Montadoras históricas - TV Foco O TV Foco desde 2006 leva as melhores notícias da tv para milhares de brasileiros todos os dias. Tudo sobre tv e famosos, novelas, realities. Sat, 07 Dec 2024 15:12:04 +0000 pt-BR hourly 1 https://statics.otvfoco.com.br/2020/01/cropped-favicon-32x32.png Montadoras históricas - TV Foco 32 32 40M carros populares vendidos: Falência de montadora queridinha dos brasileiros e motoristas sem chão https://tvfoco.uai.com.br/falencia-de-montadora-amada-clientes-sem-chao/ Sun, 08 Dec 2024 10:30:00 +0000 https://www.otvfoco.com.br/?p=2299632 Montadora gigantesca chegou ao fim após anos depois de contrair dívidas milionárias após atingir a marca de 40M carros populares vendidos O mercado automobilístico é reconhecido por sua instabilidade e desafios. Ao longo das décadas, montadoras colossais, com histórias marcadas por inovação e audácia, enfrentaram dificuldades que as levaram ao fechamento. Entre elas, está a […]

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Montadora gigantesca chegou ao fim após anos depois de contrair dívidas milionárias após atingir a marca de 40M carros populares vendidos

O mercado automobilístico é reconhecido por sua instabilidade e desafios. Ao longo das décadas, montadoras colossais, com histórias marcadas por inovação e audácia, enfrentaram dificuldades que as levaram ao fechamento.

Entre elas, está a Gurgel Motors, pioneira na fabricação de veículos 100% nacionais, que, apesar de uma trajetória promissora, sucumbiu às adversidades nos anos 1990.

Fundada em 1969 por João Amaral Gurgel, a Gurgel Motors surgiu com a proposta de desafiar o domínio das montadoras estrangeiras e consolidar um parque industrial genuinamente brasileiro.

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João Augusto Conrado do Amaral Gurgel (Foto Reprodução/Blog)

Durante quase três décadas, a empresa foi sinônimo de inovação e persistência, mas fatores econômicos e estruturais a levaram à falência.

A partir de informações divulgadas pelo portal Wiki, a equipe especializada em economia do TV Foco, traz mais detalhes sobre essa empresa tão marcante, legado e o que levou ela a sucumbir, deixando milhares de motoristas sem chão.

A Era de Ouro da Gurgel

Conforme exposto pelo portal Blocktends, a Gurgel foi a primeira montadora a produzir veículos totalmente brasileiros, destacando-se com o lançamento do icônico Ipanema, que simbolizava o sonho de independência tecnológica:

  • Durante as décadas de 70 e 80, o Brasil vivenciava o “milagre econômico”, com taxas de crescimento do PIB que chegaram a 14% ao ano;
  • Subsídios à indústria automotiva e investimentos em infraestrutura deram suporte inicial ao setor;
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A Gurgel Motors foi a primeira fábrica a produzir carros 100% nacional (Foto Reprodução/Auto Esporte)
  • Modelos como o Xavante e o X12 ganharam destaque, sendo utilizados tanto como veículos utilitários quanto de lazer;

Além disso, nos anos 80, em meio à crise do petróleo, a Gurgel apostou em veículos movidos a álcool, acompanhando as tendências de sustentabilidade da época.

Ela também lançou carros compactos, como o BR-800, projetados para atender ao segmento de carros populares.

A queda de um sonho

No entanto, nos anos 90, o Governo Collor abriu o mercado brasileiro, facilitando a entrada de montadoras estrangeiras com modelos mais modernos e competitivos.

Nesse contexto, o BR-800, carro popular da Gurgel, apresentava preço elevado para o público-alvo, além de limitações como baixa capacidade de bagagem.

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Ex Presidente, Fernando Collor de Mello (Foto: Reprodução/Internet)

A fim de se capitalizar, a Gurgel lançou o BR-800 vinculado à venda de ações da empresa. Apesar de um início promissor, com 8 mil unidades vendidas, a estratégia não foi suficiente para sustentar a produção.

