Renan Monteiro seria o protagonista de O Selvagem da Ópera na Globo. (Foto: Divulgação)

A Globo suspendeu a produção de O Selvagem da Ópera e vai extinguir a faixa de superséries e novelas das 23h

Após enfrentar diversos problemas, como adiamentos e troca de atores no seu elenco, O Selvagem da Ópera acabou sofrendo mais um baque, e teve sua produção suspensa pela Globo. A informação é da colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo.

A novela das 23h, chamada oficialmente pela Globo de “supersérie”, marcaria a estreia da autora Maria Adelaide Amaral no horário e após o fracasso com A Lei do Amor (2016). Inicialmente, a trama tinha lançamento previsto para 2021, mas depois foi antecipada para 2020, antes de ser definitivamente suspensa pela emissora.

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O Selvagem da Ópera narraria a trajetória de Carlos Gomes (1836-1896), considerado um dos maiores compositores de ópera da história do Brasil, mas que enfrentou fases bastante conturbadas em sua vida. A produção retrataria vários momentos da vida do compositor, que na fase adulta seria interpretado por Renan Monteiro, destaque na novela Novo Mundo (2017).

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A decisão da Globo de suspender a produção de O Selvagem da Ópera pegou toda a equipe de surpresa. Isso porque, os trabalhos da trama já estavam em andamento, com direito a viagem de um grupo de profissionais, liderado pela diretora Denise Saraceni, para a Itália, a fim de definir alguns cenários da atração.

O elenco estava definido e já realizava alguns ensaios antes de receber a notícia da suspensão, na tarde desta quarta-feira (23). Porém, nem tudo está perdido. A Globo cogita retomar o projeto em 2020, mas como uma novela clássica para a faixa das 18h.

A decisão de suspender a produção passou por outra ideia radical tomada pela Globo: a de extinguir a faixa de novelas/superséries das 23h, que estreou em 2011, com o remake de O Astro, e que está vazia desde o ano passado, com a exibição de Onde Nascem os Fortes. A Globo quer passar a produzir séries de até 50 episódios apenas para o Globoplay, o seu serviço de streaming, a começar pela segunda temporada de Verdades Secretas, em 2021.

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Após uma sequência de trabalhos com papéis de destaque na Globo, Alice Wegmann terá um descanso maior da TV

Uma das atrizes em maior ascensão na Globo nos últimos anos, emendando trabalhos com papéis de destaque na emissora, Alice Wegmann finalmente ganhará um descanso da TV.

A atriz de 23 anos está atualmente no ar em Órfãos da Terra, novela das 18h da Globo, onde dá vida à vilã Dalila, e já estava escalada para interpretar mais um papel de destaque no canal. Alice integraria o elenco da supersérie O Selvagem da Ópera, e seria par romântico de Renan Monteiro, o protagonista da história.

Porém, de acordo com a colunista Patrícia Kogut, a Globo decidiu tirar a atriz da nova produção. A justificativa seria justamente a opção de oferecer um descanso de imagem à estrela após trabalhos consecutivos com papéis de destaque na TV, em A Lei do Amor, Onde Nascem os Fortes e Órfãos da Terra. E mesmo em meio a essa sequência de trabalhos, Alice ainda fez um esforço para concluir o seu curso de Comunicação, o que lhe gerou, obviamente, um desagaste ainda maior. A Globo ainda não definiu quem será a sua substituta.

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Vale lembrar que essa é a segunda grande baixa de O Selvagem da Ópera em pouco tempo. Na última semana, conforme informamos, a Globo já havia voltado atrás e tirado outra estrela do elenco da supersérie: Marjorie Estiano. A atriz também ganharia um papel de destaque na trama, formando o triângulo amoroso principal da história com Alice e Renan Monteiro.

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Porém, mesmo vindo de um trabalho desgastante com Sob Pressão, Marjorie não deixou o elenco da produção para ter um descanso, e sim ser remanejada para outra trama da Globo: Fim, nova série baseada no livro homônimo de Fernanda Torres. Após o encerramento desse trabalho, ela gravará a nova temporada de Sob Pressão, que depois dos apelos do público, acabou sendo renovada pela Globo.

Escrita por Maria Adelaide Amaral, que fará sua estreia na faixa das 23h da Globo, O Selvagem da Ópera narrará a trajetória do famoso compositor Carlos Gomes (1836-1896). O lançamento da trama de época, que estava prevista para ir ao ar ainda este ano, ficou para 2020, pela complexidade da produção, que promete ter um trabalho bastante arrojado.

