Nessa última terça-feira (26), Fernando Rocha, que comandava o Bem Estar na Globo ao lado de Mariana Ferrão, não teve seu contrato renovado, e por isso vai deixar definitivamente a emissora. Na história da TV, muitos apresentadores tiveram grandes destaques em seus programas, mas depois de algumas polêmicas, tiveram seus contratos encerrados. Um deles foi William Waack, que foi demitido após um vídeo com comentários racistas serem divulgados, e também Joyce Ribeiro, que foi substituída por Dudu Camargo na telinha do SBT. No especial de hoje do TV Foco, vamos relembrar alguns casos.

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Com a saída do apresentador do Bem Estar, Fernando Rocha deu uma declaração emocionada nas redes sociais. ‘“Oito anos no ar! Quem flutua é que sabe. Quem sobe é que enxerga. O tempo a gente acha. O tempo é sopro. Gratidão por esses dias, salve Bem-Estar! Salve Mariana Ferrão e meus amigos de travessia oceânica!”, disse ele na legenda.

O jornalista William Waack à frente do Painel WW, programa que ele comanda no YouTube.

Já William Waack, um ano após ter sido afastado do Jornal da Globo por causa de comentários racistas feitos em 2016, abriu o jogo sobre sua demissão. Em entrevista para o canal Pingue-Pongue com Bonfá, o jornalista afirmou que não é mais chamado de preconceituoso pelo público e que sua antiga emissora é um ninho de cobras.

“Qualquer grande empresa é [um ninho de cobras]. Como se falava na minha época, lá nos Correios e Telégrafos também é assim. Qualquer grande empresa tem pessoas de extraordinária capacidade e de caráter muito bom, e qualquer grande empresa terá também canalhas inomináveis, e acho que isso aí se aplica como regra da humanidade”, detonou Waack ao jornalista Marcelo Bonfá em vídeo publicado no canal do YouTube.

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Mariane Dombrov, apresentadora de programa infantil no SBT nos anos 90 e concorrente direta de Xuxa Meneghel, em entrevista ao UOL, revelou que acabou sendo demitida por Silvio Santos apenas por ter cortado o cabelo. Mariana fazia sucesso com a alta audiência do programa, mas sentiu a necessidade de mudar, e como a atração não tinha verba para realizar mudanças no cenário, ela se transformou.

Mariana Dombrova foi apresentadora do programa Fantasia, no SBT, entre 1989 e 1991 (Foto: Reprodução/Facebook)

Com um corte radical, seu cabelão foi deixado de lado e trocado por um corte estilo “joãozinho”, que acabou chocando muita gente na época. “Queria revolucionar. Meus pais ficaram assustados, mas na minha cabeça era só um cabelo. Antes de gravar o meu programa, eu participava de um programa do Silvio”, explica.

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“Estava lá com os outros convidados quando ele chegou, me viu, cumprimentou todos e me ignorou. Ele parecia não acreditar no que estava vendo. Depois gravei meu programa normalmente por duas semanas. Estava em casa quando chegou um telegrama da emissora me demitindo”, revela.

Joyce Ribeiro (Foto: Reprodução)

O caso de Joyce Ribeiro foi diferente. Ela foi demitida de forma “injusta” do SBT em uma onda de cortes após 13 longos anos de emissora.

Joyce falou em entrevista ao programa TV Fama, em uma conversa inédita para a TV Aberta, que não houve grande surpresa e revelou que o processo de não renovação de contrato foi algo natural. Além disso, garantiu que deixou grandes amigos na emissora e que sente saudades.

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No momento mais importante da conversa, Joyce falou sobre a chegada de Dudu Camargo e se realmente houve algo envolvendo o rapaz. “Não houve. O que aconteceu foi o seguinte… Causou um pouco de estranheza, espanto, mas todo mundo tentou absorver a informação da melhor forma possível. Houve um tempo de adaptação. Ele foi absorvido e abraçado da melhor forma possível por toda a equipe. Tudo que é novo causa um processo de adaptação, mas não houve problema com ele não”, disse.

Edu Guedes, Chris Flores e Celso Zucatelli Foto: Reprodução

Outra grande polêmica aconteceu também na Record quando os três apresentadores do Hoje em Dia ficaram sabendo de suas demissões pela mídia, antes mesmo de serem informados pessoalmente por seus superiores. Os três apresentadores Chris Flores, Edu Guedes e Celso Zucatelli ainda estavam no estúdio do Hoje Em Dia, crentes de que continuariam no programa no próximo ano, quando souberam da novidade pelas redes sociais.

