Vale Tudo: O final original de Leila, Solange, Celina e Marco Aurélio

Semana decisiva chega com capítulos especiais e tensão no ar, e a pergunta que não quer calar: “Será que o remake de Vale Tudo vai repetir o final original ou surpreender o público?”
É incontestável que o Brasil parou em 1989 para assistir ao desfecho de Vale Tudo, um dos maiores clássicos da teledramaturgia brasileira.
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Agora, mais de três décadas depois, a história ganha uma nova roupagem e volta ao horário nobre da Globo com o desafio de manter a essência do clássico sem perder a força do ineditismo.
O fato é que entramos oficialmente na semana mais aguardada da novela até aqui — uma sequência de capítulos decisivos, onde:
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- Alianças podem ruir;
- Máscaras podem cair;
- E a pergunta que paira no ar é uma só: o remake seguirá fielmente o destino dos personagens originais ou ousará reescrever o jogo?
Essa dúvida movimenta bastidores e grupos de discussão entre noveleiros de carteirinha. Afinal, mexer no desfecho de personagens icônicos não é tarefa simples — nem isenta de riscos.
Qual foi o destino original dos personagens e quem sobreviveu ao caos?
- Leila Catanhede: Leila, interpretada na época por Cássia Kis, é, talvez, uma das personagens mais controversas da história. Na trama original, ela comete o crime que muda o curso de tudo: é ela quem mata Odete Roitman (Beatriz Segall), em um engano fatal motivado por ciúmes e ressentimentos. E mais: Leila não paga pelo crime. Pelo contrário — foge do país ao lado de Marco Aurélio (Reginaldo Faria), deixando o Brasil estarrecido.
Uma vilã? Uma anti-heroína? Ou apenas um retrato de impunidade de uma elite protegida?
- Solange Duprat: Já Solange (Lídia Brondi) encerra a trama como um contraponto: sensível, ética, coerente. Ela termina feliz, com uma filha de Afonso (Cássio Gabus Mendes), e seu final representa o ideal de equilíbrio e justiça dentro do universo cinzento da novela. Foi uma escolha quase didática: quem age com retidão encontra um caminho de paz.
Nos capítulos finais, ela engravida dele e o casal termina junto, de forma positiva, representando um dos poucos desfechos “felizes” da trama.
Demais personagens:
- Celina Almeida Junqueira Celina (Natália Timberg) é um dos maiores exemplos de como a leveza também tem espaço na crítica social. Famosa pela cena icônica da maionese envenenada, ela não morre e segue como um tipo de consciência popular dentro da trama.
Alguém que observa tudo e representa o público — indignado, sarcástico, mas sempre atento.
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- Marco Aurélio Cantanhede: E, claro, Marco Aurélio (Reginaldo Faria), um empresário corrupto, símbolo do “Brasil que não dá certo”, termina a novela fugindo do país com o dinheiro da empresa. Antes de desaparecer, ainda deixa um recado cínico ao país que enganou: uma “banana” feita com os braços, inesquecível na memória coletiva.
Seu final é um tapa na cara do espectador, um lembrete amargo de que nem sempre o vilão é punido e às vezes passa a ideia de que “o crime compensa”.
E agora? O remake vai manter tudo isso?
A grande questão que domina esta nova fase da novela é: os autores vão manter esses destinos ou vão propor reviravoltas? Mas há espaço, sim, para mudanças.
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Afinal de contas, a linguagem é outra, o tempo é outro e o público exige:
- Mais nuances;
- Mais complexidade;
- E, em muitos casos, mais justiça.
Há quem aposte que Leila não sairá impune desta vez, que Marco Aurélio terá o que merece, ou que o crime de Odete será cometido por outra mão.
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No entanto, por hora, tudo é mistério — mas um mistério bem planejado, cozinhado no ponto certo da dramaturgia.
E você tem acompanhado o remake? Qual sua expectativa para o final?
Sobre o que é Vale Tudo, afinal?
Para quem não assistiu à trama original ou não se lembra, a história gira em torno de Raquel, mulher simples e íntegra, e sua filha Maria de Fátima, ambiciosa e disposta a tudo para ascender socialmente.
O conflito entre ética e oportunismo é o motor da novela.
Ambientada em um Brasil tomado pela desigualdade, pela corrupção e pela sedução do “jeitinho”, Vale Tudo nunca foi apenas uma simples novela, e sim um espelho e até mesmo denúncia.
Exibida no horário nobre da TV Globo, de segunda a sábado, o remake anda pela linha tênue entre o “me ame ou me odeie” pelo público.
Afinal de contas, muitos gostam dos caminhos “um tanto diferentes” que a trama anda seguindo.
Outros, mais saudosistas, criticam veementemente a novela por não ser uma cópia fiel do original.
Porém, é bom lembrar que se trata de um remake e não de uma cópia, assim, é natural que certas mudanças ocorram, até para acompanhar as novas realidades.
Mas, de uma forma ou de outra, o público está atento.
A memória coletiva está viva e o remake, se quiser marcar história, precisa saber onde pisar.
Porque, em Vale Tudo, assim como na primeira versão, não se trata apenas do destino dos personagens, e sim de todo um país que eles simbolizam.
Conclusão:
Em suma, o remake de Vale Tudo não é apenas uma homenagem ao passado — é um teste de maturidade para a dramaturgia brasileira contemporânea.
Manter ou alterar os destinos de personagens tão marcantes também não é apenas uma decisão estética ou narrativa, mas sim uma escolha com peso simbólico:
Até onde estamos dispostos a encarar o espelho da nossa sociedade?
Nesta semana decisiva, o público — mais crítico e participativo do que nunca — observa cada movimento com lupa.
Repetir o final original pode ser uma forma de preservar a contundência da obra. Já, reescrevê-lo pode significar oferecer novas respostas a perguntas que continuam, infelizmente, atuais.
Entre justiça e impunidade, ética e ambição, Vale Tudo segue provocando exatamente como deve ser: com coragem, inteligência e uma dose de realidade difícil de engolir.
Porque, no fim das contas, a grande pergunta permanece a mesma desde 1988: Vale tudo, mesmo?
Mas para saber mais sobre a trama, clique aqui*.
NOTÍCIAS DE PARCEIROS
Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.