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Renan Monteiro será protagonista de O Selvagem da Ópera, próxima supersérie da Globo. (Foto: Divulgação)

Ao que parece, a faixa das 23h da Globo terá um intervalo maior entre o encerramento e a estreia de uma supersérie, e 2019 ficará sem nenhuma produção desse gênero no horário, desde o fim de Onde Nascem os Fortes, em 2018.

Isso porque a emissora decidiu adiar a estreia de O Selvagem da Ópera, sua próxima minissérie. A trama da Globo, que marcará a estreia de Maria Adelaide Amaral na faixa — ela que se aposentou das novelas para se dedicar à projetos mais curtos — , tinha estreia prevista para este ano, mas de acordo com o colunista Flávio Ricco, do UOL, a emissora finalmente bateu o martelo e decidiu que a produção será lançada apenas em abril de 2020.

A Globo avaliou que a obra carece de um cuidado especial em sua produção, uma vez que será uma trama de época e que abordará a trajetória de uma grande figura histórica: o maestro Carlos Gomes (1836-1896).

Apesar da longa espera até a nova data de lançamento, a Globo adiantará os trabalhos, justamente pelo cuidado que investirá na produção. A emissora já deu sinal verde para que se inicie, de fato, os trabalhos da atração. No último mês, uma equipe do canal embarcou para a Itália para captar imagens que serão reconstituídas digitalmente. A ideia é utilizar o mesmo recurso de Órfãos da Terra, que conseguiu recriar a Síria em imagens externas sem precisar viajar com o elenco para fora do país. Apesar da ideia de realizar um trabalho refinado, a emissora evitará orçamento astronômico.

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O elenco de O Selvagem da Ópera só começará a ser oficializado em agosto, mas já há alguns nomes praticamente certos: Renan Monteiro, revelação de Novo Mundo, que dará vida a Carlos Gomes na juventude, e Luís Miranda, que interpretará Maneco Músico, pai do maestro. Sheron Menezzes, Malu Mader, Dan Stulbach e Alexandre Borges são outros atores cotados para o elenco.

Vale lembrar que Luis Miranda aparecerá bem diferente na produção da Globo. Aos 49 anos, ele usará uma maquiagem especial para envelhecer e ter a aparência de um homem de mais de 60, estando mais próximo a idade real do seu personagem. O Selvagem da Ópera marcará o retorno de Miranda às novelas desde o vexame histórico de Geração Brasil. Em 2014, o ator integrou o elenco do folhetim, onde deu vida à Dorothy Benson. Porém, a trama, que buscou inovar em diversos aspectos na teledramaturgia, acabou se tornando um dos maiores fiascos de audiência da história da faixa das 19h.

Após o fracasso, boa parte do elenco não recebeu novas oportunidades em folhetins da Globo, e Miranda foi um deles. Curiosamente, desde o fim de Geração Brasil, o ator vinha fazendo participações apenas em séries e humorísticos da casa.

Maria Adelaide Amaral é autora de O Selvagem da Ópera na Globo. (Foto: Divulgação)

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TV Globo prepara novo programa para outubro.
(Foto: Reprodução/Globo)

A direção da TV Globo está reavaliando a duração de capítulos e o formato de supersérie, que não agrada tanto o mercado internacional e também tem um alto custo financeiro. Corre-se o risco de dar fim ao formato para breve.

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De acordo com informações da jornalista Cristina Padiglione, do jornal Agora São Paulo, a emissora pretende seguir apostando em séries, minisséries e novelas. A ideia é apostar em algo mais curto para a faixa das onze e segurar o telespectador.

Adalgisa (Mariana Ximenes) na minissérie Se Eu Fechar os Olhos Agora
(Foto: Mauricio Fidalgo/Globo)

A série Se eu Fechar os Olhos Agora será a aposta da vez e contará com apenas dez capítulos. De autoria de Ricardo Linhares e baseada no livro de Edney Silvestre, a produção conta com os atores Mariana Ximenes e Murilo Benício no elenco principal.

FILMES QUE A EMISSORA VAI EXIBIR NESTE FINAL DE SEMANA

A Globo já programou os filmes que exibirá neste final de semana. No Supercine deste sábado, 19, será exibido o filme Arremesso de Ouro. Na sequência, em três sessões, o Corujão vai exibir: O Grande Assalto, A Agenda Secreta Do Meu Namorado e O Pequeno Stuart Little 2.