Lembra de mais algum apresentador que foi mandado embora de surpresa na telinha brasileira? Comenta aqui com a gente.

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Waack foi acusado de racismo ao ouvir a buzina de um carro durante um link ao vivo nos Estados Unidos e dizer que deveria ser “coisa de preto” . “Qualquer grande empresa é [um ninho de cobras]. Como se falava na minha época, lá nos Correios e Telégrafos também é assim”, disparou Waack.

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“Qualquer grande empresa tem pessoas de extraordinária capacidade e de caráter muito bom, e qualquer grande empresa terá também canalhas inomináveis, e acho que isso aí se aplica como regra da humanidade”, falou William. Já sobre a possível perda de amigos com isso, ele desmentiu.

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“Ao contrário, ganhei vários. Acho que a esmagadora maioria das pessoas percebeu que aquilo era uma piada de boteco, dita no ouvido de um amigo. Sussurrado como todo mundo faz depois de tomar duas cervejas e brincar”, explicou. “Aquilo, evidentemente, foi roubado de um servidor interno da TV Globo e fizeram o uso que fizeram”, afirmou.

William Waack (Foto: Reprodução)

Confira o vídeo a seguir:

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MENSAGEM AOS HATERS

Depois de sair da Globo, William Waack ficou alguns meses ‘sumido’ da mídia em geral, mas voltou com tudo em seu próprio canal no YouTube, onde tem liberdade total para falar do que bem entender e da forma que achar mais adequada.

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Waack atualmente comanda o Painel WW na internet e faz vários vídeos com suas opiniões sobre temas, em geral sobre política, que acha relevantes.

Waack em seu canal. Foto – reprodução.

Em vídeo lançado nesta sexta, William, que declaradamente não gosta dos partidos de esquerda, como PT, PSol e PCdoB, afirmou que recebe xingamentos e até os agradeceu.

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“Aliás, eu gostaria de agradecer muitíssimo os comentários, as críticas, as reclamações, as xingações de vez em quando também. Isso tudo enriquece, e tem sido pra mim um motivo de enorme alegria este trabalho aqui na internet junto a vocês”, declarou. Confira a partir de 00:16:

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Waack no YouTube. Foto – reprodução.

A Globo não quis mais William Waack como contratado e acabou pagando caro por isso. Com um acordo em vigor, ela precisou arcar com uma multa milionária devido à quebra de contrato, segundo informa o colunista Ricardo Feltrin. De acordo com a publicação, ambas as partes entraram em um consenso e firmaram um acordo.

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Nele, Waack acabou recebendo um valor acima de R$ 3,5 milhões como indenização. Ou seja, de certa forma, o jornalista saiu no lucro. Esse valor teria sido o do contrato que ainda lhe restava na emissora, a soma de todos os seus futuros salários, com o acréscimo de uma bonificação por ele ter aceitado os termos do acordo.

William ganhava, mensalmente, cerca de R$ 130 mil mensais e outros benefícios. Na época da demissão, ele ainda estava com dois anos de contrato pela frente e lutou para permanecer na emissora, mas acabou, em seguida, aceitando as condições. O escândalo sujou a sua imagem e ele não tinha condições de seguir no Jornal da Globo.

No entanto, esse acordo não se limitou a essas clausulas. Segundo a colunista Keila Jimenez, a emissora exigiu uma “geladeira” para ele, que apesar do assédio, não poderá assinar com nenhum outro canal na TV aberta por, pelo menos, um ano, e na TV Paga por seis meses. Por enquanto, ele pode trabalhar apenas no rádio ou na internet.

Waack no YouTube. Foto – reprodução.

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Após a polêmica envolvendo William Waack, a Globo não quis mais o jornalista como contratado e acabou pagando caro por isso. Com um acordo em vigor, ela precisou arcar com uma multa milionária devido à quebra de contrato, segundo informa o colunista Ricardo Feltrin.

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De acordo com a publicação, ambas as partes entraram em um consenso e, diante do vazamento do vídeo com comentários racistas, vazado por um funcionário do canal, ele acabou recebendo um valor acima de R$ 3,5 milhões como indenização. Ou seja, de certa forma, Waack saiu no lucro.

Esse valor teria sido o do contrato que ainda lhe restava na emissora, a soma de todos os seus futuros salários, com o acréscimo de uma bonificação por ele ter aceitado os termos do acordo. Ele ganhava, mensalmente, cerca de R$ 130 mil mensais e outros benefícios.

