Falência, calote de R$ 100 milhões e fechamento de 63 lojas marcam o adeus de varejista gigantesca no Brasil após 55 anos

Após 55 anos de atuação no Brasil, uma das maiores varejistas do país encerrou suas atividades, deixando um rastro de dívidas que ultrapassam R$ 100 milhões e forçando o fechamento de 63 lojas e falência.

A crise financeira, agravada por uma sequência de decisões equivocadas e dificuldades no setor, resultou na falência da empresa, surpreendendo consumidores e abalando o mercado.

O TV Foco, a partir do seu time de especialistas e das informações do UOL, detalha agora a triste falência da Lojas Brasileiras, conhecidas por Lobras.

Falência de grande varejista

Fundada em 1944 por Adolfo Basbaum, a Lojas Brasileiras, também conhecida como Lobras, emergiu como uma proeminente rede de lojas de departamentos no Brasil.

Inspirada no modelo das Lojas Americanas, a Lobras buscou atender ao público brasileiro com uma variedade de produtos a preços acessíveis.

Contudo, a rivalidade entre as duas empresas era evidente, com unidades frequentemente localizadas próximas umas das outras em diversas cidades.

Lobras

Em 1982, a família Goldfarb, proprietária das Lojas Marisa, adquiriu o controle acionário da Lobras. Sob essa nova administração, as duas marcas coexistiram, com a Lobras focada em departamentos variados e a Marisa direcionada à moda feminina.

No entanto, nos anos 1990, a Lobras enfrentou desafios financeiros significativos. A estabilização econômica proporcionada pelo Plano Real dificultou a prática de reajustes frequentes de preços, uma estratégia anteriormente utilizada para compensar prejuízos.

Contudo, consequentemente, a empresa acumulou uma dívida de aproximadamente R$ 100 milhões.

Falência

Em 1999, após anos de dificuldades financeiras, a Lojas Brasileiras encerrou suas atividades, fechando 63 unidades em 20 estados e resultando na demissão de cerca de 6.000 funcionários.

Além disso, a decisão visava preservar a saúde financeira do grupo, permitindo que a Marisa continuasse suas operações sem o peso das dívidas da Lobras.

A trajetória da Lobras reflete os desafios enfrentados por muitas empresas de varejo durante as transformações econômicas do Brasil nas décadas de 1980 e 1990.

A incapacidade de adaptação às novas realidades econômicas e a concorrência acirrada contribuíram para o declínio de diversas redes tradicionais.

Quais fatores que contribuíram para a falência da Lobras?

• Estabilização econômica: O Plano Real reduziu a inflação, limitando a capacidade de reajuste de preços.
• Concorrência: A presença de outras grandes redes de varejo aumentou a competição.
• Gestão financeira: Dificuldades na administração das finanças levaram ao acúmulo de dívidas.

CONCLUSÃO 

Por fim, em retrospecto, a queda da Lobras destaca a necessidade de estratégias empresariais flexíveis e proativas.

No entanto, a capacidade de antecipar tendências, ajustar modelos de negócios e manter uma gestão financeira sólida são cruciais para a sustentabilidade no competitivo mercado varejista brasileiro.

Veja também matéria especial sobre: Calote de R$ 65M e falência decretada: O fim de empresa gigantesca, rival n°1 das Casas Bahia, após 36 anos.

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Uma varejista gigante do Brasil acabou fechando as portas em meio a uma dívida de R$ 100 milhões. A empresa, vale dizer, acabou sendo engolida pela Marisa

Abrir um negócio não é uma das tarefas mais fáceis do mundo. Isso porque uma série de situações pode levar ao fim de um grande empreendimento. Nessa matéria, por exemplo, falaremos sobre uma grande varejista que acabou fechando as portas no Brasil em meio a uma dívida de nada mais, nada menos do que R$ 100 milhões. Além disso, a marca em questão acabou sendo engolida pela Marisa.

Para quem não sabe, estamos falando sobre Lojas Brasileiras (Lobrás). A varejista foi uma rede de lojas de departamento que ficou famosa por concorrer diretamente com as Lojas Americanas. Durante longos anos, as duas empresas competiram diretamente. Inclusive, as estratégias de vendas eram tidas como idênticas, o que tornava a disputa entre as marcas muito mais acirrada.

De acordo com informações do portal O Progresso, as Lojas Brasileiras (Lobrás) já chegou a contar com 63 lojas espalhadas por 20 estados brasileiros. Entretanto, em 1982, as redes passaram ao controle da família Goldfarb, que já era proprietária das Lojas Marisa. Contudo, em 1999, a famosa rede varejista encerrou as atividades por causa de uma dívida de cerca de R$ 100 milhões.

Segundo informações do portal Economia, do UOL, nessa época, a rede empregava cerca de 6.000 pessoas e tinha 63 unidades espalhadas por 20 estados do Brasil. Nos anos 1990, os problemas de gestão da Lobras se agravaram. Isso tudo acabou sendo impulsionado pela mudança para o Plano Real. Isso porque antes da aprovação, as empresas de varejo tinham uma estratégia.

A Lobras, por exemplo, compensava os prejuízos aumentando com frequência os preços das mercadorias. Como os preços mudavam a todo momento, os consumidores não percebiam a manobra. Depois do Plano Real, que trouxe estabilidade econômica, a prática ficou mais difícil. Assim, a família Goldfarb preferiu fechar as Lojas Brasileiras e manter apenas as Lojas Marisa.

