. Acho que quem errou tem que pagar. Pode ser o mano Brown, pode ser o Papa Francisco, pode ser o Lula, a Dilma, o Renan Calheiros, o Eduardo Cunha, o Michel Temer, o Alckmin, todos eles. O triste é ver que eles não estão preocupados com o Brasil. Eles [pró-impeachment] só estão preocupados em substituir quem está no poder. Eles querem tomar, eles não querem resolver”.

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Não é novidade para ninguém que a linha editorial da TV Globo é pró-impeachment e contra o governo. No entanto, chamou a atenção o fato de que o jornalista Chico Pinheiro, assim como diversos artistas, resolveu se manifestar de forma diferente da emissora.

Questionado em rede social se o processo de impeachment era golpe, ele foi categórico: “Processo de impeachment é político. E não vejo autoridade moral ou ética nos políticos que querem julgar a Presidente”. E completa: “Dos 65 deputados que compõem a comissão, mais de 40 tiveram seus nomes ligados às empresas investigadas na Lava Jato”.

Outro internauta questionou novamente: “É golpe ou não é?”. “O impeachment está previsto na Carta [Constituição]. O que o torna golpe são os personagens que tocam o processo e seus interesses”, respondeu o apresentador do “Bom Dia Brasil” (ele não emite opiniões políticas no telejornal).

Com isso, o jornalista foi alvo do ódio e intolerância e passou a receber ataques na internet. No entanto, soube rebater com classe um internauta grosseiro que o acusou de ganhar para defender aquela posição: “Gente da sua turma tá acostumada a emitir opinião de acordo com a grana que recebe, é ? Por isso não nos entende”.

(Foto: Reprodução/ Twitter)

Um outro internauta comentou que “pra mim está tudo podre,sociedade, política, jornalismo, tudo sujo!”. Chico Pinheiro respondeu: “Quando a gente acha que absolutamente tudo cheira mal, é prudente checar o próprio nariz”.

Um tuiteiro ainda o perguntou sobre uma lista de “apoiadores” da presidente Dilma que circula na internet e que traz o seu nome. Sempre respondendo ao público, Chico Pinheiro comparou esse texto às “listas negras” que existiam durante regimes como o nazismo e a ditadura militar. “Você me traz à lembrança aqueles que faziam listas de comunistas, judeus, gays, etc. Heil!”, responde, citando a saudação nazi.

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Tonico Pereira (Foto: Reprodução)

Como se sabe, nos últimos tempos com a crise política diversos artistas resolveram se manifestar sobre o assunto.

É o caso de Tonico Pereira, que embora contratado da TV Globo não teme criticar a imprensa parcial ou os autoritarismos de alguns juízes.

Por essa razão, ele é acusado de petista e até mesmo de receber dinheiro para “defender o governo”, com montagens que circulam na internet associando sua imagem com uma suposta verba ganha pela polêmica lei de incentivo cultural “Rouanet”.

“É engraçado isso, eu não sou petista, mas eu sou libertário e democrata. Por defender isso, eu sou confundido [junto] com as pessoas que se opõem a tudo isso como um levador de vantagens, por defender esse aspecto da vida e da política”, declarou ele em vídeo publicado recentemente.

“E o pior é que todos eles me acusam de ganhar algum dinheiro por isso. Porque a linguagem deles é essa: dinheiro dinheiro dinheiro. Eles são incapazes de pensar que eu tenho o meu coração a frente de tudo, o meu pensamento a frente de tudo, independente de verbas e etc.”

“Eu nunca usei Lei Rouanet, eu não sou produtor, imbecil [que pensa assim]! Só produtores tem acesso a isso”, declara.

“Eu sou ator, apenas ator, por favor, deixem de serem ignorantes e entendam que a sua linguagem é dinheiro, a minha não! A minha é ideal. Vocês se vendem, eu não, eu tenho opinião, luto contra a maré até poder me prejudicar, enquanto que vocês só pensam em dinheiro, que o homem é movido a dinheiro. Não é, imbecil, não é, eu pelo menos não sou! Sou amor”, finaliza.

