Detalhes sobre o fim de unidade crucial da Riachuelo

Bom, para quem não sabe, a Riachuelo é uma rede de lojas de departamento brasileira pertencente ao Grupo Guararapes Confecções.

Presente em centros comerciais e shoppings a loja conta com a venda de produtos de moda e casa, e é a terceira maior rede de lojas de departamento no Brasil.

Assim, de acordo com informações do portal Valor Econômico, apesar dos problemas que as varejistas enfrentam no Brasil atualmente, o grupo Guararapes, dono da Riachuelo vai na contramão.

No ano de 2022 a Guararapes inaugurou duas lojas da marca Carter’s em dezembro, uma em São Paulo e uma no Rio de Janeiro, encerrando 2022 com 35 inaugurações, em linha com a estratégia de expansão da companhia, diz a empresa. Do total de lojas abertas este ano, 23 foram da Carter’s, cinco da Riachuelo, quatro da Casa Riachuelo e três lojas Fanlab, de acordo com a Guararapes.

A empresa diz ainda que terminou 2022 com 396 lojas, das quais 333 são da Riachuelo, 48 da Carter’s, 12 da Casa Riachuelo e 3 da Fanlab, além de 13 lojas da Casa Riachuelo e 2 da Carter’s

Em nota, a Guararapes informou que “está sempre atenta a oportunidades de mercado que tragam valor aos acionistas, mas não há fundamento de que haveria mudança no controle da companhia”.

Contudo, não podemos deixar de citar que, apesar de seguir uma boa linha de expansão, o comercio varejista no Brasil ainda enfrenta grandes problemas.

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Segundo informações do site Valor Econômico, loja Riachuelo desativou um ponto no Centro Histórico de Porto Alegre, a unidade que ficava na rua dos Andradas, entre as ruas Vigário José Inácio e Floriano Peixoto, foi desativada em março de 2023 e manteve a maior operação no Centro, bem em frente à megaloja da concorrente Renner e ex-endereço da memorável Mesbla.

No mesmo endereço, a rival da Riachuelo, varejista Renner fechou a unidade dentro do prédio icônico da Livraria do Globo, na rua dos Andradas, em 13 de julho. O movimento segue encerramentos que se concentraram no primeiro trimestre e sacrificam filiais que não têm bom desempenho ou resultado negativo.

Quantas unidades da Riachuelo tem no Brasil?

De acordo com o portal da empresa, eles contam com mais de 400 lojas localizadas em todos os estados brasileiros.

Além disso, contam com lojas exclusivas Casa Riachuelo e FanLab e somos representantes oficiais da operação Carter’s no Brasil.

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Nova rival do fast fashion vira queridinha dos brasileiros e lojas como C&A e Riachuelo se desesperam com cenário

Quem acompanha o cenário das varejistas no geral, principalmente nas do setor da moda como C&A, Riachuelo, Marisa e tantas outras, sabe bem que e-commerce está passando como um rolo compressor por cima da concorrência.

E nessa corrida de tentar superar essa concorrência imbatível, tanto em preço como praticidade, uma nova queridinha se ascendeu de um jeito assustador.

E pior, está deixando o cenário cada vez mais complicado para as marcas nacionais que despencam também no digital enquanto ela só cresce.

Estamos falando da chinesa Shein, que tem dominado cada vez mais a moda do digital brasileiro.

Comigo NINGUÉM pode!

De acordo com uma publicação nas redes sociais do portal @umode.App foi apontada que a marca está com um número impressionante de 16,17% do marketshare de tráfego na web, segundo estudo da Snaq e SimilarWeb.

Esse número ultrapassa a C&A que, de acordo com o levantamento exposto pelo perfil, está com 3,20% enquanto a Riachuelo está um pouco a frente com 3,35%

A gigante, conhecida por suas peças acessíveis e produção inovadora com auxílio de IA, lança mais de 2 mil novos produtos diariamente.

Em 2023, o faturamento da Shein no Brasil atingiu a marca de R$ 10 bilhões, registrando um crescimento de 42,8% em comparação a 2022.

Isso sem mencionar o fato de que a mesma democratizou a moda no sentido de produzir roupas de diversos estilos (do alt fashion ao casual) e tamanhos.

Podemos até brincar que se a chinesa fosse uma “planta”, seria chamada de “Comigo ninguém pode” do setor da moda e do varejo.

Embora algumas varejistas ainda liderem com R$ 11,7 bilhões, a expectativa é alta para o IPO da Shein nos EUA, com um valuation* estimado em US$ 90 bilhões na mesa.

(*Valuation é um termo de origem inglesa que significa avaliação de empresas.

Ao trabalhar com as percepções que os investidores e clientes têm a respeito da empresa, o valuation envolve o julgamento da posição que ocupa no mercado e a previsão do retorno de investimento nas ações da empresa)

Por que a Shein faz tanto sucesso no Brasil?

A matemática para responder essa questão é muito simples! Conforme mencionamos acima, o sucesso da Shein se dá por conta de uma combinação poderosa: Preço extremamente baixo+ variedade em peças + qualidade.

A Shein possui milhares de produtos em seu catálogo aliado a uma variedade de categorias, as quais vão desde seu principal segmento, o vestuário, até produtos de papelaria, pets, casa e até mesmo eletrônicos.

