Juliana Caldas esteve em novela recentemente. Foto – divulgação.

Juliana Caldas, que trabalhou na novela “O Outro Lado do Paraíso” tem nanismo congênito, ou seja a alteração genética já nasceu com ela. A atriz disse que não deixa isso a definir e nem interferir na sua vida.

“Eu nunca fui preocupada em dar o primeiro beijo porque as amiguinhas estavam dando ou em perder a virgindade cedo porque as amigas estavam perdendo. Não, eu fui no meu tempo”, explica a atriz Juliana Caldas de 31 anos.

A artista contou a QUEM em entrevista que a descoberta da sexualidade veio com a aceitação. “Já vieram me perguntar: ‘Você transa?’ Como assim? Óbvio, todo mundo transa. É como se fosse uma coisa de outro mundo, e não é, é normal”, afirmou ela.

A atriz Juliana Caldas (Foto: Reprodução)

“Se tivesse alguma dúvida, eu sempre perguntava para minhas amigas ou até mesmo para mães de amigas”, lembra ela, que falou da dificuldade ter com quem conversar, já que a mãe e a avó morreram quando ainda era adolescente.

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“Quando vejo que existe esse interesse de relacionamento, jogo a real: ‘É fetiche?’. Pergunto para saber o que eu faço, como eu lido com isso. Posso aceitar ou não, mas gostaria de saber”, diz. Juliana defende o sexo om responsabilidade. “Vá e faça, mas tome cuidados, precauções, e viva da melhor forma possível”, declara.

Confira algumas perguntas da entrevista:

Para você, o que representa o sexo?
Sexo é vida e faz parte da vida. Acho que a palavra é ‘vida’ porque através do sexo e amor gera vidas.

Sexo sempre é prazer?
Quando você quer, sim. Eu faço para ter, se não, não tem graça. Tento curtir, estou em um caminho para que tenha prazer, opção e tudo isso. Mas acho que nem sempre é prazer.

Como você se descobriu sexualmente?
É muito louco, mas é quando você se descobre, quem é você, como você veio. No meu caso, vim com nanismo, nasci com nanismo. Então, eu acho que você se descobrir, se aceitar, faz com que tudo flua. Eu nunca fui preocupada em dar o primeiro beijo porque as amiguinhas estavam dando ou em perder a virgindade cedo porque as amigas estavam perdendo. Não, eu fui no meu tempo, no que eu achava que era tranquilo para mim e que eu sabia que receberia respeito.

Então foi tranquilo entender sua sexualidade?
Descobrir isso foi tranquilo. O que foi complicado em relação à sexualidade e a essa descoberta é que nessa época tinha perdido minha mãe, minha avó. Se tivesse alguma dúvida ou precisasse ter para quem contar algo, eu sempre perguntava para minhas amigas ou até mesmo para mães de amigas. Fui fazendo o que eu achava que era certo e sem a preocupação de estar sendo tarde ou não.

E como encara hoje o seu lado sexual?
É natural, está na gente essa sexualidade toda. Depende de como você lida com isso e como demonstra ou não. Eu sou mais tranquila. Não penso que vou postar uma foto de biquíni para mostrar isso. Vou postar porque gostei da foto, mas é obvio que tem aquela coisa de ver o que acontece. Eu não fico preocupada em seguir uma estética. A sexualidade transmite que você está bem, você fica sexy se você está bem.

Você sente uma espécie de tutela em relação ao diferente? As pessoas veem quem é diferente como incapaz de desejo, como um ser assexuado?
Eu não acho que isso acontece, eu tenho certeza (ênfase). Não diria 100% da população, mas existe. Não só para a questão de sexo, mas para a questão de vida: de trabalho, de capacidade, de conquista. Tem várias pessoas que pensam assim, que (a gente) não é capaz só porque é deficiente. Tenho certeza.