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Artistas do teatro defendem a democracia (Foto: Reprodução/ Montagem TV Foco)

Na última quarta (30), artistas do teatro, diretores, atores e dramaturgos se manifestaram a favor da democracia e contra o impeachment da Presidente Dilma Rousseff.

Entre eles, estão o consagrado diretor teatral Aderbal Freire-filho, Ailton Graça, o ator, diretor de teatro e teatrólogo brasileiro Amir Haddad, Ana Petta, Antônio Araújo (Teatro de Vertigem), Antônio Edson (Grupo Galpão), Caco Ciocler, Camila Márdila (“Que horas ela volta?”), Celso Frateschi, Eduardo Moreira (Grupo Galpão), Enrique Diaz, o diretor de teatro e cinema Felipe Hirsch, a consagrada diretora de teatro e atriz Georgette Fadel, Inês Peixoto (Grupo Galpão), João Miguel, Julia Lemmertz, Luís Carlos Vasconcelos, Matheus Nachtergaele, Paulo Betti, Sérgio Mamberti, o diretor, ator, dramaturgo e encenador Zé Celso, entre outros.

A atriz Julia Lemmertz falou sobre a relação do teatro e a democracia. “O teatro é uma arena livre”. Para Paulo Betti, assim como no teatro as notícias no país devem ser imparciais. “O teatro serve para abrir os abcessos, para trazer para fora o que há de podre, de sujo, nós queremos que se revolva o Brasil hoje e que tenhamos a verdade, de todos os lados, nada escondido debaixo do tapete.”.

Enrique Diaz (Foto: Reprodução)

O diretor da novela “A Regra do Jogo” e protagonista da minissérie “Felizes para Sempre?” Enrique Diaz diz que a tentativa de golpe está escancarada. “A gente está vendo essa farsa canastrona. O texto é ruim, a direção é tosca, é farsa, é mentira”.

O ator Caco Ciocler se preocupa com as consequência desse processo para nossa jovem democracia. “Abrir um precedente de um impechment sem provas é extremamente perigoso para a democracia”.

Matheus Nachtergaele explica que a democracia é a base para a garantia de direitos. “A democracia vigente, atual, ainda é distante de algo que liberte o ser humano. Mas é a rede mínima de proteção para que alguns direitos estejam conquistados e fiquem conquistados e um deles é o direito ao voto”.

O ator Luiz Carlos Vasconcelos também se manifestou sobre o assunto. “Ignorar votos é romper com a democracia”, diz. Já o ator João Miguel defende que o povo precisa estar atentos às reformas necessárias no sistema político atual. “O sistema político brasileiro precisa de uma reforma urgente e nós brasileiros temos de estar cientes disso, com todas nossas diferenças quais elas sejam, religiosas, políticas…”.

Vale lembrar que parte da classe artística defende o impeachment da Presidente Dilma, como Dado Dolabella, Alexandre Frota, Roger Moreira, Luciano Huck, Marcelo Serrado, Lobão, Danilo Gentili e Susana Vieira.

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Clarice Falcão (Foto: Reprodução)

A atriz, cantora e compositora Clarice Falcão fez uma comparação inusitada envolvendo a situação atual do país e um famoso jogo de tabuleiro.

“Eu também virava o tabuleiro de “War” quando estava perdendo”, declara ela em um vídeo. “Mas eu tinha 7 anos”.  A cantora faz referência ao fato de que grande parte do pedido de impeachment da Presidente da República vem de pessoas derrotadas nas urnas em 2014.

Isso porque as manifestações contra a Presidente Dilma se inciaram já em março de 2015, apenas três meses após as eleições, e mantiveram-se relativamente constantes em números.

Vale lembrar que muitas dessas pessoas são críticas ao governo mas são contra o processo de impeachment porque isso abriria um precedente para quebra do regime democrático por simples razão de conflito de interesses políticos, já que as chamadas “pedaladas” são práticas comuns em todos os Estados da Federação e mesmo em vários países, como os Estados Unidos, tendo sido praticadas também pelos presidentes anteriores a ela.

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