Na época da demissão, ele ainda estava com dois anos de contrato pela frente e lutou para permanecer na emissora, mas acabou, em seguida, aceitando as condições. O escândalo sujou a sua imagem e ele não tinha condições de seguir com a sua participação como âncora do Jornal da Globo.

No mesmo dia que o vídeo vazou, William foi afastado do telejornal. A emissora temia uma ação judicial milionária ainda maior e acabou optando por esse  “acordo silencioso”, no qual nenhuma das partes pode questionar futuramente os valores ou comentar o acordo assinado.

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O jornalista William Waack. (Foto: Reprodução)

O jornalista William Waack foi o primeiro entrevistado do apresentador Fábio Porchat no retorno dele das férias na Record. Wiilliam esteve no sofá da atração na virada de segunda (05) para terça-feira (06) e esclareceu a polêmica sobre a sua demissão da TV Globo.

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De acordo com informações do jornalista Flávio Ricco, depois de sua aparição na emissora de Edir Macedo surgiram comentários de que ele poderia estar perto de fechar com o jornalismo do canal e retornar para a telinha o mais rápido possível, possivelmente à frente de um novo telejornal.

Mas ao que parece, as chances de alguma negociação quanto a isso é zero. Pelo menos por enquanto não há nada entre o jornalista e a emissora rival da Globo. William já comunicou que em breve vai estrear um programa na internet, algo novo para o ex-global.

WILLIAM WAACK DEVE VOLTAR AO AR EM BREVE

O jornalista William Waack ainda segue fora da grade de programação das emissoras de televisão. O ex-âncora do Jornal da Globo anda dando palestras em diversas universidades e mostrando tudo o que sabe sobre jornalismo.

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Waack foi demitido pela Globo no final do ano passado após um vídeo onde aparentemente ele insulta negros e demonstra preconceito vazar. A direção da Globo repudiou a atitude e afastou no mesmo minuto âncora do telejornal.

Agora, de acordo com informações do jornalista Fernando Oliveira, William voltará a falar com o público, mas através da internet. O jornalista planeja montar um programa de entrevistas com estudantes de jornalismo.

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William Waack (Foto: Bruno Santos/Filhapress)

O jornalista William Waack trabalhou por vários anos no comando do Jornal da Globo, até ser dispensado por conta de comentários racistas que fez enquanto estava fora do ar. O vídeo vazou na web e, na mesma hora, foi viralizado, causando a sua demissão imediata.

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No entanto, desde então, ele não acertou a sua ida para nenhuma outra emissora, exceto os rumores de que estaria indo para a rádio Jovem Pan. Agora, o público se surpreendeu com uma notícia dada por Fábio Porchat no Balanço Geral, falando sobre o seu retorno das férias.

Ele anunciou que o Programa do Porchat receberá Waack para falar sobre as polêmicas e sobre o seu futuro profissional. A gravação ocorreu nesta tarde. Na coletiva de imprensa da nova temporada do programa, Porchat já havia adiantado que um dos primeiros convidados seria bombástico e fez mistério para revelar o nome.

Waack está fora dos telejornais desde dezembro, depois de aparecer em um vídeo fazendo comentários racistas, nos bastidores do Jornal da Globo. Na época, as imagens repercutiram nas redes sociais e o jornalista aparece reclamando de uma buzina e no final fala que “é coisa de preto”.

Veja a foto divulgada:

Hoje no #ProgramaDoPorchat! William Waack falando na TV Aberta tudo o que aconteceu após o turbilhão na sua carreira! Meia noite e quinze no Porchat! pic.twitter.com/zz0IxyYZWt

— Fabio Porchat (@FabioPorchat) March 5, 2018

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O jornalista William Waack trabalhou por vários anos no comando do Jornal da Globo, até ser dispensado por conta de comentários racistas que fez enquanto estava fora do ar. O vídeo vazou na web e, na mesma hora, foi viralizado, causando a sua demissão imediata.

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No entanto, desde então, ele não acertou a sua ida para nenhuma outra emissora, exceto os rumores de que estaria indo para a rádio Jovem Pan. Agora, o público se surpreendeu com uma notícia dada por Fábio Porchat no Balanço Geral, falando sobre o seu retorno das férias.

Ele anunciou que o Programa do Porchat receberá Waack para falar sobre as polêmicas e sobre o seu futuro profissional. Até o momento, Waack limitou-se a dizer que os comentários fizeram parte de uma simples brincadeira com alguns amigos, sem nenhuma maldade.

