Tchau, R$1518: Novo salário mínimo de 2026 é comunicado na Globo e traz aumento após canetada de Lula

Salário mínimo de 2026 é anunciado e Globo confirma aumento decidido diretamente pela canetada de Lula, dando adeus aos R$ 1518

O governo entregou ao Congresso a proposta orçamentária para 2026 e colocou em evidência um ponto que sempre chama atenção: o salário mínimo. Segundo o G1 da Globo, o valor previsto é de R$ 1.631, um aumento de R$ 113 em relação ao piso atual de R$ 1.518.

Contudo, esse reajuste não surge do nada; ele combina a correção pela inflação acumulada até novembro de 2025 com um ganho real de até 2,5%. O número pode parecer apenas técnico, mas representa, na prática, a tentativa de equilibrar duas frentes: manter o poder de compra do trabalhador e, ao mesmo tempo, preservar o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal.

Porém, no mesmo pacote, o Executivo fala em crescimento de 2,4% do PIB no próximo ano e inflação entre 3,6% e 4%. São projeções que tentam passar confiança. A lógica é simples: se a economia cresce e os preços não disparam, há espaço para mexer no mínimo sem abalar o caixa público. Por isso o reajuste vai além da formalidade.

Além disso, o aumento de R$ 113 pode parecer modesto, mas para milhões de famílias ele faz diferença imediata. O dinheiro a mais paga contas pequenas, mas essenciais. Também aquece o consumo interno. Só que existe o outro lado da balança, cada R$ 1 acrescentado ao salário mínimo gera impacto de cerca de R$ 400 milhões nos cofres federais.

O governo tenta mostrar que se antecipa a esses desafios. A proposta mantém limites de gastos, metas para o saldo primário e o respeito aos pisos constitucionais de saúde e educação. A ideia é não perder o controle e evitar que a expansão da folha inviabilize outras áreas. Essa preocupação se reflete na própria forma como o texto orçamentário foi montado, mais cauteloso, com margens de segurança calculadas.

O novo valor do salário mínimo é oficial?

Agora, a proposta segue para a Comissão Mista de Orçamento. Ali, deputados e senadores vão discutir, alterar, apresentar emendas e, no fim, votar. Esse processo pode arrastar discussões, mas também abre espaço para ajustes. O Executivo sabe que precisa do Congresso para aprovar o texto antes do fim do ano, diferente de anos anteriores em que o orçamento demorou a sair do papel.

Por fim, outro ponto importante é que o valor de R$ 1.631 ainda não é definitivo. Caso a inflação oficial (INPC) até novembro seja maior que o previsto, o governo terá de encaminhar uma proposta modificativa em dezembro, ajustando o cálculo.