Uma mensagem viral com supostos dados de reajuste do Bolsa Família está causando revolta nas redes sociais; Descubra o que está acontecendo de verdade

E neste 25 de dezembro de 2025, um alerta de utilidade pública ganha as telas para combater uma onda de desinformação que tenta colocar aposentados contra beneficiários de programas sociais.

Em suma, uma mensagem viral, com a aparência de um recorte de jornal antigo, circula massivamente no WhatsApp alegando que o Bolsa Família recebeu um aumento de 6,97% — o dobro do reajuste concedido aos aposentados (3,71%).

No entanto, o selo #FAKE do G1, portal jornalístico da Globo, confirma:

• Os dados são falsos, os números estão distorcidos e a intenção da mensagem é meramente inflamar divisões sociais.

A desinformação utiliza dados reais de 2024 misturados a mentiras descaradas para criar uma narrativa de injustiça que não existe na prática orçamentária do país.

Como a mensagem engana o cidadão?

A mensagem falsa utiliza um tom de indignação e um pedido de compartilhamento urgente para se espalhar.

Ela alega que “ninguém trabalha” no Bolsa Família e que o governo estaria distribuindo o dinheiro dos aposentados para quem “nunca trabalhou”.

Os erros factuais da mensagem incluem:

• Número de aposentados: Primeiramente, a mensagem cita “mais de 30 milhões”, mas o Brasil possui, na realidade, 24,3 milhões de aposentados;

• Índice de Reajuste: O valor de 3,71% citado para os aposentados refere-se exclusivamente ao INPC de 2023, aplicado em janeiro de 2024 para quem ganha acima do piso;

• Aumento do Bolsa Família: Por fim, a alegação de um reajuste de 6,97% para o programa é totalmente inventada. O programa não sofreu qualquer alteração no valor base desde seu relançamento em 2023.

O que dizem os ministérios?

Para restabelecer a verdade, o Ministério da Previdência Social e o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) emitiram notas oficiais esclarecendo os pontos defendidos pela transparência pública:

Sobre as aposentadorias:

O Ministério da Previdência esclarece que o reajuste dos benefícios segue a lei. Quem recebe o salário mínimo tem o aumento baseado no reajuste do piso nacional.

Já quem recebe acima do piso tem o valor corrigido anualmente pelo INPC (que foi de 3,71% no período citado pela mensagem).

Além disso, a Previdência paga mensalmente 24,3 milhões de benefícios e não há “desvio” de verba previdenciária para programas assistenciais.

Sobre o Bolsa Família:

O MDS desmente categoricamente qualquer reajuste de 6,97%. O órgão reforça que o programa não desestimula o trabalho.

Pelo contrário, a chamada “Regra de Proteção” permite que a família continue recebendo 50% do benefício por até dois anos após conseguir um emprego formal, desde que a renda por pessoa não ultrapasse meio salário mínimo.

Dados de 2025 mostram a eficácia da regra:

• 2 milhões de famílias deixaram o programa voluntariamente ou por superação de renda após conquistarem independência financeira.

A maioria (1,3 milhão) saiu justamente devido ao aumento dos ganhos totais no domicílio, provando que os beneficiários buscam, sim, o mercado de trabalho.

O Bolsa Família beneficia trabalhadores?

A legislação atual (Lei 14.601/2023) estabelece que a existência de um vínculo formal de trabalho (carteira assinada) não exclui automaticamente a família do programa.

O critério central é a renda: são elegíveis as famílias cuja renda mensal por pessoa seja igual ou inferior a R$ 218.

Portanto, a narrativa de que o programa sustenta quem “não quer trabalhar” cai por terra diante dos fatos.

Ou seja, o Bolsa Família funciona como uma rede de proteção para trabalhadores informais, desempregados temporários e pessoas em extrema pobreza que lutam para reinserção no mercado.

Mas, para mais informações sobre o Bolsa Família, clique aqui*.

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