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“Eu estava brincando com Paulo Sotero, como acontece muito com apresentadores antes de transmissões, é até uma maneira de aliviar a tensão, o que não justifica o que eu disse, eu quero deixar isso bem de cara. Foi uma piada cochichada no ouvido de Paulo e esse trecho foi roubado por dois rapazes de dentro da Rede Globo”, disse ao canal do jornalista Marcelo Bonfá no YouTube.

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Questionado se fez uma declaração racista, William foi direto: “Não acho que foi um comentário racista de jeito nenhum. Eu fiz uma brincadeira citando um amigo meu Gil Moura, cinegrafista, que foi acusado de não ser preto o suficiente. Ele saiu em minha defesa e foi acusado de não ser preto. Isso é racismo!”.

O que será que ele vai falar na Record? A gravação acontece na tarde de hoje. Essa será a sua primeira entrevista em um programa de TV concorrente da Globo. Vamos aguardar.

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William Waack, jornalista da Globo (Foto: Reprodução)

O jornalista William Waack resolveu se manifestar pela primeira vez sobre a polêmica do ano passado, após a demissão da Globo. Na emissora, ele trabalhou por vários anos no comando do Jornal da Globo, até ser dispensado por conta de comentários racistas que fez enquanto estava fora do ar.

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Esses comentários foram vazados meses depois e causaram revolta no público nas redes sociais, fazendo com que ele fosse afastado imediatamente e demitido semanas depois. Em entrevista ao canal do jornalista Marcelo Bonfá no youtube, Waack se expressou pela primeira vez em conversa com um profissional. Anteriormente, ele já havia feito um desabafo ao publicar um artigo no jornal Folha de São Paulo.

“Eu estava brincando com Paulo Sotero, como acontece muito com apresentadores antes de transmissões, é até uma maneira de aliviar a tensão, o que não justifica o que eu disse, eu quero deixar isso bem de cara. Foi uma piada cochichada no ouvido de Paulo e esse trecho foi roubado por dois rapazes de dentro da Rede Globo. E o restante da história é conhecido”, iniciou Waack ao comentar sobre a polêmica.

Questionado se fez uma declaração racista, William foi direto: “Não acho que foi um comentário racista de jeito nenhum. Eu fiz uma brincadeira citando um amigo meu Gil Moura, cinegrafista, que foi acusado de não ser preto o suficiente. Ele saiu em minha defesa e foi acusado de não ser preto. Isso é racismo!”, comentou. “Quem não fala uma merda entre amigos? Quem é que está em um ambiente relaxado, brincando e não fala uma bobagem na qual não acredita? Por isso quero reiterar. Eu não fiz um comentário racista. Eu fiz uma piada. Piada não é manifestação racista. Um pensamento racista nunca poderá ser uma piada. Aqueles que se sentiram ofendidos, minhas desculpas, não era minha intenção. Não sou racista!”, concluiu.

Vale lembrar que no momento da polêmica, Gil, o cinegrafista, publicou um texto em defesa ao jornalista. “Eu sou preto. Já trabalhei com ele [William] na França, em Portugal, na Espanha, na Índia e em São Paulo. Nesta caminhada de 30 anos, fazendo imagens e contando histórias, poucos colegas foram tão solidários quanto o velho Waack. Ele faz parte dos pouquíssimos globais que carregam o tripé para o repórter cinematográfico preto ou branco. Na verdade, não me lembro de ninguém na Globo que o faça. O velho sabe para que serve cada botão da câmera e o peso do tripé”, afirmou Moura em um dos trechos.

Ainda na conversa com Marcelo Bonfá, Waack assegurou que os seus amigos negros não ficaram decepcionados ao assistirem o vídeo. Dando exemplo, o ex-âncora do Jornal da Globo citou Glória Maria, que saiu em defesa do jornalista. De acordo com ele, a profissional foi alertada da possível repressão que poderia receber diante do posicionamento, fato que não foi obstáculo para Glória, segundo próprio Waack. Além dela, o apresentador também recebeu o apoio do jornalista Heraldo Pereira, que considerou a declaração como uma piada besta.

O apresentador William Waack no “Jornal da Globo”
(Foto: Globo/Ramón Vasconcelos)

Já quando perguntado se teve medo de ter a carreira acabada por causa do “escorregão”, William foi sincero. “De jeito nenhum”, ressaltando mais uma vez que não é racista. No seguimento da resposta, ele refletiu sobre o posicionamento das grandes empresas de comunicação, que agem a curto prazo e com medo, em relação às manifestações das redes sociais, na qual ele definiu a ferramenta como uma desgraça.