A marca teve seu grande “Boom” no e-commerce, durante a pandemia da COVID-19, que assolou o mundo em 2020 mas potencializou o comportamento online dos consumidores.

De acordo com uma publicação da BBC, de janeiro de 2024, essa gigante da moda começou a fabricar roupas no Brasil ainda em 2022 e a expectativa é que se envie produtos de sua fábrica brasileira para outros mercados latino-americanos.

A diretora de produção brasileira, Fabiana Magalhães, comentou que “a ideia é que até 2026 o Brasil esteja pronto para abastecer a América Latina”.

A empresa possui uma rede de armazéns em todo o mundo, incluindo centros de distribuição no Brasil e no México.

Todos esses dados expostos sobre a Shein, entre tantos outros que já detalhamos em diversas matérias, levanta um alerta para as varejistas famosas locais.

Afinal de contas, se elas não se adaptarem e conseguirem inovar diante dos novos ventos, poderão ser fatalmente engolidas pela concorrente*

(Para saber mais sobre os impactos do e-commerce no varejo, clique aqui*)

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Adeus da Magalu, C&A e +: Entenda o que está acontecendo em uma das regiões comerciais mais relevante do Brasil

Se tem uma frase que define o ano de 2023 para as varejistas é a “O mar não está para peixe”! Desde que o rombo de R$40 bilhões da Americanas veio à tona, milhares de outras varejistas passaram a enfrentar os mais diversos e adversos cenários e crises.

Mais que isso, até mesmo regiões brasileiras consideradas como um verdadeiro império comercial estão tendo que lidar com o adeus de muitas varejistas.

Como o que está acontecendo com o bairro Cidade Alta, localizado no centro histórico de Natal, região nordestina do país.

Agora, a região precisou lidar com a despedida da Magazine Luíza (Magalu), loja essa que ficava na Avenida Rio Branco.

Vale dizer que essa despedida fez parte de uma despedida tríplice, uma vez que a C&A e um rival do Banco Itaú, o Banco Safra, também foi embora da região.

Inclusive, conforme informações do portal Agência Saiba Mais, a mesma expôs um cartaz no qual direciona os consumidores para a filial da avenida Prudente de Morais, no bairro de Lagoa Seca.

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Magalu explica

Em nota enviada com exclusividade ao portal Agência Saiba Mais, a empresa confirmou o fechamento da loja da zona leste e disse que a decisão faz parte de “um processo de aumento de eficiência operacional”

Isso após avaliar meses de análises de aspectos como proximidade de unidades, fluxo de consumidores e mudanças na dinâmica urbana:

“A área de gestão de pessoas da companhia já está atuando para realocar o maior número possível de colaboradores que trabalhavam na unidade” 

Fechamento em massa

Porém, voltando para a situação crítica do bairro Cidade Alta, que como mencionamos, já foi referência em comércio local, o presidente da associação Viva o Centro, Rodrigo Vasconcelos, explicou que a medida não é específica do comércio da Cidade Alta, mas faz parte de uma reestruturação nacional pela qual passam as grandes empresas:

“É uma reestruturação assim como foi a Marisa, assim como foi a C&A. A Magalu passa por dificuldades no varejo no Brasil todinho, que está sendo acompanhado. Até na bolsa [de valores] os investidores estão retirando o dinheiro”

Porém, ele não desconsiderou que o fechamento de mais uma loja acaba impactando a situação do bairro como um todo, que aliás, continua penando  com a falta de investimento público e até “abandono dos gestores”, há muitos anos …

Apenas para relembrar, em meados de março de 2022, a C&A também se despediu da Cidade Alta, aonde possuía uma unidade gigantesca, avistada por todos que ali passavam.

Inclusive o fato também foi comentado por Rodrigo Vasconcellos, que também mencionou sobre a metade das lojas da Riachuello que não existem mais, e até mesmo um prédio do Banco Safra, que segundo ele, foi “abandonado”.

Obviamente que essa situação acaba dando um vislumbre do quão esmagadora está sendo a crise comercial e pode afastar possíveis novas empresas a querer investir no lugar:

“Se nenhuma atitude for tomada, teremos um fechamento em massa neste ano” – Afirmou Rodrigo

Qual seria a solução para a Cidade Alta?

Para mudar este cenário, Vasconcelos defende que a gestão do poder público crie um projeto de lei de incentivo fiscal para o bairro.

“Sem isso, a gente não vê, a curto prazo, uma recuperação do comércio da Cidade Alta, infelizmente”

Além das lojas C&A, a Americanas e Marisa também encerraram as atividades das unidades no bairro.

Em outubro de 2023, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte ainda realizou uma audiência pública para discutir a situação do comércio no local.

A Casa implementou, ainda, uma comissão multidisciplinar pela revitalização do Centro de Natal, com participação de representantes dos comerciantes e organizações empresariais.

O presidente do Viva o Centro, por outro lado, afirma que a comissão ainda não avançou e nem apresentou plano de recuperação econômica até o momento:

“O grupo foi criado ali, foi feita uma reunião após isso para aprovação da audiência pública, e depois que foi aprovada nós não recebemos mais nenhum retorno”, diz Vasconcelos.

“Então é como se fosse um circo, um teatro. E pra gente que é comerciante, não adianta. A gente quer que as coisas funcionem na prática. Mas a partir da aprovação do relatório, do que era que iria ser feito, não houve mais nada na prática”

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