Aguinaldo Silva. (Foto: Divulgação)

Aguinaldo Silva comentou a volta de uma das novelas mais faladas da história do Brasil, da qual ele foi um dos autores. “PARA SEMPRE VALE TUDO. Nunca antes na história deste país um trio de novelistas tão diferentes entre si deu tão certo. Leonor Basseres, Gilberto Braga e eu transformamos ‘Vale Tudo’ na novela das nossas vidas” escreveu ele em rede social.

Em seu site pessoal, ele seguiu comentando a volta da obra ao canal Viva: “Gilberto Braga era o porta-voz oficial da classe média pra cima até chegar à altíssima. Eu adorava cozinhar de pés descalços na minha ou em qualquer cozinha. E Leonor Bassères, a pessoa mais fina e bem educada que já conheci, era uma senhora malandra, moradora de Copacabana, que já passara por tudo na vida… E sobrevivera linda e loira”.

E seguiu: “A ideia de nos juntar foi do Boni, é claro. O grande homem que, segundo um amigo meu (que prefiro não nomear), se aposentou da televisão porque continuou grande, mas ela ficou pequena. E o resultado deste encontro foi ‘Vale Tudo’, que vocês poderão rever, reprisada pela segunda vez (agora no Canal Viva) a partir desta segunda-feira”.

“Não foi nada fácil escrever a novela. Eu morava no Jardim Oceânico, bairro ainda em construção na Barra da Tijuca; Gilberto numa cobertura no Flamengo e Leonor num apartamento no qual me perdi duas vezes no seu bairro querido e eterna fonte de personagens e tramas que era e ainda hoje é Copacabana”.

“Naquela época não havia computador, a internet não existia nem nos livros de ficção científica o descalabro que era a telefonia fixa, a cargo de uma estatal chamada Telerj (que o Diabo a tenha), fazia com que qualquer um que quisesse comprar um telefone o fizesse pagando sete mil dólares (sim, eu escrevi sete mil dólares) no câmbio negro”.

“Além disso tínhamos horários díspares. Gilberto dormia às 6h da manhã e acordava às 18h. Eu, madrugava como sempre: acordava às 6h e ia dormir à zero hora. E Leonor… Bem, me parece que ela não dormia, pois estava sempre elétrica, pimpona e saltitante”.

“Nossas reuniões eram na casa do Gilberto. Eu chegava mais cedo para evitar o trânsito, ia até a Churrascaria Gaúcha, comia uma baita de uma picanha regada a duas caipirinhas e, ligeiramente bêbedo, chegava pontualmente às 18h para a nossa reunião de trama e era recebido pelo mordomo Ângelo, que anunciava: “O dr. Gilberto já está acordando”.

“E eu ficava plantado lá na sala, junto com Leonor a olhar um pra cara do outro depois de esgotar todos os assuntos… E às vezes tínhamos a impressão que o dr. Gilberto não ia acordar nunca!”.

“Fazíamos uma reunião por semana. Tínhamos o mesmo peso criativo, mas era Gilberto quem redigia o resumo do bloco que íamos escrever na semana. Primeiro problema: ele só conseguia aprontar o bloco de madrugada e era preciso que ele estivesse na minha casa quando eu acordasse, pois era eu quem fazia as escaletas e distribuía as cenas (quem ia escrever o quê)”.

“Para fazer a ponte entre nós a Globo contratou um rapaz, de codinome Caju, que morava em Nova Iguaçu, e que, nas sextas-feiras, ficava plantado feito um pé de bananeira na casa de Gilberto à espera de um “resumo do bloco” que não saía nunca e às vezes só chegava em minha casa depois que amanhecera”.

“Como o meu prédio não tinha porteiro, nas sextas-feiras eu não dormia. Descia até a portaria de meia em meia hora, com medo que algum vizinho, de pura maldade, pegasse o envelope com o tal bloco da semana e o jogasse fora. Uma vez ele realmente não chegou e eu achei que isso tinha realmente acontecido”.

E seguiu: “Até que, por volta das 7h da matina, o coitado do Caju chegou e me entregou o envelope… E dele eu retirei a folha de papel na qual Gilberto escrevera duas parcas linhas: “Guigui, esta semana estou sem inspiração, pega a história da maionese e te vira”. Prestem muita atenção, queridos: a partir destas duas linhas eu teria que produzir seis capítulos de novela”.

