Lícia Manzo falou sobre sua nova novela, “Sete Vidas” 
(Foto: Globo/Estevam Avellar)

Lícia Manzo estreou como autora aos 15 anos, assinando o primeiro texto encenado pelo grupo Além da Lua, fundado por ela e vencedor do Prêmio Molière como o melhor grupo de teatro para crianças, em 1984.  Há quase 20 anos na Globo, escreveu para os humorísticos ‘Sai de Baixo’, ‘Retrato Falado, ‘A Diarista’, entre outros, e foi criadora do seriado ‘Tudo Novo de Novo’, com direção geral de Denise Saraceni, em 2009. Em 2011, emplacou sua primeira novela, ‘A Vida da Gente’.

Mestre em Literatura Brasileira pela PUC/Rio, publicou o ensaio biográfico “Era uma vez: eu – a não-ficção na obra de Clarice Lispector”, indicado para o Prêmio Jabuti, em 2003.  Autora do sucesso teatral “A História de Nós 2” (indicado para o Prêmio Shell na categoria melhor texto),  e do espetáculo “Aquela Outra”, com direção de Clarice Niskier.

Em recente entrevista para a Globo, Lícia Manzo contou quem são suas inspirações para escrever, e como foi a escolha do elenco da trama.

Sete Vidas trata de um tema contemporâneo que são os novos arranjos familiares. Como foi trazer esse tema para uma novela?

Relações humanas, familiares, tendem a ser, desde sempre, meu principal interesse.  No caso de ‘Sete Vidas’, o que me capturou foi a possibilidade de repensar a noção de família a partir de um acontecimento real: um site onde meio-irmãos gerados via doador anônimo são capazes de se encontrar. Ao assistir, por conta da pesquisa que empreendi para este projeto, ao documentário inglês Donor Unknown, que registra o encontro real de 12 meio-irmãos nos Estados Unidos, o que me mobilizou foi a disponibilidade afetiva daquele grupo de jovens até então desconhecido, com backgrounds financeiros, culturais, familiares, absolutamente diversos.

Em um primeiro momento, os irmãos têm em comum apenas o componente genético. O que os mantêm unidos?

Num mundo onde a competição e o individualismo parecem cada vez mais ganhar terreno, o movimento desses irmãos segue na direção contrária, buscando conexão, pertencimento. No que diz respeito às novas famílias,  penso que onde falta tradição é o afeto que irá legitimar todos os laços.

E o lado do doador nesse processo?

Em ‘Sete Vidas’ parto da possibilidade dramática de um jovem que teria feito estas doações como forma de ajudar no próprio sustento. Nos Estados Unidos, recebe-se, em média, 100 dólares por doação. No caso de Miguel, nosso protagonista, ele é expulso da casa do pai aos 16 anos e viaja sozinho para Los Angeles, onde, num ato pouco refletido, opta por fazer as tais doações.  O que jamais poderia prever, no entanto,  é que 30 anos depois as sete vidas geradas por ele desta forma iriam cruzar seu caminho.

Essas novas formações familiares são ainda pouco discutidas pelas pessoas. Como você se preparou para abordar a questão?

Com muita pesquisa, naturalmente, já que parto de uma situação real.  As liberdades da ficção existem, mas não podem desconsiderar as necessidades da verossimilhança. De todo modo, meu preparo para abordar a questão foi, sobretudo, de ordem interna – ao pensar e refletir longamente sobre o assunto. Em ‘A Vida da Gente’ havia a questão do coma da protagonista que nos remetia a um lugar incômodo: o coma parece estacionado na fina fronteira entre vida e morte, e a verdade é que estamos habituados a um modo de pensamento simplificador ou binário: ou a pessoa está viva ou morta. Mas e quando alguém não está propriamente vivo nem morto? E quando surge a possibilidade de uma família que abarca 7, 20, 80 meio-irmãos até então desconhecidos? Temas como esses me fascinam pela impossibilidade de marcarmos um ‘X’ na resposta correta. Não há resposta certa, adequada, nesses casos. O que existem são perguntas, me parece, capazes de chacoalhar nossas crenças e convicções mais profundas.

