Saiba agora se uma renda extra pode cancelar o benefício, quais são os critérios oficiais e como consultar a situação dos seus pagamentos no INSS

Conforme muitos já sabem, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) do INSS se tornou um suporte crucial para milhares de brasileiros, uma vez que garante um salário mínimo mensal de R$ 1.518,00 a idosos com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.

Ele atua como um amparo vital, mas é essencial entender as regras para evitar o seu cancelamento. Uma das dúvidas mais comuns entre os beneficiários é: Será que, se eu começar a ganhar uma renda extra, mesmo que pequena, posso perder meu benefício? O que será que o INSS diz?

Os reais riscos do cancelamento:

A resposta para essa pergunta é sim, uma renda extra pode cancelar o BPC, porém depende. Isso acontece porque o benefício exige que a renda familiar per capita (por pessoa) não ultrapasse 1/4 do salário mínimo.

Em 2025, o limite de renda é de R$ 379,50 mensais por pessoa e, para isso, o INSS realiza um cálculo simples para verificar essa condição:

• Ele soma a renda bruta de todos os membros da família que moram na mesma casa e divide esse total pelo número de pessoas.

• Se o valor por pessoa ultrapassar R$ 379,50, o benefício corre um sério risco de suspensão ou cancelamento.

Além disso, é importante destacar que o BPC não exige contribuição prévia ao INSS e, por isso, não pode ser acumulado com outros benefícios de caráter previdenciário, como aposentadoria ou pensão.

Quais cuidados devo ter para manter meu BPC?

Manter o BPC vai além de apenas não ter renda. O INSS possui mecanismos de controle para evitar fraudes e garantir que o benefício chegue a quem realmente precisa.

Até por isso, é fundamental que o beneficiário e sua família sigam uma série de cuidados para não perderem o direito:

• Mantenha o Cadastro Único (CadÚnico) sempre atualizado: A falta de atualização do CadÚnico a cada dois anos é um dos principais motivos de suspensão. O INSS verifica as informações sobre a renda, a composição familiar e o endereço. Se os dados estiverem desatualizados, isso pode ser interpretado como inconsistência ou fraude, levando ao cancelamento. O processo de atualização é simples e deve ser feito no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo.

• Atenção à movimentação financeira: O INSS e outros órgãos fiscalizadores, como a Receita Federal, monitoram a movimentação bancária. Se a sua conta, ou a de algum membro da família, receber depósitos que, somados, ultrapassam o limite de renda permitido, o benefício pode ser suspenso para que seja feita uma análise. Para evitar problemas, é essencial manter os dados de renda familiar sempre transparentes e corretos.

• Proteja seus dados pessoais: Nunca forneça informações pessoais ou senhas a terceiros, principalmente por telefone ou mensagens. Criminosos podem usar seus dados para solicitar empréstimos ou realizar fraudes em seu nome, o que pode causar bloqueios e até mesmo o cancelamento do seu benefício.

Como agir se seu BPC for cancelado indevidamente?

Se o seu BPC for cancelado e você acreditar que a decisão é indevida, saiba que você tem o direito de se defender.

O primeiro passo é apresentar uma defesa administrativa no próprio INSS.

Você pode fazer isso acessando o site ou aplicativo Meu INSS ou ligando para a Central 135.

Caso o problema persista após essa etapa, o beneficiário ainda tem a alternativa de entrar com uma ação judicial na Justiça Federal, o que geralmente não exige custas iniciais para pessoas de baixa renda.

Por fim, para consultar a situação do seu benefício, você pode usar os canais oficiais do INSS:

• O aplicativo ou site Meu INSS (com seu login Gov.br);
• Central 135.

Manter-se informado é a melhor forma de proteger seu direito e garantir a continuidade dos seus pagamentos.

Mas, para saber mais informações do INSS, clique aqui. *

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Aumento no salário mínimo garante novo valor de benefício a milhares de idosos

No final de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma série de medidas, como parte do pacote de cortes de gastos proposto pelo Governo, com o apoio do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Por exemplo, no dia 30 de dezembro, o presidente sancionou o novo valor do salário mínimo, que passou para R$ 1.51. O valor também garante o aumento de mais um benefício, que cai como presente para muitos idosos.

Nesta quinta-feira, 09, iremos mostrar todos os detalhes sobre o aumento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para 2025 e as mudanças que ele sofreu após o pacote de cortes de gastos do governo.

Ajuste no valor do benefício

Primeiramente, no ano de 2025, o BPC lidará com duas grandes mudanças, envolvendo o valor e quem poderá receber o benefício, de acordo com o G1.

• Com a atualização do salário mínimo, os beneficiários do BPC passarão a receber R$ 1.518 por mês, depositado a partir de fevereiro;
• Para ter direito ao BPC, a renda per capita precisa ser de até meio salário mínimo, ou seja, a faixa será de R$ 353,00 a R$ 706,00 por pessoa.

Quem tem direito

O BPC é um benefício destinado a pessoas com deficiência e idosos com idade igual ou superior a 65 anos de baixa renda. O valor mensal pago é equivalente a um salário mínimo.

Novas regras do BPC

Além disso, a partir de 2025, o BPC terá novas regras, que fazem parte de uma série de medidas adotadas pelo governo para reduzir gastos e equilibrar as contas públicas. Veja:

• Cadastro biométrico: O acesso ao benefício dependerá do cadastramento biométrico, exceto em locais onde a tecnologia não puder ser implementada;
• Atualização cadastral: Beneficiários terão que atualizar o cadastro a cada dois anos;
• Avaliação de rendimentos: A análise de quem tem direito ao benefício levará em conta todos os rendimentos brutos mensais de todos os membros da família que vivem no mesmo imóvel. Porém, caso outro morador receba o BPC, o benefício será descontado da conta;
• Mais de um BPC por residência: Se houver mais de uma pessoa com deficiência ou idosos na mesma residência, é possível que haja dois pagamentos;
• Renda do cônjuge: A renda do cônjuge ou companheiro que não mora no mesmo imóvel não será considerada para o cálculo da renda familiar.

Considerações finais

Em suma, com o aumento do valor do salário mínimo, que está emR$ 1.518, beneficiários do BPC passarão a receber aumento no benefício a partir de fevereiro.

Veja mais informações sobre o salário mínimo clicando aqui.

Como será o reajuste do salário mínimo?

Por fim, a proposta de cortes de gastos também alterou o cálculo do reajuste do salário mínimo. A correção segue dois fatores:

• Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulada em 12 meses até novembro do ano anterior;
• Produto Interno Bruto (PIB) do país dois anos antes.

No entanto, a nova regra que limita o aumento do salário mínimo em 2,5% acima da inflação.

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