Infelizmente, os próximos lançamentos do Supermini e outros modelos não conseguiram reverter a perda de mercado.

Falência inevitável

Em 1993, a Gurgel tentou um acordo com o governador do Ceará, Ciro Gomes, para financiar a fábrica.

No entanto, Ciro afirmou que a empresa já havia tomado empréstimos não quitados, impossibilitando novos aportes.

Em 1994, a Gurgel chegou a solicitar um financiamento de US$ 20 milhões, que foi negado. Para piorar ainda mais, a greve na alfândega em 1992 impediu a chegada de componentes, comprometendo a produção.

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A Gurgel acabou tendo uma falência inevitável (Foto Reprodução/Internet)

A queda no fluxo de caixa acumulou dívidas exponenciais, resultando na interrupção da produção:

  • Em junho de 1994, a Gurgel entrou com pedido de concordata;
  • Em setembro de 1996, a Justiça decretou sua falência.

Mas, o que aconteceu com o que sobrou da Gurgel?

Em 2007, a fábrica de Rio Claro, inativa desde 1993, foi leiloada por R$16 milhões e o valor foi utilizado para quitar R$ 20 milhões em dívidas trabalhistas.

A Gurgel Motors ainda deixou um passivo de R$ 280 milhões, incluindo obrigações com fornecedores, União, estados e municípios.

No entanto, ela chegou a produzir cerca de 40 mil veículos populares, que hoje são itens de colecionadores, representando o esforço brasileiro em criar uma indústria automotiva independente.

Em busca de notas oficiais, não foram encontradas manifestações da Gurgel na época.

No entanto, o advogado Jaime Marangoni, responsável pelo processo de falência, destacou a falta de relatórios de produção e o descumprimento das normas da concordata como fatores que selaram o destino da empresa.

O caso da Gurgel Motors ilustra como os desafios estruturais e a ausência de uma política industrial consistente podem comprometer o futuro de empresas inovadoras.

Apesar de seu fim, a história da Gurgel permanece como símbolo do potencial criativo e empreendedor do Brasil, além de um alerta sobre a importância de estratégias sustentáveis em um mercado tão volátil.

Considerações finais:

A Gurgel Motors, fundada em 1969, foi pioneira na fabricação de veículos 100% nacionais e um símbolo de inovação no Brasil.

Apesar do sucesso inicial com modelos como o X12 e BR-800, a abertura do mercado na década de 1990 expôs a montadora à forte concorrência internacional.

Com custos elevados, dificuldades financeiras e falta de apoio governamental, a empresa acumulou dívidas e declarou falência em 1994, encerrando suas operações em 1996.

fãs e historiadores lembram a Gurgel como um marco do empreendedorismo brasileiro e uma lição relevante sobre os desafios enfrentados pelo setor automotivo

Mas, para saber mais sobre a história de outras montadoras e demais falências, clique aqui*.

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Falência, engolida pela Volkswagen e +: Fim decadente de 3 montadoras populares do Brasil https://tvfoco.uai.com.br/falencia-engolida-volks-e-fim-3-montadoras-populares/ Tue, 03 Dec 2024 09:00:00 +0000 https://www.otvfoco.com.br/?p=2296913 3 montadoras populares foram devastadas e extintas por crises, falências e até mesmo vendas à rivais; Relembre os nomes que fizeram história no Brasil O Brasil sempre foi um terreno fértil para a indústria automotiva, com grandes montadoras fazendo história no país ao longo das décadas. Desde a chegada dos primeiros automóveis importados no início […]

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3 montadoras populares foram devastadas e extintas por crises, falências e até mesmo vendas à rivais; Relembre os nomes que fizeram história no Brasil

O Brasil sempre foi um terreno fértil para a indústria automotiva, com grandes montadoras fazendo história no país ao longo das décadas.