Como foi a escolha do elenco? 

Um processo muito harmônico meu e do Jayme na busca por atores que pudessem contribuir com certa carga de realismo.  Há em ‘Sete Vidas’ o desejo de evitar um excesso de ‘glamourização’ que poderia trair a intenção de aproximar os personagens de algo familiar, reconhecível para o publico.

Este é o seu segundo trabalho com o Jayme Monjardim. Como é essa parceria?

Muito feliz e produtiva. Assim como eu, Jayme é extremamente detalhista e temos intimidade e confiança suficiente para botar na mesa nossos pontos de vista e discordar quando necessário – o que para mim é a base de uma parceria verdadeira.

Quem são as suas inspirações para escrever? E de que forma elas influenciam no seu processo autoral?

Um balaio desordenado de inspirações, que me influenciam inteiramente. A novela é um processo acelerado, industrial, e a sensibilidade, a inspiração, costumam ser atributos do ócio. Por isso gosto de trabalhar em casa, ao alcance dos meus livros, aos quais recorro quando me sinto esvaziada. Às vezes um trecho sublinhado da Clarice, do Pessoa, me sintoniza e ampara na construção de uma cena. Fragmentos de conversas com meus amigos, minha filha. Coisas que me disseram e que seguem comigo porque me tocam.  Ouvir uma canção que evoque para mim um determinado sentimento: a música tem o poder de te transportar para outro lugar, outro registro.  Mas por detrás destes suportes algo etéreos, existe a referência concreta das novelas que vi e que me formaram: ‘A Escrava Isaura’, ‘Vale Tudo’, ‘Laços de Família’, entre tantas outras. Assim como a novidade que são essas séries maravilhosas, e por isso vou citar algumas que fizeram minha cabeça e coração: ‘My So Called Life’, ‘Once and Again’; ‘Enlightened’; ‘The Slap’…

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Pedro (Jayme Matarazzo) ampara Júlia (Isabelle Drummond)
(Foto: Globo/João Miguel Júnior)

O início da nova novela das seis, “Sete Vidas”, será marcado por protesto, e um certo desencontro entre irmãos que em meio a confusão acabarão se sentindo atraídos um pelo outro.

Júlia (Isabelle Drummond) anda ansiosa. Após descobrir que foi gerada via inseminação artificial, ela se inscreve em um site que ajuda pessoas a localizarem meio-irmãos através do número de registro do doador anônimo. Mas o tempo passa e ela continua sem qualquer resposta. Durante uma conversa com Elisa (Leticia Collin), sua prima e confidente, Júlia chega a cogitar que o melhor mesmo é tirar essa história da cabeça, mas justamente nesse momento ela recebe a ligação de Pedro (Jayme Matarazzo). Decidido, o rapaz, que acaba de encontrar o contato da possível meia-irmã, não hesita em procurá-la, ainda mais porque os dois moram na mesma cidade. Júlia e Pedro marcam um encontro para mais tarde, durante uma manifestação pacífica contra a instalação de uma indústria química. Eles combinam o local e dizem um ao outro como estarão vestidos.

Pedro (Jayme Matarazzo) e Júlia (Isabelle Drummond) se conhecem
(Foto: Globo/João Miguel Júnior)

Só que na hora marcada, a manifestação ganha outros contornos. Entre fumaça e jatos d’água, Júlia luta para chegar até Pedro, mas no caminho acaba tirando o casaco que a identificaria. Tentando se proteger da confusão, Pedro também tira seu casaco e vai buscar abrigo em uma ruela, onde encontra uma menina desorientada: Júlia. Ele a protege e os dois permanecem juntos tentando sair daquele lugar. Uma atração instantânea surge entre eles e quando Pedro decide levar a atraente desconhecida para casa, o destino lhe prega uma peça. Ele, assustado e sem querer acreditar, identifica o casaco da garota. “Júlia…”, ele balbucia, esperando uma confirmação. “Pedro…”, ela responde, num sopro.

