Em 1990, o Brasil se rendia as graças da personagem Juma Marruá.

Apesar de só aparecer na segunda fase de “Pantanal”, escrita por Benedito Ruy Barbosa e exibida em horário nobre pela extinta TV Manchete, Juma Marruá interpretada por Cristiana Oliveira roubou a cena e se tornou ‘sensação’ na época.

O seu jeito selvagem em longos cabelos foi eternizada como uma das personagens mais marcantes da história da TV brasileira. A protagonista de “Pantanal”,  foi o segundo trabalho de Cristiana Oliveira na televisão e a despontou para status de estrela da teledramaturgia, seguindo para a Globo em seguida e fazendo outros papéis principais.

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Após 32 anos, a Globo revive a novela através do remake de “Pantanal”, assinado por Bruno Luperi que é neto do criador da obra original. A trama estreou repleta de elogios do público na última segunda-feira (28), e fará história novamente, só que no horário nobre da emissora carioca.

Em recente entrevista para o portal ‘Aventuras na História’, Cristiana Oliveira relembrou com carinho sobre a personagem que a fez ficar conhecida nacionalmente.

“Eu acho que tinha muito da Cristiana na Juma. Não sei explicar exatamente o que tinha da Cristiana na Juma, mas tinha. Era uma personagem na qual me senti muito confortável fazendo, mesmo na minha inexperiência, na minha falta de experiência. Mas eu vivi a Juma. É como se ela realmente existisse, como se não fosse ficção e eu estivesse contado a história de uma mulher e ela fosse parte daquilo. E ela era parte daquilo”, recordou a intérprete de Juma Marruá na primeira versão de “Pantanal”.

JUMA PASSOU POR VÁRIOS ‘PERRENGUES’

Como toda mocinha de novela, Juma Marruá passou por vários perrengues durante a sua trajetória. Porém, a sua intérprete, Cristiana Oliveira também passou por maus bocados, onde quase foi fisgada por um jacaré durante as gravações de “Pantanal”.

Outro perrengue de Cristiana Oliveira, foi quando a estrela precisou superar o medo e montar sobre um cavalo, animal na qual ela morria de medo.

De acordo com a eterna Juma, o realismo disseminado pela figura da personagem fazia com que o público acreditasse que ela realmente estava andando a cavalo, quando sequer conseguia trotar, e fez questão de frisar que aprendeu a cavalgar para interpretar Selena, em “Corpo Dourado” (1998), mas recusaria um novo convite aos 58 anos.

“Aquela coisa do quadril que ensinam em hípica, eu não sei trotar. Então tinha que ser outro tipo de cavalo. Um dos diretores falava: ‘corre com o cavalo’. E eu respondia: ‘não, não estou afim de correr não’. E ele disse: ‘mas precisa correr’. Então eu falei: ‘ta bom’. Bati o pé com todo carinho do mundo e ele deu uma corrida. Então eles aproveitaram e cortaram a cena. Eu nunca gostei”, revelou Cristiana Oliveira.

Cristiana Oliveira na pele de Juma em ‘Pantanal’ (Foto: Reprodução / Internet)

ENCONTRO DE ‘JUMAS’

Com a nova versão de “Pantanal”, na Globo a atriz fez questão de conhecer Alanis Guillen, que se tornou a protagonista do remake da emissora carioca.

Além de ter elogiado a escolha da atriz, na última sexta-feira (25), o “Globo Repórter”, exibiu o encontro das intérpretes de Juma Marruá nos Estúdios Globo, onde os barracos pantaneiros foram reproduzidos pela cenografia.

Questionada sobre conselhos que teria dado a mais nova Juma Marruá, ela frisou que “não tem domínio” sobre a personagem, mas chegou a enviar uma mensagem privada, através do Instagram, para Alanis Guillen, antes mesmo de ser confirmada no papel.

“‘Olha Alanis, que ninguém me escute, tem várias ótimas várias atrizes concorrendo ao papel, mas a minha torcida é por você. Eu sinto alguma coisa em você que eu não sei explicar’. Meu coração sentiu aquilo e quando eu a conheci, comprovei. Ela vai fazer uma Juma lindamente, ela é a própria Juma, não vai ter dificuldade”, elogiou Cristiana Oliveira.

Apesar de estar sem contrato com nenhuma emissora, Cristiana Oliveira contou que não foi convidada para assumir um personagem no remake, mas disse que foi chamada para fazer ações internas com o elenco e direção, além de contar as três personagens que gostaria de fazer caso fosse convidada. “Bruaca, Filó e a Maria Marruá”, disse a estrela da primeira versão de “Pantanal”.

Cristiana Oliveira e Alanis, Jumas de ‘Pantanal’ em encontro nos Estúdios Globo (Foto: Reprodução / Instagram)

O QUE ACONTECE COM JUMA NO FINAL DA NOVELA?

Em seu 216º e último capítulo, o folhetim se desenrolou entre os protagonistas da novela, em especial ao personagem Joventino, o Jove, que foi interpretado originalmente por Marcos Winter.

