Afranio (Rodrigo Santoro) em cena de “Velho Chico”
(Foto: Globo/Caiuá Franco)

A estreia de “Velho Chico” traz uma história que nos leva a um diálogo com a brasilidade e impressionou por sua linda fotografia e pelas belas atuações.

A primorosa direção de Luiz Fernando Carvalho fez a diferença, pois deu um toque especial no folhetim que em breve “nos levará de volta ao passado” com a saga de uma história de amor impossível às margens do rio São Francisco, que atravessará gerações.

O primeiro capítulo de “Velho Chico” também foi composto por belas atuações, como Tarcísio Meira, Rodrigo Santoro, Selma Egrei, Carol Castro, entre outros.

Com o acabamento primoroso de Luiz Fernando Carvalho, as formosas atuações e o texto desenvolvido por Edmara e Bruno Barbosa, “Velho Chico” tem boas chances de dar certo. Da estreia só ficam boas impressões e um gosto de “quero mais”, mas para prender o público em frente à TV, terá que apresentar uma história consistente daqui em diante.

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Tarcísio Meira (Saruê) em cena de “Velho Chico”
(Foto: Reprodução/Globo)

Nova aposta da Globo para a faixa das nove, “Velho Chico” estreou em alta nesta segunda-feira (14) – se comparado com suas últimas antecessoras.

Exibida das 21h16 às 22h21, a estreia da trama de Benedito Ruy Barbosa, escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi, fechou com 35.4 pontos de média e 52% de share, segundo dados consolidados da Grande São Paulo. No Rio de Janeiro, o primeiro capítulo de “Velho Chico” teve 38 pontos de média e 55% de share.

Em ambas as capitais, foi a maior audiência dos últimos dois anos, superando as quatro últimas antecessoras no horário (“A Regra do Jogo”, “Babilônia”, “Império” e “Em Família”).

Confira a seguir a audiência de estreia das dez últimas novelas das nove em SP:

A Regra do Jogo – 31.5 pontos
Babilônia – 33 pontos
Império – 32 pontos
Em Família – 33 pontos
Amor à Vida – 35 pontos
Salve Jorge – 35 pontos
Avenida Brasil – 37 pontos
Fina Estampa – 41 pontos
Insensato Coração – 37 pontos
Passione – 37 pontos

Cada ponto equivale a 69.4 mil domicílios na Grande São Paulo e a 43.3 mil no Rio de Janeiro.

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Afrânio (Rodrigo Santoro) e Leonor (Marina Nery) em “Velho Chico”
(Foto: Globo/Caiuá Franco)

Benedito Ruy Barbosa e seus herdeiros estão de volta a faixa das nove treze anos após fracasso e confusão com a novela “Esperança”, que terminou no início de 2003 – na época, ainda novela das oito.

A família Barbosa retorna ao principal horário de dramaturgia da Globo com uma trama sobre o amor impossível entre membros de duas famílias rivais que vivem às margens do rio São Francisco. A história tem início no final dos anos 1960 e segue até os dias de hoje. “Velho Chico” é escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi, filha e neto de Benedito.

 A última vez em que o autor e sua filha escreveram uma novela para a faixa das nove da Globo, que foi “Esperança” (2002/2003), o trabalho terminou com fracasso e confusão. Numa época em que as tramas das 21h tinham meta de 45 pontos – a antecessora, “O Clone”, marcou 47 pontos -, a história desenvolvida por Benedito e sua filha, Edmara, foi um fiasco e chegou a ter média na casa dos 20 pontos em algumas ocasiões.

Para piorar, “Esperança” sofreu atrasos na entrega de capítulos, levando à gravação de cenas na véspera ou até mesmo no dia de sua exibição. Devido a problemas pessoais, Benedito se afastou da trama em dezembro de 2002, e Walcyr Carrasco assumiu a autoria, a partir do capítulo 149, passando a contar com a colaboração de Thelma Guedes.

