(Foto : Divulgação)

O trio de atores Leandra Leal, Lázaro Ramos e Dira Paes permanecem na mobilização da campanha do Criança Esperança deste ano na Globo, e sobre isso, eles revelam que já sentiram desprezo de colegas da emissora por se envolverem nesse projeto social.

“Quando nós entramos no Criança Esperança, muitos dos nossos amigos levantaram a questão: ‘Como assim? É um programa da Rede Globo'”, afirma Dira Paes, e agora, ela explica que a situação mudou, e tem gente que pede para fazer parte da equipe que atende os telefones.

“Então há uma contaminação do bem, um olhar que há pouco tempo era antipatizado. Acho que nós tivemos um fôlego inspirador. Estamos conseguindo ficar fortes também com os comentários agressivos. Tem que ter a firmeza de entender o seu papel na sociedade”, diz.

Neste ano, o programa será exibido em julho, ao invés de agosto, por causa dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O formato será semelhante ao do ano passado. Os atores, além de mobilizarem o projeto e apresentarem o programa, fazem acompanhamento nas ONGs.

“Por que não se doar, se posicionar sobre o que você acha importante? Eu acho que isso é saudável e vejo pelos comentários nas redes sociais o quanto é valioso para as pessoas que estão ali. Cara, você faz arte no Brasil. É uma coisa tão frágil, não tem como não ter o mínimo envolvimento político”, disse Leandra em uma rede social.

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(Foto: Reprodução)

Em pleno 2016, a TV aberta continua fazendo apologia à homofobia, por meio de artistas que não sabem medir as palavras quando estão no ar. Tudo começou com Patrícia Abravanel, no “Programa Silvio Santos”, que fez uma declaração preconceituosa.

“Eu não sou contra o homossexualismo [sic], mas sou contra falar que é normal”, disparou a loira durante o quadro Jogo dos Pontinhos. Mesmo após toda a repercussão negativa, nesta terça (10), uma situação parecida aconteceu no “Vídeo Show”, da Globo.

O ator Orã Figueiredo, em conversa com Otaviano Costa, o apresentador, rebaixaram a figura dos travestis ao vivo. Intérprete de Hugo em “Totalmente Demais”, Orã contracena com três grandes atrizes: Juliana Paes, Leona Cavalli e com Danielle Winits.

Mas sobre isso, ele declarou: “Pra quem foi casado com travesti em ‘Tapas e Beijos’, agora três mulheres lindas”. Após a matéria com o ator, Otaviano, já no estúdio, repetiu a fala preconceituosa: “Pra quem foi casado com uma traveco, tá bem demais”.

A militância LGBT não gostou nada disso, e segue na luta de combate à esse tipo de discriminação nos meios de comunicação.

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(Foto: Divulgação)

Recentemente promovida à moça do tempo do “Jornal Nacional”, Maria Júlia Coutinho vem despontando com um dos novos talentos da Globo, e pode chegar até a comandar o “Fantástico” cobrindo as férias da titular, Poliana Abritta. No entanto, todo esse sucesso acaba despertando inveja de alguns, que tentam de certa forma atingi-la.

Majú, como é chamada carinhosamente pelos fãs, foi vítima de racismo na página do “Jornal Nacional” no Facebook. Por meio de perfis fakes, usuários da rede social fizeram comentários extremamente racistas contra a jornalista. O mais impressionante, é que ainda recebiam curtidas.

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O caso gerou revolta na internet e “printscreens” das mensagens estão circulando em todas as redes sociais. William Bonner lançou a hashtag “SomosTodosMaju, que é o assunto mais comentado do Twitter no momento.

Procurada, a Globo informou que retirou as ofensas racistas da página e que o jornalístico noticiará o “lamentável episódio”. “A Globo estuda ainda as medidas judiciais cabíveis para o caso”, diz o comunicado.

Muitas pessoas ficaram revoltadas com os comentários preconceituosos, e repudiaram o acontecido, lá mesmo no perfil do telejornal na rede social. Depois disso, famosos também se manifestaram pelas redes sociais apoiando Maria Júlia. “Maju: linda e competente!”, escreveu a atriz Camila Pitanga.

