A vida do estilista Clodovil Hernandes, morto em 2009 aos 71 anos, irá virar peça de teatro em São Paulo.

O espetáculo será escrito e dirigido pelo nosso colega do TV Foco James Akel. Com estreia prevista para junho no Teatro Ruth Escobar, há a intenção de abordar algumas passagens que são desconhecidas do público, como informa Flávio Ricco.

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Lola Melnick entrou para o elenco da peça, no papel de uma confidente de Clodovil. O estilista será vivido surpreendentemente por uma mulher, Lorena Mitre.

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James Akel estreou a peça “Democracia Sem Vergonha” em SP, sábado, 3 de outubro de 2015, 19h30 no teatro Ruth Escobar. Satisfeito pela grande aceitação do público, com lotação esgotada para esta noite, o escritor e diretor, um dos comentaristas mais polêmicos e experientes da TV brasileira, concede esta entrevista para o TVFoco. Ácido e humorado, o diretor não poupa palavras. Boa leitura:

Além de analisar profundamente nossa TV, seus artigos costumam revelar os subterrâneos da política. Sua peça segue este caminho?

A peça mostra detalhes de corrupção de maneira didática. Não é uma peça partidária porque não é apenas um partido que faz craca no governo. E no Brasil, a oposição é uma piada.

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“Tínhamos, invariavelmente, de 70 a 80% da audiência.”

Foi no dia 07 de abril de 1960 que foi ao ar, pela Record da família Carvalho, o seriado infantil “A Turma dos Sete”, sob patrocínio exclusivo da Alpargatas.

O programa era escrito e dirigido por Armando Rosas. Eram sete crianças que, em episódios às terças e quintas, batiam os melhores números de audiência da Record. Na época, não tínhamos a concorrência das novelas, pois elas iam ao ar as segundas, quartas e sextas.

Tive o privilégio de ter sido contratado para ser um dos protagonistas do “A Turma dos Sete” e, com isso, vieram prêmios inesquecíveis. Tínhamos, invariavelmente, de 70 a 80% da audiência. Inauguramos o Primeiro Salão da Criança no Ibirapuera, e com sucesso inigualável. Todo um arquivo de fotos se mantém até hoje. Os vídeos, infelizmente, não existem mais, pois naquele tempo de TV primária e fitas muito caras, as gravações eram feitas umas sobre as outras. Se na época a Record tivesse tido a visão de futuro e tivesse gravado definitivamente seus seriados, esses vídeos ainda estariam rendendo até hoje.

“não tínhamos a concorrência das novelas”

Cada minuto de programa ao vivo valeu a pena, o qual era feito para São Paulo e Rio ao mesmo tempo e em ineditismo de trabalho. Foi o primeiro programa da TV a ser ao vivo para São Paulo e Rio. Ao mesmo tempo que era ao vivo, também era gravado para passar em outras cidades. Jamais ninguém errou texto ou marcação ao vivo.

Existia um grupo unido de atores infantis que até incomodava o ego de adultos. Com exceção da atriz Jacira Sampaio, que amava trabalhar conosco, outras atrizes não aguentavam o fato de que os protagonistas eram as crianças, e os adultos eram apenas personagens de pouca fala.

Texto: James Akel

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“Foi incrível e encantador desde seu começo até o fim”

Eu sempre digo que não tenho compromisso com a teimosia.  Escrevi ontem que o programa de Gugu seria ruim e que ele não seria um bom apresentador.  Tudo que escrevi me baseei no programa antigo de Gugu que nem foi lá bom e por isto deixou a TV Record um tempo atrás. Ontem, dia 25 de fevereiro, ficará marcado na história de Gugu Liberato como dia de seu renascimento.…

Foi incrível e encantador desde seu começo até o fim.  O cenário estava muito bem feito e Gugu transmitia coisas boas ao povo. A plateia estava participante e bem organizada, igual raras vezes acontece nos programas de hoje em dia. A abertura com Leonardo deu o tom do programa e marcou audiência excelente. A entrevista com Suzane Richthofen foi excelente. Alguns problemas de som ou edição não devem ser levados em consideração por que não afetaram o produto.

Não posso deixar de lembrar que em nenhum momento Suzane chorou, mas sorriu bastante durante todo tempo. Esta noite vai ter a outra parte da entrevista. A recepção foi tão boa que em tempo algum na TV Record, Gugu teve algo parecido. Gugu ficou uma hora e meia na liderança. 

A gente pode entender algumas coisas. Gugu fez o programa dentro de seu estúdio. Isto com certeza lhe deu mais segurança psicológica. Gugu foi pra tudo ou nada e deu tudo. Gugu entrou em cena num astral que jamais antes tinha entrado. Está bem mais amadurecido e sereno em postura. Está se postando bem no palco e sabendo comandar o show.

