Tarso Brant (Foto: Reprodução)

O ator Tarso Brant, que em 2017 esteve em A Força do Querer, e que também foi consultor da autora Gloria Perez para fazer a Ivana/Ivan (Carol Duarte), falou sobre sua transexualidade.

Antes conhecido como Tereza Brant, o mineiro começou a carreira como modelo aos 17 anos e teve dificuldades. “A cada passo que eu dava na arte, eu buscava o conhecimento. E a transição ia paralelamente. Ainda não me vejo como um ator estabilizado, sou iniciante“, disse ao Extra.

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Tarso Brant (Foto: Reprodução)

“Mas nos primeiros anos, os papéis que surgiam no teatro não tinham distinção de gênero. Agora há um modismo de que um homem trans só pode encenar trans. Minha vida pessoal não deveria interferir no tipo de trabalho que posso fazer”, declarou o rapaz de 25 anos.

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Tarso Brant (Foto: Divulgação)

Tarso atualmente está com a agenda cheia: lançou livro (Vidas Trans – com Amara Moira, João W. Nery e Márcia Rocha), é DJ, participou de videoclipes, fez cinco peças e tem um canal no Youtube. Em fevereiro, ele fará as peças A solidão em Vermelho e Dias Melhores Virão. Os trabalhos serão lançados em São Paulo. “Aonde me chamarem, eu vou!”, comentou.

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Marcelo Tas ao lado da família (Foto: TV Globo)

Dia dos pais chegando e Marcelo Tas resolveu fazer um depoimento para o jornal Folha de São Paulo falando sobre sua relação com Luc, um jovem transgênero. Ao comentar do filho, que nasceu menina, mas passou por um longo processo de transformação até se reconhecer como trans, o apresentador fez a declaração:

“É como ligar outro relógio. Enquanto você não tem filhos, ele não é tão relevante assim. Você pode trocar de cidade, chutar o balde, mudar tudo. Ser pai dispara um cronômetro que vai estar com você para o resto da vida, e as coisas que acontecem com os filhos passam a te transformar também”, iniciou Tas.

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“O Luc sempre foi alguém que me trouxe desafios. Ainda na adolescência, ele se assumiu bissexual. A transexualidade não teve uma data específica mas, fazendo um retrospecto, lembrei que, quando criança, ele já tinha uma identificação com o gênero masculino. Ele se fantasiava de soldado e não gostava de vestidos, por exemplo. Foi uma nova surpresa quando ele trouxe isso. Resolvi estudar para entender que não tem nada a ver com sexualidade, e, sim, com identidade. Percebi o quanto essa questão é central, a fundamental importância que a identidade tem na maneira que a gente enxerga o mundo e o mundo nos enxerga”, completou.

Marcelo Tas e filho (Foto: Reprodução)

“A Clarice e o Miguel me ajudaram muito. Na fase mais dramática, quando fui apoiá-lo a mudar o nome e contar para a família, a Clarice falou: ‘O Luc é a mesma pessoa. Em vez de falar ela, nós vamos falar ele’. É assim mesmo, simples. E a gente faz um terremoto, deputados entram em discussões, surge o preconceito. Pessoas são assassinadas por causa de algo muito particular, algo que não deveria ser tratado com violência. Comecei a receber mensagens muito fortes de filhos que apanham, que vivem situações quase que de prisão. E eu me sinto muito grato ao Luc porque ele me ensinou. Eu era ignorante, e a ignorância acompanha o preconceito. Todo pai tem que apoiar com afeto, procurar se colocar no lugar, ouvir, tentar entender a situação sem ser omisso”, prosseguiu.

“Não foi fácil na família, mas teve uma coisa muito amorosa, que despertou uma transformação em todo mundo. Resolvi contar pessoalmente para os meus pais, que moram em Ituverava [interior de SP]. Meu pai, depois de ouvir em silêncio, contou que eles estavam com uma cozinheira nova. Ele disse: ‘A Luciana é ótima, mas o pessoal descobriu que ela é travesti e queria que a gente a demitisse. Eu pensei, ela chega no horário, cozinha bem, é educada, pra que eu vou demitir? Parece que Deus mandou a Luciana pra gente receber o Luc.’ Foi outra questão entre pai e filho, e percebi nele esse amor, essa generosidade.

O maior presente que um pai pode ter é a conexão com os filhos. Acho que a maior dificuldade é manter essa conexão num mundo assustador. Tem muito pai que olha para qualquer mudança e simplesmente se afasta. Isso é trágico, porque quando ele quiser retomar, talvez seja tarde demais. O filho pode já ter ido –depois de uma idade, eles vão mesmo. E esse é um tempo que não tem como se ganhar de novo”, finalizou.