Mas Juma contribuiu dando um desfecho emocionante para “Pantanal”. A selvagem teve um final feliz com Jove, seu par romântico na trama, que durante a novela tiveram o amor ‘colocado em prova’, por conta de suas diferenças socioculturais, principalmente pelo período onde o playboy se afastou da vida rural. Porém, se unem oficialmente em casamento e ainda têm uma filha. Um final digno dos grandes novelões!

Curiosamente, a filha de Jove e Juma na versão original de “Pantanal”, que só aparece na reta final da novela, é interpretada por uma atriz que seria nacionalmente conhecida posteriormente: a personagem Maria Marruá Leôncio era interpretada pela pequena Leandra Leal, cuja mãe, Ângela Leal, também participou da obra original de Benedito Ruy Barbosa.

Personagens ‘Juma’ e ‘Jove’ em cena de ‘Pantanal’ (Foto: Reprodução / Internet)

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A novela “Pantanal”, é a principal aposta da Globo, para alavancar a audiência do seu horário nobre.

O remake de “Pantanal”, que estreou nesta segunda-feira (28), assinado por Bruno Luperi no horário nobre da Globo, nada mais é do que a adaptação de um grande sucesso de Benedito Ruy Barbosa, exibido originalmente na TV Manchete em 1990. A novela também foi reprisada pelo SBT em 2008, tendo grande êxito.

Pensando no saudosismo dos fãs da novela e também em surpreender as novas gerações, a Globo apostou alto em “Pantanal”, para consolidar a sua dramaturgia no ano de 2022.

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Pensando nisso, o TV FOCO, relembra a história da versão original e para quem ama spoilers: O final da novela!

HISTÓRIA DE ‘PANTANAL’

Apesar de Juma Marruá (Cristiana Oliveira) ser uma personagem marcante da trama, José Leôncio (Paulo Gorgulho/Cláudio Marzo) era o protagonista da novela. Ele vivia um triângulo amoroso com Madeleine (Ingra Lyberato/Ittala Nandi) e Filó (Tânia Alves/Jussara Freire) e abandonava o Pantanal para morar no Rio de Janeiro, depois que o seu pai desapareceu.

Na segunda fase de Pantanal, Zé Leôncio retorna para sua terra natal, e Joventino Neto (Marcos Winter), filho dele com Madeleine, vai em busca do homem para que ele fosse reconhecido como seu herdeiro. Os atritos entre os dois vieram à tona e o jovem retornou para o Rio de Janeiro, levando consigo sua paixão arrebatadora por Juma Marruá. Porém a mudança do campo para a cidade causou estranhamento na moça, e os dois decidiam voltar novamente para o Pantanal.

Histórias paralelas com pegadas sobrenaturais também fizeram sucesso com os telespectadores. Além de Juma Marruá, que virava onça, também existia o Velho do Rio (Cláudio Marzo), que era um personagem misterioso que surgia do nada para moradores do local, e o peão Trindade (Almir Sater), repleto de profecias.

FINAL DA NOVELA

Na versão original, como a maioria dos finais de novela, tem desfechos felizes, mas a trama é repleta de mortes. Juma se casa com Jove, e eles têm uma filha. Maria Bruaca (Ângela Leal) se livra do marido embuste. Tenório (Antônio Petrin) é assassinado, e ela e fica com Alcides (Ângelo Antônio).

Outros casais também têm seu final feliz: Trindade (Almir Sater) e Irma (Carolina Ferraz/Elaine Cristina) e Tibério (Sérgio Reis) e Muda (Andréa Richa).

Após o casamento com Filó, José Leôncio morre. Ele começa a ter fortes dores no peito, sofre um infarto e não resiste. No encerramento, ele fica cara a cara com o seu pai desaparecido, transformado em Velho do Rio.

Personagens de ‘Pantanal’ em sua primeira versão (Foto: Reprodução / Internet)

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“Pantanal”, teve uma estreia bastante elogiada.

A novela que marca o conceito da nova direção de dramaturgia da Globo surpreendeu as expectativas. O remake de “Pantanal”, assinado por Bruno Luperi teve uma fotografia cinematográfica e uma estreia com atuações elogiáveis. Veja o que rolou no primeiro capítulo exibido na última segunda-feira (28).

A novela destacou a relação entre pai e filho. Os passos de José Leôncio (Drico Alves/Renato Góes/Marcos Palmeira) na lida com o gado foi o tronco do folhetim. Joventino (Irandhir Santos) até levou o filho, já adolescente, para perder a virgindade por uma profissional do sexo, como acontecia antigamente. Fora os protagonistas, somente o drama de Maria Marruá (Juliana Paes) foi apresentado no primeiro capítulo da nova novela das nove.

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Mas quem se destacou mesmo foi a natureza com cenas que mostraram o Pantanal sul-mato-grossense. Para quem acompanhou “Pantanal”, em 1990, na extinta TV Manchete (1993-1999), a nostalgia bateu forte.