“Estou horrorizada com o que estou lendo, na página do jornal nacional do face book.Repostei por pura indignação e raiva destas pessoas preconceituosas, mal educadas, mal amadas… Espero que o ministério público tome providências… Racismo é crime!”, declarou Adriane Galisteu.

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Maria Júlia comanda a previsão do tempo (Foto: Divulgação)

Na manhã desta sexta-feira, 3, foi iniciada uma onda de xingamentos à jornalista Maria Júlia Coutinho, que comanda a previsão do tempo do “Jornal Nacional”. No entanto, ela não deixou barato e, após tantos comentários racistas, ela respondeu um internauta no Twitter.

“‏@Mindflow5  @majucoutinho Vai se f@#$% sua feiosa, vaza da tv forçada demais”, disse um usuário da rede social, que foi surpreendido com a resposta, que dizia apenas “beijinho no ombro”. A resposta irônica da profissional teve grande repercussão, com vários “retweets”.

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Os ataques à cor da pele de MaJu (apelido carinhoso) começaram após a Globo fazer um post em sua página oficial no Facebook, com a imagem da jornalista fazendo a previsão do tempo normalmente. Pela manhã, a quantidade de comentários agressivos era imensa.

(Foto: Reprodução/Twitter)

“Só conseguiu emprego no ‘Jornal Nacional’ por causa das cotas. Preta imunda”, disse um membro da rede social. “Não tenho TV colorida para ficar olhando essa preta não”, disse um internauta. “O tempo está preto hoje”, brincou outro, entre tantos impublicáveis.

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“I Love Paraisópolis” conta com vários atores brancos (Foto: Globo/João Miguel Júnior)

Sucesso de audiência, a novela das 7, “I Love Paraisópolis”, tem sido alvo de controvérsias. Ambientada em uma comunidade de São Paulo, a favela Paraisópolis, a trama vai contra a realidade e não conta com negros nos papéis principais.

De acordo com o portal Terra, os autores Alcides Nogueira e Mário Teixeira não levam em conta que a região possui quase 56 mil habitantes e, de acordo com o último censo do IBGE, 70% da sua população se auto-declara com pele negra.

No folhetim da Globo, no entanto, dos 52 atores do elenco principal, somente seis são considerados negros. Juliana Gonçalves Rodrigues, da União dos Moradores e Comerciantes de Paraisópolis, destaca que o motivo vem lá de trás.

“Acho que esse é um problema instalado no Brasil e no mundo. Ainda tem um reflexo de 500 anos atrás de preconceito, e é algo que os movimentos vão lutando para que isso possa ser modificado. Infelizmente isso ainda rola”, afirma ela.

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Nas novelas da emissora, protagonistas de pele negra acabam enfrentando algumas barreiras, como foi em 2011, na novela “Insensato Coração”, de Gilberto Braga. Lázaro Ramos interpretou o galã André e acabou sendo motivo de piada.

A trama conta com apenas seis personagens negros (Foto: Montagem)

No programa “Pânico”, os comediantes fizeram o quadro Lázaro Ramos da Vida Real, onde um humorista negro, pouco acima do peso, com roupas largas e barba, dava cantadas grosseiras em mulheres nas orlas do Rio de Janeiro e levava foras.

Enquanto isso, os galãs das demais novelas não ganharam o mesmo quadro. “Nós não queremos mais ser representados só no papel de empregada doméstica, de faxineiro, zelador”, afirma Juliana. Os moradores, por sua vez, afirmam não se sentirem representados.

Grego (Caio Castro), Marizete (Bruna Marquezine) e os demais não representam a identidade daqueles milhares de habitantes, segundo uma pesquisa feita no local. A novela, entretanto, trouxe bons frutos para a comunidade, promovida pela Globo.

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No geral, ver a região representada em uma novela das 19h é gratificante para os moradores, que se sentem vistos pela cidade sem os rótulos de violência e degradação que filmes anteriores e programas policiais passam dos bairros periféricos.

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