As cenas estão previstas para ir ao ar a partir desta segunda-feira, dia 09. “Sete Vidas” é escrita por Lícia Manzo e tem direção de núcleo e geral de Jayme Monjardim.

Pedro (Jayme Matarazzo) e Júlia (Isabelle Drummond) se conhecem
(Foto: Globo/João Miguel Júnior)

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Lígia (Deborah Bloch) e João (Domingos Montagner)
(Foto: TV GLOBO / João Miguel Júnior)

A primeira semana da nova trama das seis, “Sete Vidas”, da autora Lícia Manzo, já promete fortes emoções. Em seu início, o folhetim já contará com a tragédia de Miguel (Domingos Montagner) na Antártica, e ainda, Pedro (Jayme Matarazzo) e Júlia (Isabelle Drummond), irão enviar uma carta para o pai biológico. Confira.

Capítulo 001

Lígia e Miguel namoram. Júlia descobre que seu tipo sanguíneo não é compatível com seu pai. Marta se recusa a falar com Júlia sobre sua paternidade. Lauro repreende Miguel por não ter contado a Lígia sobre sua viagem. Lígia se enfurece com Irene por ter comentado sobre sua promoção com Dália. Marta humilha Guida. Miguel ouve uma conversa entre Irene e Lígia. Marta conta para Júlia que ela foi gerada em uma clínica de fertilização. Miguel termina seu relacionamento com Lígia. Júlia recebe uma ligação de Pedro, que lhe pede um encontro. Isabel avisa a Lígia que Miguel vai viajar. Lígia pede para reatar com Miguel e passa a noite com ele. Pedro e Júlia se encontram, sem saber quem são. Miguel deixa Lígia e parte para sua viagem. Pedro e Júlia se desesperam ao descobrir a identidade um do outro.

Capítulo 002

Pedro e Júlia tentam encontrar semelhanças entre eles. Miguel pensa em Lígia. Irene discute com a irmã. Marta questiona a filha sobre o jantar. Miguel oferece carona para uma alpinista. Pedro vai jantar na casa de Guida e Rosa percebe seu incômodo na presença do rapaz. Bia ajuda Miguel no barco. Lígia decide mudar seu visual e pede ajuda a Irene. Lauro avisa a Miguel que uma tempestade se aproxima, mas ele decide partir em sua expedição.

Capítulo 003

Miguel escreve em seu diário de bordo. Lauro comenta com Isabel os traumas sofridos por Miguel. Lígia sofre ao lembrar do namorado. Edgard convida Júlia para uma festa e a menina insiste em levar Pedro com ela. Isabel afirma a Irene que Lígia irá se recuperar. Júlia sugere que ela e Pedro tentem descobrir quem é o doador de número 251. A embarcação de Miguel segue no meio de um nevoeiro. Júlia e Pedro visitam a clínica de fertilização. Lauro se preocupa com Miguel. Júlia e Pedro escrevem uma carta para o doador 251. Miguel se apavora ao ver um iceberg avançar contra sua embarcação.

Capítulo 004

Miguel consegue manobrar o barco com dificuldade. Lígia tenta recuperar sua promoção. Pedro apresenta um amigo para Júlia. A tempestade chega até o barco de Miguel, que luta por sua vida. Pedro comenta com Vicente sobre o descaso de Marta com Júlia. Guida teme ao saber que a sobrinha não contou para a mãe sobre a carta para seu pai biológico. Elisa confessa a Júlia que se sente culpada pelas humilhações sofridas pela mãe. Um enorme iceberg entra em rota de colisão com o barco de Miguel. Lígia se desespera ao chegar em casa e ouvir uma mensagem de Miguel. Lauro e Lígia seguem para a Antártica atrás de notícias sobre o naufrágio. Uma embarcação encontra os destroços do barco de Miguel.