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“A história da maionese, que rendeu uma semana de capítulos – não vou contar qual é pra não estragar a surpresa de quem ainda não viu a novela – foi responsável pela minha primeira crise hipertensiva e me levou a ficar um dia e meio na Casa de Saúde São Bernardo, então o único hospital decente a que se podia recorrer na Barra da Tijuca”.

“Vale Tudo” foi o que foi: uma novela. E a novela, meus caros, mais que qualquer outra coisa nesse ramo a que chamamos de “arte”, é o retrato mais fiel dos usos e costumes da realidade brasileira. Me apontem um livro (um só), ou um filme, ou uma peça de teatro que, nos últimos trinta anos, tenha conseguido retratar o drama brasileiro com mais fidelidade e força do que esta novela”.

“Eu sempre digo que, daqui a cem anos, quando alguém quiser saber como era o Brasil da segunda metade do século XX, não vai perder tempo lendo livros de sociologia ou antropologia ou filosofia, não: vai beber direto na fonte… E a fonte são as telenovelas”.

“Além de divertir pra caramba, Vale Tudo, escrita em 1988, aponta os trinta dedos dos seus três autores diretamente para o Brasil de agora. A canalhice já estava lá, ainda dentro do ovo da qual sairia toda essa vasta família de serpentes de serpentes com que agora somos obrigados a conviver”.

“Sim, ‘Vale Tudo’, como tantas outras novelas, será eterna. E eu sinto o maior orgulho de tê-la escrita junto com Gilberto e Leonor, que, naqueles meses de 1988 em que passamos juntos por tantas (des)aventuras, foram meus irmãos queridos… E, mesmo que Leonor não esteja mais entre nós, continuam sendo até agora”.

Silva, vale dizer, é autor também de A Indomada, que volta ao ar em breve também no Viva.

Aguinaldo Silva. (Foto: Reprodução/Twitter)

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Renata Sorrah em entrevista ao ‘Ofício em Cena’, na Globo News
(Foto: Globo/Estevam Avellar)

Como o TV Foco já informou na manhã deste sábado (13), a atriz Renata Sorrah revelou um detalhe curioso sobre o início de sua carreira. Por vergonha, já chegou a sentir medo do ator Aguinaldo Silva.  “Eu ficava gelada”, contou a atriz ao programa “Donos da História.

Curiosamente, parece que o medo fez amadurecer uma das melhores atrizes de sua geração na televisão brasileira. O maior sucesso veio justamente nas novelas de Aguinaldo, um dos grandes nomes na autoria de telenovelas no Brasil.

Atualmente, Renata está no ar como a Nazaré de “Senhora do Destino”, o maior papel de sua carreira. A atriz também se prepara para voltar com a personagem em “O Sétimo Guardião”, que vai ao ar em 2018. Ambos trabalhos de Aguinaldo.

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Aguinaldo Silva durante entrevista ao “Roda Viva”, na TV Cultura
(Foto: Reprodução/TV Cultura)

O autor Aguinaldo Silva, que recentemente se envolveu em uma nova polêmica com o apresentador Datena ao se referir a programas policiais como “circo trágico” e que “abusa da miséria alheia”, falou sobre o assunto ao TV Fama da RedeTV!

A estrela da Globo, admitiu que realmente pode ter pegado pesado e procurou evitar voltar a falar de Datena, o classificando como “Um fofo”, o que para muitos refletiu como uma grande ironia, claro! O fato é que Aguinaldo aproveitou a oportunidade para ressaltar que a TV produz aquilo que o público quer consumir e que por isso acredita que possa ter pegado um pouco pesado em sua declaração quanto a esse gênero de programa.

Entenda a polêmica: 

Tudo começou quando o autor da Globo, em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, criticou os programas policiais da TV brasileira, classificando-os como um “circo trágico” e que “abusa da miséria alheia”.

No “Brasil Urgente” de ontem (12), Datena rebateu as críticas de Aguinaldo, chamando o autor de “bobalhão”, e que “banaliza o crime” em suas novelas. Posteriormente, através das redes sociais, o autor escreveu: “Datena é um pândego. Ficou puto com meu comentário sobre programas policiais porque a carapuça lhe caiu à perfeição”.