Como você lida com essa situação de ser colocada em um local de ser invisível sexualmente e com o oposto, com quem tem desejo pelo diferente especificamente por ele ser diferente?
É engraçado como as pessoas não sabem lidar com isso. Elas ficam surpresas . Já vieram me perguntar: ‘Você transa?’. Como assim? Óbvio, todo mundo transa. É como se fosse uma coisa de outro mundo, e não é, é normal, da mesma forma que (para) você. Talvez possa ter posições que você não tem, que não consegue, mas eu vou lá e te ensino e te mostro o diferente. E posso fazer de outra forma e pode ser muito mais prazeroso do que a posição normal. Tudo depende da forma que você recebe isso.

Por exemplo?
As pessoas, às vezes, não sabem lidar. Você começa a se relacionar com um cadeirante e acha que nada funciona; ele não anda, é paraplégico, e você pensa que não mexe da cintura para baixo. Mas, às vezes, não tem nada disso. No caso do nanismo, tem o como vai fazer, porque a pessoa é pequena. Mas tudo tem um jeito. Tudo depende como você recebe isso e ensina para a outra pessoa. E, claro, quando acontece de ter esse o desejo e o respeito. Depende muito como é a cabeça da pessoa que tem deficiência. Depende do amadurecimento da pessoa, do pensamento de como lidar com a sexualidade, de como pode ensinar as outras pessoas e, também, tentar diferenciar quando (o interesse sexual) vem com uma boa intenção ou não.

Há muito fetiche?
Ô, menina! Demais. Eu acho que com o homem com nanismo isso acontece mais, até mesmo porque a mulher é mais aberta para ir para o diferente e o homem é mais fechado. Por mais que possa até existir mais fetiche do homem em relação à mulher com nanismo, isso não é muito falado. A mulher tem a curiosidade como é o órgão sexual do anão, porque acha que porque o homem é pequeno o órgão é pequeno. O homem… Olha, existe muito fetiche. Primeiro vem o fetiche, depois vem a atração, vamos dizer, por esse diferente.

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No entanto, antes disso, ela resolveu mudar o visual após o fim da trama de Walcyr Carrasco. Ela adotou fios loiros e impressionou os seguidores ao postar o registro da mudança na internet. Ela comemorou a repaginada com trecho de um poema de Bráulio Bessa: “Uma pequena mudança às vezes traz esperança e faz a gente seguir”.

Confira:

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O responsável pela mudança foi o hair stylist Evaldo Ribeiro, que aproveitou para diminuir o comprimento dos cabelos.

Sobre a questão do nanismo na TV, como citado no início da matéria, Juliana tocou no assunto em entrevista ao TV Fama. “Eu acho que ainda falta falar mais sobre [o nanismo]. Eu sempre coloquei isso em todas as entrevistas que eu dei, não só com o nanismo, sempre quis englobar outro tipo de deficiência”, disse.

Por fim, Juliana falou sobre o que espera para seu futuro na televisão. “Eu espero continuar trabalhando, espero, na verdade, ter o espaço adequado para todos os profissionais. Eu sou uma atriz e sirvo para fazer qualquer outro tipo de papel”, concluiu a atriz.

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“Estou confirmado, vou fazer”, disse. “Ainda está muito começo, não dá para falar do personagem antes da hora”, acrescentou ele. Bruno vai trabalhar mais uma vez ao lado da atriz Marina Ruy Barbosa. Eles estão em diversas campanhas publicitárias, farão um filme em breve e estarão juntos na novela.

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A atriz Juliana Caldas fala sobre a falta de atores com nanismo na televisão e pede ação. (Foto: Reprodução/Instagram)

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Para o programa TV Fama, Juliana voltou a tocar no assunto. “Eu acho que ainda falta falar mais sobre [o nanismo]. Eu sempre coloquei isso em todas as entrevistas que eu dei, não só com o nanismo, sempre quis englobar outro tipo de deficiência”, disse Juliana.

Por fim, Juliana falou sobre o que espera para seu futuro na televisão. “Eu espero continuar trabalhando, espero, na verdade, ter o espaço adequado para todos os profissionais. Eu sou uma atriz e sirvo para fazer qualquer outro tipo de papel”, concluiu a atriz.

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A atriz Juliana Caldas. (Foto: Reprodução)

Juliana Caldas está muito contente por poder ter participado da novela O Outro Lado do Paraíso e feito sua estreia na TV, além de ter abordado um assunto relevante e de extrema importância para os dias de hoje: o nanismo.