Capítulo 005

Miguel não é encontrado e Lígia se desespera. Júlia comenta sua decisão de mudar de faculdade com Edgard. Lígia anuncia sua gravidez à família. Lauro lê a carta de Júlia e Pedro para Miguel e conta para Lígia. Caio reclama da rotina de trabalho de Irene. Lígia decide responder à carta de Júlia e Pedro com a notícia da morte de Miguel. Irene não aceita a escolha da irmã de conhecer os filhos de Miguel. Pedro e Júlia decidem ir à cerimônia em homenagem ao pai biológico. Lígia e Vicente conversam entrosados. Lauro discursa na cerimônia.

Capítulo 006

Marta discute com Júlia. Lígia tem uma visão de Miguel. Lígia afirma a Irene que lerá o diário de bordo de Miguel com Pedro. Júlia decide viajar com Edgard. Lígia se emociona quando Pedro lê o diário de bordo de Miguel. Edgard pede uma chance para Júlia. Vicente se compromete a ajudar Lígia. Guida ouve a conversa de Júlia e Elisa sobre Pedro. Vicente e Pedro ajudam Lígia durante toda a gestação. Nasce Joaquim. Lígia e Vicente decidem se casar. Júlia volta de viagem. Iara reclama de Lígia. Lígia avista Miguel.

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Depois de interpretar Juliana, na trama das nove, “Em Família”, no ano passado, agora, Vanessa Gerbelli dará vida à Marina, na nova novela das seis, “Sete Vidas”.

Com cabelo curto e mais claro, Vanessa está pronta para dar vida à sua personagem no novo folhetim das 18h. Na coletiva de imprensa de “Sete Vidas”, a atriz mostrou o novo visual e contou que a transformação é importante e ajuda na composição da personagem

“Marina é bem diferente de mim. É uma mulher que corre o mundo e não tem nenhum pouco de raiz. Ela não para em lugar nenhum”, adianta Gerbelli. Será que ela já se identifica com Marina? “Uma pessoa muito diferente de mim. Eu sou supercaseira, superfamília. Quero aprender muito com ela, ela não tem medo de nada”, disse a atriz.

Sobre a mudança das madeixas, Gerbelli explica que teve o aval do diretor Jayme Monjardim e aos poucos foi clareando os fios. Por fim, ela escolheu o corte.

Vanessa Gerbelli muda visual para viver Marina em “Sete Vidas” (Foto: GShow)

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Débora Bloch e Domingos Montagner em “Sete Vidas” (Foto: João Miguel Júnior/ TV Globo)

A busca por isolamento. A necessidade de comunhão. Um desbravador que embarca numa arriscada expedição rumo à Antártica.  Um grupo de jovens gerados via doação de sêmen que, através da web, sai em busca de meios-irmãos. A partir destes dois acontecimentos centrais está armada a trama de “Sete Vidas”.

Miguel (Domingos Montagner) é um homem marcado por uma tragédia, que guarda um segredo em seu passado.  Solitário e esquivo, ele faz questão de manter-se livre de laços ou amarras até que conhece Lígia (Debora Bloch), por quem inesperadamente se apaixona.

Domingos Montagner sofrerá acidente na Antartica
(Foto: TV GLOBO / João Miguel Júnior)

Incapaz de se entregar a este amor, Miguel planeja uma expedição arriscada e sem prazo de volta à Antártica, onde pretende refugiar-se da intensidade de seus sentimentos. Nos mares gelados, Miguel sofre um acidente e é dado como morto, enquanto Lígia – acreditando ter perdido para sempre o amor de sua vida – descobre que está grávida.

Ao mesmo tempo, Júlia (Isabelle Drummond), jovem gerada via inseminação artificial, de posse do número de registro de seu doador anônimo, descobre, através de um site especializado, que possui um meio-irmão, Pedro (Jayme Matarazzo). Os dois marcam um encontro que, por uma série de circunstâncias, acaba se frustrando. Na volta para casa, inadvertidamente, esbarram-se ao acaso, sem saber quem são.  Da breve confusão, resulta uma atração recíproca, que fará com que iniciem então um convívio marcado pelo peso deste amor impossível.

