Algumas das montadoras mais famosas do mundo deixaram o Brasil após enfrentarem forte concorrência; relembre

O Brasil é um país fortíssimo em produção e exportação de carros, mas algumas marcas não tiveram sorte no país. Montadoras fortes e consolidadas enfrentaram forte concorrência e abandonaram as terras tupiniquins para evitar um fracasso ainda maior.

A Alfa Romeu é uma dessas marcas. A marca italiana chegou ao Brasil com a intenção de vender uma infinidade de modelos. A fabricação do sedã 2.300 foi sua principal aposta e começou em começou no país em 1974 requisitos bem surpreendentes para a época.

O carro tinha itens como freios a disco nas quatro rodas, motor com dois comandos de válvulas e câmbio de cinco marchas.

A multinacional italiana adquiriu a Fábrica Nacional de Motores (FNM) durante um processo no qual a estatal brasileira foi privatizada pelo regime militar. Houve a compra da montadora localizada em Xerém, distrito de Duque de Caxias (RJ), onde foram produzidos os sedãs 2.000, 2.150 e, finalmente, o o 2.300.

Alfa Romeo 2300 foi sucesso no Brasil (Foto: Divulgação/Fiat)

PARCERIA E FIM

O problema é que a empresa começou a decair no Brasil após o repasse das operações para a Fiat. Em âmbito global, as duas empresas permaneceram independentes por mais algum tempo, passando a integrar o mesmo grupo apenas em 1987. Isso fez com que a Alfa Romeu sumisse do país rapidamente.

O QUE OCORREU COM A MAHINDRA?

A indiana Mahindra também teve história no Brasil. Entre 2007 e 2015, a montadora fabricou modelos no Amazonas, mas não obteve muito sucesso. A concorrência e o preço altíssimo fizeram com que a empresa, que é um sucesso nos Estados Unidos, abandonasse o nosso mercado.

Thar é um dos modelos da montadora Mahindra (Foto: Divulgação/Redes Sociais)

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Relembre a seguir 5 montadoras muito famosas no Brasil e em outros países que deixaram suas produções no país

O Brasil é um forte exportador de carros e concentra uma gama enorme de fábricas por todo o território. O problema é que muitas montadoras gigantes já deixaram o país, como a Ford, que anunciou a saída de terras tupiniquins há pouco tempo.

A Ford produziu carros no Brasil por mais de 100 anos. Com os modelos Ka, Ka Sedan e EcoSport como favoritos do público por muitos anos, a marca fechou as fábricas de Camaçari (BA), onde os veículos eram produzidos, e a linha de motores e transmissões de Taubaté (SP), em 2021.

Com o fim da Ford, a montadora Troller também anunciou sua saída do Brasil. A marca é uma das divisões da empresa americana. Sua fábrica ficava na cidade de Horizonte (CE), e seu surgimento ocorreu em 1994. Com o destaque dos modelos RF Sport e T4, a Ford adquiriu a marca em 2007.

SUCESSO NO EXTERIOR

A Mahindra é uma montadora indiana que teve muitos problemas para se manter no Brasil, tanto é que deixou o país em 2015. Para se ter uma ideia do seu processo de montagem, era necessário importar carrocerias da Índia, montar os veículos em Pouso Alegre (MG), transportar os carros de caminhão até Belém (PA), e depois mandá-los para Manaus (AM), onde as carrocerias eram acopladas ao chassi.

Modelos das marcas Mahindra e Troller (Foto: Reprodução/Quatro Rodas/Autoesporte)

POR QUE MARCAS CONHECIDAS DO PASSADO DEIXARAM O BRASIL?

A Alfa Romeo é uma montadora italiana muito sofisticada que chegou ao Brasil em 1974. Muito moderno, o sedã 2.300 começou a ser controlado pela Fiat três anos após sua chegada ao país. O problema é que sua produção era muito cara e após muitas idas e vindas, a marca deixou as terras tupiniquins de vez em 2006.

O Romi-Isetta foi o primeiro carro nacional. Produzido pela empresa italiana Iso Automotoveicoli, tinha motor de dois tempos e uma única porta frontal, o que dava todo o seu diferencial. Em 1961, o veículo para passageiros deixou de existir e até hoje a empresa foca na produção de automóveis agrícolas.

Montadoras da Alfa Romeo e Romi-Isetta não funcionam mais no Brasil (Foto: Reprodução/Quatro Rodas)

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Nos últimos anos, o Brasil tem perdido grandes fabricantes de carros, o que acaba impactando na economia do país

Apesar de ser um dos maiores mercados automotivos do mundo, o Brasil já foi povoado por marcas e carros que hoje não transitam mais por aqui. Afetadas por crises, mudanças bruscas de mercado ou por chegar no momento errado, fabricantes como Mahindra, Mazda, Geely, Alfa Romeo, DS e Seat desistiram do Brasil e nunca mais voltaram.

Enquanto algumas se foram e pouco sentimos sua ausência por aqui, algumas fabricantes evoluíram tanto com seus veículos e cresceram de tal maneira que dar a elas uma segunda chance seria algo muito bom.

Alfa Romeo

Alfa Romeo – Modelo de carro (Foto: Reprodução, Carros e Garagem)

Apesar de ter até fabricado carros por aqui, a Alfa Romeo não sobreviveu à virada do milênio, quando ainda importava o belíssimo 156. Nos tempos atuais, voltou a produzir carros de tração traseira, como o SUV Stelvio e o sedã Giulia.

Ford

Produtora de carros Ford (Foto: Reprodução, Carros e Garagem)

Ford anunciou que abandonará a produção nacional, declarando o fim de Ka, Ka Sedan e EcoSport. A marca fechou as fábricas de Camaçari (BA) e a linha de motores e transmissões de Taubaté (SP).

Romi

Romi- Modelo de carro (Foto: Reprodução, Carros e Garagem)

O Isetta começou a ser produzido pelas Indústrias Romi S.A. em 1956, em Santa Bárbara d’Oeste (SP), sendo o primeiro veículo com fabricação nacional. A Romi parou de produzir o modelo em 1961, seguindo suas operações com foco em máquinas agrícolas no Brasil até os dias de hoje.

Troller

Troller – Modelo de carro (Foto: Reprodução, Carros e Garagem)

A Ford também é proprietária da Troller, montadora de veículos aventureiros sediada na cidade de Horizonte (CE). O fim da produção dos modelos ocorreu no último trimestre de 2021, afetando cerca de 470 trabalhadores.

Por que a Mahindra desistiu de vender veículos no Brasil?

A Mahindra & Mahindra, maior fabricante de veículos utilitários da Índia, parou de vender Pick-ups e utilitários no Brasil.

Mahindra – produtora de carros (Foto: Reprodução, Carros e Garagem)

A Mahindra saiu do Brasil depois que a economia lenta, mudanças na regulação e uma moeda em depreciação afetaram as vendas.A montadora indiana, que vendia veículos através de sua parceira local, a Bramont-Montadora, teve vendas de cerca de 250 veículos por mês no melhor dos momentos.

“Onde não vemos perspectivas de médio a longo prazo, não há sentido. Encaramos os fatos e saímos da situação.” Disse Shah, complementando que a Mahindra continuaria a vender veículos nos mercados vizinhos do Chile, Peru e Paraguai.

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