Poucas montadoras estão dispostas a ter um veículo de entrada, os carros populares, e abrir mão da rentabilidade no Brasil

A indústria automotiva caminha globalmente em direção à rentabilidade. Ou seja, deixa meio que de lado o volume proporcionado por veículos mais básicos em prol de modelos com o tal do valor agregado. O que explica a avalanche de SUVs e os investimentos em novas picapes. Por esse motivo, as montadoras preferem investirem em tecnologia.

A volta do carro popular vai justamente contra essa lógica do setor. Por isso, não estranha o discurso de algumas gigantes do mercado contra movimentos para incentivar veículos mais baratos em vez de focar no aumento do poder aquisitivo ou no acesso ao crédito. Além disso, poucas marcas estão dispostas a investir num segmento como estes.

Montadoras lucram com carro popular?

De modo geral, a resposta para essa questão é: não. Isso de acordo com as próprias montadoras que não contabilizam lucros vantajosos com a produção e venda local destes modelos.

Dessa forma, os veículos que mais apresentam bons resultados financeiros às fabricantes são os modelos mais incrementados.

Segundo as fabricantes automotivas, os veículos que mais trazem lucro são os mais caros são também os que trazem mais vantagens às companhias.

Carros. Foto: Reprodução/Internet

Os veículos de maior valor agregado correspondem às vendas mais proveitosas para as montadoras e não necessariamente ao volume bruto de comercializações.

Talvez por isso, as medidas do governo em prol da redução de preços dos carros populares no país não surtiram o efeito desejado.

A leitura social que se faz sobre o público consumidor de carros no Brasil e que serve também para as estratégias das montadoras, é de que o brasileiro que compra esse bem no país, não procura, de modo geral, por modelos populares, básicos.

Por que veículos populares não são os mais vendidos?

Além de não serem os preferidos das montadoras, os carros populares, também não têm sido as principais escolhas do consumidor.

Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em junho, dos dez modelos mais vendidos até aqui, apenas três são hatches.

Carros estacionados – Foto Reprodução Internet

Porém, mesmo entre os modelos compactos mais bem comercializados, nenhum se destaca como os veículos mais baratos do mercado, longe disso.

Entre Volkswagen Polo, Chevrolet Onix e Hyundai HB20, o mais barato com os ajustes fiscais de governo e montadora é o modelo da Hyundai, por preço a partir de R$ 69.990, R$ 11 mil a mais que os carros mais acessíveis: Fiat Mobi e Renault Kwid.

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Todos achavam que os dias de reinado da Chevrolet no Brasil estavam com os dias contados ao surgir uma montadora que batia de frente com a gigante

Promissora e revolucionária, assim era descrita a montadora que tinha chegado para bater de frente com a gigante dos automóveis, Chevrolet. Contudo, seu fim foi bastante precoce.

A história do automobilismo começa no Brasil em 25 de novembro de 1891, quando desembarcou no porto de Santos, do navio Portugal, o primeiro carro importado, adquirido por ninguém menos que o jovem inventor do avião, Alberto Santos Dumont. De lá pra cá o país basicamente rural viu sua indústria crescer e passamos de importadores para montadores e exportadores de automóveis

Foi na década de 1940 que o incipiente parque industrial brasileiro foi convocado a produzir autopeças para veículos militares que seriam usados durante da 2ª Guerra Mundial, dando os primeiros passos para fabricação de carros no Brasil. Foi então na metade do século XX que se instalaram as primeiras montadoras no país.

Montadoras de carro (Foto: Reprodução, UOL)

Atualmente, o Brasil já figura entre os 10 países com maior produção automotiva no planeta, sendo responsável por 2,6% da produção mundial. Ficando atrás apenas da Argentina e Bolívia em produção na América Latina. O setor produtivo automotivos emprega mais de 100 mil brasileiros.

Empresa era uma grande promessa no meio automobilismo

Durante esses anos de historia, uma marca foi vista como uma grande promessa: Megastar Veículos Ltda

A Megastar Veículos Ltda foi uma empresa brasileira, produtora de automóveis, sediada em Pindamonhangaba (SP). Operou entre os anos de 1997 e 1999.

Montadora Megastar Veículos (Foto: Reprodução, Nivelando a Engenharia)

Em 1997, no Brasil Motor Show, a Megastar apresentava, em seu estande, o Emme 422T, um sedã de grande porte, fabricado no Brasil, com motor 2.2L I4 16V Turbo, de origem Lotus. A carroceria utilizava VeXtrim, um polímero plástico injetado de alta resistência. A companhia exibia outras duas versões, a 420 e a 420T, versões que disponibilizariam um propulsor 2.0L I4 16V, aspirado e turbo. Informações davam conta de que os planos eram grandes, a Emme pretendia vender seus veículos na Europa. Os veículos traziam o emblema da inglesa Lotus. Porém os automóveis eram fabricados pela Megastar, que informava que os automóveis eram fruto de uma parceria com a montadora inglesa, num projeto que começou a ser desenvolvido em 1987, na Suíça.