Isabellle Drummond e Jayme Matarazzo serão irmãos apaixonados em nova novela das seis (Foto: Globo/ Divulgação)

Decididos a sublimar essa paixão, passam a conviver unidos pelo objetivo de romper o anonimato que envolve a origem de ambos. Para tanto, deixam uma carta na clínica onde foram concebidos. A carta é encaminhada para o doador de numero 251 – pai biológico de Pedro e Júlia – e aberta por sua mulher: Lígia, a esta altura supostamente viúva. Grávida de um meio-irmão dos dois, Lígia decide conhecer Pedro e Júlia pessoalmente.

Num jantar na casa de Pedro, Lígia fala sobre Miguel e seu trabalho. O rapaz logo aponta uma afinidade com o pai biológico: o interesse pela questão ambiental, especialmente biologia marinha, que cursa na faculdade.  Na mesma noite, Lígia conhece Vicente (Angelo Antonio), pai de criação de Pedro, que se interessa por ela.

Ao longo de meses de convívio, surge aos poucos um envolvimento. Certa de que perdeu o amor de sua vida, mas encontrou um companheiro e pai maravilhoso para seu filho, Lígia aceita se casar com Vicente.

No dia seguinte ao casamento, Lauro (Leonardo Medeiros) – antigo parceiro de trabalho de Miguel – depara-se, em choque, com a volta de seu velho amigo: Miguel está vivo – embora abatido e, em parte, desmemoriado.  Resgatado quase sem vida por um pesqueiro clandestino, ainda na Antártica, Miguel foi abandonado em um pequeno vilarejo. Durante um ano, incapaz de lembrar-se do próprio nome ou origem, foi acolhido por uma colônia de pescadores. Aos poucos, foi desembaraçando fios e juntando peças que o trouxeram de volta até o momento presente.

Diante de Lauro, Miguel pede notícias de Lígia e ouve do amigo que ela está casada, e mais: seu marido é pai de criação de um dos dois filhos biológicos de Miguel, nascidos a partir de uma doação que ele fizera no passado.

Angustiado por essa revelação e pela incômoda lacuna em seu passado remoto –  que não consegue acessar –  Miguel vai à casa de seu pai, Augusto, em busca de respostas.  Lá, é assaltado pelo trauma que o perseguiu a vida toda: a culpa pela morte de sua mãe.  Destruído, com amor próprio e confiança abalados, Miguel decide, mais uma vez, que ir embora é a única saída: ficar e revelar-se para Lígia só iria arruinar a estabilidade de sua  família – como, no passado, ele acabou fazendo com a sua. Implorando a Lauro que guarde segredo, Miguel desaparece novamente, preferindo ser dado como morto.

Ao mesmo tempo, uma jornalista – colega de trabalho de Lígia – se interessa pela história dos meios-irmãos, filhos de um mesmo doador, e resolve entrevistar Pedro e Júlia. A matéria é publicada e um novo meio-irmão surge em cena: Bernardo (Ghilherme Lobo). Adolescente problemático, carente de um referencial masculino em sua vida, Bernardo recebe Pedro e Júlia com certa desconfiança. Morador de um bairro de periferia em Belo Horizonte, Bernardo vive metido com más companhias. A pedido de sua mãe, Marlene (Cyria Coentro), Bernardo acaba embarcando para o Rio de Janeiro com Pedro e Júlia para livrar-se de uma enrascada. Bem recebido na casa do meio-irmão, Bernardo, aos poucos, irá buscar em Pedro o referencial paterno que tanto lhe faltava.

Personagem de Thiago Rodrigues em “Sete Vidas” terá duas mães
Crédito: Globo/João Miguel Júnior

Dias depois, a mesma matéria publicada fará com que a ‘nova família’ aumente ainda mais: Laila (Maria Eduarda Carvalho) e Luís (Thiago Rodrigues), gêmeos, filhos do casal formado por Esther (Regina Duarte) e Vivian, já falecida, contatam os irmãos na intenção de conhecê-los.  Com personalidades diametralmente opostas, Laila e Luís vivem em um cabo de guerra: ela é irreverente, impulsiva, incapaz de permanecer em um mesmo relacionamento, cidade ou emprego; ele é um advogado de sucesso, que sustenta há anos um casamento desgastado.

