Marcius Melhem. (Foto: Reprodução)

Chefão do humor na Globo, Marcius Melhem contraria humoristas como Danilo Gentili e Carlos Alberto de Nóbrega, que detonam o “politicamente correto”, e inclusive defende essa forma de manifestação que não ofende as minorias.

“Eu acho que o que chamam de politicamente correto é um avanço da sociedade. Não podemos oprimir o oprimido, ajudar a perpetuar machismo, racismo, misoginia. A gente vive em um país difícil para muitos grupos, e acho que a função do humor é ajudar a melhorar a vida dessas pessoas, não piorar.

Então, temos que ser vigilantes mesmo. Tem risadas que não me interessam e, por isso, eu prefiro buscar outro caminho. De alguma forma, temos que contribuir para dar visibilidade a essas causas e fazer com que pessoas que são esquecidas todo dia sejam lembradas pela gente”, opinou o bonitão em entrevista ao Extra.

Marcelo Adnet e Marcius Melhem no Tá no Ar (Foto: Divulgação)

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Para quem não sabe, hoje em dia todos os novos projetos de humor da emissora precisam passar por seu crivo. Ele também comentou na entrevista sobre o motivo do fim do programa Tá no Ar, já que é um sucesso.

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Marcius Melhem no Altas Horas.
(Foto: Globo/Ramón Vasconcelos)

“Porque chega uma hora que tem que acabar. O programa surgiu como uma novidade grande, depois se manteve e se mantém com frescor, acompanhando as loucuras deste país. Poderíamos fazer o “Tá no ar” por mais uns dez anos, mas somos inquietos e queremos fazer outros projetos. Se não tiramos do ar uma coisa que está resolvida, a máquina da criatividade não começa a girar”, declarou.

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A atriz Renata Sorrah (Foto: Isabella Pinheiro/Gshow)

A atriz Renata Sorrah pode ser vista atualmente na reprise da novela Vale Tudo, no Viva. Sucesso como a problemática Heleninha Roitman no folhetim da Globo, ela falou sobre a trama em entrevista ao UOL. A atriz considera os temas retratados pela novela no século passado ainda atuais.

“Toda vez que consigo ver ‘Vale Tudo’ é um prazer imenso porque é uma novela incrível, muito bem feita, prazerosa. Acho muito interessante que é uma novela de 30 anos atrás e a gente vê que ela continua contemporânea. As cenas são incríveis, tudo é bom, a diversão, o figurino, os atores, a iluminação. Parece uma coisa de agora“, comentou.

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Ela brincou ao falar sobre a atuação na trama. “Acho ótimo me ver no passado, até me surpreendo e falo: ‘Puxa, como eu era boa’. Vejo como faço a cena e adoro. Outro dia me vi em ‘Vale Tudo’, me achei fazendo a cena tão bem”, disse. “Infelizmente o Brasil está parecido com o que era nessa época”, constatou.

Renata também falou sobre Nazaré Tedesco, sua personagem mais famosa. A loira “roubou” o status que antes era de Heleninha em sua carreira. “A Nazaré ganhou da Heleninha. Mas, 30 anos depois, tem geração que nem viu a novela e fala: ‘Hoje vou dar uma de Heleninha’‘, disse.

Renata Sorrah como a Heleninha Roitman em Vale Tudo (Foto: Reprodução)

Sobre as tramas atuais, a renomada atriz não acha que o caminho para a conscientização e debates sobre temas sérios seja adotar o politicamente correto extremo. Renata entende que ninguém é perfeito e que tratar as pessoas dessa forma na ficção faz com que a humanidade dos personagens seja perdida.

“A Nazaré era muito mais politicamente incorreta, o que é maravilhoso. A gente não pode botar na arte esse politicamente correto demais porque senão perde a humanidade. Não pode ser assim. Você perde a discussão sobre o assunto”, destacou.

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Aguinaldo Silva não é homem para fugir de polêmicas. Quem acompanha sua trajetória sabe que ele não deixa de expressar sua opinião por medo de retaliação ou algo parecido. Dessa vez, o seu alvo foi uma fala polêmica de Juninho Pernambucano, comentarista da Globo.

O ex-jogador e ídolo do Vasco figurou entre os assuntos mais comentados do Twitter nesta sexta-feira (30) após acusar a torcida do Flamengo de preconceituosa durante o programa Seleção SporTV. Ele ainda insinuou que um dos jogadores do time não é escalado por ser nordestino.

“O Renê é feio, nordestino e não é amigo de ninguém. O brasileiro é preconceituoso e a torcida da massa é preconceituosa“, declarou Juninho na ocasião.

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Aguinaldo Silva parece não concordar muito com o colega de emissora, e deixou isso muito claro em seu perfil no Twitter. Ele classificou a fala do comentarista como “mimimi”, e ainda revelou que nunca sofreu preconceito por ser nordestino.

