Crise financeira e lojas fechadas: Varejista de roupas arma plano de reestruturação para fugir da falência

Loa de roupas tenta fugir da falência

Não precisa ser um grande especialista no assunto para chegar a conclusão que a economia do mundo atravessa uma situação delicada. Tudo acabou piorando em função da pandemia da Covid-19. No Brasil, nos últimos anos várias empresas fecharam as portas e decretaram falência. Agora, falaremos de uma loja de roupas que briga para sobreviver.

Para quem não sabe estamos falando sobre a Marisa. A varejista de roupas encerrou o primeiro trimestre de 2023 com prejuízo de R$ 149 milhões. Além disso, a loja teve problemas com pedidos de falências feitos por fornecedores, fechamento de mais de 90 lojas e despejos por aluguéis atrasados. Na época, segundo o UOL, o então CEO da marca, Adalberto Pereira Santos, renunciou ao cargo.

Aliás, a dívida bruta das Lojas Marisa totalizou R$ 1,4 bilhão em março de 2023. Ainda nos primeiros meses do ano passado, segundo o UOL, dois fornecedores pediram a falência da empresa na Justiça. Em um dos pedidos, os credores cobram o pagamento de R$ 710 mil. Além disso, a empresa estava sendo alvo de várias ações de despejos.

Como um plano de reestruturação, a empresa começou a encerrar as atividades em várias unidades espalhadas pelo país. A ideia era reduzir as despesas operacionais em mais de R$ 50 milhões. Em julho de 2023, segundo a CNN Brasil, a Marisa anunciou a conclusão de seu processo de readequação de estrutura, com o fechamento de 88 lojas deficitárias.

O plano de reestruturação da empresa previa o fechamento de 92 lojas, mas a companhia enxergou em alguns dos pontos que seriam fechados “melhorias que deverão resultar em maior eficiência operacional”. Na época, a companhia afirmou ainda que o processo de renegociação de dívidas com fornecedores atingiu 90% deles e estava avançando também com os imóveis.

Qual a diferença entre falência e recuperação judicial?

Ambos os institutos têm como objetivo a satisfação de dívidas de uma empresa. Contudo, a principal diferença está na continuidade ou não do empreendimento. No caso da recuperação judicial, se ganha tempo para recuperar a capacidade de gerar resultados na empresa. Por outro lado, na falência, não existe a reestruturação do negócio e ele acaba fechando as portas.