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Qual a diferença entre falência e recuperação judicial?

Segundo informações do portal Vem Pra Dome, ambos os institutos têm como objetivo a satisfação de dívidas de uma empresa. Contudo, a principal diferença está na continuidade ou não do empreendimento.

No caso da recuperação judicial, se ganha tempo para recuperar a capacidade de gerar resultados na empresa. Por outro lado, na falência, não existe a reestruturação do negócio e ele acaba fechando as portas.

A ideia por trás da recuperação judicial é manter o negócio ativo, gerando empregos e possibilitando que a empresa consiga pagar as suas dívidas. Na falência, ocorre o encerramento do negócio, que é considerado irrecuperável.

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Gigantes do Varejo que batiam de frente com a Casas Bahia, sucumbiram a falência e dividas bilionárias

Em um capítulo sombrio para o varejo brasileiro, três gigantes do setor enfrentam um desfecho devastador. Uma dívida astronômica de R$1 bilhão, arrematada pela Casas Bahia, a falência de uma icônica empresa.

Esse acontecimentos marcaram o fim de uma era de opulência e prosperidade.

A Mesbla, que marcou a infância de muitos brasileiros, foi uma das maiores redes de lojas de departamento do país.Fundada em 1912, a empresa se expandiu rapidamente e chegou a ter mais de 300 lojas em todo o Brasil.

A Mesbla foi fundada pelo francês Louis La Saigne, que abriu a primeira loja no Rio de Janeiro. A empresa se expandiu rapidamente nas décadas de 1940 e 1950, se tornando uma das maiores redes de lojas de departamento do Brasil.

A partir da década de 1980, a Mesbla começou a enfrentar dificuldades financeiras. A concorrência com outras redes de lojas, como Casas Bahia e Lojas Americanas, se intensificou, e a empresa não conseguiu se adaptar às mudanças do mercado.

Em 1999, a Mesbla decretou falência, após anos de declínio. As lojas foram fechadas e milhares de funcionários perderam seus empregos.

Contudo, de acordo com o UOL, em 2022, a Mesbla voltou a operar, mas agora como um marketplace online. O site da empresa oferece uma variedade de produtos, desde roupas e eletrônicos até móveis e eletrodomésticos. 

A volta da Mesbla foi comemorada por muitos consumidores que sentiam saudades da marca.

Lojas Brasileiras (Lobras)

As Lojas Brasileiras, também conhecidas como Lobras, marcaram época no varejo brasileiro entre 1944 e 1999.Fundada pelo visionário Adolfo Basbaum, a empresa se consolidou como uma das principais redes de lojas de departamento e variedades do país, competindo diretamente com as Casas Americanas.

Em 1944, Adolfo Basbaum, imigrante judeu austríaco, fundou a primeira loja Lojas Brasileiras em São Paulo. Com um modelo inovador para a época, a loja oferecia grande variedade de produtos a preços competitivos, além de um atendimento diferenciado.

A empresa se expandiu rapidamente, abrindo lojas em diversas cidades brasileiras. A Lobras se destacava pela variedade de produtos, desde itens básicos até artigos de luxo, e por suas campanhas publicitárias criativas e marcantes.

A partir da década de 1980, a Lojas Brasileiras começou a enfrentar desafios. A concorrência com outras redes, como Casas Bahia e Lojas Americanas, se intensificou, e a empresa não conseguiu se adaptar às mudanças do mercado com a mesma rapidez.

Mas segundo dados do Wikipédia, em 1999, após anos de luta contra as dificuldades financeiras, a Lojas Brasileiras decretou falência. As lojas foram fechadas e milhares de funcionários perderam seus empregos. O encerramento da empresa marcou o fim de uma era de ouro do varejo brasileiro.

Ultralar

A Ultralar, fundada em 1956 por Ernesto Igel, foi uma das pioneiras no setor de grandes magazines no Brasil. Com um modelo inovador e focado na experiência do cliente, a empresa se destacou no mercado por décadas, se tornando referência em qualidade, variedade e atendimento.

A primeira loja da Ultralar foi inaugurada na Avenida São João, em São Paulo, com o nome de Ultralar & Lazer S.A.. A loja era um verdadeiro diferencial para a época, oferecendo uma ampla variedade de produtos, desde móveis e eletrodomésticos até roupas e brinquedos.

Ultralar se expandiu rapidamente, abrindo lojas em diversas cidades brasileiras. A empresa se destacava pela modernização de suas lojas, pela qualidade dos seus produtos e pela constante busca por inovações.

Contudo, a partir da década de 1980, a Ultralar começou a enfrentar uma forte concorrência com outras redes de varejo, como Casas Bahia e Lojas Americanas.

Segundo a CNN Brasil, a crise econômica da década de 1990 agravou a situação da empresa, que acumulou dívidas e teve que fechar algumas lojas.

Em 2000, após anos de luta contra as dificuldades financeiras, a Ultralar decretou falência. As lojas foram fechadas e milhares de funcionários perderam seus empregos.

Quem paga as dívidas de uma empresa que teve falência decretada?

Quando uma empresa tem falência decretada, seus bens são vendidos para pagar as dívidas.

Os recursos obtidos são usados para quitar as obrigações seguindo uma ordem de prioridade: despesas do processo falimentar, dívidas trabalhistas e tributárias, e, por fim, credores quirografários. Se os bens não forem suficientes, os credores podem não receber o valor total devido.

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