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Já no domingo, 20, a emissora aposta em produções mais conhecidas. Na Temperatura Máxima será exibido Depois Da Terra a partir das 15h. Mais tarde, depois do Fantástico, será a vez do filme Caçada Ao Presidente ser exibido no Domingo Maior. Começa à 0h.

O Pequeno Stuart Little 2 vai agitar a madrugada do sábado, 19, em uma das sessões do Corujão. (Foto: Divulgação)

A Sessão De Gala não será exibido por enquanto, com a chegada do BBB19. Seguindo para os telespectadores da madrugada, a emissora carioca vai apresentar o filme Uma História de Amor e Fúria na primeira sessão do Corujão. Os filmes que serão exibidos se misturam entre ação, comédia e romance.

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A Globo definiu Irmãos de Sangue como sua próxima supersérie. O projeto de Euclydes Marinho, que estava engavetado desde 2016, sucederá Onde Nascem os Fortes na faixa das 23h.

De acordo com a colunista Patrícia Kogut, a trama vai girar em torno de uma disputa familiar. O personagem principal será um cirurgião de 70 anos, proprietário de um grande hospital, e que está prestes a se aposentar. Os seus filhos, que também são médicos, travarão uma batalha para suceder o pai.

Apesar de contemporânea e ambientada no Rio de Janeiro, a trama, conforme informamos, vai se inspirar em algumas histórias de William Shakespeare, como Rei Lear, Ricardo III e Macbeth, além de uma das mais importantes obras da literatura mundial: Os Irmãos Karamazov. O romance é do russo Fiódor Dostoiévski, e foi escrito em 1879. O livro narra a história de uma conturbada família que vive em uma cidade da Rússia.

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A diretora Amora Mautner era uma das maiores defensoras do projeto na Globo, e já tentou viabilizar a produção em outras oportunidades. Agora, no entanto, ela foi escalada para comandar a nova novela de Walcyr Carrasco para a faixa das 21h e não poderá participar dos trabalhos da supersérie. Vale lembar que Amora também estava envolvida em Sem Limite, projeto de Euclydes que acabou cancelado.

Irmãos de Sangue tem estreia prevista para abril do ano que vem, com direção de Denise Saraceni, que foi remanejada de O Selvagem da Ópera.

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Maria Adelaide Amaral ao lado de Vincent Villari. (Foto: Marcos Rosa/Divulgação/TV Globo)

Conforme informamos, a Globo promoveu uma mudança na fila das suas próximas superséries. Sem Limite, de Euclydes Marinho, acabou sendo cancelada, e O Selvagem da Ópera, de Maria Adelaide Amaral, teve sua estreia antecipada para o ano que vem.

A novidade é que a novelista escreverá a obra sozinha, sem a coautoria de Vincent Villari. A veterana decidiu romper a parceria com o autor, após trabalharem juntos em sete produções: Anjo Mau (1997), A Muralha (2000), Os Maias (2001), A Casa das Sete Mulheres (2003), Tititi (2010), Sangue Bom (2013) e A Lei do Amor (2016).

De acordo com o colunista Flávio Ricco, causou surpresa nos bastidores da emissora o fato de Maria Adelaide decidir escrever a obra sem a participação de Villari. A autora contará apenas com a colaboração do seu filho, Rodrigo Amaral.

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O Selvagem da Ópera marcará a estreia de Maria Adelaide na faixa das 23h. A autora manifestou o seu desejo de passar a escrever apenas obras mais curtas, como minisséries e superséries. Ela já entregou os quatro primeiros capítulos à direção.

A nova trama será baseada na vida sofrida do maestro Carlos Gomes (1836-1896), considerado um dos maiores nomes da história da música brasileira. A supersérie terá cerca de 70 episódios, com direção de Denise Saraceni, que já trabalhou com Maria Adelaide em Anjo Mau (1997) e A Lei do Amor (2016). A estreia ocorrerá em abril de 2019.

Vale lembar que Carlos Gomes já foi retratado na teledramaturgia da Globo em 1999, na minissérie Chiquinha Gonzaga. Na ocasião, o maestro foi interpretado por Paulo Betti, e se envolvia com a protagonista Chiquinha, vivida por Regina Duarte.

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A Globo fez uma alteração na fila dos seus próximos projetos para a faixa das 23h. Sem Limite, de Euclydes Marinho, estava reservado para suceder Onde Nascem os Fortes, mas acabou sendo engavetado pela emissora, que definiu O Selvagem da Ópera, de Maria Adelaide Amaral, como a próxima supersérie do horário.