Desde a chegada dos primeiros automóveis importados no início do século XX até o estabelecimento de fábricas locais, marcas icônicas ajudaram a moldar o mercado nacional.

Gigantes como Scania, Volvo e Mercedes-Benz continuam sendo sinônimos de qualidade e inovação, especialmente no segmento de veículos pesados, consolidando suas operações e conquistando gerações de consumidores.

No entanto, nem todas as montadoras obtiveram o mesmo sucesso. Até porque, algumas marcas, apesar de seus esforços, não conseguiram superar os desafios do mercado brasileiro.

Sendo assim, a partir de informações do canal Apaixonados por Estrada, do YouTube, a equipe do TV Foco especializada em história da indústria e comércio, destaca 3 montadoras que encerraram suas atividades no país, em meio a fracassos, falências e até vendas à rivais, marcando o fim de suas histórias no Brasil.

1. Matra:

A Matra foi uma empresa brasileira de caminhões e chassis de ônibus com uma trajetória relativamente curta, mas marcante:

  • Fundada em 1987, por Paulo Cezar Maciel da Silva, a empresa iniciou suas operações em Florianópolis (SC) e logo se destacou com o lançamento do caminhão Matra M22.
  • O Matra M22 era um veículo de porte médio com características inovadoras para a época: cabine avançada de fibra de vidro, motor Perkins turbo, rodas raiadas e um sistema de ventilação forçada nos freios traseiros.

Porém, apesar de suas qualidades, o caminhão não obteve o sucesso esperado nas vendas.

Nos anos 90, a Matra ainda diversificou sua produção, lançando os chassis de ônibus CMO-1615 e 1618.

Entre o fim dos anos 80 e início dos 90, a Matra teve foco total em carretas no Brasil (Foto Reprodução/ Planeta Caminhão)
Entre o fim dos anos 80 e início dos 90, a Matra teve foco total em carretas no Brasil (Foto Reprodução/ Planeta Caminhão)

Mas, infelizmente, esses chassis, com motorização MWM e concepção convencional, também não alcançaram grande volume de vendas.

Diante das dificuldades comerciais, a Matra encerrou suas atividades em 1992, assinando por si só a sua falência no mercado.

Apesar da extinção, a empresa deixou como legado uma história de pioneirismo na indústria brasileira de veículos comerciais, com modelos que se destacaram por sua originalidade e robustez.

Ao procurar manifestações ou notas dos responsáveis pela montadora, as mesmas não foram encontradas.

Porém, apesar do tempo, caso a empresa queira se manifestar para expor a sua versão dos fatos, o espaço permanece aberto.

2. Fiat Diesel:

A Fiat, antes mesmo de ser essa queridinha entre motoristas, chegou ao Brasil em meados da década de 70, com o objetivo de expandir seus negócios no mercado de caminhões:

  • A empresa iniciou suas operações no país através da aquisição de parte das ações da Alfa Romeo brasileira, sucessora da FNM (Fábrica Nacional de Motores), conforme podem ver por aqui*.
Modelo da Fiat Diesel (Foto Reprodução/ Internet)
Modelo de caminhão da Fiat Diesel (Foto Reprodução/ Internet)
  • Os primeiros caminhões Fiat produzidos no Brasil foram lançados em 1976. Entre eles, destacavam-se o modelo 130, um caminhão médio, e o 190E, um modelo mais pesado.
  • Porém, a produção inicial enfrentou desafios como a necessidade de atender aos índices de nacionalização exigidos pelo governo.

Desafios:

Nesse ínterim, ela enfrentou desafios como a pressão pela nacionalização. Diante disso, a empresa precisou adaptar seus produtos para atender aos requisitos de conteúdo nacional, o que exigiu investimentos e ajustes em sua linha de produção.

Além disso, o mercado de caminhões era altamente competitivo, com marcas como Mercedes-Benz, Ford e Chevrolet já estabelecidas no país.