O desejado convívio entre os seis novos meios-irmãos, entretanto, logo será abalado: incapazes de controlar os sentimentos que nutrem um pelo outro, Pedro e Júlia acabam cedendo a um beijo que irá apartá-los. Profundamente culpados, chegam à conclusão de que não devem mais conviver.

Influenciado pelos escritos de seu pai biológico, Pedro parte para um doutorado num Instituto de Oceanografia em Fernando de Noronha. Lá, conhece um brilhante professor, que, por algum motivo, o trata com notável distanciamento. Este professor é Miguel – conhecido em Noronha por seu primeiro nome, João. Ao reconhecer Pedro – que chegou a ver brevemente em sua vinda ao Rio, incógnito – procura evitar o filho a todo custo, mas logo o convívio entre os dois se torna inevitável.

Certa noite, num ímpeto, Pedro lhe fala sobre seu amor impossível pela meia-irmã, Júlia. Para poupar o filho de tamanho sofrimento, João/Miguel dá um primeiro passo para fora de seu casulo e apresenta a ele uma bela mergulhadora e bióloga marinha – Taís (Maria Flor), com quem Pedro acaba se envolvendo. Com isso, sua relação com o filho – que sequer desconfia de sua identidade – evolui para uma amizade inesperada. Por meses a fio, Miguel se conforma em viver atormentado por esse segredo, e pela lembrança de tudo o que deixou para trás. Mas quando fica sabendo do surgimento de um seu sétimo filho, Miguel se verá num beco sem saída: Felipe (Michel Noher) sofre de uma doença autoimune e a sua única chance de sobrevivência é um transplante de fígado de um doador compatível.

Após uma bateria de testes, descobre-se então que nenhum dos irmãos se qualifica para a cirurgia. Uma alternativa poderia ser o pai biológico – o doador que todos imaginam estar morto.  Sem alternativa que não seja a verdade, Miguel irá se revelar, provocando uma revolução na vida de todos.

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Domingos Montagner fala gravações de “Sete Vidas”
(Foto: TV GLOBO / João Miguel Júnior)

Na manhã desta terça-feira, dia 10, elenco e equipe da próxima novela das seis, “Sete Vidas”, estiveram reunidos em um estúdio do Projac, no Rio de Janeiro, para receber a imprensa e apresentar as primeiras imagens da novela de Lícia Manzo, com direção geral e de núcleo de Jayme Monjardim. E foram os dois que convidaram a todos para assistir ao clipe. Elenco e imprensa ouviram, atentos, o que o diretor e a autora falaram sobre a trama, que tem como ponto de partida a história de Miguel (Domingos Montagner), um aventureiro solitário que se apaixona por uma mulher, Lígia (Deborah Bloch), mas decide fugir desse sentimento e embarca em uma viagem sem data de retorno para a Antártica. Mais tarde, refeito de um acidente, ele descobre que além do filho que teve com seu grande amor, Lígia,  é pai de outros seis jovens, que foram gerados por conta de uma doação de sêmen que fez na juventude. “A família se transformou de forma profunda. Onde falta tradição, o afeto legitima os laços. Assim que soube que meio-irmãos filhos de doadores se procuram com intenção de conviver como família, percebi que seria um tema perfeito para uma novela”, contou a autora Lícia Manzo.

O diretor ressaltou que é na simplicidade que a trama de “Sete Vidas” se desenvolve. “Tornar atraente o simples, o comum, não é tarefa fácil”, explicou o diretor-geral e de núcleo Jayme Monjardim.  E orgulhoso com o desafio de interpretar um velejador de personalidade complexa, Domingos Montagner falou com  entusiasmo sobre o período de quase 30 dias de gravação na Patagônia Argentina. “Foi uma experiência inesquecível. Gravei quase dez dias dentro de um barco em meio aos icebergs, isolado. Tudo isso foi determinante para incorporar o espírito aventureiro e introspectivo do Miguel”, disse o ator.