Tudo surpreendeu e isto a gente tem que comemorar. Comemorar primeiro porque este programa é mais um gerador de empregos pra artistas e técnicos e produtores. Comemorar que Gugu deu show e com isto a tv ganha mais um programa que as donas de casa vão poder se entreter. Comemorar porque a TV Record teve um acerto.

Quando a gente faz um comentário negativo sobre uma emissora ou outra, a gente não tem prazer em tal comentário.  O importante é que o que não está bom mude pra que a TV aberta continue a ser o grande entretenimento do povo e gerador de empregos. Um programa do Gugu no ar é o espaço pra muita gente trabalhando e dando alimento às famílias ao invés de colocarem um filme na tela e mandar dinheiro ao estrangeiro.

 Gugu vai ter bastante trabalho pra manter o nível do programa. Não existem mais de duas pessoas pra serem entrevistadas no padrão criminal de ontem, mas a gente deseja de verdade que Gugu ache o caminho e mantenha sempre este astral notável de ontem. Que Gugu seja o bom comandante de palco que foi ontem e que também mantenha a sensibilidade que o fez se emocionar ao se lembrar de seu pai. As donas de casa agradecem, a TV aberta agradece e os trabalhadores do ramo agradecem.

Texto: James Akel

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“Agora é tarde!”

Em 1983, o SBT registrou o nome de “Show Sem Limites” que desde o começo da TV no Brasil era apresentado por J Silvestre. O caso aconteceu quando J Silvestre assinou contrato com o SBT sem se preocupar em ter registrado pra si o nome “Show Sem Limites” antes de assinar o contrato.

Passaram-se dezenas de anos e agora Danilo Gentilli sai da TV Band mas não pode fazer o formato de programa que fazia na TV Band porque a Cuatro Cabezas registrou o formato pra ela e o SBT tem que criar formato novo de seu programa. O tempo repete histórias.

Texto: James Akel

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“se não tem ibope é por falta de conhecer o ramo de seu chefão”

O chefão da TV Globo, Schroder, continua demonstrando que pouco ou nada entende de TV. Em almoço com jornalistas declarou que a TV Globo vai buscar novos públicos através de novos tipos de programas. Se ele entendesse um mínimo de TV saberia que o público de TV aberta não muda, é sempre o mesmo, e buscar outro tipo é perda de tempo.

A TV Globo teve na gestão de Schroder o pior desempenho de ibope de sua história. O motivo é simples e demonstra o quanto ele é entendedor do ramo. A TV Globo não tem problemas técnicos e nem de dinheiro, ou seja, se não tem ibope é por falta de conhecer o ramo de seu chefão que tanto fez de errado neste ano.

Não esperem melhor ibope ano que vem porque quem não sabe do ramo fica fazendo experiências pra demonstrar o que não é real e objetivo.

Texto: James Akel

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“Sabrina é o grande erro de contratação da TV Record depois de Gugu”

Depois de na realidade descartar o nome de Vildomar Batista pra ser diretor de seu programa, Sabrina Sato disse que quer contratar 6 redatores. Hebe Camargo tinha 1 redator na Record que era Manoel Carlos, no tempo da TV Record. Flávio Cavalcanti tinha 1 redator que era Giuseppe Ghiaroni. Silvio Santos não tem e não teve redator. Chacrinha não teve redator. E Sabrina quer 6.

Sabrina é o grande erro de contratação da TV Record depois de Gugu. Quando a administração anterior contratou Gugu esta coluna escreveu que era um erro e uma perda de dinheiro da emissora. Mas o ego e a vaidade valeram na contratação no lugar de conhecimento de emissora. Agora a nova administração da TV Record comete erro igual e contrata Sabrina com salário que não deve ficar longe de 1 milhão entre fixo e publicidade. Sabrina não tem conhecimento de palco e nem de comando de programa e isto nem se aprende em curso de 3 meses.

Texto: James Akel

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Maquiavélico

O caso das reportagens da TV Record contra anunciantes que não investem na Record me faz lembrar caso parecido antigo da TV Tupi e seu dono Assis Chateaubriand. “Chateau” era conhecido por seu temperamento pouco pacífico e de gênio difícil. Ele era conhecedor profundo dos bastidores da sociedade brasileira e sabia se valer disto. E ninguém queria ser alvo de sua ira. Assim, quando telefonava para um milionário pedindo que este milionário fizesse uma grande doação pra aquisição de obras de arte para a criação do MASP, este milionário de imediato aceitava sua convocação pra contribuir com muito dinheiro.