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A cantora e dançarina Gretchen (Foto: Mariana Revorêdo/Globo)

Como o TV Foco já havia antecipado, a cantora e dançarina Gretchen participará de um reality-show que mostrará a rotina de sua família. Aproveitando a exposição que o programa trará, Gretchen promete contar ao público como foi o processo de aceitação e mudança de Thammy.

“A gente vai ter muita coisa pra ensinar pra vocês a partir de abril no reality que nós vamos ter da nossa vida e que toda a família vai contar como aconteceu, como nós aceitamos… ela é super amada, ele é super querido. Não importa se é ele ou se é ela, é o meu filho“, disse ela no Altas Horas.

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Vale lembrar que ela também disparou contra as piadas que Thammy recebe nas redes sociais. “Fazem brincadeiras ridículas com ele na internet. Não é um orgão sexual que faz um homem, ele tem que ser honesto, digno e respeitar as pessoas. Isso é ser homem”, disse.

GRETCHEN SERÁ ESTRELA DE REALITY

Se você é daqueles fãs que ficam compartilhando memes e gifs da Gretchen nas redes sociais e gostaria de acompanhar a vida da dançarina mais de perto, já pode comemorar. Esse será o foco principal de um reality que estreia no Multishow no início do ano que vem.

De acordo com o jornal Extra, a rotina de Gretchen será acompanhada de perto por câmeras, como se fosse um “BBB” ou “A Fazenda”. E não será apenas ela que entrará no foco da atração. Seus sete filhos e suas irmãs também serão acompanhados pelo programa.

A relação de Gretchen com Thammy Miranda, inclusive, também ganhará enorme destaque na atração que vai ao ar na TV paga. “Vai ser surreal. Espero que não dê barraco. Se der, vou para o mar nadar”, diz Thammy Miranda ao jornal.

Vale lembrar que essa não será a primeira vez que Gretchen terá sua vida vigiada por câmeras de TV. Quando ainda não era famosa na internet, apenas com seu legado do século passado, ela aceitou participar do “Troca de Família”, exibido pela Record.

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Ivana (Carol Duarte) em cena de “A Força do Querer”
(Foto: Divulgação/Globo)

Como se sabe, a novela “A Força do Querer” tem abordado pela primeira vez a questão do transgênero. No entanto, a trama de Gloria Perez tem cometido alguns erros, segundo uma associação de transexuais.

A Antra – Associação Nacional de Travestis e Transexuais veio a público reclamar de alguns erros em torno do personagem de Carol Duarte (Ivana) e da abordagem do assunto feita pela escritora.

No Facebook, a organização corrige as definições sexuais e de gênero da produção global. “A novela tem prestado um relevante serviço quando aborda a questão da transmasculinidade vivida pela personagem Ivan/Ivana, e tem prestado grande serviço de informação acerca da temática. Porém, tem deixado a desejar quando a identificam como transgênero. No nosso entendimento, a personagem é um homem Trans, inspirada na obra do escritor, homem trans, João W. Nery”, diz a postagem.

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“Travestis e Mulheres Transexuais tem identidade de gênero feminina, homens Transexuais tem identidade de gênero masculina. Ou seja, não se reconhecem pertencentes ao gênero atribuído no nascimento”, explica a entidade. Vale dizer que nos próximos capítulos Ivana irá iniciar sua transformação, cortando os cabelos, retirando os seios e tomando hormônios.

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Simone (Juliana Paiva) vai ficar chocada ao conhecer Te (Tarso Brant) na novela “A Força do Querer“. Ivana (Carol Duarte) é quem vai fazer a ponte para os dois se conhecerem. A jovem quer explicar para a prima o que é ser transgênero.

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Ela marca com o amigo em um bar e leva a prima, que fica chocada ao conhecê-lo. “Você já foi uma mulher? É isso mesmo? Cara, dá licença“, dirá a loura tocando nos peito de Te e constatando que ele não tem mais seios.

“Peraí… você quer dizer que se a Ivana for mesmo transgênero ela vai ficar assim?“, perguntará a filha de Silvana (Lília Cabral), ficando desesperada com a hipótese da prima se transformar.

“Se ela fizer a travessia, vai! se não fizer, vai continuar sendo transgênero com o corpo que ela nasceu!“, responderá Te, que terá que mostrar uma foto de quando tinha traços femininos para convencer a jovem.

As informações são da jornalista Carla Bittencourt.

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Atriz transexual Maria Clara Spinelli (Foto: Reprodução)

A atriz Maria Clara Spinelli está muito orgulhosa do seu atual trabalho na TV. Isso porque ela está inaugurando o espaço como a primeira mulher transgênero a interpretar uma mulher cisgênero na TV.