Além de Domingos Montagner e Debora Bloch, Jayme Matarazzo, Isabelle Drummond, Angelo Antonio, Regina Duarte, Ghilherme Lobo, Maria Eduarda Carvalho, Thiago Rodrigues, Michel Noher, Maria Flor, Malu Galli, Mariana Lima, Leonardo Medeiros e Letícia Colin, entre outros, integram o elenco de ‘Sete Vidas’.

Com estreia prevista para o dia 09 de março, a próxima novela das seis, ‘Sete Vidas’, é escrita por Lícia Manzo e tem direção de núcleo e geral de Jayme Monjardim.

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Irene (Malu Galli)
(Foto: Globo/Alex Carvalho)

Assim como sua irmã, Lígia (Debora Bloch), Irene (Malu Galli) foi incentivada pela mãe, Dália (Selma Egrei), a sempre investir todas as fichas na carreira profissional e nunca depender de homem algum para ter uma situação financeira confortável.

Irene tem um alto cargo em uma agência de publicidade e, devido às longas jornadas de trabalho, quase não prioriza os momentos a sós com o namorado, Caio (Fernando Alves Pinto), e vive adiando a maternidade. Até que Caio não suporta mais a situação e se separa de Irene. Após o baque inicial, ela aceita a perda e se envolve com o colega de trabalho Vinícius (Emilio de Mello), tão workaholic quanto ela. Irene se vê incomodada e sente na própria pele o quanto é ruim ter alguém pouco disponível ao seu lado. A vida devotada à empresa começa a ficar sem sentido e ela decide que quer ser mãe.

Na agência de publicidade, Irene conhece Diana (Bianca Comparato), moça humilde que trabalha na limpeza. Ela está grávida e não tem condições de criar o bebê. Irene decide adotar a criança e passa a assumir todos os cuidados com a mãe, acompanhando ela nas consultas médicas  e orientando a alimentação.

Diana, que nunca se sentiu protegida e amparada, passa a ter Irene como uma referência de família, e isso revela para ela a vontade de criar e proteger o próprio filho, o que coloca em cheque o que combinou com Irene.

Com previsão de estreia para março, a próxima novela das seis, Sete Vidas, é escrita por Lícia Manzo e tem direção de núcleo e geral de Jayme Monjardim.

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Marta terá objetivo de se tornar rica e poderosa (Foto: Globo/João Miguel Júnior)

Marta (Gisele Fróes) é o tipo de pessoa que não deixa o acaso guiar sua vida. Assertiva e preocupada, especialmente, com as aparências, ela sempre vai em busca daquilo que almeja.

Nascida em família de classe média, seu maior objetivo sempre foi se tornar rica e poderosa. O casamento com o grande empresário industrial Cesário, já falecido, é o salto que precisava para conquistar uma posição na sociedade. Marta acaba driblando a esterilidade do marido e consegue engravidar. Ela enxerga na maternidade a melhor forma de garantir-se como herdeira. No entanto, a relação com a filha, Júlia (Isabelle Drummond), sempre foi difícil, apesar do esforço da menina em buscar uma conexão afetiva verdadeira com a mãe.

Mas apesar de todas as conquistas, Marta só se considera uma vencedora, de fato, após montar seu próprio negócio: um luxuoso espaço para eventos. Além disso, voltar a ser uma mulher casada, passou a ser um objetivo. E ela acaba fisgando Eriberto (Fabio Herford), um leiloeiro culto e de boa aparência. Seria o homem perfeito para figurar ao seu lado, não fosse suas conversas sentimentais e sua natureza mais subjetiva, que demandam tempo e atenção de Marta. Para dar conta desse lado do marido, Marta, que é uma mulher pragmática, apresenta a ele um amigo que compartilha dos mesmos gostos, Renan (Fernando Eiras). Ele faz companhia a Eriberto nas vernissages e óperas, que ele tanto ama, e ela ganha um tempo livre só pra ela.

Com previsão de estreia para março de 2015, a próxima novela das seis, Sete Vidas, é escrita por Lícia Manzo e tem direção de núcleo e geral de Jayme Monjardim.