Aconteceu uma vez um caso de um telefonema de “Chateau” a um conhecido milionário brasileiro que esta coluna não vai revelar o nome. E o tal milionário, achando-se sem telhado de vidro, resolveu o desafiar recusando fazer contribuição financeira para as aquisições de obras de arte. No dia seguinte bastou que um repórter da antiga Tupi telefonasse à senhora do milionário para fazer uma reportagem com ela que de imediato o telefone de “Chateau” tocou, era o milionário dizendo ter pensado melhor no seu pedido e achou que deveria contribuir para desenvolvimento da cultura dando dinheiro às compras das obras de arte.

Tenho certeza que a Record não fez nenhuma reportagem contra anunciantes com este objetivo pois são pessoas de grande responsabilidade que ali estão e que apenas foi uma coincidência o fato da reportagem sobre fatos do cotidiano coincidirem com anunciantes não ativos da emissora. Também, vamos combinar, se Assis Chateaubriand, dono da antiga TV Tupi, usou de tais métodos para criar o MASP, valeram os meios que tiveram fins tão nobres.

Texto: James Akel

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“…enorme desconhecimento político dos jogadores”

A tal carta aberta do movimento Bom Senso FC está causando intriga nos bastidores das emissoras que ano que vem vão mostrar campeonatos.  Uma carta que não tem assinatura de quem quer que seja e apenas um carimbo de um movimento causa espécie. Detalhes da carta são no mínimo estranhos de serem escritos por algum jogador de futebol.

A nítida meta de provocar o presidente da CBF é algo que faz a carta parecer mais pessoal dói que defensora de princípios comuns. Mas como a carta é supostamente escrita por jogadores de futebol a gente tem que entender que tais jogadores talvez desconheçam o passado da política.

A carta provoca José Maria Marin que é o presidente da CBF dizendo que a democracia lhe é estranha. Os jovens jogadores com certeza desconhecem que José Maria Marin foi duas vezes eleito vereador e duas vezes deputado, tudo pelo voto direto das urnas.
Não bastasse este enorme desconhecimento político dos jogadores, vamos lembrar algo que com certeza nem passa pela cabecinha destes futebolistas. Por mais que alguém possa criticar pelo que quer que seja, Marin se insurgiu contra o Regime Militar ao ser candidato a vice-governador na chapa de Paulo Maluf, contra Laudo Natel que era indicado de Geisel e Figueiredo. Marin e Maluf foram ameaçados nos bastidores se não retirassem suas candidaturas mas não retiraram e venceram a convenção da Arena contra Laudo Natel apadrinhado pelos generais. Eu me lembro perfeitamente das declarações de Natel antes da votação dizendo que ele era o escolhido de Geisel e Figueiredo e os eleitores da Arena deveriam prestar atenção nisto, numa clara intimidação contra os eleitores. E Maluf e Marin foram eleitos em votação secreta numa eleição histórica que foi o começo do fim do Regime Militar.

Não defendo aqui nem Marin e nem Maluf pois nem os conheço mas apenas mostro fatos da história que os jogadores do Bom Senso nem tiveram tempo de pesquisar. Quem sabe uma boa assessoria de imprensa pudesse dar mais embasamento aos jogadores. Tem mais ainda. Esta história de querer trabalhar menos e ganhar igual já fez com que dezenas de milhares de empregadas domésticas do Brasil fossem demitidas por causa de leis que vão contra o mercado de oferta e procura e contra acordo entre partes que estão desejando as mesmas coisas mas que infelizmente vem alguém se passando por bonzinho e cria leis que acabam com emprego. Vou lembrar aqui também que antigamente as mulheres nem eram contratadas pra trabalhar em jornais porque a lei lhes impedia de que trabalhassem à noite e os jornais terminavam tarde suas matérias e editorias.

Os clubes atuais sobrevivem exatamente pelo patrocínio das emissoras de TV que divulgam os nomes dos patrocinadores. Quanto mais existe jogo e divulgação mais o clube ganha e mais o jogador pode ganhar. O restante é bobagem e vai contra a lei de mercado.

Volto a concluir que sem bom senso os jogadores de futebol vão ter suas carreiras prejudicadas por causa de alguns que querem sabe-se lá o que e pra isto prejudicam o trabalho de pessoas.  Jogador de futebol igual modelo tem que aproveitar sua vida curta profissional e ganhar o máximo que puder enquanto tem juventude e capacidade de atuar.

Texto: James Akel

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“um grande alavancador de ibope”

O site P4, editado por Guilherme Beraldo, revela que Boris Casoy pode ser a grande contratação da RedeTV! neste 2014. Quem teve a ideia, pensou muito bem.

Boris está escondido na TV Band e cada dia mais escondido. Trabalha no começo da madrugada e é um grande talento desperdiçado ali. Aliás tudo é desperdiçado na TV Band nos dias atuais.

Boris, sozinho na bancada, será um grande alavancador de ibope e seu potencial é de 3 a 4 de ibope o que seria excelente pra uma emissora que está recomeçando.

Texto: James Akel

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