Aguinaldo Silva. (Foto: Divulgação)

Em entrevista ao programa “Todo Seu”, Aguinaldo Silva, autor de novelas da Globo, criticou o famoso “quem matou” tão utilizado pelos seus colegas na própria emissora.

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“Não gosto muito dessa fórmula. Funciona sempre, mas a gente acaba sendo preguiçoso quando faz isso. Era um segredo que só eu, o Gilberto Braga e a Leonor Bassères sabia. Um belo dia a gente acordou e viu numa revista que vazou. E aí a gente escolheu uma outra pessoa, que ninguém fosse desconfiar, e isso foi até o final”, disse.

“O curioso é que escrevemos a novela e não nos demos conta que era dezembro. Quando entregamos o capítulo que ela era assassinada, vimos que seria na véspera de Natal”, completou.

Veja a entrevista completa:

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(Foto: Divulgação)

Em entrevista a coluna Outro Canal, Aguinaldo Silva falou sobre a conquista da novela “Império” no Emmy Internacional nesta semana. Na conversa, ele comentou sobre o trabalho difícil para mostrar alguma novidade em um gênero já clichê.

“Das novelas que escrevi, [Império] foi a mais bem escrita. Na minha idade, 72, a gente começa a ligar o automático. Ali percebi que não podia fazer isso. Essa premiação mostra algo óbvio, mas não muito bem visto: o novelista tem que se matar, se quiser fazer uma boa novela. Não basta fazer o rotineiro, tem que ir além”, revelou.

O autor também falou sobre as críticas do politicamente correto. “Não há nada mais venenoso, mais destruidor para o melodrama, que o politicamente correto. No final de “Império”, o protagonista adorado, o comendador (Alexandre Nero), morre. Uma ousadia que se vê em “Breaking Bad”, não em novelas”, disse.

Ele também falou da necessidade de renovar o quadro de autores. “A gente [autores] trabalha muito porque não tem renovação. A primeira coisa que precisa para escrever novela é ter experiência de vida. Tô tentando formar pessoas que ocupem o meu lugar e permitam finalmente que me aposente [risos]. Daqui a pouco eu vou morrer e isso vai se perder. A sabedoria é um bem comum que temos que passar”.

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Nesta última segunda-feira, 23 de novembro, foi realizado mais uma edição do Emmy Internacional, o de número 43. A novela “Império”, do autor Aguinaldo Silva, foi uma das produções da Globo premiadas.

“‘Império’ foi uma novela abençoada, em que tudo funcionou. Divido este prêmio com meu parceiro, o diretor Rogério Gomes, e também com todos os que, de uma forma ou outra, participaram da novela e deram a ela tudo de si. ‘Império’ provou que uma novela sempre funciona quando é feita com espírito de equipe”, disse Aguinaldo em comunicado enviado pelo canal.

Na premiação, sua novela “Império”, concorreria como a “Melhor Novela” de 2015. Na mesma categoria estavam “Ciega a citas” (Espanha),“Jikulumessu” (Angola)  e “Mulheres” (Portugal). Quem levou a melhor foi a novela da TV Globo exibida até o comecinho deste ano.

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Escrita por Aguinaldo Silva, a trama, que tem como objetivo elevar os índices do horário, pode ter o “Falso Brilhante” como título oficial. Isso desde que a intérprete da música de abertura não seja Maria Rita.

Em seu blog, o autor deixou bem claro: “Desde que não me ponham na trilha sonora a Maria Rita a cantar a música do mesmo nome imitando a mãe dela… Ou eu corto os pulsos”, escreveu.

O fato é curioso. Não se sabe na realidade o motivo da rejeição. Vale ressaltar que o dramaturgo já teve a filha de Elis Regina cantando o tema de abertura de uma obra dele, em “Senhora do Destino”, exibida em 2004. A música em questão era “Encontros e Despedidas”.

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Será que consegue?

Com novela prevista para ir ao ar em 2014 na Rede Globo, Aguinaldo Silva curte o friozinho de Itaipava, pelo menos tenta. O autor está, como diz, “trancado a sete chaves”, tocando dois projetos para a TV.

“Era pra ser em julho, mas eu bati o pé: durante a Copa? Nem morta e de pés juntos! De qualquer maneira, vou ter que enfrentar o horário eleitoral pra presidente, o Natal, o Ano Novo, o carnaval… Mas prometo a vocês solenemente: vou bater o meu próprio recorde de audiência… Ou então corto os pulsos”, afirmou Aguinaldo, lembrando o sucesso de “Fina Estampa”.

De acordo com o jornal O Dia, o autor Aguinaldo Silva teria pedindo cerca de R$ 3 milhões para renovar seu contrato com a Globo. A direção da emissora levou um grande susto quando ficou sabendo do pedido do autor e ofereceu uma contraproposta, seu salário passaria a ser de R$ 1 milhão.

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