Por que a empresa declarou falência?

Todavia, as semelhanças com o carro-conceito Volvo ECC são tamanhas que – ao lançar o Volvo S80, em 1998 – o modelo sueco ficou parecendo uma cópia do 422T, quando o contrário era o correto. Contudo, os Emme apresentavam inúmeros problemas de montagem, como rebarbas em acabamentos e desníveis entre chapas da carroceria. Por fim, os motores de origem Lotus eram propulsores descartados pela companhia britânica, vendidos à Megastar; numa clara demonstração da falta de interesse em uma união futura das empresas.

Então em 1999 a Megastar fechou as portas após ter a comercialização de seus veículos suspensa, por falta de representantes, alegando falência.

Montadora Megastar Veículos (Foto: Reprodução, Nivelando a Engenharia)

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A triste despedida de montadora engolida por concorrência no Brasil

Manter uma grande empresa no Brasil é um desafio árduo, e o setor automobilístico não é exceção. Um exemplo disso é a triste história de uma renomada montadora de veículos que enfrentou um destino desafiador, encerrando suas operações.

Fundada em 2001 pelo empresário Nivaldo Rubens Trama, a empresa almejava preencher uma lacuna no mercado, produzindo veículos utilitários robustos para atividades rurais.

A Matra Veículos ganhou destaque como a primeira montadora do interior do Paraná, com uma fábrica de 5 mil metros quadrados e capacidade para produzir 130 veículos por mês.

Um dos carros produzidos pela montadora Matra Veículos (Foto: Reprodução/ Internet)

A visão do fundador era criar um veículo utilitário simples, mas resistente, para atender às necessidades no campo e preencher uma lacuna deixada pela descontinuação das picapes F-75 da Willys/Ford (em 1983) e Toyota Bandeirante (em novembro de 2001).

A empresa até desenvolveu sua própria pickup. No entanto, essa iniciativa não obteve sucesso. Acontece que o modelo enfrentou uma forte concorrência em seu segmento, resultando na venda de apenas 116 unidades em três anos.

Apesar dos esforços incansáveis e de se tornar a primeira montadora do interior do Paraná, a empresa sucumbiu à concorrência feroz do mercado automobilístico brasileiro. Segundo o Wikipédia, em agosto de 2005, a produção foi suspensa definitivamente.

Aniquilada pelas rivais O fim de montadora tradicional no Brasil ao ir à falência após anos no mercado – Foto: Reprodução

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Pegos de surpresa, clientes se depararam com uma inesperada notícia, dadas pelas montadoras de automóveis do Brasil; Confira detalhes

Nesta sexta-feira (7), o programa de incentivo à indústria automotiva, que reduziu o preço de carros populares, chegou ao fim. O anúncio foi feito por Márcio de Lima Leite, presidente da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), e pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. As montadoras comunicaram seus clientes, que recebem a noticia despreparados.

De acordo com Leite, houve uma disputa acirrada entre as fabricantes para atender aos consumidores devido ao curto prazo estabelecido.

Ele ainda destacou que o programa alcançou resultados expressivos, registrando o terceiro melhor emplacamento diário da história e o melhor em uma década, com 27 mil unidades vendidas em apenas um dia, no dia 30 de junho.

A Anfavea estima que o programa tenha impulsionado a venda de 150 mil veículos.

Carros estacionados (Foto: Reprodução / Internet)

No mês de junho, a entidade afirma que 54 mil exemplares foram contemplados pelo programa, e outros 79 mil foram vendidos, mas ainda não estão emplacados. Com isso, aproximadamente 17 mil unidades permanecem nos estoques das fabricantes.

Além disso, o anúncio do encerramento do programa também marca a utilização total dos créditos. Foram destinados  R$ 800 milhões de crédito pelo governo para a redução do preço dos carros. Até a última atualização do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), R$ 600 milhões haviam sido utilizados até a tarde da última quinta-feira (6).

Montadora de automóveis (Foto: Divulgação/ Internet)

Vale ressaltar que inicialmente o programa tinha uma destinação de R$ 500 milhões em créditos, porém esse montante foi utilizado em apenas três semanas.  Isso levou o governo a disponibilizar mais R$ 300 milhões.

O programa realmente mexeu a economia em torno dos carros?

