lojas de departamento - TV Foco O TV Foco desde 2006 leva as melhores notícias da tv para milhares de brasileiros todos os dias. Tudo sobre tv e famosos, novelas, realities. Wed, 08 Oct 2025 05:19:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://statics.otvfoco.com.br/2020/01/cropped-favicon-32x32.png lojas de departamento - TV Foco 32 32 Falência: Qual rede de eletrodomésticos sumiu do mapa após ser engolida pela Casas Bahia? https://tvfoco.uai.com.br/loja-eletrodomesticos-faliu-engolida-casas-bahia/ Wed, 08 Oct 2025 10:45:00 +0000 https://tvfoco.uai.com.br/?p=2495905 Pioneira no varejo de eletrodomésticos teve a falência decretada e foi absorvida pela Casas Bahia após crise devastadora Durante décadas, o setor de eletrodomésticos exerceu papel essencial no desenvolvimento econômico e social do Brasil. Afinal de contas, as grandes redes varejistas popularizaram o acesso a bens de consumo duráveis, impulsionaram o crédito e transformaram o […]

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Pioneira no varejo de eletrodomésticos teve a falência decretada e foi absorvida pela Casas Bahia após crise devastadora

Durante décadas, o setor de eletrodomésticos exerceu papel essencial no desenvolvimento econômico e social do Brasil. Afinal de contas, as grandes redes varejistas popularizaram o acesso a bens de consumo duráveis, impulsionaram o crédito e transformaram o ato de comprar em um símbolo de ascensão social.

Entre esses nomes, destacou-se a Ultralar, uma das pioneiras do varejo moderno e símbolo de uma época em que o consumo e o progresso caminhavam juntos.

Fundada em 1956 por Ernesto Igel, também criador da Ultragaz, a Ultralar nasceu com a missão de popularizar o fogão a gás, um produto (por incrível que pareça) ainda restrito à elite, para fortalecer o mercado de gás de cozinha, principal negócio do grupo.

Felizmente, o projeto deu certo e, em pouco tempo, a empresa se tornou referência nacional em eletrodomésticos e itens para o lar, construindo uma imagem sólida e inovadora no mercado.

No entanto, o que começou como uma história de sucesso exemplar terminou com falência decretada pela Justiça e absorção pela Casas Bahia, no início dos anos 2000.

O colapso da Ultralar expôs o impacto das mudanças estruturais no varejo e encerrou um dos capítulos mais emblemáticos da história comercial brasileira.

Sendo assim, baseados em informações do portal Wiki, Estadão, Diário do Grande ABC, Varejo em Dia e registros publicados da 6ª Vara de Falências e Concordatas do Rio de Janeiro, mergulhamos novamente nessa história e trazemos todos os detalhes desse adeus abaixo.

Do fogão à fama

Conforme destacamos acima, a criação da Ultralar marcou um ponto de virada no comércio brasileiro. Ernesto Igel percebeu que o crescimento da Ultragaz dependia diretamente da expansão do uso doméstico do fogão a gás.

A solução foi simples e estratégica: abrir lojas que vendessem os fogões e demais utensílios domésticos, fortalecendo o consumo do principal produto da empresa.

Com o tempo, as Lojas Ultralar se tornaram símbolo de modernidade e eficiência.

O slogan “Na Ultralar dá pé” entrou para o imaginário popular e consolidou a marca como uma das mais lembradas do país.

Nos anos 60, a rede passou a patrocinar o telejornal Ultra Notícias, exibido na TV Tupi, reforçando sua presença nacional.

Em 1970, suas ações chegaram a integrar o Índice Bovespa (Ibovespa) até 1973, o que demonstrava a força e o reconhecimento do grupo no mercado financeiro.

Um salto ousado

Em 1974, a Ultralar expandiu seu modelo de negócios e inaugurou o Ultracenter Ultralar, na Marginal Pinheiros, em São Paulo.

O empreendimento seguia a tendência dos grandes magazines e misturava loja de eletrodomésticos com centro de compras, em formato de hipermercado.

O projeto, embora ambicioso, exigia capital e operação complexa.

