Wagner Moura e José Padilha cortam relações por causa de política: “Nos afastamos”

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Wagner Moura deu alguns detalhes sobre sua relação com o companheiro de elenco em “Tropa de Elite” e “Tropa de Elite 2”, José Padilha. Os dois não compactuam dos mesmos posicionamentos políticos e chegaram a trocar duras mensagens ao debaterem sobre o governo.

Wagner Moura relata que sua relação com o colega de elenco hoje é mínima. Após os intensos bate-boca, o ator revelou que ambos cortaram relações. O famoso, no entanto, nega que tenha brigado com José Padilha. “Nós nunca brigamos, nós nos afastamos. Trocamos mensagens duras, sobretudo em relação ao [juíz Sergio] Moro na época do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Sempre vi o Moro como uma figura desprovida de qualidades. Acho que hoje está provado que ele foi parcial no julgamento do Lula. A perseguição ao PT era óbvia“, disse.

Wagner Moura relatou que o afastamento aconteceu de forma natural, mas que a amizade entre ele e José Padilha continua. “Não deixei a polarização política que tomou conta do país atrapalhar a minha amizade com o Padilha. Simplesmente, paramos de trocar mensagens em determinado momento”, pontuou o ator.

ATOR ACUSA GOVERNO DE CENSURA

Diretor do filme Marighella, protagonizado por Seu Jorge, Wagner Moura criticou o governo de Jair Bolsonaro, acusando diretamente seu governo de promover a censura e a destruição da Ancine.

Durante uma transmissão do filme no African Diaspora International Film Festival, Wagner Moura trocou algumas palavras sobre o filme e sobre o atual momento da política brasileira em relação à arte. De acordo com a Folha de S.Paulo, o público estava ansioso para saber as dificuldades enfrentadas pelo filme para ser lançado.

“Eu não gosto de falar do ‘Marighella’ como um caso isolado: todo o universo da cultura, no Brasil, está basicamente destruído. A Ancine está destruída. Acabada. Game over. E esse é o jeito que eles fazem hoje: a censura não é como a da ditadura militar, que dizia ‘isso é proibido'”, disse o ator.

“Hoje eles infiltram pessoas nessas agências, e elas tornam tudo impossível de acontecer. Foi isso que fizeram com ‘Marighella’. Eles acharam uma forma de tornar o lançamento impossível do ponto de vista burocrático. Mas nós iremos achar um jeito”, prosseguiu o diretor de Marighella, que foi aplaudido pelo público presente. O ator prosseguiu detonando o atual governo em relação à cultura.

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Nova série original da Netflix no Brasil, O Mecanismo, inspirada na Operação Lava Jato, vem gerando polêmica ao apresentar uma trama considerada “tendenciosa” e “mentirosa” por parte do público e de grupos políticos, ao retratar algumas passagens do grande esquema de corrupção no país.

Nos últimos dias, figuras políticas e até famosos, como o ator José de Abreu, decidiram boicotar o serviço de streaming por causa da série. “Ela é mentirosa, preconceituosa e mostra o ódio que José Padilha tem do Brasil”, declarou Abreu, que está escalado para Segundo Sol, próxima novela das 21h da Globo.

Diante de toda polêmica, José Padilha, criador e diretor de O Mecanismo, decidiu se pronunciar sobre as críticas e o boicote. Em entrevista ao jornal O Globo, o profissional rebateu as acusações de que a série tenha espalhado “fake news”, como afirmou a ex-presidente Dilma Rousseff. “Não creio que espalhamos noticias falsas. Ou será que a corrupção gigante que PT, PMDB e PSDB operam no país são fake news?”, questionou.

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O diretor ainda ironizou a inciativa de muitas personalidades de decidirem cancelar sua assinatura da Netflix. “Acho patético! Vão perder a quarta temporada de Narcos”, disse.

“Os bandidos entram na sua casa. Estupram a sua esposa, matam os seus filhos e roubam tudo o que você tem. Na saída, surrupiam seu isqueiro… A esquerda viu a série e quer debater a cor do isqueiro. Há um elefante na sala. O PT de Lula se associou ao PMDB de Temer. Juntos, operaram o mecanismo. Desviaram bilhões de dólares dos cofres públicos. Petrobras, Belo Monte, Eletrobrás, BNDES. Parasitaram o cidadão. E a esquerda finge que não viu? Sinto muito. A esquerda enlouqueceu e ficou tão hipócrita quanto a direita. Hoje estão todos de mãos dadas: os formadores de opinião da esquerda, Aécio Neves e Temer, torcendo para que o STF revoque a prisão em segunda instância. Depois o maluco é o Ruffo…”, declarou o diretor, referindo-se ao protagonista Marco Ruffo, um delegado da Polícia Federal vivido por Selton Mello.

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O ator Selton Mello. (Divulgação/TV Globo)

Enfim foi definido o ator que será o protagonista de O Mecanismo, série sobre a Operação Lava Jato para a Netflix.

Com direção de José Padilha, premiado cineasta brasileiro, a atração será protagonizada pelo ator Selton Mello. O site da Netflix divulgou nesta terça-feira o início das gravações da atração, que será rodada em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e obviamente Curitiba.

Selton viverá um delegado da Polícia Federal.

Selton Mello. (Foto: Divulgação)

Com informações da Veja.com.

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Diretor da série “Lava Jato” José Padilha. (Foto: Divulgação)

Nos últimos tempos, surgiu uma tendência entre as grandes emissoras, que compõem boa parte do mercado, de fazer contratos apenas por obra, esvaziando assim os bancos de atores.

Por essa razão, os atores têm se virado para conseguir bons papéis e pagar as contas no fim do mês, pois não está fácil para ninguém. É nesse contexto que a série “Lava Jato”, que José Padilha dirige, tem empolgado muita gente.

A atração, que o diretor cria ao lado de Marcos Prado, está movimentando esse mercado, e já há uma fila de candidatos a oito grandes papéis — duas mulheres e seis homens —, entre eles, o do juiz Sérgio Moro, como informa Patrícia Kogut.

No entanto, os “videoselfies”, a primeira etapa da seleção, passarão pelo crivo da Netflix, empresa responsável pela produção.

Padilha já dirigiu a série de enorme sucesso mundial “Narcos”, que levou o nome de Wagner Moura ao mundo. Outra produção nacional do serviço de streaming que tem se destacado é a “3%”, que está bem encaminhada para ter uma segunda temporada, com gravações previstas para junho.

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Diretor José Padilha. (Foto: Divulgação)

Como sabe, a Netflix decidiu produzir uma série internacional sobre a Operação Lava Jato. O projeto foi criado e será dirigido pelo renomado diretor brasileiro José Padilha, que comandou o longa “Tropa de Elite” e a última temporada da série “Narcos”.

Segundo informações do “UOL”, a série, sem título definido, começará a ser filmada no Brasil ainda este ano, sendo lançada em 2017. O roteiro será de Elena Soares (‘Xingu’, ‘Filhos do Carnaval’).

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Em comunicado oficial divulgado pela Netflix, Padilha falou sobre a produção: “Esse projeto vai narrar a operação policial em si e mostrar detalhes sobre o maior esquema de corrupção já visto no Brasil. Era fundamental que a série fosse produzida com imparcialidade, e a Netflix é com certeza o melhor parceiro para que isso possa ser concretizado”.

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