“Graças a Juninho Pernambucano a turma do politicamente correto tem mais um preconceito para combater: contra os nordestinos. De saída eu vos digo: sou nordestino e nunca sofri preconceito por causa disso. Chega de mimimi e vitimismo”, comentou Aguinaldo.

Graças a Juninho Pernambucano a turma do politicamente correto tem mais um preconceito para combater: contra os nordestinos. De saída eu vos digo: sou nordestino e nunca sofri preconceito por causa disso. Chega de mimimi e vitimismo!

— aguinaldo silva (@aguinaldaosilva) 31 de março de 2018

O Flamengo, time que foi envolvido na polêmica por Juninho, também não gostou nada do comentário. Em comunicado oficial, o clube lamentou a postura do ex-jogador, e ainda citou exemplos de jogadores nordestinos que atuaram pelo time.

“O Clube de Regatas do Flamengo vem a público lamentar profundamente a acusação grave e infeliz e tem certeza de que o profissional desconhece profundamente a história rubro-negra escrita por Dida, Zagallo, Junior, Nunes, Bebeto, Obina, Ronaldo Angelim, entre outros“, dizia a nota.

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Carlos Alberto comanda “A Praça é Nossa” no SBT. (Foto: Divulgação)

Seguindo o exemplo de Danilo Gentili, seu colega de profissão e emissora, o apresentador e humorista Carlos Alberto de Nóbrega criticou no final da última edição de sua “A Praça é Nossa” as limitações expostas pelo “politicamente correto”.

A principal motivação para o desabafo de Carlos Alberto foi uma piada feita com ciganos na atração. O programa teria, segundo uma crítica recebida pelo apresentador, estereotipado o grupo como “picareta”.

Na ocasião, que pode ser vista e lida na íntegra abaixo, Carlos Alberto explica o quadro e também dedica o programa a todos os ciganos do Brasil.

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Leia o desabafo de Carlos Alberto de Nóbrega:

“Se há coisa que me irrita, e me deixa muito chateado, é esse politicamente correto. Isso é um preconceito ridículo, absurdo, que limita as brincadeiras entre amigos, aquelas gozações… principalmente dos brasileiros. Nós, que somos um povo tão alegre, hoje estamos blindados pelo politicamente correto. Eu odeio, mas eu também amo o público. Eu amo você, telespectador, que me assiste toda semana (ou de vez em quando). Um dia desses eu encontrei uma pessoa muito educada, super simpática, que disse: ‘Pô, Carlos Alberto, eu sou cigano. E você fez um quadro com um cigano que era um bêbado, que tava fazendo picaretagem. Nós não somos picaretas’. E eu expliquei pra ele, e vou explicar aos ciganos que não estavam ao lado dele. O quadro não era sobre ciganos. Era um bêbado que queria dar um golpe e fez um ‘negócio’ de cigano como poderia fazer de qualquer outra coisa. Jamais passa na minha cabeça, com 81 anos de idade, com 63 anos de carreira, com um passado que começou com meu pai, agredir uma religião, um povo ou algum pensamento que não seja o meu. E eu peço encarecidamente que vocês me perdoem, e quero dedicar o programa de hoje a todos os ciganos do Brasil.”

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(Foto: Divulgação)

O humorista e ator Leandro Hassum, que esteve no ar na Globo recentemente como o Genésio na série “Chapa Quente”, criticou o “politicamente correto” em entrevista à VEJA. Para quem não sabe, o movimento busca evitar certos tipos de piadas que possam ser vistas como desagradáveis por certas “minorias” na sociedade.

Leandro Hassum opinou ser necessário se preocupar com os casos reais de preconceito, como violência contra mulher ou racismo, e não com piadas, cujo objetivo principal é apenas divertir.

“Acho tudo isso uma hipocrisia, uma babaquice. As pessoas tinham que se preocupar com coisas mais sérias, como a violência contra a mulher, os homossexuais, por causa de raça. Isso tinha que ser mais preocupante do que a piada, o humor. As pessoas estão muito à flor da pele, o mundo precisa de mais amor e mais graça”.

E continuou: “O racismo é uma questão muito séria, a homofobia é uma questão muito séria, mas às vezes, uma piada que não tem nada a ver com isso se transforma em uma questão por causa da intolerância, pelo fato de as pessoas estarem sempre prontas para brigar”.

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O apresentador falou sobre o ‘politicamente correto’ (Foto: Divulgação)

Defensor com unhas e dentes do PT (Partido dos Trabalhadores) e de Dilma Rousseff, o apresentador Jô Soares fez uma crítica ao país. Na edição do seu programa, que foi ao ar na madrugada desta quinta-feira (27), ele deu sua opinião sobre o “politicamente correto”.

Após a convidada Lúcia Hipólito, que é cientista política, falar que “o Brasil encaretou”, Jô rebate: “Nossa, vocês não sabem a coisa do ‘politicamente correto’. Tá ficando ‘qualquer coisa não é politicamente correta’ (bufa!). Enfim. Tem sambas que não poderiam ter hoje em dia, né”.