Geraldo Alckmin, vice-presidente e Ministro da Indústria e Desenvolvimento, classificou o programa como um sucesso. Contudo, ele afirmou que o programa salvou empregos, estimulou a atividade industrial. Além disso, falou também que ajudou os consumidores a adquirirem veículos com tecnologia e segurança aprimoradas, além de preservar o meio ambiente.

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MEGA OPORTUNIDADE! Essa é a chance de ouro que todos estavam esperando para comprarem carros dos modelos mais cobiçados do mercado

As montadoras começaram a anunciar pacotes de incentivos econômicos para a compra de carros novos após a divulgação da Medida Provisória que estabelece as regras para os descontos oferecidos pelo governo ao consumidor final, que vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil.

Até agora, já foram identificadas 54 promoções nos sites das montadoras. Há modelos disponíveis por menos de R$ 60 mil e outros veículos com descontos que chegam a R$ 21 mil. Além do pacote de incentivos do governo, as empresas também estão oferecendo descontos próprios, para estimular o consumo.

Cinco montadoras que têm direto ao desconto do governo federal, para diminuir o preço de seus carros de até R$ 120 mil, ainda não divulgaram os novos valores que vão praticar após a Medida Provisória de estímulo ao setor automotivo.

Caoa Chery, a Chevrolet, a Honda, a Nissan e a Renault não enviaram as informações até o momento — a Renault divulgou apenas o preço do Kwid Zen 1.0, seu carro “de entrada”.

As 5 montadoras que ainda não divulgaram os novos preços têm 13 modelos elegíveis ao programa do governo.

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• Renault (5 modelos): Kwid, Stepway, Logan, Duster e Oroch
• Chevrolet (4): Onix, Onix Plus, Spin e Montana
• Nissan (2): Kicks e Versa
• Honda (1): City
• Caoa Chery (1): Tiggo 3X

Como serão calculados os descontos do governo para carros novos?

Para calcular o desconto de cada veículo, é necessário somar os pontos que ele tem em cada um dos critérios estabelecidos pelo governo.

Para que um carro receba o desconto máximo, de R$ 8 mil, por exemplo, é necessário chegar a, pelo menos, 90 pontos.

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Muitas montadoras estão em dúvida sobre a forma que vão vender carros nos próximos anos pensando no meio ambiente

Com a modernização de tecnologias e de facilidades que sejam limpas e prejudiquem menos a natureza, o uso de carros híbridos – que movam através de eletricidade, ou de combustíveis – se tornou mais comum em vários países. Existem, porém, muitas questões que afetam essas produções nas montadoras brasileiras.

A indústria automobilística passa por esse momento de dúvida sobre qual tipo de carro vai prevalecer nos próximos anos. Enquanto por um lado, China, EUA e Europa investem em carros elétricos, por outro as discussões sobre uso de alumínio e lítio acabam pesando na produção desse tipo de veículo.

De acordo com o Estadão, o Ministério do Desenvolvimento Indústria Comércio e Serviços prepara esse assunto para a segunda fase do programa automotivo Rota 2030. A intenção do Mdic é “defender a exploração de todas as rotas tecnológicas disponíveis para o processo de descarbonização”.

“A decisão é de cada montadora, mas ela precisa avaliar se a escolha é o melhor caminho para ter competitividade no mercado e contribuir para a descarbonização, defendendo a ideia da sustentabilidade, geração de emprego, alta qualificação e renda”, afirmou o secretário do Mdic, Uallace Moreira Lima.

Carros elétricos são mais caros que os que funcionam por combustão (Foto: Reprodução/CAPREM)

TECNOLOGIA CARA

Várias montadoras preparam tipos de tecnologia que permitem que o uso de eletricidade se torne algo limpo, econômico e que muitas vezes possa trabalhar lado a lado com veículos que funcionam por combustão. Carros totalmente elétricos, por sua vez, são bem mais caros e podem não ser uma boa alternativa para clientes.

QUAIS SÃO OS CARROS ELÉTRICOS MAIS BARATOS DE 2023?

De acordo com o Auto Esporte, os carros elétricos mais baratos de 2023 no Brasil são: JAC E-JS1 – R$ 145.900, Renault Kwid e-Tech – R$ 146.990, Caoa Chery iCar – R$ 149.990, Peugeot e-208 – R$ 221.990, JAC E-JS4 e Renault Zoe – R$ 239.900, JAC E-J7 – R$ 249.900, Fiat 500e – R$ 254.790, Mini Cooper S E – R$ 257.990 e Peugeot e-2008 – R$ 259.990.

Exemplo do carro elétrico JAC E-JS1 (Foto: Murilo Góes)

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