Vale Tudo: O final original de Leila, Solange, Celina e Marco Aurélio

Será que o remake de Vale Tudo vai repetir o final original ou surpreender o público?" Descubra o destino original dos personagens e compare

09/07/2025 4h00

6 min de leitura

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Destino de personagens como Marco Aurélio, Celina, Leila e Solange podem ser diferentes no remake de Vale Tudo, na Globo (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/TV Globo)

Semana decisiva chega com capítulos especiais e tensão no ar, e a pergunta que não quer calar: “Será que o remake de Vale Tudo vai repetir o final original ou surpreender o público?”

É incontestável que o Brasil parou em 1989 para assistir ao desfecho de Vale Tudo, um dos maiores clássicos da teledramaturgia brasileira.

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Agora, mais de três décadas depois, a história ganha uma nova roupagem e volta ao horário nobre da Globo com o desafio de manter a essência do clássico sem perder a força do ineditismo.

O fato é que entramos oficialmente na semana mais aguardada da novela até aqui — uma sequência de capítulos decisivos, onde:

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  • Alianças podem ruir;
  • Máscaras podem cair;
  • E a pergunta que paira no ar é uma só: o remake seguirá fielmente o destino dos personagens originais ou ousará reescrever o jogo?

Essa dúvida movimenta bastidores e grupos de discussão entre noveleiros de carteirinha. Afinal, mexer no desfecho de personagens icônicos não é tarefa simples — nem isenta de riscos.

Qual foi o destino original dos personagens e quem sobreviveu ao caos?

  • Leila Catanhede: Leila, interpretada na época por Cássia Kis, é, talvez, uma das personagens mais controversas da história. Na trama original, ela comete o crime que muda o curso de tudo: é ela quem mata Odete Roitman (Beatriz Segall), em um engano fatal motivado por ciúmes e ressentimentos. E mais: Leila não paga pelo crime. Pelo contrário — foge do país ao lado de Marco Aurélio (Reginaldo Faria), deixando o Brasil estarrecido.

Uma vilã? Uma anti-heroína? Ou apenas um retrato de impunidade de uma elite protegida?

  • Solange Duprat: Já Solange (Lídia Brondi) encerra a trama como um contraponto: sensível, ética, coerente. Ela termina feliz, com uma filha de Afonso (Cássio Gabus Mendes), e seu final representa o ideal de equilíbrio e justiça dentro do universo cinzento da novela. Foi uma escolha quase didática: quem age com retidão encontra um caminho de paz.

Nos capítulos finais, ela engravida dele e o casal termina junto, de forma positiva, representando um dos poucos desfechos “felizes” da trama.

Demais personagens:

  • Celina Almeida Junqueira Celina (Natália Timberg) é um dos maiores exemplos de como a leveza também tem espaço na crítica social. Famosa pela cena icônica da maionese envenenada, ela não morre e segue como um tipo de consciência popular dentro da trama.

Alguém que observa tudo e representa o público — indignado, sarcástico, mas sempre atento.

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  • Marco Aurélio Cantanhede: E, claro, Marco Aurélio (Reginaldo Faria), um empresário corrupto, símbolo do “Brasil que não dá certo”, termina a novela fugindo do país com o dinheiro da empresa. Antes de desaparecer, ainda deixa um recado cínico ao país que enganou: uma “banana” feita com os braços, inesquecível na memória coletiva.

Seu final é um tapa na cara do espectador, um lembrete amargo de que nem sempre o vilão é punido e às vezes passa a ideia de que “o crime compensa”.

E agora? O remake vai manter tudo isso?

A grande questão que domina esta nova fase da novela é: os autores vão manter esses destinos ou vão propor reviravoltas? Mas há espaço, sim, para mudanças.

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Afinal de contas, a linguagem é outra, o tempo é outro e o público exige:

  • Mais nuances;
  • Mais complexidade;
  • E, em muitos casos, mais justiça.

Há quem aposte que Leila não sairá impune desta vez, que Marco Aurélio terá o que merece, ou que o crime de Odete será cometido por outra mão.

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No entanto, por hora, tudo é mistério — mas um mistério bem planejado, cozinhado no ponto certo da dramaturgia.

E você tem acompanhado o remake? Qual sua expectativa para o final?

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Sobre o que é Vale Tudo, afinal?

Para quem não assistiu à trama original ou não se lembra, a história gira em torno de Raquel, mulher simples e íntegra, e sua filha Maria de Fátima, ambiciosa e disposta a tudo para ascender socialmente.

O conflito entre ética e oportunismo é o motor da novela.

Ambientada em um Brasil tomado pela desigualdade, pela corrupção e pela sedução do “jeitinho”, Vale Tudo nunca foi apenas uma simples novela, e sim um espelho e até mesmo denúncia.

Exibida no horário nobre da TV Globo, de segunda a sábado, o remake anda pela linha tênue entre o “me ame ou me odeie” pelo público.

Afinal de contas, muitos gostam dos caminhos “um tanto diferentes” que a trama anda seguindo.

Outros, mais saudosistas, criticam veementemente a novela por não ser uma cópia fiel do original.

Porém, é bom lembrar que se trata de um remake e não de uma cópia, assim, é natural que certas mudanças ocorram, até para acompanhar as novas realidades.

Mas, de uma forma ou de outra, o público está atento.

A memória coletiva está viva e o remake, se quiser marcar história, precisa saber onde pisar.

Porque, em Vale Tudo, assim como na primeira versão, não se trata apenas do destino dos personagens, e sim de todo um país que eles simbolizam.

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Conclusão:

Em suma, o remake de Vale Tudo não é apenas uma homenagem ao passado — é um teste de maturidade para a dramaturgia brasileira contemporânea.

Manter ou alterar os destinos de personagens tão marcantes também não é apenas uma decisão estética ou narrativa, mas sim uma escolha com peso simbólico:

Até onde estamos dispostos a encarar o espelho da nossa sociedade?

Nesta semana decisiva, o público — mais crítico e participativo do que nunca — observa cada movimento com lupa.

Repetir o final original pode ser uma forma de preservar a contundência da obra. Já, reescrevê-lo pode significar oferecer novas respostas a perguntas que continuam, infelizmente, atuais.

Entre justiça e impunidade, ética e ambição, Vale Tudo segue provocando exatamente como deve ser: com coragem, inteligência e uma dose de realidade difícil de engolir.

Porque, no fim das contas, a grande pergunta permanece a mesma desde 1988: Vale tudo, mesmo?

Mas para saber mais sobre a trama, clique aqui*.

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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