Benedito Ruy Barbosa no lançamento de “Velho Chico”
(Foto: Globo/João Miguel Junior)

Sob o comando de Carrasco, a trama ganhou novos desdobramentos e personagens. Foi aí que Barbosa ficou irritado. “Quando ele [Walcyr Carrasco] assumiu a novela, deixei de assistir. Se visse, queria bater nele. Na época, liguei para o Mário Lúcio Vaz [então diretor artístico da Globo]: ‘Olha, Mário, avisa o Walcyr que, quando eu encontrar com ele, eu vou dar porrada, entendeu?’ Ele simplesmente acabou com a minha novela. Não terminou como eu queria. Depois, mandou uma carta pedindo desculpas. Coitado! O sujeito andava ressabiado comigo. No fim, tudo terminou bem. Acendemos o charuto da paz”, disse o autor no livro “A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo”, em 2009.

Carrasco se defendeu e disse que não tinha como tentar ser igual a Barbosa. “Eu o entendo perfeitamente. É como dar o filho para o outro educar. No lugar do Benedito eu também teria ficado muito mal. Não pude conversar com ele devido ao seu estado de saúde. Mas, quando assumi a novela, quis imprimir meu ritmo. Não havia como tentar ser igual a ele. Por sinal, o Benedito é um dos autores que mais admiro na história da televisão.”

Bruno Luperi e família no lançamento de “Velho Chico”
(Foto: Globo/João Miguel Junior)

Agora, “Velho Chico” traz uma nova geração da família Barbosa: Bruno Luperi. E, ao contrário de “Esperança”, Benedito não será mais o autor principal, e sim o supervisor. A escrita está a cargo de Edmara e Bruno.

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Benedito Ruy Barbosa no lançamento de “Velho Chico”, na semana passada
(Foto: Globo / João Miguel Junior)

As declarações do autor Benedito Ruy Barbosa na semana passada, em que ele diz que “odeia história de bicha” em novelas, gerou polêmica e repercutiu muito, o que acabou atrapalhando na divulgação de seu novo folhetim.

Os comentários do escritor geraram revolta em muitas pessoas, e foram muito comentados na internet. Aí é que está o problema. Após o lançamento da trama, ao invés do assunto principal ser “Velho Chico”, foram as declarações de Benedito. A divulgação da nova novela das nove acabou ficando prejudicada, até pela propaganda negativa que foi gerada.

Em uma época onde as pessoas são intolerantes para a opinião alheia, principalmente sobre um tema polêmico, as declarações do autor vieram num “momento infeliz”, como classificou Luiz Fernando Carvalho, diretor do folhetim, que repudiou as declarações de Benedito.

Agora é esperar para ver como será a reação do público pela audiência. Embora os comentários de Benedito tenham ofuscado a promoção de “Velho Chico”, isso não deve refletir nos números, visto que a história é voltada para um público mais conservador.

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Gabriel Leone será Miguel em “Velho Chico”
(Foto: Globo/Renato Miranda)

Nova novela das nove que estreia na próxima segunda-feira (14), “Velho Chico” vai tocar num assunto polêmico em sua segunda fase, que deve começar no capítulo 24, a partir do dia 09 de abril.

Na história, Miguel (Gabriel Leone) e Olívia (Giullia Buscacio) vão se apaixonar à primeira vista sem saber que são irmãos. Olívia é filha de Santo (Domingos Montagner) e Luzia (Lucy Alves). Já Miguel acha que seu pai é Carlos Eduardo (Marcelo Serrado), que casou com sua mãe, Maria Tereza (Camila Pitanga), grávida de Santo.

Carlos Eduardo assumiu a paternidade do menino e poucos sabem da verdade. Maria Tereza se desespera ao saber que Miguel e Olívia estão apaixonados e conta a verdade a Santo, que fica penalizado com o sofrimento dos filhos. Transformar esse amor num sentimento fraternal vai ser o desafio dos irmãos na trama, segundo informações do jornal Extra.

