Banco Central explica o que está acontecendo na poupança da Caixa, Bradesco e outros bancos, e valor de R$11,46B impressionam

O Banco Central divulgou informações sobre a situação atual da poupança nos principais bancos do país, como a Caixa Econômica Federal e o Bradesco.

A explicação do BC traz à tona mudanças no cenário econômico que impactam diretamente os rendimentos das contas poupança e reacendem a discussão sobre a saúde financeira das instituições e as perspectivas para os investidores.

O TV Foco, a partir do seu time de especialistas em finanças e das informações do Poder360, detalha agora relatório divulgado pelo Banco Central.

Movimentação da poupança

Em março de 2025, os brasileiros retiraram R$ 11,46 bilhões líquidos da caderneta de poupança, marcando o maior volume de saques para o mês desde 2022, quando o resgate líquido atingiu R$ 15,36 bilhões.

Porém, os dados, divulgados pelo Banco Central em 7 de abril, indicam que os saques superaram os depósitos pelo terceiro mês consecutivo, evidenciando uma tendência de esvaziamento da poupança tradicional no país. ​

Saldo negativo

No primeiro trimestre de 2025, o saldo negativo acumulado na poupança alcançou R$ 45,69 bilhões, resultado de retiradas líquidas de R$ 26,22 bilhões em janeiro. Além disso, R$ 8 bilhões em fevereiro e R$ 11,46 bilhões em março.

Contudo, esse montante é mais que o dobro do registrado no mesmo período de 2024, quando os saques líquidos somaram R$ 22,6 bilhões. ​

Poupança deixando de ser uma opção

A retração na poupança reflete o impacto da inflação e do endividamento das famílias brasileiras.

Com o aumento nos preços de alimentos, energia, educação e habitação, além dos juros elevados, muitas famílias enfrentam dificuldades para manter reservas financeiras, recorrendo à poupança para cobrir despesas essenciais. ​

A seguir, os principais números da poupança em março de 2025:

• Saques: R$ 351,10 bilhões​;
• Resgate líquido: R$ 11,46 bilhões​;
• Rendimento creditado: R$ 5,87 bilhões​;
• Saldo total: R$ 1,004 trilhão​;

A persistente saída de recursos da poupança preocupa setores que dependem desses fundos, como o imobiliário.

Além disso, a redução no volume disponível pode limitar o financiamento de novos projetos habitacionais, afetando a oferta de crédito e o crescimento do setor. ​

CONCLUSÃO 

Por fim, o expressivo resgate de R$ 11,46 bilhões da poupança em março de 2025 evidencia a pressão sobre a renda das famílias brasileiras e a busca por investimentos mais rentáveis.

Porém, essa tendência sinaliza a necessidade de políticas econômicas que promovam a estabilidade financeira. Além disso, que incentivem a formação de reservas, essenciais para a segurança econômica dos cidadãos.

Veja também matéria especial sobre: Decreto do Banco Central crava o que acontecerá com quem possui R$ 5 mil na poupança do BB, Caixa e +.

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Banco Central faz anúncio sobre retiradas da poupança

Nesta segunda-feira, 07, o Banco Central publicou um comunicado a respeito do desempenho das contas poupança nas principais instituições financeiras do país, como Caixa, Itaú, Santander, entre outras.

O destaque da divulgação foi o volume expressivo de saques realizados em março, sinalizando uma verdadeira corrida dos brasileiros para retirar dinheiro da tradicional caderneta de poupança.

O comportamento reflete a busca por alternativas mais rentáveis em meio ao cenário econômico atual.

Mas, afinal, o que aconteceu?

Primeiramente, o Banco Central informou que, pelo terceiro mês consecutivo, houve saques líquidos (ou seja, retiradas maiores do que os depósitos) na poupança em março de 2024.

De acordo com apuração do TV Foco e dados do portal IstoÉ Dinheiro, no acumulado do ano, os brasileiros já retiraram um total líquido de R$ 45,692 bilhões das poupanças.

Somente em março, o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) apresentou um saldo negativo de R$ 9,239 bilhões.

Já a poupança rural também registrou saques líquidos, no valor de R$ 2,220 bilhões.

Ou seja, ambos os segmentos seguem com retiradas contínuas desde o início do ano.

Banco Central

Esse movimento coincide com um cenário de juros altos no país, que afeta diretamente o apelo da poupança frente a outras opções de investimento.

No dia 19 de março, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 13,25% para 14,25% ao ano.

Além disso, o Banco Central sinalizou que novos aumentos poderão acontecer. A próxima reunião do Copom está agendada para os dias 6 e 7 de maio.

“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião”, diz o comunicado.

Como está o rendimento da poupança atualmente?

Por fim, a rentabilidade da caderneta de poupança varia conforme a taxa Selic e é calculada da seguinte forma:

• Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês + Taxa Referencial (TR)
• Quando a Selic está igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a rentabilidade é de 70% da Selic + TR

Com a Selic em alta, o rendimento fixo da poupança segue em 0,5% ao mês mais TR.

Em março, isso representou um retorno de 0,58% no mês e 7,29% em 12 meses — desempenho inferior ao de outras modalidades de investimento, como CDBs, Tesouro Direto e fundos de renda fixa, segundo levantamento da Elos Ayta.

Considerações finais

Em resumo, o Banco Central confirmou que a poupança no Brasil registrou saques líquidos em março, completando três meses consecutivos de retirada.

Veja mais informações sobre a poupança clicando aqui.

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