“Eu lutei por isso a vida toda. Tenho mais de 15 anos de carreira e achei que não fosse acontecer. Já era conhecida no meio artístico. Diversos diretores, produtores e autores gostavam do meu trabalho, mas nunca me deram essa chance. Existia uma resistência, talvez por medo de o público não aceitar. Gloria, com o respaldo da Globo, mais uma vez foi visionária. Me sinto honrada, é uma conquista de todas as pessoas que nasceram trans e abriram espaço até aqui. Rogéria, Jane Di Castro e tantas outras. É o momento mais feliz da minha carreira e da minha vida pessoal”, declara em entrevista para a jornalista Patrícia Kogut.

No ar como a Mira de “A força do querer”, Maria Clara conta como está sendo a resposta do público à personagem, que é parceira de vilania de Irene (Débora Falabella). “Não tinha noção de que ela ia causar tanto impacto. Para minha surpresa, muita gente fala para eu não cair na conversa da Irene. Parece que não querem que ela seja tão má. Não esperava essa empatia, é gratificante. É a primeira vez que não interpreto uma mocinha, mas também não sei se ela é vilã, ou ingênua. Ou se é chantageada”, explica.

Agora, ela espera que surjam mais oportunidades como essa para atrizes e atores transgêneros. “A partir do momento em que foi escrito esse papel para o horário nobre da maior emissora da América Latina, quem mais vai poder dizer que não funciona? A novela é um sucesso de audiência no Brasil e estreou em Portugal. Com certeza vai fazer sucesso lá também. Se isso é possível, então, porque outras pessoas não me chamariam? Sinto muito orgulho por ser mulher, trans e atriz, mas a minha profissão é atriz, e não trans. O meu trabalho fala por mim”, comenta.

Maria Clara Spinelli (Foto: Reprodução)

Além disso, ela acha importante também a personagem da Ivana (Carol Duarte), que está mostrando o processo de transição de gênero. “A gente tem que se colocar sempre no lugar do outro. Há muitas coisas que eu não sei e tenho que aprender ainda. Termos, questões de identidades não binárias e gênero fluido. Como vou exigir que a maioria de uma população heteronormativa conheça isso? Eu sofri com a falta de conhecimento sobre o assunto, porque meus pais foram procurar ajuda e o psicólogo não soube identificar o processo pelo qual eu estava passando, como está acontecendo com a Ivana. A novela ajuda até nisso: um profissional que se identifique com essa da história vai poder se informar e pesquisar”.

Além disso, a atriz revela o preconceito que sofreu por causa de sua identidade de gênero. “Eu sofri e sofro discriminação e preconceito até hoje. No meu caso, é mais velado porque sou branca, de classe média, tenho curso superior e conheço os meus direitos. Se me sinto desrespeitada, procuro a Justiça. Ninguém precisa gostar de mim, mas tem que me respeitar. O preconceito é cruel e acho que vai sempre fazer parte da minha vida. É importante saber lidar com ele e não se deixar abater”.

Além da novela, Maria Clara também fez uma participação na série “Carcereiros”, que já estreou no Globo Play, mas na pele de um travesti. A atração só será exibida na Globo no ano que vem. “Eu faço a Kelly, uma travesti. É uma personagem muito marcante porque é a única figura feminina no universo totalmente masculino da prisão. Estou muito feliz por toda a repercussão que já conseguiu. Quando digo que quero fazer mais personagens cis, não significa que não quero fazer as trans. Na verdade, quero interpretar todas”, revela.

Saiba tudo o que vai acontecer sobre a nova novelas das 9 da Globo, Amor de Mãe.

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(Foto: Reprodução)

Pouca gente sabe, mas o apresentador Marcelo Tas, que por muito tempo liderou a bancada do “CQC” na Band, tem um filho transgênero. Aos 22 anos, Luiza se “descobriu” transexual, e hoje prefere ser chamada de Luc.

Em seu perfil no Twitter, o apresentador resolveu prestar uma homenagem a quem, segundo ele, o “ensina a viver com coragem e afeto”. Ele respondia a uma questão de marketing: “Quem são seus heróis reais?”.

Vale lembrar que Tas já falou sobre o assunto no “Programa Raul Gil”: “Precisamos tratar isso com afeto, precisamos acolher antes de sair julgando e antes de sair incitando a violência.”

Confira a postagem:

Luc, meu filho + velho, me ensina a viver com coragem e afeto. Quem são seus #HeróisReais? #DoveMenCare pic.twitter.com/Q7F50amI6Y

— Marcelo Tas (@MarceloTas) July 22, 2016

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