No folhetim, Maria Tereza (Julia Dallavia/Camila Pitanga) é filha do coronel Afrânio (Rodrigo Santoro/Antonio Fagundes) e viverá um amor proibido com Santo (Renato Góes/Domingos Montagner), do qual nascerá Miguel (Gabriel Leone).

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Afrânio (Rodrigo Santoro) chega ao sítio de Aracaçu em “Velho Chico”
(Foto: Globo/Sergio Zalis)

Depois dos comentários polêmicos de Benedito Ruy Barbosa sobre personagens gays em novelas, internautas bombardearam o autor nas redes sociais e já falam em boicotar a nova novela das nove, “Velho Chico”, que é de autoria do escritor.

As declarações pegaram mal, geraram uma onda de críticas, e o nome do autor foi parar entre os assuntos mais comentados, mas de forma negativa. Benedito pode ter dado um “tiro no pé” em relação a audiência de sua novela que já estreia na próxima segunda-feira (14).

Os mais ofendidos com o comentário do escritor já planejam boicote a “Velho Chico”. Vale lembrar que a última trama das 21h envolvida em polêmica, “Babilônia”, fracassou. A favor da novela de Benedito, contam a história mais leve, sem temas pesados, e a fuga do eixo Rio-São Paulo.

Vai ter boicote a Velho Chico sim e nem vai fazer falta, tem muito seriado e Netflix pra gente ver

— Rodrigo Madeira (@rodrigomadeira) 9 março 2016

Eu gostei dos teasers de Velho Chico, mas farei boicote, não gosto de história de “macho pra cassete”

— Vinícius Sinval (@ViniciusSinval) 9 março 2016

Já não estava querendo assistir #VelhoChico e não vou assistir mesmo depois da declaração do Benedito Ruy Barbosa, VAI TER BOICOTE SIM! — Val (@ValTheDoctor) 9 março 2016

Vai gente já podem boicotar Velho Chico Benedito Ruy Barbosa seu loko

— Commander Souzaa (@kikasouzaa) 9 março 2016

BORA BOICOTAR ESSA NOVELA DE MERDA “VELHO CHICO” PELO AMOR DE DEUS INES BRASIL — Matheus Piai (@matheuspiai) 9 março 2016

bom parece que vou ser obrigado a boicotar velho chico

— Rudy (@rudyeri_) 9 março 2016

Tava animado com Velho Chico, mas a declaração do Benedito Ruy Barbosa assim como a do Walcyr Carrasco, me farão boicotar a novela. — Peste Negra (@LucasMarquesVM) 9 março 2016

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Benedito Ruy Barbosa e Luiz Fernando Carvalho no lançamento de “Velho Chico”
(Foto: Globo/João Miguel Junior)

Nova novela das nove da Globo, “Velho Chico” já está envolvida em polêmica antes mesmo da estreia, isso porque o autor da trama, Benedito Ruy Barbosa, fez declarações polêmicas contra personagens gays em novelas.

Durante o lançamento de “Velho Chico”, realizado na última segunda-feira (07) no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, Benedito disse que odeia “história de bicha”, e que “não pode transformar isso em aula para as crianças”. O novelista, que completa 85 anos em abril, disse ainda que não é contra e nem acha errado personagens gays, mas que tem “que saber que tem muito pai que não quer que o filho veja, porque eles não sabem explicar”.

As declarações polêmicas de Benedito logo começaram a repercutir nas redes sociais e o nome dele foi parar entre os assuntos mais comentados do Twitter. Diversos internautas bombardearam o autor global.

Será que o Benedito Ruy Barbosa já parou pra pensar que sem as “bichas” do Projac não seria possível fazer a novela dele?

— unattainable (@leobrancaglion) 9 março 2016

Gente que lixo esse Benedito Ruy Barbosa, espero que a novela flope mais que “Esperança”.