E após essa definição, a equipe se adianta para fechar o elenco da produção. Alexandre Borges, conforme informamos, foi um dos primeiros nomes escalados para a trama. O foco, no entanto, é em relação ao nome que dará vida ao protagonista, Carlos Gomes. De acordo com a colunista Patrícia Kogut, a Globo realizará testes com atores na faixa dos 30 anos para escolher quem estará no posto principal.

O Selvagem da Ópera também marcará a estreia de Maria Adelaide nesse horário. A autora veterana, que está afastada da TV desde A Lei do Amor (2016), já manifestou o seu desejo de passar a escrever apenas obras mais curtas, como minisséries e superséries. Ela já entregou os quatro primeiros capítulos à direção da emissora.

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A nova trama será baseada na vida sofrida do maestro Carlos Gomes (1836-1896), considerado um dos maiores nomes da história da música brasileira. A supersérie terá cerca de 70 episódios, com direção de Denise Saraceni, que já trabalhou com Maria Adelaide em Anjo Mau (1997) e A Lei do Amor (2016). A estreia ocorrerá em abril de 2019.

Vale lembar que Carlos Gomes já foi retratado na teledramaturgia da Globo em 1999, na minissérie Chiquinha Gonzaga. Na ocasião, o maestro foi interpretado por Paulo Betti, e se envolvia com a protagonista Chiquinha, vivida por Regina Duarte.

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Conforme informamos, a Globo fez uma alteração na fila dos seus próximos projetos para a faixa das 23h. Sem Limite, de Euclydes Marinho, estava reservado para suceder Onde Nascem os Fortes, mas acabou sendo engavetado pela emissora, que definiu O Selvagem da Ópera, de Maria Adelaide Amaral, como a próxima supersérie do horário.

Após essa definição, a emissora carioca deu início ao processo de escalação. E, de acordo com o colunista Fernando Oliveira, um dos primeiros nomes reservados para a trama é o de Alexandre Borges. O ator de 52 anos estava no ar em Deus Salve o Rei, folhetim das 19h que chegou ao fim na última segunda-feira (30). Com 25 anos de carreira, ele já atuou em novelas de diversos horários na Globo, mas fará sua estreia na faixa das 23h da emissora.

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O Selvagem da Ópera também marcará a estreia de Maria Adelaide nesse horário. A autora veterana, que está afastada da TV desde A Lei do Amor (2016), já manifestou o seu desejo de passar a escrever apenas obras mais curtas, como minisséries e superséries.

A nova trama será baseada na vida sofrida do maestro Carlos Gomes (1836-1896), considerado um dos maiores nomes da história da música brasileira. A supersérie terá cerca de 70 episódios, com direção de Denise Saraceni, que já trabalhou com Maria Adelaide em Anjo Mau (1997) e A Lei do Amor (2016). A estreia ocorrerá em 2019.

Vale lembar que Carlos Gomes já foi retratado na teledramaturgia da Globo em 1999, na minissérie Chiquinha Gonzaga. Na ocasião, o maestro foi interpretado por Paulo Betti, e se envolvia com a protagonista Chiquinha, vivida por Regina Duarte.

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Ontem (16), foi ao ar o último capítulo de Onde Nascem os Fortes, supersérie que promete ficar marcada na teledramaturgia da Globo por investir em uma nova proposta de produção, mais próxima do estilo de séries e que flerta até mesmo com o cinema, com uma narrativa mais complexa e cadenciada. E o desfecho da trama não poderia seguir outro caminho senão algo “aberto” e que fez muita gente refletir bastante sobre o que acompanhou.

Em entrevista ao blog do jornalista Mauricio Stycer, George Moura, um dos autores da trama, saiu em defesa do final complexo da sua obra, e explicou a decisão. “Nossa ideia foi essa mesma. Um final que o espectador pode também construir”, disse. “A ideia de um final em aberto me agrada como provocação”, completou.

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Para explicar a proposta do final, o roteirista ainda citou uma frase do cineasta israelense Amos Gitai: “Os bons filmes não são aqueles que começam quando a luz do cinema apaga. Mas aqueles que começam quando a luz acende e você vai para casa com ele dentro de você”.

Muitos telespectadores ficaram em dúvida sobre o desfecho de personagens como Valquíria (Carla Salle), o delegado Plínio (Enrique Diaz), o juiz Ramiro (Fábio Assunção) e o seu filho, Ramirinho (Jesuíta Barbosa). Em relação a esses dois últimos, o autor explicou o gesto do filho, que levou o pai para o hospital. “É uma história de amor, ódio e perdão também. Uma alternativa ao clima de intolerância e intransigência”, finalizou.