Apenas um ano depois, em 1975, o grupo vendeu o Ultracenter ao Carrefour, que acabava de chegar ao Brasil, atraído pelo potencial de consumo e pela pouca concorrência nacional.

O episódio simbolizou o início de uma fase de reavaliação estratégica dentro do Grupo Ultra.

Reestruturações e venda da operação

A partir dos anos 80, o Grupo Ultra decidiu concentrar esforços em seus segmentos principais: gás e petroquímica.

Mas, com isso, se iniciou uma política de desinvestimento.

Dentro dessa estratégia, a rede Ultralar, com 44 lojas distribuídas entre:

  • São Paulo;
  • Rio de Janeiro;
  • Rio Grande do Sul.

Posteriormente, foi vendida ao Grupo Susa Vendex, resultado da fusão entre:

  • Victor Malzoni;
  • O grupo holandês Vendex;
  • Também controlador das lojas Sandiz e Sears.

Sob a nova gestão, a marca adotou o nome Ultralar & Lazer, incorporando lojas da Sears e buscando atrair novos perfis de consumidores.

Contudo, as mudanças não sustentaram a operação.

Com a dissolução da parceria entre Malzoni e Vendex no início da década de 1990, a administração se fragmentou, e concorrentes como Casas Bahia e Ponto Frio dominaram o mercado.

Além disso, a hiperinflação e as constantes trocas de moeda reduziram o poder de compra da população e aumentaram significativamente os custos operacionais das empresas.

Como dois mais dois é quatro, as dificuldades financeiras começaram a se acumular, e a Ultralar não conseguiu acompanhar o ritmo de transformação do varejo.

Dívidas e falência decretada

No início dos anos 2000, com apenas 17 lojas em funcionamento, a Ultralar já enfrentava grave crise financeira.

Essa situação chegou ao limite em 8 de maio de 2000, quando o juiz Marcel Laguna Duque Estrada, da 6ª Vara de Falências e Concordatas do Rio de Janeiro, decretou oficialmente a falência da Ultralar.

A Anis Razuk Indústria e Comércio Ltda., fornecedora paulista de produtos de cama e mesa, moveu em 25 de outubro de 1999 ação cobrando dívida de R$148,2 mil.

A decisão judicial encerrou uma trajetória de quase meio século e deixou evidente a dificuldade da rede em se adaptar às novas dinâmicas de crédito e de consumo.

Inclusive, o Diário do Grande ABC noticiou amplamente o colapso financeiro e destacou que a empresa não conseguiu liquidar suas dívidas nem manter suas operações.

Até o encerramento do processo, não foram encontradas declarações públicas sobre o caso de falência.

Nenhuma defesa ou posicionamento formal foi divulgado à imprensa ou anexado ao processo judicial. No entanto, embora o passar do tempo, o espaço segue em aberto para possíveis manifestações.

O que aconteceu com o que sobrou da Ultralar?

Pouco antes da falência, a Ultralar tentou vender suas operações para evitar o fechamento.

Houve negociações com o Ponto Frio e a Casas Bahia, mas apenas a segunda avançou.

Em maio de 2000, já sob intervenção judicial, a Casas Bahia adquiriu integralmente a Ultralar, incorporando todas as suas lojas e ativos.

A operação marcou a absorção total da rede, ou seja, fez com que ela fosse engolida pela varejista e, assim, sumir de vez do mapa.

A transação consolidou a Casas Bahia como maior varejista de eletrodomésticos do país e reforçou sua liderança em um setor em transformação tecnológica e financeira.

A Casas Bahia não emitiu comunicado público específico sobre a compra das unidades da Ultralar na época, e não foram localizadas manifestações oficiais sobre a incorporação.

Por fim, a falência da Ultralar não se limitou a um problema administrativo. Ela marcou o fim de uma era do varejo brasileiro, quando grandes magazines, antes sustentados pela confiança do consumidor, sucumbiram à revolução do crédito.

 Mas, para mais histórias como essa, clique aqui*.