— Abominável Léo (@Leodasneves_) 9 março 2016

Benedito Ruy Barbosa odeia história de bicha, pra ele normal é assassinato, a família brasileira lida melhor com morte e ódio q com amor

— Marcos Ferreira (@maircos) 9 março 2016

Sobre as declarações do Benedito Ruy Barbosa: horriveis, porém normais. O cara tem 200 anos, foi criado como homem macho.

— Daniel César (@demlocesar) 9 março 2016

benedito ruy barbosa perdeu uma bela oportunidade de ficar calado
uma declaração completamente absurda e sem cabimento

— pé de vento (@dwfantastic_) 9 março 2016

Que declaração mais infeliz essa do Benedito Ruy Barbosa… Me fez repensar se assistirei a nova novela ou não.

— Júlia Capuano (@JuliaCapuano_) 9 março 2016

Benedito Ruy Barbosa foi muito infeliz na sua declaração… “Infeliz” para não dizer algo pior. Foi desnecessário!

— Dai (@zagabrasileira) 9 março 2016

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O diretor Luiz Fernando Carvalho dirige Rodrigo Santoro, que será Afrânio em “Velho Chico”
(Foto: Globo/Caiuá Franco)

Uma grande história de amor, uma saga familiar que atravessa gerações. ‘Velho Chico’ narra o enredo do romance entre herdeiros de famílias rivais, que se entrelaça à trajetória de luta pelo renascimento do rio São Francisco. Entre coronéis, pescadores e sertanejos do semiárido nordestino, a novela abordará temas como a conservação do meio ambiente e as novas formas de produção.

Neste contexto, a Globo selou uma parceria inédita com a organização ambiental Conservação Internacional (CI-Brasil), que fará a colaboração técnica de conteúdo para a novela. O anúncio foi realizado nesta segunda-feira (7/02), durante o evento ‘Vozes do Velho Chico’, que reuniu personagens locais e profissionais de diferentes áreas em torno de temas ligados às raízes da cultura regional, conservação do meio ambiente e formação da identidade brasileira.

Com o objetivo de ampliar o alcance de temas relacionados à sustentabilidade entre o grande público – tendo como ponto central a busca pelo equilíbrio entre homem, natureza e formas de produção – a CI-Brasil vai fornecer conteúdo de base para a trama da nova novela das 21h da Globo. Ele será focado na porção do médio e baixo rio São Francisco, uma área que abrange parte do Cerrado e da Caatinga brasileira – região que corta o semiárido nordestino – onde se localiza a fictícia cidade de Grotas do São Francisco, palco principal onde a novela se passará.

“A Globo tem o compromisso não apenas de contar histórias, mas contar histórias recheadas de conteúdos relevantes para os brasileiros. Nós não vivemos sem os romances, mas um romance engajado com a sustentabilidade, por exemplo, é muito mais interessante”, avalia o diretor de Comunicação, Sérgio Valente.

A parceria se dará por uma agenda de colaboração permanente dos especialistas da CI-Brasil com os autores da novela. ‘Velho Chico’ traz histórias de produtores rurais, fazendeiros e pescadores que têm suas vidas entrelaçadas pelas transformações vividas pelo rio São Francisco. À medida que eles vão se deparando com os dilemas próprios de quem vive na região – a escassez de água, a devastação – a CI-Brasil alimentará os autores de informações técnicas que possam enriquecer as tramas de alguns personagens. Para além da história de amor que conta ‘Velho Chico’, a Globo e a CI-Brasil pretendem sensibilizar o público para a transição para um modelo de agricultura sustentável, onde manter a natureza protegida é parte da solução para garantir a produção alimentar e o bem-estar da sociedade.

“Por séculos foi graças ao rio São Francisco que a vida humana pôde prosperar às suas margens. Mas as atividades humanas ganharam escalas e proporções que nem o próprio velho Chico tem sido capaz de suportar. Por meio da novela ‘Velho Chico’, importantes mensagens serão transmitidas o que certamente irá ajudar a despertar a sociedade brasileira para o fato de que a solução na busca de um planeta mais saudável e que continue a nos prover do quê precisamos para viver, está em nossas próprias mãos”, pondera Rodrigo Medeiros, vice-presidente da CI-Brasil.