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Lilia Cabral está confirmada na trama (Foto: Globo/João Cotta)

O autor Aguinaldo Silva, conhecido por suas novelas épicas no horário nobre da Globo, foi entrevistado pelo “Roda Viva”, da TV Cultura, na noite de segunda-feira (11). Na atração, ele revelou detalhes inéditos da sua próxima novela das 21h.

Segundo ele, o folhetim já tem data de estreia: 23 de março de 2018. Após uma sequência de histórias urbanas (‘Império’, ‘Fina Estampa’, ‘Duas Caras’, ‘Senhora do Destino’), ele voltará ao realismo mágico, mas conta poucos detalhes.

Sabe-se apenas que Lilia Cabral será a vilã, inspirada numa personalidade verídica. Outro projeto que ele prepara é o de uma minissérie batizada “Dentro da Noite”, título de um dos livros de João do Rio, jornalista e escritor que viveu no século XX.

“Naquela época o Rio não era a Cidade Maravilhosa, era a cidade da morte”, explicou Aguinaldo Silva sobre a história, que irá ao ar na TV paga ou serviço de streaming. Nela, o personagem da crônica carioca será o fio condutor de histórias de terror.

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(Foto: Divulgação)

O autor Aguinaldo Silva não permitirá que seja feito um remake da novela “Tieta”, um dos grandes sucessos que ele já fez. A trama foi ao ar em 1989, baseada no livro de Jorge Amado, e sobre uma possível adaptação, ele é curto e grosso, e diz que matará quem tentar.

“Se tentarem refazer, eu mato”, ameaçou em entrevista ao “Roda Vida”, da TV Cultura, nesta segunda-feira (11). “O remake NUNCA é melhor que o original. E quando o original virou um clássico, então… ‘Tieta’ é aquela ‘Tieta’ e acabou”, havia dito ele em seu Twitter.

A trama original foi estrelada por Betty Faria, tornando-se um clássico da teledramaturgia, abordando o fanatismo religioso, combate ao machismo e empoderamento feminino, prostituição de luxo, incesto, transexualidade e a modernização dos confins do Brasil.

A Globo reexibiu a novela no “Vale a Pena Ver de Novo” em 1994, e até hoje, ela é uma das mais pedidas pelo público do Canal Viva, emissora de reprises da Globosat, no entanto, questões jurídicas com direitos autorais e direito de imagem dos atores impediram isso.

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(Foto: Carol Caminha/Gshow)

Aguinaldo Silva foi um dos convidados do “Altas Horas” deste último sábado (02). No programa comandado por Serginho Groisman, o autor relembrou algumas de suas tramas e destacou a importância do elenco. “É um privilégio como autor ter a chance trabalhar com tão grandes e tão maravilhosos atores. Eu sou fã de ator”, disse.

Após rever a cena da morte da personagem Cora, vivida por Marjorie Estiano em “Império” (2014), Aguinaldo confessou que teve dificuldades em escrever a sequência. “Foi muito difícil matar a Marjorie, porque não era mais a Cora, era a Marjorie”, brincou. “Foi tão difícil, que depois eu fiz ela ter a noite de amor que ela tanto queria com o Comendador (Alexandre Nero)”, completou. Porém, ele ressaltou que quando avalia que a morte de um personagem é importante para o andamento da trama, não pensa duas vezes em realizar esta ação. “Quando tenho que matar nas tramas, eu não hesito”, disparou.

Sem citar nomes, o autor também sugeriu que já chegou a matar um personagem em uma de suas tramas por desavenças com o ator: “Não vou contar porque e nem quem foi”.

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(Foto: Divulgação / Rede Globo)

Anitta faz o maior sucesso nos palcos e agora se prepara para ganhar espaço também na TV. Convidada por Aguinaldo Silva, a cantora estará no elenco da próxima novela do autor para a Globo. E, sem falsa modéstia, garantiu que se prepara para tudo o que possa aparecer em sua carreira profissional.

“Se eu fosse sucesso viria esse tipo de convite. E eu tenho uma coisa que é me cobrar demais. Eu não queria deixar as pessoas na mão, não queria que pensassem que eu dava trabalho. Contratei uma coaching e ela me treinou, me deu aulas de interpretação. Toda semana eu tinha aula de interpretação, batia texto com ela, só para treinar mesmo. Não me acho uma boa atriz, mas também não dou trabalho. Eu chego lá e meu texto está decoradinho. Não sou a Fernanda Montenegro, mas ninguém tem trabalho comigo. Sempre que me convidam eu peço para a coaching me treinar”, contou Anitta.