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Letícia Colin viverá modelo com transtornos alimentares em “Sete Vidas” (Foto: Globo/Alex Carvalho)

Elisa (Letícia Colin) cresceu com a sensação de ser muito diferente de todos, sobretudo, por conta de sua dificuldade de aprendizagem. Sua mãe, Guida (Claudia Mello), dedicou tempo e recursos no desenvolvimento da filha, deixando de cuidar de si própria e se sujeitando às humilhações da irmã, Marta (Gisele Fróes), para quem trabalha. Toda essa situação incomoda profundamente Elisa, que sonha em ganhar seu próprio dinheiro para libertar a mãe do domínio da tia.

A oportunidade chega muito antes do que ela poderia imaginar. Durante um almoço com a prima, Júlia (Isabelle Drummond), ela recebe uma proposta tentadora de um olheiro: se tornar modelo. A mãe é contra, pois acredita que a filha acabará abandonando a faculdade de medicina. Mas Elisa, convencida pela prima, aceita o convite e logo faz sua primeira sessão de fotos.

O mundo da moda torna Elisa uma mulher bonita e sensual, mas sua baixa autoestima não a deixa se sentir bem e adequada. E, para se encaixar nos altos padrões exigidos nesse universo, a jovem começa uma secreta luta contra a balança e acaba adquirindo sérios transtornos alimentares.

Com previsão de estreia para março, a próxima novela das seis, “Sete Vidas”, é escrita por Lícia Manzo e tem direção de núcleo e geral de Jayme Monjardim.

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Apaixonados, Pedro e Júlia irão se separar após descobrirem que são irmãos (Foto: Globo/João Miguel Júnior)

Na vida, há situações contra as quais não há como lutar. Uma delas é o amor entre duas pessoas. Mas nem sempre as histórias embaladas pelo coração são fáceis, possíveis. É o que acontece com Júlia (Isabelle Drummond) e Pedro (Jayme Matarazzo).

Bonita e rica, Júlia está longe de ter uma vida de princesa. Ela enfrentou uma infância difícil após a morte precoce do pai e, filha única, passou a conviver apenas com a mãe arrogante e autoritária, Marta (Gisele Fróes). Até que um dia percebe que sua vida é ainda mais complicada. Júlia descobre que foi gerada a partir de um doador anônimo, já que seu pai não podia gerar filhos. Através de um site, em que meio-irmãos podem localizar uns aos outros, tendo em mãos apenas o registro do doador, ela chega a Pedro (Jayme Matarazzo). Júlia marca um encontro com ele, entusiasmada com a ideia de que não está sozinha no mundo.

Pedro perdeu a mãe cedo e foi criado por Vicente (Angelo Antonio), um homem íntegro e de ótimo coração, a quem sempre foi muito ligado. Ao contrário de Júlia, Pedro nunca sentiu falta de atenção e afeto. Mas sua personalidade corajosa e idealista o deixa inquieto, e ele resolve sair em busca de suas origens.

No dia em que Júlia e Pedro marcam de se conhecer, com local definido e roupa combinada para se identificarem, o acaso se manifesta e eles acabam se encontrando sem saber que podem ser meio-irmãos. Um interesse surge de imediato entre eles. E quando se dão conta de quem é um e outro, decidem conviver como irmãos e juntos buscarem informações sobre o pai.

Apaixonada pelo irmão, Júlia decidirá viver infeliz ao lado do ex (Foto: João Miguel Júnior)

No dia a dia, Júlia e Pedro descobrem muitas afinidades e interesses em comum. Com isso, a convivência passa a se tornar estranha, sofrida, e eles decidem parar de se ver. Júlia volta para o ex-namorado, Edgard (Fernando Belo), por quem nunca foi apaixonada. Pedro resolve estudar bem longe de casa.

Com previsão de estreia para março, a próxima novela das seis, “Sete Vidas”, é escrita por Lícia Manzo e tem direção de núcleo e geral de Jayme Monjardim.

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