De acordo com o portal LexiCard, a Fiat Diesel ainda chegou a passar por diversas greves e conflitos com seus trabalhadores, o que impactou negativamente a produção e a imagem da empresa.

Sendo assim, somado ao período de instabilidade econômica, a demanda por caminhões e a capacidade de investimento da empresa sofreram uma brusca queda.

Por fim, em 1985, a Fiat decidiu encerrar as atividades da Fiat Diesel no Brasil.

Com isso, a produção foi interrompida e a fábrica foi vendida. A decisão foi motivada pela falta de perspectivas de crescimento do mercado de caminhões e pela necessidade de concentrar os investimentos em outras áreas.

No entanto, ela também deixou seu legado no setor dos caminhões como:

  • Introdução de novas tecnologias: A Fiat trouxe para o Brasil caminhões com tecnologias mais modernas, como motores mais eficientes e cabines mais confortáveis.
  • Criação de empregos: A fábrica da Fiat Diesel gerou milhares de empregos diretos e indiretos.
  • Desenvolvimento da indústria automotiva: A presença da Fiat contribuiu para o desenvolvimento da indústria automotiva brasileira.

Ao procurar manifestações ou notas dos responsáveis pela montadora, as mesmas não foram encontradas.

Porém, apesar do tempo, caso a empresa queira se manifestar para expor a sua versão dos fatos, o espaço permanece aberto.

3. Dodge caminhões:

Presente no Brasil desde 1969, a Dodge iniciou sua produção com modelos como o D400 e o D700.

  • Uma curiosidade é que o Dodge Dart é um carro muito lembrado pelos brasileiros, principalmente pelo potente motor V8 que o equipava.
  • Mas a verdade é que uma boa parte das vendas da Dodge (no caso pertencente à Chrysler), no Brasil, vinham dos caminhões, que também eram V8.
Caminhão da Dodge (Foto Reprodução/Youtube)
Caminhão da Dodge (Foto Reprodução/Youtube)
  • No entanto, a Chrysler do Brasil foi vendida para a Volkswagen em 1980, onde as operações da fabricação de caminhões passaram para esta (começando a divisão de caminhões da VW).

Com isso, os carros saíram de linha um ano depois. A partir daí alguns caminhões já vinham como Volkswagen, mas com algumas peças Dodge.

Até que em 1984 a marca por fim parou de ter os próprios caminhões, existindo apenas a VW, ou seja, com a venda ela acabou sendo engolida por completo pela rival.

A Dodge até chegou a voltar ao Brasil em 1998 com a venda da picape Dakota, mas, de acordo com o portal, não tivemos mais veículos comerciais da marca por aqui.

Para sobre mais informações sobre montadoras, clique aqui*.

Qual foi o legado deixado pela Dodge?

Apesar do seu fim, a Dodge tem um legado de inovação, desempenho e contribuição para a indústria automobilística, com destaque para:

  • Pioneirismo em carroceria de aço
  • Desempenho automotivo: Especialmente nos anos 20 ao desenvolver o motor-8-cilindros V6
  • Competidora assídua pela NASCAR Muscle Car Group na década de 60. 
  • Símbolo da Dodge: O símbolo ícone da Dodge, um carneiro selvagem, escolhido em 1932.  O carneiro representa o equilíbrio entre segurança, força e controle. 

Da mesma forma que as demais, ao procurar manifestações ou notas dos responsáveis pela montadora, as mesmas não foram encontradas.

Porém, apesar do tempo, caso a empresa queira se manifestar para expor a sua versão dos fatos, o espaço permanece aberto

Considerações finais:

A indústria automobilística brasileira, por muito tempo, serviu como um terreno fértil para grandes marcas, também testemunhou a saída de algumas delas.

Matra, Fiat Diesel e Dodge, por exemplo, marcaram presença no país, mas enfrentaram desafios que as levaram a encerrar suas operações no país.

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