Paulo Gorgulho, que interpretou José Leôncio jovem na obra original, onde foi o “gatilho” ao fazer uma participação especial na estreia da novela como Ceci, um peão idoso que entregou seu berrante e seu legado a Joventino.

Grande parte do episódio mostrou como funciona uma comitiva de peões atravessando país adentro com rebanhos de gados. Também se destacou os sons da natureza acompanhado de fotografias deslumbrantes de pastos verdes e boiadas.

Renato Góes interpreta José Leôncio jovem na novela ‘Pantanal’; estreia focou em pai e filho (Foto: Reprodução / Globo)

‘PANTANAL’ FOGE DO LUGAR-COMUM

A novela também foge do lugar-comum dos últimos folhetins. Os homens estão no foco das atenções. Joventino e José Leôncio são os astros de “Pantanal”. A mãe de Juma (Alanis Guillen) surgiu com alta carga dramática juntamente com sua família. Casada com Gil (Enrique Diaz), ela incentiva o esposo e o filho, Chico (Túlio Starling), a lutarem para defender suas terras em Sarandi, no Paraná.

Eles descobrem que vão ser expulsos, porque os documentos que possuem não valem nada. A decisão de continuar nas terras terá um preço altíssimo: Chico será assassinado no confronto com os grileiros.

As ótimas atuações de Irandhir Santos e Juliana Paes foram citadas pelos internautas, onde ambos acertaram o tom de seus respectivos personagens. A intérprete de Maria Marruá nada tinha de Maria da Paz, a protagonista que fez por último no horário nobre em “A Dona do Pedaço” (2019).

Sua Maria Marruá é uma heroína, sofrida demais, com semblante de quem já perdeu a esperança faz muito tempo. Já Santos, que estava careca em Amor de Mãe (2019), na pele do vilão Álvaro, deu um show ao caçar um marruá ao se enfiar no meio do mato sozinho. O ator e o touro tiveram cenas memoráveis, com closes, no embate que praticamente encerrou o primeiro capítulo.

Gil (Enrique Diaz) e Maria (Juliana Paes) chegam ao Pantanal na chalana de Eugênio (Almir Sater) (Foto: Reprodução / Globo)

AUDIÊNCIA DA NOVELA

A novela original criada por Benedito Ruy Barbosa chegou a ter pico de audiência de 30 pontos na Grande São Paulo, de acordo com dados prévios informados pelo Notícias da TV. A média de “Pantanal”, por enquanto, atingiu 27,8 pontos. Os números consolidados serão divulgados nesta terça-feira (29).

A audiência apesar de alta, não é espetacular. Porém, representa um ótimo resultado porque “Um Lugar ao Sol”, sua antecessora, derrubou os números da faixa nobre da Globo desde que estreou em novembro de 2021 e não consegui ter uma média assim em seus 119 capítulos.

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Cristiana Oliveira ficou eternizada como Juma Marruá na primeira versão de ‘Pantanal’

Juma Marruá sem dúvidas é o maior papel da carreira de Cristiana Oliveira, a personagem era a protagonista de ‘Pantanal’ exibida na década de 90, após cair no gosto popular é lembrada com carinho até hoje pelos telespectadores. A partir da próxima segunda-feira, 28 de Março, a TV Globo vai estrear o remake do folhetim e dessa vez, quem viverá a mocinha será Alanis Guillen.

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A decisão da TV Globo em escalar Alanis Guillen como protagonista foi arriscada, isso porque mesmo após atuar em “Malhação”, a atriz ainda não era tão conhecida do público. A contratada da emissora revelou nos últimos dias, durante entrevista para o Gshow o maior desafio que tem enfrentado ao pegar o papel que foi de Cristiana Oliveira: “O maior desafio é se manter cada dia mais fiel à ela (Juma), a mim, aos meus sentimentos. Há toda esta comparação com a outra versão. Tentar fugir deste comparativo para ir para este lugar onde a Juma quer me levar”.

Alanis Guillen contou ainda que estudou bastante para viver a personagem: “É inevitável se voltar para a primeira versão, entender este universo. Eu não era nascida na época, não fazia ideia do que foi esta novela. Foi inevitável revisitar e entender. É uma novela diferente, em uma época diferente, um Brasil diferente. Não se manter apegado ao que foi é a melhor maneira de encontrar na gente como contar esta história. Focar no aqui e agora, nestes novos corpos”, disse a atriz, que já chegou até a se encontrar pessoalmente com Cristiana Oliveira.

INTUIÇÃO

Durante entrevistas, a interprete da primeira Juma Marruá revelou sua intuição sobre a nova versão de “Pantanal”: “Eu passei realmente o bastão para ela e com o maior orgulho. Estou torcendo muito por ela, de verdade. É uma intuição minha de que ela vai fazer muito bem, do jeito dela. Ela vai dar a assinatura dela”, concluiu Cristiana Oliveira.

Cristiana Oliveira fez sucesso sendo a primeira Juma Marruá (Foto: reprodução)

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