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Falência e portas fechadas para sempre: 3 gigantes queridinhas das donas de casa têm fim devastador no país https://tvfoco.uai.com.br/falencia-e-3-gigantes-no1-donas-casa-fim-devastador/ Mon, 27 Jan 2025 10:30:00 +0000 https://www.otvfoco.com.br/?p=2326942 Três varejistas queridinhas fecham as portas após anos de tradição e deixam milhares de donas de casa sem chão com a notícia Não é de hoje que o cenário varejista enfrenta dificuldades e desafios para se manter em pé em meio a crises. No entanto, na década de 90, isso era ainda mais recorrente. Afinal […]

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Três varejistas queridinhas fecham as portas após anos de tradição e deixam milhares de donas de casa sem chão com a notícia

Não é de hoje que o cenário varejista enfrenta dificuldades e desafios para se manter em pé em meio a crises. No entanto, na década de 90, isso era ainda mais recorrente.

Afinal de contas, muitas coisas contribuíam para isso na época, entre elas o período da estabilização da nossa moeda, a qual, entre altos e baixos, acabou devastando gigantes que conquistaram sobretudo o coração de milhares de donas de casa.

Falando nisso, com base no canal do YouTube Raridades e na Folha de S.Paulo, a equipe especializada em economia do TV Foco traz ao menos três casos de varejistas gigantes que, após uma trajetória de sucesso, deram um adeus devastador:

  • Lojas Arapuã;
  • Ultralar;
  • Jumbo Eletro.

Arapuã

Fundada ainda em 1957 na cidade de Lins, interior de São Paulo, por George Wilson Simão Jacob, descendente de libaneses, a Arapuã iniciou suas atividades como uma modesta loja de rádios e televisores.

Ao longo das décadas seguintes, a empresa expandiu-se significativamente, alcançando o auge nos anos 1980 e 1990, com 265 pontos de venda em todo o país.

A Arapuã tornou-se uma referência no setor de eletrodomésticos, oferecendo uma ampla gama de produtos, como aparelhos de som, televisores, refrigeradores e fogões.

Fachada das lojas Arapuã na década de 90 (Foto: Reprodução Internet)
Fachada das lojas Arapuã na década de 90 (Foto: Reprodução Internet)

Suas campanhas publicitárias marcantes e facilidades de financiamento atraíram especialmente a classe média e baixa.

Isso sem falar no slogan “Arapuã, ligadona em você”, o qual se tornou extremamente emblemático na época.

A crise:

Contudo, a partir da segunda metade da década de 90, a Arapuã enfrentou desafios financeiros decorrentes da:

  • Abertura do mercado brasileiro a produtos importados;
  • Aumento da concorrência e dificuldades na gestão;
  • Rápida expansão e a concessão de crédito facilitada.

Esse combo acabou resultando em uma alta taxa de inadimplência, agravando a situação financeira da empresa.

Houve também uma redução drástica do número de lojas e a diminuição de sua linha de produtos, que comprometeram sua sustentabilidade financeira.

Tentaram recuperar judicialmente a empresa desde 1999, mas não obtiveram sucesso, e o juiz decretou a falência em 2003, com o Superior Tribunal de Justiça confirmando a decisão apenas em 2009.

Ao procurar por declarações ou manifestações da Arapuã, as mesmas não foram encontradas. Porém, o espaço permanece em aberto caso queira se manifestar.

Para saber mais sobre a varejista, clique aqui.*

Rede de Lojas Arapuã teve falência decretada nos anos 2000 (Foto: Reprodução/Jornal Globo)
Rede de Lojas Arapuã teve falência decretada nos anos 2000 (Foto: Reprodução/Jornal Globo)

Ultralar

A Ultralar foi fundada em 1956 como uma extensão da Empresa Brasileira de Gás a Domicílio, posteriormente conhecida como Ultragás.

Inicialmente, a loja tinha o objetivo de comercializar fogões a gás, incentivando o uso desse produto no Brasil e, consequentemente, impulsionando a venda de botijões de gás.

Com o sucesso dessa iniciativa, a Ultralar diversificou seu portfólio, tornando-se uma das principais varejistas do país, com ações listadas na bolsa de valores.