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Para o programa TV Fama, Juliana comemorou abordagem do tema e falou sobre o sucesso do folhetim do autor Walcyr Carrasco. “Só tenho gratidão pelo Walcyr, pelo papel, pelo presente, porque a Estela é um presente pra mim, e acho que também um presente pra todos que têm nanismo que acabou dando essa visibilidade para assunto, para debater, dar voz”, falou ela.

Estela (Juliana Caldas) e Amaro (Pedro Carvalho) em O Outro Lado do Paraíso
(Foto: Globo/Raquel Cunha)

Sobre a reta final da novela, Juliana disse: “Confesso que ainda não caiu a minha ficha que a gente está fazendo essa despedida. Como estamos trabalhando todo dia, a ficha ainda não caiu. Quando eu gravei a última cena na casa da Estela, só lá que eu me toquei. Quando cair [a ficha] pra mim, eu vou sentir muito”, revelou.

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O Outro Lado do Paraíso fica no ar até a próxima sexta-feira (11), com capítulos inéditos. No sábado, 12, acontece a reprise e, na segunda-feira (14), estreia Segundo Sol, a nova novela das nove.

JULIANA CALDAS REVELA O MOTIVO DE AINDA NÃO ESTAR NAMORANDO

Juliana Caldas vem conseguindo melhorar a sua aceitação como atriz perante o público na novela O Outro Lado do Paraíso. Vivendo a personagem Estela, Juliana foi alvo de críticas por conta de sua atuação e teve a história alterada.

Para o programa TV Fama, a atriz comentou sobre a importância e sucesso da novela contra qualquer tipo de preconceito contra o nanismo.  “Espero que realmente abram-se portas para falar sobre o assunto, sobre o nanismo, para as pessoas respeitarem essa deficiência”, disse.

Já sobre a vida pessoal, Juliana – que já negou ter tido qualquer tipo de relacionamento com o anão Marquinhos da Record – revelou o motivo de não estar procurando um namorado. “Não via respeito tanto na rua quanto no sentido profissional e isso mudou. Isso é a melhor coisa para mim do que ficar pensando se vou ou não arrumar alguém.”

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A novela O Outro Lado do Paraíso se aproxima de sua reta final, mas Walcyr Carrasco pode bater no peito e dizer que sua missão foi cumprida. Além dos bons índices de audiência o autor conseguiu relatar na trama diversos assuntos que ainda são tratados de forma preconceituosa pela sociedade: racismo, homofobia e a questão do nanismo.

Essa última, por sinal, teve como carro-chefe a excelente atuação de Juliana Caldas, que na história dá vida a personagem Estela. Durante entrevista concedida à revista Quem, a atriz falou sobre o assunto e enalteceu o novelista por abordar com tanta propriedade e naturalidade sobre o nanismo em um folhetim do horário nobre da Globo.

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“Gostaria de levar a abordagem do nanismo a sério à TV. Somos seres humanos iguais, merecemos respeito, temos que ter inclusão. Com a novela, conseguimos dar alguns passos. Tenho recebido muitas mensagens”, disse ela. “O preconceito, infelizmente, ainda acontece e ainda é recorrente com muita gente. Não acabamos com o preconceito, mas trouxemos o assunto para discussão. Fico feliz com a abordagem”, prosseguiu Juliana Caldas.

A atriz ainda contou que seu papel foi tratado com seriedade por Walcyr Carrasco. “O autor e o diretor me deixaram bem claro que a abordagem não teria humor, ou melhor, piadinha. Existiu humor na personagem, mas não existiu piada. Combinamos a risada seria diferente. É importante fazer as cenas com certa leveza”, relatou ela.

Juliana Caldas falou ainda sobre a cena do casamento de Estela. “Nunca imaginei fazer uma cena assim. Fiquei ansiosa para saber como seria o vestido. Conversei com as meninas do figurino para tirar algumas dúvidas de como seria a peça, a galera fez um suspense… Vi um dia antes da gravação, já à noite. O vestido era muito a cara da Estela. A ansiedade rolou solta”, contou.

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