“Fiquei chateado. Quem não fica chateado com um negócio desses? Mas eu recebi uma quantidade de manifestações de solidariedade que eu fiquei absolutamente bobo. Eu não imaginava e não tinha essa expectativa. Eu fiquei inicialmente muito preocupado em me livrar de um peso”, revelou.

Por fim, William Waack desmentiu que teria recebido ligação de Silvio Santos após o fim do seu contrato com a Globo. Ele aproveitou e descartou qualquer acerto com alguma emissora, mas não negou que tenha recebido convites após o acontecido.

Veja o vídeo:

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William Waack (Foto: Bruno Santos/Filhapress)

O jornalista William Waack resolveu se manifestar pela primeira vez sobre o seu futuro profissional, após a demissão da Globo. Na emissora, ele trabalhou por vários anos no comando do Jornal da Globo, até ser dispensado por conta de comentários racistas que fez enquanto estava fora do ar.

Esses comentários foram vazados meses depois e causaram revolta no público nas redes sociais, fazendo com que ele fosse afastado imediatamente e demitido semanas depois. À Folha, o jornalista não revela sobre o que fará daqui pra frente, mas não esconde que está negociando com outros canais de comunicação.

“Estou de fato estudando várias possibilidades. Eu me sinto livre de um peso, com horizontes amplos e avenidas abertas. Não posso neste momento, por simples questão de educação, mencionar com quais instituições estou em contato”, disparou. Em seguida, ele falou sobre as eleições de 2018.

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Na ocasião, Waack insinuou que estará trabalhando ativamente nesse momento decisivo para o país: “Estarei a postos para participar de um ano político tão decisivo para o Brasil como 2018, com certeza”.

Sobre os possíveis atritos com Christiane Pelajo, com quem dividia o comando do Jornal da Globo, e Cris Dias, durante a cobertura das Olimpíadas, ele negou todas essas informações. “Aproveito para desmentir qualquer atrito com Cris Dias. Nos demos muito bem, e fiquei muito feliz em trabalhar com ela”, disse.

O apresentador William Waack no comando do Jornal da Globo
(Foto: Reprodução/Globo)

Em relação a Pelajo, ele afirma: “A mudança de trabalho dentro da emissora nada teve a ver comigo, ao contrário de muita bobagem publicada”. O ex-global também minimizou a situação da piada de cunho racista, dizendo que não poderia ter sido considerada como uma ofensa.

“Claro que um pensamento racista não pode ser considerado como piada. Piada é aquilo dito sem intenção de ofender, sem ser dirigida a ninguém em particular, num ambiente privado, cochichando até. Piada é piada”, explica ele, que não se lembra do contexto daquele momento que emitiu as declarações.

“Não lembro até hoje, nem do que meu colega e eu falávamos nem do que foi o ‘detonador’ do comentário. O fato é que dali de cima daquele prédio nem conseguíamos ver quem estava buzinando”, afirmou.

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William Waack, durante 89º ENIC ? Encontro Nacional da Indústria da Construção (Foto: Luís Nova/Esp.CB)

O jornalista William Waack se revoltou com a sua demissão na Globo. De acordo com informações obtidas pelo colunista Flávio Ricco, foram realizadas quatro reuniões entre as duas partes desde o início de novembro até o dia que o canal anunciou que ele seria desligado do jornalismo.

Tudo começou por causa de um vídeo antigo que vazou na web, no qual ele fazia um comentário ofensivo contra pessoas de pele negra nos bastidores de um link ao vivo. As imagens foram capturadas e divulgadas na web, fazendo com que ele fosse massacrado pelo público da emissora.

Em todas as reuniões, o clima era de tensão, mal-estar e irritação por parte dele, que estava sendo pressionado a rescindir voluntariamente o contrato. A Globo informou que a decisão foi de comum acordo, mas Waack deixou claro nas reuniões que sua punição foi humilhante.

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O jornalista se revoltou ainda mais quando Diego Rocha Pereira, ex-operador de VT da emissora e vazador do vídeo, retornou à Globo como fez uma foto no cenário no Jornal da Globo, sentado na cadeira que já foi dele, fazendo com que ele fosse submetido ao ridículo.

Ele não gostou do fato da emissora não se preocupar em evitar o acontecido. Agora, após o anúncio da demissão, o caso poderá se tornar uma batalha judicial, com prejuízo para os dois lados. Sua irritação é pelo fato da punição ter sido por algo que aconteceu em uma situação privada, fora do ar.

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