“A contribuição do rio São Francisco para o país é rica demais. São vários aspectos importantes que  têm em comum o mesmo elemento: um rio que os nativos chamam de mar. Para responder a este desafio, pensamos em uma programação que desse conta desta imensa diversidade que o rio encerra e que será tão bem registrada na novela. Do ponto de vista social será um marco pela parceria inédita com a Conservação Internacional. Trata-se de uma colaboração para ampliar o alcance da discussão sobre sustentabilidade presente na trama”, avalia a diretora de Responsabilidade Social da Globo, Beatriz Azeredo.

Além do anúncio da parceria, ‘Vozes do Velho Chico’ deu voz a temas relacionados à brasilidade na tarde desta segunda-feira (7/02), no Museu do Amanhã. Temas como a formação da cultura brasileira, coronelismo, patriarcado e sustentabilidade foram debatidos pelo filósofo Roberto Malvezzi, o psiquiatra Carlos Byington, o jornalista José Raimundo e o vice-presidente da CI-Brasil, Rodrigo Medeiros, com mediação de Bianca Ramoneda.

Debate reuniu Carlos Byington, José Raimundo, Bianca Ramoneda, Rodrigo Medeiros e Roberto Malvezzi
(Foto: Globo/Renato Wrobel)

Mais cedo, o público ouviu as vivências de personagens da região do Vale do São Francisco, que falaram sobre a influência que o rio tem em suas vidas. Entre os convidados estava a líder agrícola Ozaneide Gomes dos Santos, presidente do Assentamento Mandacaru, em Petrolina; o sommelier José Figueiredo; José Francisco Silva, ou simplesmente Zé Francisco, que se intitula empreendedor sertanejo; a jornalista e blogueira Paula Theotonio e o historiador e professor Elson Rabelo.

Camila Pitanga falou sobre a preparação para a novela na abertura do evento
(Foto: Globo/Renato Wrobel)

Do elenco de ‘Velho Chico’, Camila Pitanga falou sobre as gravações da novela e a importância do rio São Francisco na abertura do evento, que contou ainda com pocket show de Lucy Alves e com a leitura de ‘causos’ de pescadores por Renato Góes.

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“Velho Chico” fala de amor: pelo rio, pela natureza, pela terra, pelo nosso país. E foi com muita emoção que as primeiras imagens da novela foram apresentadas aos convidados na noite desta segunda-feira (07), no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. No palco, estavam o diretor artístico Luiz Fernando Carvalho e as três gerações que levam ao ar a saga da próxima novela das nove, Benedito Ruy Barbosa, sua filha Edmara Barbosa e seu neto, Bruno Luperi.

Não por acaso o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, foi o local escolhido para ambientar o lançamento de “Velho Chico”. O espaço convida o público a refletir sobre o amanhã, assim como a novela nos leva a uma viagem que atravessa gerações, com a história de um grande amor que supera o tempo.

O rio São Francisco foi a grande inspiração para a festa, desde a idealização do evento até a sobremesa do cardápio.  Uma exposição interativa recebeu os convidados, provocando um incrível passeio pelas curvas deste rio, representado pelos espaços do museu.

Logo na entrada, uma enorme carranca, cercada por lendas misteriosas, como a da temida serpente da ilha do fogo, que presa por três fios do cabelo de Nossa Senhora testemunha juras de guerra e paz. No corredor lateral do museu, que representa a margem do rio, duas pequenas casas ribeirinhas recriavam o vilarejo onde o visitante poderia entrar e conhecer histórias de amor que foram compartilhadas pelo público através da plataforma redeglobo.com.br/riosdeamor. Os depoimentos emocionantes fazem parte da ação especial “Rios de Amor”, um coletivo de romances inesquecíveis.

