Contagem regressiva para o décimo 13º salário movimenta o país e acende a esperança de milhões de brasileiros que esperam reforço

Os trabalhadores com carteira assinada começam a se preparar para receber a primeira parcela do 13º salário. A lei obriga que o pagamento ocorra até 28 de novembro.

Contudo, essa etapa representa metade do salário bruto do funcionário, somado à média dos adicionais, como horas extras e adicionais noturnos. Além disso, nenhum desconto do INSS ou do Imposto de Renda pode ser aplicado nessa primeira parte, o que torna o valor um alívio importante para muitos orçamentos.

O benefício, chamado oficialmente de Gratificação de Natal para os Trabalhadores, foi criado pela Lei 4.090 de 1962. Desde então, o pagamento se tornou uma tradição e uma obrigação legal para empregadores de todos os setores.

No entanto, a regra garante que o valor chegue a empregados urbanos, rurais, domésticos e temporários, desde que tenham vínculo formal. Essa política ajudou a consolidar o 13º como uma das principais injeções de dinheiro na economia brasileira durante o fim do ano.

A lei também determina que o valor seja proporcional ao tempo de serviço, caso o trabalhador não tenha completado doze meses na empresa. Contudo, para contabilizar o mês, o trabalhador precisa ter trabalhado pelo menos quinze dias.

Assim, quem as empresas contrataram ao longo do ano ainda recebe uma fração justa da gratificação. A segunda parcela do 13º deve ser paga até 20 de dezembro, mas neste ano o prazo cairá em um sábado. Por isso, as empresas precisarão antecipar novamente o depósito para o dia 19.

Quanto o CLT ganha na primeira parcela do 13º salário?

O cálculo da primeira parcela não exige fórmulas complexas. O trabalhador divide o salário bruto por doze, multiplica pelos meses trabalhados e divide o resultado por dois. Se houve adicionais como horas extras ou insalubridade, o valor final aumenta. Essa conta simples ajuda o empregado a conferir se a empresa cumpriu corretamente o pagamento.

O 13º também movimenta a economia. Especialistas apontam que ele impulsiona o consumo e ajuda famílias a quitar dívidas ou investir parte do dinheiro. O pagamento chega exatamente no período da Black Friday e das festas de fim de ano, o que aquece o comércio e melhora a arrecadação de impostos. Segundo o Ministério da Economia, o benefício injeta bilhões de reais no mercado a cada ciclo.

Além disso, empresas que descumprem o prazo podem sofrer punições severas. O Ministério Público do Trabalho orienta os empregados a denunciar atrasos ou omissões. O trabalhador também pode acionar a Justiça do Trabalho para garantir o direito de receber o valor. A legislação busca proteger quem depende desse dinheiro e manter a confiança no vínculo empregatício.

Por fim, os empregadores precisam organizar o caixa com antecedência para evitar surpresas. Muitos antecipam a folha e planejam o fluxo de caixa desde outubro para cumprir as obrigações. A transparência com os funcionários ajuda a evitar conflitos e reforça a credibilidade da empresa.

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