FALTA RITMO?

Desfrutando da liberdade que a faixa das 23h da Globo oferece, Onde Nascem os Fortes vem ousando ao apostar em uma narrativa e produção mais experimental, que flerta com a de trabalhos realizados no cinema, com um “ritmo mais lento”. Essa questão, aliás, foi discutida pelo autor George Moura em entrevista à jornalista Cristina Padiglione.

Assinando a trama junto com Sergio Goldenberg, George rebateu às críticas ao estilo mais “cadenciado” e complexo da história, e explicou suas escolhas. “A gente fez apostas radicais. Do ponto de vista da economia dos diálogos, que não são expositivos e tentam ou cotejar a poesia ou a ‘faca só lâmina’, o substantivo sem gordura, só musculatura: isso é uma escolha incomum hoje na narrativa audiovisual. Então, a gente escolheu um processo de filmagem com pouca decupagem. Não é plano e contra-plano. A gente escolheu uma linguagem que tem 70% de externas e 30% de estúdio, e um ritmo de escrita, de narrativa, que é um ritmo que não é (estala os dedos, indicando imediatismo). Quem tem ritmo é escola de samba. Ritmo é escola de samba. A gente tem dramaturgia. A gente busca essa dramaturgia. E essa dramaturgia é um suor para chegar lá. Agora, é natural que alguma parte do público, acostumada a um tipo de narrativa, estranhe, ou venha a aderir, mas com uma curiosidade”, disse o autor, revelando ainda que não teve observações do diretor de dramaturgia da Globo, Silvio de Abreu, em relação ao conceito da obra.

“Fala-se pouco, mas o que se fala é muito relevante, porque às vezes, o excesso de palavras banaliza. Isso tem a ver com ‘vamos fazer uma supersérie, não vamos fazer uma novela’. Então, qual foi a preocupação matriz, para a largada? O horário permite temas mais intensos, tramas um pouco mais complexas, poucos personagens. Então, para nós, do ponto de vista da narrativa, se um seriado americano tem 12 episódios, nós estamos fazendo 4 temporadas e meia de uma vez só”, declarou.

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A coluna volta a bater na mesma tecla, mesmo que soe redundante. Onde Nascem os Fortes chegará ao fim nos próximos dias e uma decisão equivocada da Globo merece ser novamente ressaltada: a flutuação do horário de exibição de suas superséries.

A trama de George Moura e Sergio Goldenberg, seguindo as boas produções exibidas no canal, tem um roteiro diferenciado do comum televisivo, com direito a abordagens mais complexas e aprofundadas das personagens e cenas com grau mais elevado de ação e violência, bem como um apelo sexual mais explícito. A narrativa, por não ser óbvia e didática, causa certo incômodo nos telespectadores acostumados com o tradicional.

Todavia, apesar da qualidade inegável, Onde Nascem os Fortes é afetada pela exibição flutuante na grade de programação da Globo. Com isso, torna-se mais difícil a supersérie manter a fidelidade do público, o qual não consegue, muitas vezes, acompanhar a evolução dos núcleos, especialmente em se tratando de um produto aos moldes seriáticos.

A título de contextualização e de acordo com a programação divulgada pela emissora em seu site oficial, esta semana Onde Nascem os Fortes será veiculada após a novela das 21h (Segundo Sol) de segunda à quinta, por volta de 22h30, e após o Globo Repórter na sexta-feira, em torno de 23h10. Porém, durante sua exibição, a trama já chegou a ser exibida várias vezes na segunda linha de shows do canal, nas terças e quintas, ou seja, por volta de 23h30.

Trata-se de um desrespeito por parte da emissora para com equipe e telespectadores. Produtores, autores, diretores e atores são prejudicados por não terem o prestígio de uma audiência maior; e os telespectadores também, justamente por não conseguirem acompanhar a supersérie, dadas as circunstâncias supramencionadas, bem como pelo fato de o acesso na íntegra ao conteúdo digital da emissora ser restrito ao público pagante.

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Nesse contexto, uma boa solução seria a exibição da supersérie sempre após a novela das 21h, com o devido respeito às excepcionalidades irremediáveis. Fica a reflexão.

Twitter: @Ligado_na_TV  @JuniorDanyllo

Contato: danyllo@otvfoco.com.br

As opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do TV Foco

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