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Ele então deu como exemplo a letra de “Aquarela do Brasil”, que diz “meu mulato inzoneiro”. Jô reúne toda semana um grupo de jornalistas, Cristiana Lôbo, Christina Serra, Ana Maria Tahan, Lúcia Hipólito, Natuza Nery ou Lilian Witte Fibe, para falar sobre política ou economia.

Jô defende o PT na televisão (Foto: Divulgação)

O quadro se chama “As meninas do Jô” e nele, elas repercutem assuntos de interesse nacional que foram manchetes durante a semana. O apresentador já se envolveu em alguns atritos com Ana Maria Tahan e Lilian Witte Fibe, que têm posições políticas diferentes da dele.

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(Foto: Reprodução)

O juiz Carlos Eduardo Lora Franco, da 3ª Vara Criminal de São Paulo, rejeitou liminarmente a interpelação judicial do Instituto Lula pedindo explicações ao apresentador de TV Danilo Gentili por ter insinuado em seu perfil no Twitter que o ataque a bomba à sede do instituto no fim de julho teria sido “forjado”.

Para o magistrado, a frase do apresentador, se fosse enquadrada como criminosa, poderia ser considerada calúnia e não difamação, como apontou o Instituto no pedido de explicações. Ainda assim, não caberia à entidade do ex-presidente, por ser uma pessoa jurídica, acionar a Justiça por este fato.

“A frase publicada, se crime contra a honra caracterizasse, ao imputar um fato específico, e criminoso, implicaria no crime de calúnia. Mas uma pessoa jurídica, como é o interpelante (Instituto Lula), não pode praticar crimes e, portanto, não pode ser vítima do crime de calúnia”, afirmou o magistrado na sentença.

Além disso, o juiz entendeu que Gentili só cumpriu com sua profissão de humorista: contou uma piada: “Assim mais que óbvio que aquela frase nada mais é do que uma evidente piada. Fosse tal afirmação na rede social de um jornalista respeitado e de credibilidade sem dúvida alguma se poderia cogitar de algum crime contra a honra”.

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(Foto: Reprodução/TV Cultura)

Quem acompanha televisão hoje no Brasil tem que se contentar com a nova geração do “politicamente correto”, é inevitável. Tanto que quem quer fazer algo diferente é duramente crucificado.

Exemplo recente aconteceu com o humorista e apresentador do “The Noite”, Danilo Gentili.

Ao fazer uma brincadeira junto ao também humorista Maurício Meirelles, um simples comentário tomou proporções gigantescas nas redes sociais.

Temos que entender que a declaração de Danilo sobre Roraima não passou de uma brincadeira. A intenção do Facebullying é justamente postar na time-line de alguém declarações que jamais se falaria seriamente, e foi isso que aconteceu.

Se não bastasse, o vídeo com a brincadeira foi cortado, colocado fora de contexto e compartilhado por diversos grupos de WhatsApp. Uma verdadeira injustiça.

Se não temos capacidade para entender que humoristas brincam, fazem piadas, é duro concordar que “a gente somos inuteis“, como diz a música.

As opiniões aqui retratadas não refletem necessariamente a posição do TV FOCO e são de total responsabilidade de seu idealizador

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(Reprodução/SBT)

Acabou na madrugada deste sábado para domingo a edição 2014 do “Teleton”. O que repercutiu no dia seguinte não foi o fato do do evento ter sido um sucesso, da meta cumprida, e sim de um comentário feito por Silvio Santos nas horas finais da maratona de solidariedade organizada pelo SBT.

Tudo começou após o apresentador fazer uma brincadeira com o cabelo de uma atriz da novela “Chiquititas”. Pelo fato da atriz ser negra, logo choveram críticas nas redes sociais defendendo que a declaração do ex-dono do Baú teria sido racista.

O fato é que o tal do “politicamente correto” que existe hoje em dia não passa de hipocrisia. O que seria preconceito contra determinadas minorias não seria com outras classes na sociedade. Falar que uma loira é burra por causa da cor do seu cabelo é só piada, já falar apenas do cabelo de uma negra, sem nem mencionar algo relacionado à cor de sua pele…

O preconceito existe, é claro e evidente que sim, mas temos que aprender que muitas  vezes uma piada é só uma piada.

Surpreende-me esta sociedade que viu por anos humoristas como o grande Mussum, dos “Trapalhões”, fazer piada com a própria cor da pele, aderir a esse tipo de pensamento. Naquela época se podia fazer humor nesse país sem antes ter que escolher com quem o fazer.

É, Silvio… Vai ter que escolher uma menina branca para fazer piada com seus cabelos da próxima vez. Aí sim, com certeza, só será mais uma de suas brincadeiras!

O texto acima não reflete, necessariamente, a opinião do TV Foco, e sim do autor.

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