Em seguida, o público pôde apreciar as exuberantes imagens das paisagens naturais produzidas ao longo das gravações pelo Nordeste. As fotos foram exibidas na vela de um dos maiores símbolos do São Francisco, a canoa de tolda. As toldas são embarcações típicas da região e adaptadas para descer o rio, a favor do vento, com o pano aberto. Os figurinos de alguns personagens da novela e outras indumentárias originais da região também compuseram a exposição. Na outra lateral do museu, 160 cidades que cortam o rio foram homenageadas por balões iluminados, com tags onde estavam impressos os nomes destes locais.

O cardápio foi criado especialmente para o evento por Flávia Quaresma e sua equipe, baseado em pesquisas sobre as características culinárias de cada região por onde passa o rio São Francisco. Entre as iguarias servidas estavam: peixe no cajú e crocante de aipim, bruscheta de ratatuile do sertão e queijo de cabra, couscous de milho, linguiça artesanal, cebola crocante e queijo araxá, bobó de camarão e farinha de copióba, paçoca de pato, banana passa e castanha de caju, bolo de rolo, queijadinha com queijo artesanal, entre outros. E o Nordeste, onde é ambientada a novela, esteve representado também na pista de dança, comandada pela DJ Lili Prohmann. Em suas viagens pelo interior do país, ela se apaixonou pelos ritmos regionais, entre eles o coco, o maracatu, o samba de roda e a ciranda.

‘Velho Chico’ é uma novela de Benedito Ruy Barbosa, escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi, com direção artística de Luiz Fernando Carvalho.

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‘Velho Chico’ – bastidor/ retrato – Raso da Catarina – Maria Tereza (Julia Dalavia) e Santo (Renato Góes)
(Foto: Globo/Caiuá Franco)

Maria Tereza (Julia Dalavia) e Santo (Renato Góes) conseguem driblar os sentimentos de vingança que atravessam as histórias de suas famílias. Os jovens se amam e se permitem viver esse amor. Mas o casal não escapa do ciúme. Não do ciúme que um sente pelo outro, mas por um sentimento que eles despertam nos corações de pessoas bem próximas a eles.

Cícero (Pablo Morais), filho de Doninha (Barbara Reis) e Clemente (Julio Machado), é um deles. Ele foi criado junto com Maria Tereza na fazenda de Grotas. Ela o considera seu melhor amigo, mas o menino, ao longo dos anos, acaba nutrindo muito mais que uma amizade pela filha dos patrões. Esse foi seu erro.

Cícero não é bobo e logo percebe uma mudança de comportamento em Maria Tereza depois que ela engata um romance secreto com Santo. A desconfiança vira certeza quando o jovem flagra o casal numa cachoeira perto da fazenda Piatã. Ali, o ódio se torna maior que qualquer sentimento.

Velho Chico – Raso da Catarina – Maria Tereza (Julia Dalavia)
(Foto: Globo/Caiuá Franco)

Maria Tereza não tem ideia da paixão desmedida de Cícero, mas ele não perdoa e se vinga. Ao chegar em Grotas, diante de Afrânio (Rodrigo Santoro), ele deixa escapar que Maria Tereza estava se encontrando com Santo. A revelação desperta a ira do coronel.

Santo, por outro lado, também não desconfia que Luzia (Larissa Góes), filha adotiva de Capitão Rosa (Rodrigo Lombardi) e Eulália (Fabíula Nascimento), é completamente apaixonada por ele, apesar de terem sido criados como irmãos. E ela não vai medir esforços pra fazer valer esse amor. Quando Maria Tereza é levada para um convento na capital, Luzia consegue interceptar as cartas de amor endereçadas a Santo. Assim, ele não fica sabendo que seu grande amor espera um filho dele.

‘Velho Chico’ é uma novela de Benedito Ruy Barbosa, escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi, com direção artística de Luiz Fernando Carvalho.

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