Em 1974, a empresa inaugurou seu primeiro hipermercado, o Ultracenter Ultralar, na Marginal Pinheiros, em São Paulo, e posteriormente vendeu-o ao Carrefour.

Ultralar (Foto Reprodução/Internet)
Ultralar (Foto Reprodução/Internet)

A crise:

Nos anos 90, o Grupo Ultra decidiu focar em suas atividades principais de distribuição de gás, desinvestindo em áreas não relacionadas.

O Grupo Susa Vendex comprou a Ultralar como parte da reestruturação, e também controlava as lojas Sandiz e Sears.

Mas, infelizmente, em maio dos anos 2000, a Justiça decretou sua falência após a empresa enfrentar sérias dificuldades financeiras e não conseguir pagar uma dívida de R$ 148,2 mil, conforme noticiado pelo Diário do Grande ABC.

Entretanto, em meio à situação de falência e sem saída, a Ultralar acabou sendo vendida por completo logo para a sua principal rival, a Casas Bahia, que acabou dominando todos os seus pontos de vendas naquele mesmo ano.

Ao procurar manifestações oficiais das mencionadas neste texto, as mesmas não foram encontradas, porém, o espaço permanece em aberto.

Para saber mais sobre a varejista, clique aqui.*

Jumbo Eletro

Por fim, temos a história do Jumbo Eletro, que remonta aos anos 40, quando os fundadores criaram a Eletro Radiobrás no bairro do Brás, em São Paulo.

Inicialmente dedicada à reparação de rádios e pequenos eletrodomésticos, ela passou a comercializar produtos novos, inaugurando uma grande loja de departamentos de sete andares no mesmo endereço.

Em 1971, diversificando suas operações, a empresa inaugurou seu primeiro hipermercado no bairro da Água Branca, em São Paulo.

http://tvfoco.uai.com.br/wp-content/uploads/2015/05/Daniela-Mercury.jpg
Jumbo Eletro (Foto: Reprodução / Globo)

Cinco anos depois, enfrentando desafios administrativos e financeiros, os proprietários venderam as operações ao Grupo Pão de Açúcar.

Os supermercados da Eletro Radiobrás foram integrados ao Pão de Açúcar, enquanto os hipermercados adotaram a marca Jumbo Eletro.

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Grupo Pão de Açúcar comprou a Eletro Jumbo (Foto: Reprodução/ Internet)

Anos mais tarde, o Grupo Pão de Açúcar reestruturou suas marcas e renomeou o Jumbo Eletro para Extra.

Em 2021, o grupo optou por sair do segmento de hipermercados, vendendo 71 lojas Extra ao Assaí Atacadista.

Ao procurar declarações sobre o ocorrido as mesmas também não foram encontradas. Porém, assim como as demais, o espaço permanece aberto.

Para uma visão mais detalhada sobre essas e outras lojas que marcaram época no Brasil, confira o seguinte vídeo:

Mas, para saber mais informações sobre as varejistas que marcaram a história do país, clique aqui*.

Em qual década houve mais fechamentos de lojas no Brasil?

De acordo com um levantamento da empresa de inteligência geográfica Cortex, publicado pela Folha de S.Paulo em novembro de 2024, nos últimos dez anos (de janeiro de 2014 a agosto de 2024), foram abertas 11,6 milhões de lojas no Brasil, enquanto 7 milhões foram fechados.

  • O que significa que, para cada 10 lojas inauguradas, aproximadamente 6 encerraram suas atividades. As microempresas representaram 88% dos estabelecimentos que fecharam nesse período.
  • O estudo destaca que, nos anos de 2015 e 2018, houve mais fechamentos do que aberturas de lojas.
  • Em 2015, ocorreram 920 mil encerramentos contra 862 mil inaugurações, e em 2018, 1,14 milhões.

Conclusões:

Em suma, gigantes do varejo brasileiro, como Arapuã, Ultralar e Jumbo Eletro, enfrentaram desafios durante a década de 90.

A abertura do mercado, a concorrência acirrada e a dificuldade em administrar a rápida expansão foram fatores cruciais para a falência dessas empresas que, outrora, dominavam o mercado de eletrodomésticos e hipermercados no país.

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