Aguinaldo também falou que Anitta é discreta em sua vida pessoal, e ela explicou: “Não tenho vida privada mesmo, trabalho 24 horas por dia. Sou discreta em relacionamentos, porque pretendo assumir quando realmente for sério. Eu trabalho muito, mas de resto eu abro bem para meus fãs, família e amigos”. Quando questionada sobre construir uma família, ela respondeu: “Penso em um dia casar”.

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Anitta foi entrevistada por Aguinaldo Silva (Foto: Reprodução)

Os cantores estão cada vez mais próximos da teledramaturgia no Brasil. Após nomes como Ivete Sangalo, Manu Gavassi, Preta Gil e Lucas Lucco integrarem o elenco de novelas da Globo, a próxima a embarcar no mundo fictício pode ser Anitta.

Autor de novelas como “Senhora do Destino” e “Fina Estampa”, Aguinaldo Silva entrevistou a funkeira e pediu uma música exclusiva para o seu próximo folhetim das nove e a convidou pessoalmente para fazer uma participação especial na trama.

“Adorei conversar com ela, não pela sua fama, mas porque ela sabe o que diz e como diz, e em nenhum momento faz jogo de cena. Depois dessa entrevista, eu, que já era fã, fiquei mais ainda…”, escreveu o novelista em seu blog após a conversa.

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“Tanto que aproveito para cobrar aqui o que lhe pedi durante sua visita: uma música inédita para a minha próxima novela e uma participação especial nela como atriz. Promessa feita”, revelou ele, que não poupou elogios à MC Larissa:

“Estrela absoluta, uma verdadeira deusa para seus milhões de fãs… Mas é também uma pessoa simples, que dirige o próprio carro e comanda, diretamente do Iphone, o seu império. É Poderosa, mesmo. Sem deixar que o Poder lhe suba à cabeça”.

Anitta em participação na novela “Amor à Vida” (Foto: Reprodução)

“E eu aproveito para mandar um recado a todas as jovens que sonham em ser como ela um dia: atenção e foco, queridas, fiquem de olho, vocês têm muito que aprender com Anitta”, escreveu o dramaturgo, que já se tornou fã da cantora.

Na entrevista, ela falou ainda sobre um possível romance: “É que no momento eu não estou com vontade. Estou bem afim de trabalhar mesmo. Eu sou discreta em relacionamentos pelo fato que eu só pretendo assumir quando realmente for sério”.

Confira o vídeo completo da entrevista:

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Nazaré Tedesco em “Senhora do Destino” (Foto: Divulgação)

Algo que todos suspeitavam acabou sendo revelado pelo dramaturgo Aguinaldo Silva. O autor de novelas como “Senhora do Destino”, “Fina Estampa” e “Império”, ele explicou na tarde desta segunda-feira (9), a obsessão que criou por cenas com “escadas assassinas” em suas tramas.

Segundo ele, esse tipo de cena remete “a filmes de terror”. “A escada, na verdade, é um item de filmes de terror. Quer dizer, todo filme de terror tem que ter uma escada. Alguém cai ou sobe a escada e descobre um grande segredo. Então, eu sempre fui meio obcecado por isso”, disse.

“E aí, em ‘Senhora do Destino’, eu resolvi que a escada seria usada dramaticamente pela Nazaré para matar as pessoas, nas quais ela precisaria afastar dela. E foi um sucesso. Era uma coisa impressionante”, contou ele, que repetiu a dose em “Fina Estampa”, com Christiane Torloni.

Tereza Cristina em “Fina Estampa” (Foto: Divulgação)

“Provavelmente, em minha outra novela teremos outra escada assassina”, completou. A cena ainda foi repetida em “Duas Caras” (2007) e, mais recentemente, em “Império”, onde dois personagens já foram empurrados e mortos na casa da vilã Cora (Drica Moraes/Marjorie Estiano).

Na última delas, Jurema (Elizângela) é empurrada, cai e morre após discussão com o marido Reginaldo (Flávio Galvão). A cena foi realizada pela mesma atriz, quando interpretava Djenane em “Senhora do Destino”, e morreu ao cair da temida escada de Nazaré Tedesco (Renata Sorrah).

Cora em “Império” (Foto: Divulgação)

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