Jornal da Globo liga alerta na Anvisa após flagrante de carne pobre

No dia 23 de janeiro, o Jornal da Globo (G1) revelou que uma empresa do Rio de Janeiro foi acusada de comprar e revender carne estragada, o que gerou um alerta imediato na Anvisa.

Nesta quarta-feira, 05, iremos relembrar essa notícia, que envolveu cerca de 800 toneladas de carne estragadas e que chegaram em mercados e açougues no Rio de Janeiro.

Mas, afinal, o que aconteceu?

Na época, a empresa Tem Di Tudo Salvados, localizada em Três Rios, comprou grandes quantidades de carne estragada.

A empresa alegou que os alimentos seriam transformados em reação animal.

Essas carnes foram submersas por dias durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, em 2024.

Carnes maquiadas

No entanto, segundo investigações, os pacotes de carne bovina, suína e de aves foram maquiados para esconder os danos.

A empresa então revendeu esses produtos para açougues e mercados em várias partes do Brasil.

Alerta na Anvisa

Essa prática gerou um alerta da Anvisa, pois representa um grande risco à saúde pública.

De fato, o consumo de carne estragada pode resultar em intoxicação alimentar, com sintomas que incluem:

• Dor abdominal;
• Diarreia;
• Vômito e náusea;
• Febre;
• Fadiga e fraqueza.

Início das investigações

Um frigorífico vendeu a carne estragada para a Tem Di Tudo Salvados depois de descartá-la.

Desse modo, os produtores gaúchos, ao identificarem a numeração do lote na embalagem, acionaram a polícia.

Prisão

De acordo com informações do Jornal da Globo, as autoridades prenderam quatro pessoas no dia 22 de janeiro de 2025, e a Operação Carne Fraca segue investigando o crime.

O delegado Wellington Vieira, responsável pelas investigações, explicou: “Temos informações de que a carne foi maquiada para esconder a deterioração provocada pela lama e pela água que ficaram acumuladas lá no frigorífico da capital gaúcha”.

Em seguida, o delegado reforçou o perigo de consumir a carne estragada.

“Todas as pessoas que consumiram essa carne correram risco de vida. Quando uma mercadoria fica debaixo d’água, adquire circunstâncias e condições que trazem risco iminente à saúde”, frisou o delegado.

Irregularidades na sede da empresa

Além disso, durante a operação na sede da Tem Di Tudo Salvados, os agentes encontraram diversas infrações graves relacionadas à saúde pública e aos regulamentos da Anvisa, como:

• Alimentos podres ou vencidos.
• Pedaços de carne pendurados em locais sem a temperatura adequada.
• Produtos congelados armazenados em prateleiras enferrujadas e sacos de alimentos no chão.

Lucro bilionário

Além disso, a polícia descobriu que a empresa teve um alto lucro com esse esquema.

“Segundo as notas fiscais, a carne boa estava avaliada em torno de R$ 5 milhões, mas a empresa comprou as 800 toneladas estragadas por R$ 80 mil”, declarou Vieira.

Desse modo, a Justiça pode processar os envolvidos por crimes como associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos.

Posicionamento da empresa

Até o momento, a empresa não emitiu informações sobre o caso. No entanto, o espaço permanece aberto para que forneçam mais detalhes.

Como identificar a carne estragada?

Por fim, para saber se a carne está estragada, os consumidores devem ficar atentos a alguns sinais:

• Cor: Se a carne estiver com uma cor muito escura ou esverdeada, é um indicativo de que não está própria para consumo;
• Cheiro: Um odor forte e desagradável é um sinal claro de putrefação.

Considerações finais

Em suma, em janeiro de 2025, a Operação Carne Fraca começou a investigar a empresa Tem Di Tudo Salvados após ela comprar carnes estragadas, maquiar os produtos e repassá-los para mercados e açougues.

Veja mais informações sobre a Anvisa clicando aqui.

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Famosa marca de carne teve venda de seus produtos suspensas após operação da Polícia Federal

Uma das grandes paixões nacionais, sem sombra de dúvidas, são as carnes. Além de consumir o produto, também exportamos para outros países. Contudo, uma grande polêmica envolvendo a proibição do produto de uma famosa marca gerou uma enorme repercussão nacional em 2017.

Para quem não sabe, estamos nos referindo a Operação Carne Fraca. De acordo com informações do portal Exame, ela foi iniciada em março de 2017 e a primeira fase envolveu 1.100 agentes, 309 mandados judiciais, 27 pedidos de prisão preventiva, 11 de prisão temporária e ocorreu em 6 estados mais o Distrito Federal.

Na ocasião, a Polícia Federal investigou cerca de 30 frigoríficos por depoimentos e escutas telefônicas e afirmou que funcionários ofereciam propinas por certificados de qualidade adulterados. Várias empresas e marcas famosas foram investigadas durante a operação e uma das redes teve três frigoríficos interditados.

Eles estavam ligadas a BRF (dona de marcas como Sadia e Perdigão) e Peccin. Na época, algumas redes de supermercados decidiram suspender a venda de carnes suspeitas e evitar expor produtos, como medida preventiva. A investigação da Polícia Federal apontou uma grande fraude relacionada a empresa.

Famosa marca de carne sofreu com grave investigação da Polícia Federal (Foto: Reprodução/ Internet)

Na ocasião, a BRF foi investigada por supostas irregularidades no frigorífico de Mineiros (GO), fabricante de carne de aves, por uso de material impróprio na fabricação de alimentos. Em 2017, a companharia era conhecida como a maior exportadora de carne de frango do mundo e sofreu com prejuízos bilionários e por disputas internas.

A terceira fase das investigações, por exemplo, focou exclusivamente na BRF. A operação apontou que cinco laboratórios e setores de análises da BRF fraudavam resultados de exames. Vale lembrar que as irregularidades teriam sido cometidas entre 2012 e 2015 com conhecimento de executivos da empresa.

O que a empresa disse na época?

Na época, a empresa de carne emitiu um comunicado onde ressaltou que segue as normas e regulamentos relativos à produção e comercialização de seus produtos no Brasil e no exterior. Além disso, a BRF também sofreu com problemas internos e apresentou um prejuízo de 1,1 bilhão de reais somente em 2017.

BRF sofreu dura punição (Foto: Reprodução/ Internet)

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