A dor de Jovita Belfort: 21 anos após o desaparecimento de Priscila Belfort, a mãe revela o drama diário e a luta por políticas públicas
Mesmo após cerca de 21 anos do desaparecimento de Priscila Belfort, o caso continua a comover o Brasil, sobretudo pela dúvida que permanece sobre o que realmente aconteceu com a jovem.
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Para o público, o caso é intrigante e, para sua família, especialmente para a mãe, a dor se traduz em uma angústia diária e permanente.
De acordo com o portal Metrópoles, em março de 2025, Jovita Belfort fez um desabafo comovente, evidenciando o peso da ausência e da falta de respostas.
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Um desaparecimento sem respostas
Para quem não lembra, Priscila, até então com 29 anos, desapareceu no dia 9 de janeiro de 2004, após sair para almoçar no centro do Rio de Janeiro.
Desde então, a família denunciou diversas falhas nas investigações policiais. Jovita declarou as dificuldades dessa luta e a angústia por respostas que nunca chegavam:
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“A gente não tinha nenhuma ONG e nenhuma política expressiva. A gente tinha no Rio de Janeiro um pequeno grupo dentro do homicídio que trabalhava com essa questão de desaparecimento e busca de paradeiro, mas ela [a unidade] não tinha nem veículo próprio, ela ficava à mercê de sobrar algum veículo do grupo de homicídios”.
As especulações sobre o caso incluíram dívidas de drogas e outros rumores, embora a mãe reafirme:
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“Na época, só foi vista uma linha, a do tráfico… A vida da Priscila não foi especulada.”
Ela explicou ainda que, se a questionassem sobre como foi a vida da Priscila 20 dias antes, ela não saberia dizer:
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“Eu sei o que aconteceu dentro da minha casa, quando ela voltou depois do réveillon, já meia desiludida com o namorado. Eles já estavam meio brigados, e, segundo ela, ali já tinha terminado o namoro”.
A luta incansável de uma mãe
O sofrimento não parou na dor pessoal. Jovita transformou a tragédia em ação social, participando da Coordenação de Desaparecidos, órgão ligado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro.
Sobre sua rotina de luta, afirmou: “Todos os dias à noite, quando eu vou dormir, eu enterro a Pri. E, de manhã, eu tenho que desenterrá‑la para ter força, para ter esperança e para buscá‑la.”
Jovita destacou a importância da delegacia especializada: “Começamos pela delegacia especializada, porque sem ela não vêm as outras coisas”.
Ela relatou ainda a dificuldade de registrar boletins de ocorrência e a necessidade de estruturar políticas que realmente atendam famílias de desaparecidos.
Onde saber mais sobre o caso Priscila Belfort?
O caso ganhou uma nova dimensão com o documentário “Volta, Priscila”, lançado em 2024 pelo canal de streaming Disney+.
A produção revisita o desaparecimento, traz entrevistas inéditas da família e busca esclarecer lacunas que persistem até hoje.
O filme evidencia a luta da família Belfort e representa tantas outras que vivem o terror do desaparecimento de entes queridos.
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